O Link-BR2 visa o desenvolvimento, a integração, a validação e o fornecimento de um sistema tático de comunicação de dados

O Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) promoveu um Workshop sobre o Projeto Link-BR2. O evento ocorreu no dia 06/06, no auditório do Grupamento de Apoio de Brasília (GAP-BR), e contou com a presença de representantes do Ministério da Defesa (MD), da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB), da Força Aérea Brasileira (FAB) e das empresas AEL Sistemas, ATECH, Embraer e Kryptus. O Vice-Chefe do EMAER, Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta, foi responsável por recebê-los.

Além disso, estiveram presentes no evento o Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA), Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert; o Presidente da COPAC, Major-Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues; o Chefe do Centro de Planejamento, Orçamento e Gestão Institucionais do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Contra-Almirante Alexandre Veras Vasconcelos; Oficiais-Generais da FAB; o CEO da AEL Sistemas, Gal Lazar; dentre outras autoridades.

Durante o evento, a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), responsável pelo gerenciamento executivo, apresentou um breve histórico do Projeto e sua situação atual. A AEL Sistemas, encarregada do desenvolvimento e implantação da ferramenta, detalhou as operações nos segmentos aéreo e terrestre, questões de interoperabilidade e possíveis aplicações nas Forças Naval e Terrestre. A Embraer, por sua vez, abordou sua perspectiva sobre a integração das plataformas de emprego. O evento foi concluído com uma sessão de debates, proporcionando uma ampla interação entre a audiência e os palestrantes.

O Diretor de Comunicações da AEL Sistemas, Leonardo Martins Vegini, comentou sobre o evento. “A participação da indústria num ambiente de ricas discussões e de amadurecimento de conceito, como foi o Workshop, colabora para uma melhor compreensão das futuras demandas por parte das Forças, estimulando a preparação tecnológica por parte da empresa”.

Segundo o Diretor de Negócios da Embraer para a FAB, Rafael Gustavo Fassina Marques, a empresa reafirma seu papel como integradora de projetos complexos. “Estamos prontos para avançar nas discussões e buscar soluções de interesse das Forças Armadas brasileiras, como nas plataformas KC-390, A-29 e E-99”, esclarece.

Ao término do Workshop, o Chefe da Sétima Subchefia do EMAER, o Brigadeiro do Ar Leonardo Chaves Rodrigues, agradeceu aos palestrantes em nome da organização do evento. “É fundamental impulsionar a capacidade de comando e controle para alcançar o estado da arte, especialmente por meio da interoperabilidade entre as Forças”.

O Projeto Link-BR2 é um projeto de âmbito nacional que engloba o desenvolvimento, a integração, a validação e o fornecimento de um sistema tático de transmissão de dados, com base no conceito operacional do Sistema de Comunicações por Enlaces Digitais da Aeronáutica (SISCENDA).

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Willber Rodrigues

É um projeto que quase ninguem menciona, mas talvez seja o projeto mais estratégico e importante de todas as FA’s.

Zeca

Fazem anos que eu escuto sobre esse projete, tem previsão para Link BR2 entrar em operação?

Zeca

projeto

Nilton L Junior

Esse é um projeto de grande importância e relevância para nossa soberania.

Nilo
Wellington Góes

É até um contrassenso, falar de “projeto importante para soberania nacional”, mas tocado por uma empresa de capital 100% estrangeiro…
Nada contra empresas estrangeiras, mas estarem a frente desse tipo de projeto, com diversos conteúdos sigilosos a mão, mesmo que boa parte destes sejam tocados por brasileiros, nada impede que o governo do país de onde é a empresa dona da AEL (e seus aliados), tenham acesso a códigos secretos…
Mas aqui no Brasil é isso, o que não faltam são pessoas com caráter e senso duvidosos…

Last edited 1 ano atrás by Wellington Góes
Marcelo

Todo mundo sabe disso mais ninguem faz nada e nao fala nada,o importante é as comissões $$ desse contrato do link br o resto que si dane !!!
O brasil nao é para amadores !!!

Leandro Costa

Até onde eu sei, o projeto está sendo tocado adiante pela AEL sim, mas de propriedade da FAB, o que me leva à crer que levaram todas essas questões em consideração e compartimentalizam as informações. É tranquilo alguém criar um software do qual posteriormente não se tenha controle e ele fique inteiramente à cargo do cliente para alterar, modificar e atualizar conforme achar necessário. Isso acontece direto Mundo afora. Aliás é uma tal de BAe Systems que está providenciando todo o sistema C4I (Comando, controle, comunicações e inteligência) para os combatentes de superfície da US Navy. E para aqueles que… Read more »

Nilton L Junior

Sou da mesma opinião, a FAB não faria um contrato onde não houvesse um nivel de segurança, seria uma ingenuidade estratégica deixar livre, leve e solto esse contrato.

Aéreo

Sem duvida, as FA´s brasileiras são muito “cuidadosas” sobre este tema. A Marinha por exemplo operou equipamentos de comunicação secreta da empresa suíça Crypto AG, que pertenceu à CIA.

Leandro Costa

É, e pelo visto era uma das camadas.

Wellington Góes

kkkkkkk
A FAB, deliberadamente, deixou morrer a empresa brasileira que tocava o projeto. Daí, quando esta acabou, ao invés de encaminhar para outra empresa 100% nacional que resultou da extinta MECTRON, no caso a SIATTI, a FAB resolveu repassar a uma empresa “brasileira” (AEL), de propriedade em 100% da ELBIT israelense, mas que tem em seus quadros militares e parente de militares da FAB, aí já viu…
É, de fato, não houve ingenuidade, mas puro interesse corporativo de alguns…

Last edited 1 ano atrás by Wellington Góes
Nilton L Junior

Caro Wellington a FAB/governo deixou morrer porque exatamente faltava compromisso com ter soberania, torço para que o governo atual em 4 anos recupere esse conceito na prática, se vai obter êxito não sei, mas até lá esse projeto tem importância e relevância.

Aéreo

Você acredita que há alguma comparação entre os níveis de confiança estratégica entre os EUA e o Reino Unido, que compartilham há mais de 70 anos tecnologias criticas nas áreas de Defesa, Nuclear e Espionagem são os mesmos que envolvem a FAB e a Elbit? 

Leandro Costa

E você sabe o por que disso e qual o nível de cooperação entre esses dois países? É interessante notar que o desenvolvimento independente continuou em ambos os lados do Atlântico.

Augusto

Falaram, falaram, falaram, mas o que importa, que é a situação atual do projeto, não divulgam.

Hellen

Essa informação é classificada como secreta,mais a empresa que esta desenvolvendo é estrangeira !!! Kkkk
Fica tranquilo que vai ter muito workshop pelo s proximos 5anos .

Rubeval

Já esta sendo integrado ao gripen.
A FAB com o Gripen,link Br e o sistema IFF vai colocar a FAB em outro patamar !!!
https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/35246/PROJETOS%20ESTRAT%C3%89GICOS%20-%20FAB%20realiza%20testes%20com%20primeiro%20prot%C3%B3tipo%20IFF%20Nacional

Last edited 1 ano atrás by Rubeval
Rinaldo Nery

A informação que recebi dum oficial do projeto que até o final deste ano estará praticamente concluído.

Nilo

Valeu comandante.

Luiz Antonio

Esse projeto-assunto é daquelas coisas que ficam no rodapé das notícias, praticamente destituído de atenção dos leitores, mas que no futuro pode comprometer a Segurança Nacional de forma decisiva. Apenas posso especular e é preocupante que empresas estrangeiras envolvidas nesse projeto terão acesso a requisitos das FA’s e o gráu de controle das informações que terão acesso. Não se discute a necessidade, e sim a forma como será conduzido. O Ministério da Defesa e os Comandantes das três Forças devem esclarecer melhor tudo isso. Mesmo projetos, são passíveis de revelação de informações que, mesmo se não forem implementados, expõem rotinas… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Luiz Antonio
Aviator.SSA

Uma das questões no desenvolvimento do protocolo LINK BR2 é a sua compatibilidade com as diversas plataformas existentes nas três Forças… Para exemplificar a questão, há 10 anos atrás a FAB possuía diversos equipamentos Rohde & Schwarz definidos por software que se prestariam bem para a aplicação do protocolo em desenvolvimento mas a versão terrestre desse mesmo equipamento poderia ser definido como um “trambolho” que as unidades de comunicações do EB odiavam. Por outro lado, equipamentos da Rockwell Collins das aeronaves do EB se demonstravam muito melhores para comunicação em criptografia com as tropas terrestres, que usam o Harris, ainda… Read more »

Rubeval

Ao que tudo indica o projeto já foi testado e finalizado e o próximo passo é a integração ao gripen !!!

Rafa

Engraçado não ter nenhuma notícia sobre o A330-200 que o Lula está retirando do serviço da aeronautica pra virar o AeroLula 2. Vamos aguardar

Heinz

Sim, é uma vergonha esse senhor ser presidente do Brasil.

AVISO DOS EDITORES: LEIA AS REGRAS DO BLOG.

5 – Não use o espaço de comentários como palanque para proselitismo político, ideológico (…)

https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Marcelo Andrade

Não tirou nada. A PR estuda uma aeronave VIP com mais autonomia e o A-330 viria a servir. A FAB pode aproveitar e comprar uma das inumeras células de A-330 no mercado e ainda enfiar a conversão dos MRTT. O A-319 poderia ser vendido a ótimo preço pois é pouco voado e entrar na transação.

Rafa

Ok, vc usou a palavra “pode”, numa hipótese, certo?
Vamos nos ater aos fatos. O fato é que irá tirar uma aeronave de serviço da FAB pq o moço está se sentindo desconfortável no AeroLula1.

Se isso vira moda, hein.
Daqui a pouco vai ter gente pedindo pra converter o Navio Multipropósito Atlântico num iate de luxo pq o atual não dá pra pescar com conforto.

Ricardo Rosa Firmino

Esse link está em desenvolvimento a mais ou menos 15 anos e não sai disso.. só workshops, testes, workshops, testes…. e não vai pra lugar nenhum…

Rinaldo Nery

Vai sim, ____________

COMENTÁRIO EDITADO. MANTENHA O RESPEITO. LEIA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Rinaldo Nery

Estude um pouco o tema pra entender a complexidade disso. E, by the way, ninguém nos ensinou po*** nenhuma.

Nilo

Reclama-se da ausência de informações, quando tem um workshops reclama.
Reclama-se de ausência de conteúdo nacional quando se toma um passo de uma parceria necessário ao desenvolvimento nacional do Link Br reclama-se.
Mas sim tem que as informações, serem claras, com calendário expostos e público das várias fases do projeto.

Last edited 1 ano atrás by Nilo
Fernando "Nunão" De Martini

Sim, não faltam matérias aqui com os testes do sistema, ensaios em voo etc.

Ivanmc

Princípio de Peter, prezado.

Zorann

Esse Link BR não está pronto ainda não?