Há 30 anos em órbita, satélite brasileiro em operação bate recorde mundial
Lançado ao espaço em fevereiro de 1993, SCD-1 ainda cumpre funções de coleta de dados ambientais
Em junho de 2023, o Satélite de Coleta de Dados (SCD), operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), bateu recorde mundial em operação. Lançado ao espaço em 9 de fevereiro de 1993, o satélite foi resultado do primeiro programa espacial nacional – a Missão Espacial Completa Brasileira, que teve início em 1979. O objetivo era conquistar a autonomia do acesso ao espaço e impulsionar o desenvolvimento de satélites.
“Hoje, sabemos que o novato se tornou o recordista mundial em operação. Aquele lançamento se tratava de uma grande conquista para o Brasil”, afirmou o pesquisador Adenilson Roberto da Silva, coordenador-geral de Engenharia, Tecnologia e Ciências Espaciais do Inpe, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Hoje, o SCD-1 cumpre a função de receber dados ambientais coletados por centenas de plataformas distribuídas no território brasileiro e retransmitir as informações para as estações terrestres localizadas em Cuiabá e Natal. Os dados são armazenados em um sistema nacional e disponibilizados para os usuários.
O recorde do Satélite de Coleta de Dados (SCD-1) foi alcançado em 17 de junho, quando o equipamento completou 30 anos, 4 meses e 4 dias em órbita, superando o satélite japonês Geotail, cujas operações foram encerradas em novembro de 2022.
“O primeiro aspecto importante desse recorde é porque se trata do primeiro desenvolvimento de uma nação na área de satélites. Isso mostra a competência tanto no projeto, quanto na fabricação”, ressaltou Adenilson.
Segundo ele, as complexidades dos novos satélites em órbita reduzem o tempo de operação. “Dificilmente esse recorde do SCD-1 venha a ser batido devido ao aumento das complexidades e funcionalidades que hoje são demandadas dos satélites. E mesmo que venha a ser batido, não se espera que venha ocorrer por um primeiro desenvolvimento de uma nação”, completou.
Evolução dos satélites
Desde que o SCD-1 foi lançado ao espaço, muita coisa mudou no desenvolvimento dos satélites. O avanço na área da eletrônica permitiu a redução do volume, da massa e do consumo de energia dos equipamentos e, consequentemente, do tamanho dos satélites. “Além disso, a evolução nos computadores foi muito grande. Com isso, muitas funções que eram executadas em solo passaram a ser executadas a bordo. Esse avanço permitiu que as aplicações fossem melhoradas e novas aplicações desenvolvidas”, disse.
De acordo com o pesquisador do Inpe, a melhora do desempenho dos satélites mais modernos, a incorporação de novas funcionalidades e a redução do tamanho levaram ampliaram a complexidade dos equipamentos.
“Os satélites não se tornaram mais suscetíveis a falhas, mas houve o aumento do número de funções realizadas, o que permitiu desenvolver novas aplicações e melhorar as existentes. A miniaturização também elevou a complexidade dos equipamentos. A combinação de todos esses fatores pode levar à ocorrência de falhas. No entanto, mesmo com toda a complexidade dos projetos atuais, os satélites desenvolvidos hoje possuem uma vida útil especificada e, na grande maioria dos casos, a vida útil especificada é sempre cumprida. Nesse contexto, recordes como esse obtido pelo SCD-1, serão cada vez mais difíceis, se não, impossíveis.”
Fim de linha
Adenilson explicou que o SCD-1 possui controle de orientação passivo, mas não conta com propulsão a bordo. Por isso, não é possível executar operação de descomissionamento. “Assim, deverá continuar operando até que uma falha maior ocorra e ele deixe de se comunicar com as antenas em solo. No estado atual, a velocidade de rotação, que é o princípio físico que o estabiliza, diminuiu bastante e vai continuar decrescendo.”
“É esperado que, em algum momento, a estabilização seja perdida, sendo, talvez, a provável causa do final de vida do SCD-1. Como a redução da velocidade de rotação depende de fatores ambientais externos, pode ser que a vida útil seja encerrada num curto prazo. Não se espera uma vida longa a partir deste momento”, conclui o pesquisador.
DIVULGAÇÃO: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Uma bela guerra acontecendo e esse site só fala de assunto sem importância
sera que não tem batalha aérea no leste europeu???
Krasnay !!!
Paulo, Desconheço alguma batalha aérea digna de nota, nos últimos dias, na guerra em curso na Ucrânia, e que acrescente algo neste momento às mais de 300 matérias já publicadas aqui sobre o conflito. Mas se você quer se informar sobre os últimos acontecimentos da referida guerra e comentar sobre a mesma, sugiro o blog das Forças Terrestres, que desde fevereiro de 2022 já publicou mais de 1000 notícias sobre o conflito, com várias atualizações diariamente. Tem matérias de hoje lá: https://www.forte.jor.br/?s=Ucrânia+ O blog das Forças Terrestres, junto com este e o Poder Naval, formam a Trilogia Forças de Defesa.… Read more »
Tomou uma Caiafada!!! Ou melhor, Nunanhada!!
Nunão,
É que na faixa etária, 35 anos +++, que é a grane maioria dos leitores mais antigos, fica meio que difícil entender o que sarcasmos e trollagens e eu acho que este pessoal, tem te trollado bastante. Você sempre responde, melhor ignorar e não bloquear.
Abraço.
Pedro, você está confundindo várias coisas, as quais eu acredito que sejam óbvias para pelo menos uma parte dos que frequentam o espaço. 1- Eu não respondo sempre. Devo participar de uns 5% das discussões, quando muito. 2- participar das discussões é uma coisa, bloquear comentaristas é outra coisa. Há mais de um editor que edita, adverte, deleta e bloqueia. Neste momento em que converso aqui, não estou fazendo nada disso. 3- Meu objetivo desde sempre, nos comentários, é incentivar a elevação do nível do debate, e a mensagem não vai apenas para o comentarista que estou pontualmente respondendo, independentemente… Read more »
Meu pai que nem estudo tem diria: “perdeu a chance de ficar calado…”
Senhores, mantenham o respeito, por favor.
Da série O maior inimigo do Brasil é o próprio brasileiro.
Faça as malas que você ainda consegue pegar um pouco daquela guerra.
Ja que está tao preocupado, va para la e tenha noticias ao vivo!
Caro editor peço desculpas se eu o ofendi , mas há muita coisa acontecendo lá , acho que o senhor poderia dar uma atenção melhor lá
Opinião de leitor ávido deste site p mais de uma década
Paulo, não ofendeu. Agradeço a fidelidade, mas sugiro que visite o blog das Forças Terrestres para comentar sobre esse momento da Guerra na Ucrânia.
Há ataques de mísseis Storm Shadow entre outras coisas acontecendo lá, devidamente noticiadas. Fique à vontade pra ler e comentar.
Mas batalha aérea não está sendo o forte das notícias nos últimos dias na Ucrânia, a não ser que você saiba de alguma importante que tenha ocorrido, que nós não soubemos, e queira compartilhar aqui.
Se souber e isso for realmente de interesse, poderemos publicar com prazer.
Herói da resistência. Infelizmente a MECB não se completou. Quem sabe com a recuperação da Avibrás e um planejamento sério na área espacial o país consiga deslanchar nos próximos anos.
Pois é. Foi lançado pelo Pegasus para saber, primeiro, se sabíamos projetar um satélite. O domino do ciclo completo se daria pelo lançamento VLS, como o SCD-2A a bordo. Ambos foram perdidos.
Temos conhecimento técnico para o domínio do ciclo completo. E, por isso, tenho fé de que conseguiremos.
Só não temos interesse. Por isso, não tenho fé que conseguiremos
Meu grande amigo editor, de qualquer forma fica o feedback um grande abraço!!
Imagino as pessoas que execultou esse projeto vendo essa notícia hoje sentindo aquele sentimento de dever cumprido
Pois é.
Antes dos incompetentes acabarem com o verdadeiro PEB, doar a base de Alcântara, entregar a soberania e sepultar de vez o PEB.
Este é um produto do tempo que o Brasil tinha um pouco de seriedade, era levado a sério com um pouco de seriedade pelo mundo, e tinha um pouco da verdadeira visão estratégica.
Parabéns aos verdadeiros heróis de outrora, e obrigado por sua enorme contribuição !
Que base foi doada? Você não leu o tratado de garantias, leu?
Exato.
Kkkkkk tratado de garantia. Não me faça rir amigo !
Você acredita em coelhinho da páscoa também ? Vê duendes e gnomos ?
Como pode você dizer que um tratado de garantias, não vale nada, mas a sua informação de que foi doada é verdadeira?
Você tem documentos oficiais que foi doada ou suposição?
Não era tão estrategista assim e tínhamos muito a provar para alguns na época.
Não é um recorde muito bom de se orgulhar…
Não, imagina…
Bom mesmo é o número de dias de folga em carnaval, pré-carnaval, pós-carnaval, etc.
kkkkkk. ok.
Concordo, sem tirar os méritos do programa que colocou esse satélite no espaço, hoje é um como se orgulhar por ter a geladeira mais velha do mundo que ainda funciona. Só que os outros países já desconectaram e jogaram fora as deles e a nossa só está lá pq, como diz o texto, não temos nem a condição de fazer isso… então é só esperar ela morrer, o que deve ser em breve
Outros satélites de outros países, de mesma categoria, simplesmente pararam de operar. Como são de mesma categoria, também têm as limitações do SCD-1, não há como direciona-los para destruição. Tornam-se o que se costuma chamar de “lixo espacial”. O nosso ainda opera. Estaria orbitando ainda se não coletasse dados, como tantos outros. E eis a façanha meritosa desse valente satélite. E não se trata de um equipamento central de coleta de dados que o Brasil se vale. Longe disso. A comparação em relação à tal geladeira, aqui, não cabe. Mas, explicando, a não ser que fosse a primeira geladeira projetada… Read more »
Por qual razão?
Parabéns ao Inpe! Instituição séria, fundamental para o desenvolvimento nacional!
Satélite Raiz
Queria um satélite do tipo GPS ao Brasil.
Isso só servi para mostrar como nossa indústria espacial foi e é sabotada propositalmente pelos políticos a mando de nações estrangeiras !!!!
Difícil mesmo ter esperanças com todo esse cenário político e social. O câncer do Brasil são os gestores. Que conseguem manter a mentalidade e a perspectiva da maioria como eles querem. De acordo com o jogo que eles sabem que dá certo. E dá! Tanto é que até hoje o mesmo perfil continua no poder…
Foi sabotada pelos brasileiros mesmo, pela pequena e grande corrupção nossa de cada dia.
Para sabotar, tem de conhecer e ter essas ligações. Não têm. Acho que ignorar é a palavra correta.
Um off:
Ao que tudo indica, a FAC vai de F16 MLU.
Acho que está negociando com a Dinamarca.
Em fevereiro deste ano completou 30 anos em órbita. O tempo de vida calculado era de 1 ano. Não se sabia como montar, inspecionar e dar qualidade ao equipamento. Aprendemos muito e foi um marco, o começo de um grande legado que hoje temos. Diversos componentes já não funcionam mais. A bateria não opera há décadas, por exemplo. Ainda assim, coleta dados de estações de recepção com precisão. Um equipamento sensacional. É a prova indelével da competência da engenharia espacial brasileira e de muitos, muitos profissionais que, outrora envolvidos do SCD-1, ainda estão no INPE. Parabéns a todos os responsáveis… Read more »
Parabéns a todos , é pouco, mas foi uma grande conquista, pena não termos mais lançamentos, um dia quem sabe teremos um governo que sabe dar valor, mais uma vez parabéns a todos os envolvidos.
Não creio que seja pouco que um país com as características do Brasil consiga projetar o equipamento mais longevo de sua categoria em órbita no mundo.
E mais, realizamos lançamentos ainda, Carlos.
Qual lançamento realizamos?
https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/40434/OPERA%C3%87%C3%83O%20ASTROL%C3%81BIO%20-%20Lan%C3%A7amento%20de%20foguete%20sul-coreano%20a%20partir%20de%20Alc%C3%A2ntara%20tem%20nova%20previs%C3%A3o
https://www.fab.mil.br/noticias/imprime/39914/VSB-30%20-%20Primeiro%20Foguete%20produzido%20100%20no%20Brasil%20%C3%A9%20lan%C3%A7ado%20do%20Centro%20de%20Lan%C3%A7amento%20de%20Alc%C3%A2ntara
Mais uma área essencial p a EXISTENCIA do país que o Brasil ficou p trás. Nosso “programa espacial” começou mais ou menos junto com o dos indianos. Vejam onde eles estão e nós estamos….. Atualmente (Pasmem!!!!!!) Coreia do Norte e Irã estão enviando satélites ao espaço.