Acordo entre Leonardo e Nexter desenvolverá novo gun-pod para o M-346FA
Paris, 22/06/2023 – Leonardo e Nexter, uma empresa da KNDS, lançaram em conjunto um programa de desenvolvimento destinado a introduzir um novo Gun Pod no M-346 Fighter Attack (FA).
Após um estudo de viabilidade bem-sucedido, que demonstrou a capacidade de adicionar um sistema Link & Case Recovery (LCR) ao M-346 FA, a Leonardo e a Nexter, uma empresa da KNDS, decidiram realizar um esforço de desenvolvimento conjunto integrando uma nova cápsula de canhão de 20 mm para o M-346FA.
Um canhão de 20 mm oferece uma solução vantajosa em comparação com o calibre 12.7/.50 em termos de alcance, precisão e efeitos finais. A solução de armas 20M621, fácil de integrar, operar e manter, é uma solução isenta de ITAR de calibre OTAN projetada para aplicação aérea. Assim como as demais armas e sistemas desenvolvidos e produzidos pela Nexter para domínio aéreo, é leve e oferece eficácia e desempenho.
Dario Marfè, vice-presidente sênior comercial, de negócios CSS&T e de programas proprietários da Leonardo Aircrafts disse: “A Leonardo está fortemente convencido de que a Nexter é o parceiro certo para esse projeto. A integração do canhão de 20 mm da Nexter aumentará a capacidade de resposta de combate do M-346FA em missões de segurança nacional, COIN, CAS/Combate de curto alcance, graças a uma solução isenta de ITAR adequada para muitos clientes em todo o mundo”.
Philippe Reynes, Diretor dos Programas de Sistemas de Armas e Torres da Nexter Systems afirmou: Estamos orgulhosos da relação de confiança que construímos com a Leonardo, levando muito a sério os aspectos específicos das plataformas aéreas. Por exemplo, a segurança destas plataformas é garantida pelo fato de que nossa cápsula recupera todos os links e cartuchos após o disparo. Além disso, o NC621 está mecanicamente sincronizado para garantir a máxima precisão ao piloto. Este sistema é um exemplo da nossa experiência como fabricante de armas de médio calibre.
A Nexter, um dos principais atores na função de disparo de armas no domínio da aeronáutica, é um dos raros fornecedores habilitados a desenvolver e produzir armas e munições de médio calibre.
O M-346 FA é uma versão de “combate leve” do treinador avançado M-346 com capacidade multifunções, incluindo missões de apoio aéreo próximo, incluindo áreas urbanas, interdição aérea do espaço de batalha para defesa nacional e reconhecimento tático. O M-346 FA mantém todas as características de um avião de treinamento com a adição de equipamentos e sensores de nova geração, tornando-o uma solução operacional eficaz no papel de combate leve.
A aeronave está equipada com um moderno radar multimodal de última geração: uma solução confiável e de alto desempenho que oferece precisão superior e permite uma modularidade excecional do sistema. O M-346FA está protegido por um sistema completo de defesa passiva (DASS – Defensive Aids Sub-System), enquanto o sistema de comunicação integrado e o datalink tático (TDL), que também pode ser integrado numa versão compatível com os requisitos da OTAN, garantem os mais altos níveis de interoperabilidade. O M-346FA pode integrar diferentes tipos de armamento e cargas externas, incluindo munições ar-ar e ar-superfície (tais como munições guiadas por IR, radar e/ou laser/GPS), cápsulas de armas e cápsulas de reconhecimento e designação de alvos, integradas com Visores Instalados no Capacete (HMD).
O sistema integrado de simulação de treino tático a bordo – Embedded Tactical Training System (ETTS) – pode também ser utilizado em formação avançada e pré-operacional, oferecendo um âmbito completo de operações de treino simulado em voo, juntamente com o Sistema de Treino Integrado (ITS) do M-346, que possui as funções Live, Virtual e Construtiva (LVC). A capacidade de reabastecimento em voo do M-346FA o habilita a realizar missões de longo alcance que exigem maior autonomia e alto grau de resistência. O M-346FA permite que operadores desempenhem múltiplas funções usando uma única plataforma. Por exemplo, a aeronave pode executar com eficácia missões de Agressor e de Treinador Companheiro, oferecendo aos utilizadores uma plataforma altamente flexível para o mundo atual em constante mudança.
DIVULGAÇÃO: Leonardo no Brasil / Approach Comunicação
Esperando o primeiro comentário sobre essa ser uma boa aeronave leve para a FAB.
Vou até pegar a pipoca para ver a briga dos contra versus a favor.
Você foi o primeiro.
Esperamos por você para fazer este tipo de comentário modinha.
Sério?
Não discordo dele não. Na maioria das matérias que leio aqui, já desço a página sabendo a maior parte do teor dos comentários. Só mudam as palavras e surpresas genuínas são cada vez mais raras. Por sinal, antes que alguém tome como pessoal, observo a mesma tendência em canais de defesa que assisto regularmente.
Ñ precisamos nem dizer pq vc já sabe q é vdd….
Seria um ótimo Lift entre A-29 e Gripen
Um Lift para o Gripen soa como um pleonasmo. Porém, até que cairia bem.
Discordo. Se esse fosse um vetor mega barato de comprar e operar e o Gripen fosse nos moldes de gastos de um F35, até concordaria. Não sendo nem uma nem outra, mesmo sendo um vetor útil, penso que roubará tanto recursos para a aquisição e compra de outros lotes de Gripen ou outro vetor de primeira linha quanto para a modernização e operação dos A29. Nossa sociedade e parlamentares, que não entendem nem querem entender nada do assunto, verão apenas o número total e acharão desperdício investir em vetores mais capazes.
Eu gosto da ideia de lift pra força aérea. Mas Rinaldo Nery, ex-FAB, ou atual, não sei, é contra. Ele já explicou o porquê. Mas não lembro o motivo.
Sempre acho que o preço de um NG daria para adquirir dois desses. Para minha visão simplista, acho um bom vetor para tarefas mais simples.
Existe um TCC de Oficial Superior da FAB comprovando que houve uma debilidade na transição dos pilotos de A-29 para o Mirage 2000,F-5,A-1 com uma certa taxa de atrito nos cursos (pilotos de caça que foram desligados no curso para 1ª linha). Tal taxa de atrito era consideravelmente menor quando pulava-se do Xavante para as plataformas da época (Mirage 3,F-5 e A-1). Ou seja: houve muita dificuldade de saírem de um A-29 para aeronaves mais simples como o F-5 e A-1. Imagina sair do A-29 e ir de cara pro Gripen?? Para mim ou para vc pode N fazer diferença,… Read more »
Desconheço esse “TCC”. TCC de que? A taxa de atrito na primeira linha resume-se ao combate BVR. Em sete anos de Anápolis não vi NENHUM atrito no 1° GDA.
“ Ou seja: houve muita dificuldade de saírem de um A-29 para aeronaves mais simples como o F-5 e A-1. Imagina sair do A-29 e ir de cara pro Gripen??”
Gripen é mais fácil de pilotar que F-5 e A-1. A dificuldade com o Gripen será o piloto assimilar rapidamente todas as capacidades na arena de combate ampliada. Para isso, a modernização do A-29, simulando a fusão de dados e até o combate BVR, tudo isso com um painel o mais parecido possível com o do Gripen, já ajudaria bastante.
Fico admirado em ver a pessoa afirmar uma coisa que ela “imagina”, ou “supõe”, ser difícil, sem nunca ter sentado a bunda num avião supersônico. Interessante seria se um instrutor da primeira linha viesse aqui postar as suas impressões e experiências. Como falei, no 1° GDA, de 2000 a 2008, não presenciei essa dificuldade. E sempre perguntei isso pros instrutores.
De fato, alguns anos depois do que você relata, conversamos extensamente com instrutores de F-5M(e tenentes em conversão para o caça) e a maior dificuldade dos tenentes vindos do A-29 era com as características de pouso do F-5M. De resto, a aviônica e o painel semelhantes ajudavam muito, e tirando as dificuldades inerentes à pilotagem de jatos de geração mais antiga, a transformação de pilotos de combate de A-29 em pilotos de combate de F-5M não trazia maiores desafios (sendo considerada até mais fácil do que na época em que os tenentes vinham do Xavante, não quanto à pilotagem em… Read more »
Exato. E como você falou, o F-39 é muito mais fácil de voar. Afirmativa essa dos próprios suecos.
Esse M-346 da imagem com IRIS-T e Derby abateria os Skyhawk com facilidade e daria dor de cabeça até para os F-5!
Os Skyhawk são velhos em idade, não em eletrônica embarcada! Existe um bom radar, RWR, etc. Se tivessem os mesmos mísseis, estariam basicamente em igualdade.
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No fim, nenhum dos citados teria grandes chances contra Gripen + Meteor, sendo apoiado por E-99M.
“Se tivessem os mesmos mísseis, estariam basicamente em igualdade.”
Pois é, mas o Skyhawk da MB só tem o velho AIM-9H! Não adianta nada ter um bom radar se os mísseis são praticamente obsoletos. O Skyhawk levaria um Derby na “lata” com facilidade. Quanto a comparação do Gripen + Meteor + E99M, se ele não conseguir abater com facilidade aeronaves de treinamento e ataque, pode mandar aposentar antes mesmo de entrar na ativa.
Basta FAB e MB prosseguirem cumprindo o acordo que anunciaram há 9 anos e os AF-1 serem equipados tanto com mísseis Derby quanto com
Python.
https://www.naval.com.br/blog/2014/03/02/mb-e-fab-assinam-acordo-geral-de-cooperacao-tecnico-operacional/
Até seria melhor mas, bom mesmo, seria a MB se desfazer deles e focar em navegar.
Agora que a MB terminou de receber meia dúzia da versão modernizada da aeronave, minha opinião é exatamente o contrário: tem que usar bastante, e por uns bons 15 anos, com todos os armamentos que fot possível.
Nunão, só para deixar claro, eu gosto do Skyhawk, mas ficar só com AIM-9H e bomba burra não dá, dizem que o radar do Skyhawk tem um bom desempenho, um Derby e um Python 4/5 e algum míssil antinavio, poderia ser qualquer um, o Skyhawk já daria um enorme salto de desempenho. Quanto ao acordo, pelo visto não deu em nada, pelo menos até agora.
Pelo que sei, o acordo permitiu à FAB se adestrar, nos aviões P-3AM, com torpedos antissubmarino aerolançados, pertencentes à Marinha. Nesse sentido, bastaria alocar esforços e recursos em horas de voo e ensaios para integrar Harpoon, Derby e Python da FAB aos jatos da Marinha. De resto, concordo com você que, após toda a modernização (ainda que reduzida a apenas meia dúzia de Skyhawks), ficar apenas com mísseis ar-ar defasados e bombas burras é inadmissível. Desde quando foi anunciada essa modernização, eu opinei que era muito extensa para as necessidades de treinamento e as pretensões (ainda à época em que… Read more »
Eis aí a razão de eu achar que eles devem se desfazer deles, vendo se acha alguém que queira comprar. Ok que já foi gasto dinheiro mas pra que eles tenham um mínimo de efetividade, e mesmo assim não será muita, ainda tem que ser enterrado ainda mais dinheiro. Se a MB estivesse com a frota em dia, não veria problema, como não está, não faz sentido do ponto de vista administrativo em minha opinião.
Um bom aumento no poder de fogo, vai sair do papel o plano da FAB de comprar alguns M-346FA? OFF topic a Airbus também esta testando um pod com um canhão de 20mm no H225M!
https://www.edrmagazine.eu/airbus-helicopters-conducts-a-qualification-campaign-for-the-nexter-20mm-pod-on-the-h225m
Do papel? Só se for higiênico…
Daí eles teriam que trabalhar.
Será que o RedHawk afetará o mercado deste avião?
Talvez no futuro mas não acho que agora. O Master, salvo engano, é mais barato de comprar e manter e além disso, até que a demanda da USAF seja atendida, quem quiser Red Hawk vai ter que sentar e esperar a vez.
20mm para o A29 já!
Esse pod ou o modelo testado pela Airbus no H225M que também é do mesmo fabricante pode ser uma boa opção!
Não creio que seja possível… É pesado demais para o avião com hélice única. Serviria apenas para ataque ao solo. Para instalar o 20mm no A29 teriam que achar um jeito de sincronizar os tiros da arma com a rotação da hélice, o que parece meio impossível, visto o casulo seria incorporado no momento da missão. Além disso tem o problema de recuo. Para exemplificar… O A10 americano (arma 30mm) só pode disparar em mergulho e por pouco tempo, correndo o risco do recuo da arma forçar uma frenagem exagerada da aeronave e derrubá-la. Se o A29 fosse bimotor, além… Read more »
Sincronizar com a hélice? Os pilones das asas ficam fora do campo das hélices. Bem como o central. Nele se instala o casulo SU25, com quatro foguetes 70mm, e não me consta que os foguetes atingem as hélices. E não foi instalado à época da criação, porque o canhão de 20mm não cabe interno à asa, e não queríamos armamento de cano em casulos.
Sim obviamente os foguetes do pod SUU-20 não atingem as hélices. Mas, passam bem perto…hehehe
Obrigado pela correção: SUU-20.
Que eu saiba, o uso do casulo SUU-20 no pilone central está limitado apenas para o uso das bombas de exercício, os foguetes não são instalados neste casulo quando este se encontra no pilone central.
Da mesma forma, o emprego do canhão 20 mm está condicionado apenas para uso instalados sob as asas, não sendo possível sua utilização quando este se encontra no pilone central.
O A-29 já foi apresentado com pod de canhão 20 mm da Nexter, instalado nos pilones internos das asas.
Além dos pontos já comentados o canhão do A10 é um bicho verdadeiramente monstruoso… vários outros aviões têm 30 mm mais “normais” sem maiores problemas.
Seria legal mas o custo do maior arrasto, maior peso e ocupação dos pilones vale a pena? Outra dúvida, dentro do uso que a FAB espera dar ao A29, qual seria a missão em que as duas .50 são “fracas” ao ponto de demandar dois canhões de 20mm? Por fim, nessa suposta missão, os canhões são a melhor opção ou foguetes APKWS, SDBs ou mísseis fariam melhor o trabalho?
ApKwS é absurdamente melhor, sem duvida ….alcance de uns 12 km e precisao, obvio é ma8s caro que projetil 20mm, mas o custo é muito acessivel hoje em dia…e para o espanto geral, evoluiu tanto que ja comeca a ser idealizado como armamento ar ar …os EUA ja testaram com sucesso num F16 abatendo missil de cruzeiro….
Minha nossa Leonardo, qual a próxima para o M-346? Stealth com bainha interna?
Já integraram a peixeira? Uau!
🤣🤣🤣🤣
A guerra da Ucrânia está gerando “antigas” necessidades.
Hoje abrir mão de um canhão, seja para qualquer tipo de vetor, é no mínimo perder a chance de usar tudo que tem contra o inimigo. Vide os ucranianos e os russos com seus Frankstein.
Canhões e foguetes acoplados em qualquer coisa !
Bom dia, É chover no molhado dizer que esse avião é muito interessante, Um tiro no alvo mesmo…, que cairia bem para a FAB. Sem contar ainda que o desenho dele lembra muito o do F-4 Phantom , É um “Fantasminha”
Que eu saiba, o único treinador que, ao ser convertido para a função de ataque leve, teve a fuselagem modificada para monoplace foi o BAE Hawk (Mk 200).
Seria legal ver versões do M346, do KAI T-50, ou do Boeing-SAAB T7, como caças leves monoplaces.
Seria excelente. Entretanto é mais barato evoluir o frame do treinador com acontece com o FA-50 da KAI.
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O F-5 ainda carece de um substituto pé no chão.
Não carece!
O Gripen é um substituto pra lá de pé no chão.
Tambem acho
O MB-326 também ficou monoplace em uma versão de ataque, a FAB chegou a operar durante um tempo.
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRg5fVUqThwePw94x-lF3eWk-qMALYzF9lfjA&usqp=CAU
Sim! Tinha esquecido.
Com dois canhões DEFA de 30mm.
Sim. Em 2005, a FAB adquiriu 14 exemplares do Atlas Impala Mk2 (versão sul-africana do MB-326K) que serviriam como fonte de peças, mas as aeronaves estavam em tão boas condições que decidiu-se colocar 5 deles em operação. Operaram no 1°/4° GAV entre 2006 e 2010. Além dos 2 canhões DEFA 30 mm, eram equipados com RWR e lançadores de chaff/flare.
sim,, eram os Impañas Sul Africanos….chegaran aqui para reposicao de pecas, mas alguns estavam ate em melhores condicoes que os nossos de pois de uma analise, entraram na ativa.
Alguem sabia que ja houve idealizacao da aermachi para um MB326 bimotor de ataque?
Realmente uma excelente configuração, entretanto eu acredito que a Leonardo está tentando equalizar as capacidades do M-346 diante a recente evolução do F/A-50 Golden Eagle. Eu acredito que o custo de aquisição de qualquer um dos modelos é semelhante, sendo que este último tem uma série de vantagens, tai como: canhão integrado a fuselagem, maior capacidade de carga bélica e velocidade supersônica. Na minha opinião o avião coreano pode entregar mais e melhor, mantendo a capacidade LIFT.
Acho que nao alcanca o Golden Eagle….ele é maior e mais parrudo….e super sonico ja de genetica.
O F5 é um caca excelente e pé de boi, pau para toda obra, os Coreanos tinham de substituir os seus e desenharam o FA50 Golten Eagle exatamente baseado em seus parametros. E por isto que ele fica numa categoria mais top
Está ficando parrudinho esse avião. Pena que não seja supersônico como o FA-50. Para realizar missões de interceptação (time critical) deve fazer diferença.
Qual o custo de um A29 novo para o Brasil e um bom pacote de armas?
Não seria uma opção mais adequada para nosso perfil de necessidades?
Aeronave interessante ! Mas tem outras melhores no mercado para fazer um par, para o gripen.
Melhor investir num lote de caças mach 2.3 tipo SU-34 ou F-15 . A conversão pra jato pode ser feita por aeronaves apenas de treinamento mais baratas e de menor desempenho.