Laboratório Criosfera 2 embarca rumo à Antártica a bordo do KC-390
Equipamento produzido com base em tecnologias nacionais possibilitará pesquisas sobre o impacto das mudanças climáticas
No dia 28 de setembro, teve início a maior operação brasileira no interior do continente antártico, com o embarque do Laboratório Automatizado e Sustentável “Criosfera 2”, que parte da Base Aérea de Canoas para a base de Punta Arenas, no Chile, de onde seguirá para a Antártica.
O laboratório foi montado pela equipe do Centro Polar e Climático da UFRGS, integrando o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), e desenvolvido com tecnologia gaúcha, com a estrutura principal fabricada por empresa local. O transporte será realizado pela nova aeronave Embraer KC-390 da Força Aérea Brasileira. O Proantar é apoiado pela FINEP, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O módulo ficará em Punta Arenas por aproximadamente 30 dias, para, então, ser enviado em outro avião através do continente gelado até o paralelo 80º Sul, local onde será instalado. A missão irá durar cerca de um mês e meio, do final de novembro ao início de janeiro, dependendo da situação meteorológica. No total, irão participar oito pesquisadores da UFRGS, sendo que quatro serão responsáveis por acompanhar, testar e instalar o Criosfera 2, retornando logo em seguida. O restante do grupo, liderado pelo pesquisador Jefferson Cardia Simões, integrante do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (CONAPA/(MCT) viajará pelo continente em missão avançada a fim de fazer perfurações de gelo e coletar dados geofísicos. Além do laboratório, foi embarcada a carga de manutenção do Criosfera 1.
Objetivos
Em relação ao Criosfera 1, o módulo 2 prioriza tecnologia nacional, desenvolvida totalmente no Brasil e com equipamentos nacionais, excetuando alguns itens importados, como sensores. O módulo está dedicado à pesquisa sobre mudanças do clima, climatologia e glaciologia. “Ele é diferenciado, porque nós estamos olhando outro setor geográfico da Antártica – a região do Mar de Weddell e da plataforma de gelo onde vai estar localizada – que está mais relacionada à variabilidade do clima do Atlântico Sul, e, principalmente, do Cone Sul, Sul do Brasil, Argentina e Uruguai”, explica o professor Jefferson, também vice-pró-reitor de Pesquisa da UFRGS.
De acordo com o docente, “nossa grande meta é melhorar o entendimento da variabilidade climática da Antártica e como ela afeta a formação de frentes frias, a geração de ciclones extratropicais e os eventos extremos do clima. Também se pretende apoiar a pesquisa de investigação glaciológica de uma área geográfica maior”.
Jefferson explica como se estrutura a operação sob sua coordenação-geral, a maior expedição brasileira já realizada no interior do manto de gelo antártico, avançando por mais de dois mil quilômetros além da Estação Comandante Ferraz: “São três grupos diferentes: o do Criosfera 2, composto unicamente por pesquisadores da UFRGS, liderados pelo pesquisador do PPG em Geografia Francisco Eliseu Aquino; o grupo da Geleira Payne, um acampamento chefiado pelo próprio Jefferson, do qual participam outros três pesquisadores ligados à UFRGS e mais dois geofísicos da Universidade Federal do Pará; e, finalmente, três pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que irão fazer a manutenção do Criosfera 1”.
Financiamento e envolvimento discente
A ação do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) é apoiada pela Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar e envolve a cooperação entre UFRGS, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira (FAB), com recursos oriundos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A construção do módulo custou R$ 250 mil, financiados meio a meio por Fapergs e CNPq/MCTI. O transporte e a logística até a Antártica sairão por cerca de R$ 3,5 milhões e ficarão totalmente a cargo do Ministério, com recursos repassados à UFRGS pela Finep.
O pró-reitor frisa que a ação de transporte e instalação do Criosfera 2 é exclusiva da UFRGS, por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnológica da Criosfera, gerido pelos pesquisadores da Universidade; enquanto a direção logística, a liderança científica e a execução ficam a cargo do Centro Polar e Climático da UFRGS.
Em relação à participação de estudantes, o docente afirma que “o Centro Polar e Climático envolve o trabalho de mais de 60 pessoas, oriundas de diferentes programas de pós-graduação, incluindo alunos de iniciação científica, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos. Um grupo técnico, que é nosso sustentáculo, principalmente na parte analítica”. Jefferson finaliza ressaltando que o PROANTAR não é um projeto de governo, mas do Estado brasileiro, financiado por meio de recursos públicos do MCTI. E comemora: “Essa iniciativa toda demonstra a liderança gaúcha, pois hoje cerca de 60% dos projetos de pesquisa do Programa Antártico estão ancorados nas cinco universidades do Rio Grande do Sul”. O transporte e a logística até a Antártica sairão por cerca de R$ 3,5 milhões e ficarão totalmente a cargo do ministério, esses recursos foram repassados à UFRGS pela FINEP.
FONTE: UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
È nisso que se deve gastar muito dinheiro publico. E não em campanhas políticas, picanhas e afins
Quem domina informação do clima e relevo domina os cenários de guerra!
Olá Marcelo. A questão climática é mais ampla. Tem obviamente a questão estratégica mas também a questão econômica. A compreensão do clima é fundamental para a eficiência do setor agropecuário e no caso brasileiro, do setor de geração de energia, o que impacta em todas os setores econômicos (industrial e serviços). Além disso, tem a própria questão da defesa civil em torno da preparação e ação em períodos de crise ou até de calamidade climática (chuvas, secas, furacões, etc).
Com cada vez mais cortes em ciência e tecnologia e no orçamento para as universidades é quase um milagre esse projeto ter vingado.
A prioridade do governo atual é o orçamento secreto e a compra do apoio do centrao no congresso para passar a boiada !!!
Cada um tem o governo que merece !!!!
Bom dia amigo!
Permita esclarecer que o “Orçamento Secreto” foi criado pelo governo Dilma.
Olá DIniz. Não. O chamado “orçamento secreto” são as emendas de relator. Esta lei foi introduzida em 2019 para ser aplicada em 2020 em diante. Ao contrário das emendas parlamentares e de bancada, nas quais os nomes dos deputados e senadores que propuseram a emenda são públicos, as emendas do relator não mencionam qual deputado/senador solicitou o recurso. Todas estas emendas ficam no nome do relator do orçamento, o que contraria os princípio da impessoalidade e da publicidade da CF88. Todas as emendas não são impositivas, o que significa que é o Executivo quem autoriza o pagamento.
E foi vetado pelo PR. Ponham na conta dos deputados e senadores.
Olá Rinaldo. São duas coisas distintas que precisam ser discutidas. A primeira é a situação até mesmo inconstitucional das emendas do relator. O fato de que a emenda do relator esconde qual foi o deputado/senador responsável pela indicação do recurso cria um desequilíbrio inaceitável na disputa política. Neste caso, o presidente da Cãmara ficou com um poder descomunal pois ele pode direcionar uma enorme quantidade de recursos para a sua base dentro do Congresso, literalmente comprando os votos dos deputados e senadores para votarem de acordo com a opinião do presidente da casa. Isso é um escândalo assustador. A outra… Read more »
Acabou de explicar o ¨presidencialismo de coalizão¨….Fruto da CF de 88, que torna o País quase ingovernável. Mas você defende tanto essa CF lixo…
Ingovernabilidade. Mesma critica que faziam à Constituição de 1946, pedra fundamental do Presidencialismo de Coalizão. Interessante. Erra-se, no entanto, ao tentar culpar a letra. Se as ferramentas de coalizão utilizadas pelos chefes do Executivo, do dia 5 de outubro de 1988 até hoje de manhã, foram nomeações ministeriais e liberação de emendas – sejam elas secretas, mensaleiras ou de qualquer ordem -, o amigo que me perdoe, mas o problema não é a lei. Pode-se repensar a CF88? Todos os dias. Mas, de saída, importante lembrar que qualquer outro modelo que subalterne o Legislativo e o Judiciário ao Executivo –… Read more »
Há que se buscar uma solução. E não será pela 101a emenda…
Verdade seja dita, o tal “orçamento secreto” foi sancionado no governo Bolsonaro, sendo que o Bolsonaro vetou o projeto na sua primeira apresentação e esse retornou para o Senado, tendo nova votação e a aprovação do orçamento se deu através do voto do Senador Rogério Carvalho (PT-SE), ou seja, o PT tem participação decisiva na aprovação da tal “emenda do relator”, que ficou conhecida como “orçamento secreto”. Eu não passo pano pra ninguém e insisto que a corrupção é sistêmica, a única coisa que muda é a sigla e a visão de um ou outro, mas no geral a briga… Read more »
Vetou, mas paga. Basta o ordenador de despesa da área financeira e contábil dos ministérios não empenhar e a legalização do mensalão, chamada de orçamento secreto ou emenda do relator, acaba no mesmo dia.
Olá Rafael. O executivo está refém do legislativo. Caso não pague as emendas do relator, o presidente da Camara ou do Senado podem travas as pautas ou criar pautas bomba, como foi feito no período do Eduardo Cunha na presidência da Câmara entre 2014~2016. Por outro lado, o relator pode escolher quais senadores e deputados que irão receber emendas, distorcendo completamente a questão da representatividade dos deputados e senadores. Neste momento, é preciso publicar do modo mais claro possível quais são os múnicípios e estados que estão recebendo emendas do relator e vincular estes recursos ao deputado/senador que indicou o… Read more »
A prioridade do governo anterior foi beneficiar algumas empresas amigas como Odebrecht, OAS etc., através de obras em ditaduras, financiadas com o dinheiro dos nossos impostos e distribuir renda para os cumpanheiros, com roubos estratosféricos nas estatais.
Realmente, temos os governos que merecemos!
Pois é.
É sempre mais fácil enxergar o erro dos outros do que os nossos, ou o erro daqueles que não apoiamos do que ver o erro dos que defendemos.
Seria mais adequado enxergar o erro de ambos, em vez de um lado apontar o erro do outro e vice versa, sem se olharem no espelho.
Dito isso, a conclusão é verdadeira. O brasileiro tem mesmo os governos que merece.
Caro Felipe. Em termos de política de Ciência e Tecnologia, os dados são óbvios. O atual governo cortou recursos, causando prejuízos em inúmeras pesquisas Pela primeira vez na historia, o número de defesas em 2021 foi menor que no ano anterior. Como um doutorado leva em média 4 anos, este redução nas defesas reflete os problemas do último governo. Provavelmente, os próximos anos vão continuar mostrando uma redução no número de defesas de doutorado. Foram cortados recursos para bolsas, para custeio e para a manutenção dos prógramas de pós graduação.
Você como alguém da área acadêmica, sabe muito bem que em 2021 estávamos sob a pandemia do Covid19, e que as aulas nas Universidades estavam sendo feitas online. Quem tinha pós-graduação baseada em atividades presenciais, teve que adiar muita coisa, mesmo a área de pós-graduação tendo recebido preferência nos laboratórios.
Não sou apoiador de político, mas sua intenção de associar a queda no número de formandos com o atual governo, completamente ignorando as circunstâncias que o país atravessava e ainda atravessa, não é honesta.
Olá Clesio. Eu coloquei os dados dos EUA para comparação mais abaixo.
Camargo, você tem os números desses mestrados e doutorados que revertem para a indústria, para a economia? Curiosidade.
Olá Rinaldo. Os números que eu tenho são um pouco antigos, do Censo de 2014 da CAPES (considerando todos aqueles que receberam doutorado de 1996 até 2014). Pode estar um pouco desatualizado mas é uma referência muito útil. Pelo que tenho visto nos últimos anos, estes números mudaram pouco e se mudaram foi com o aumento de doutores no setor privado. Na área de exatas, aumentou muito o número de jovens doutores que fundaram a suas próprias startups de alta tecnologia. O problema é que muitas delas têm vida curta, ou 2 ou 3 anos. Contudo, se tornou comum que… Read more »
Não entendi o gráfico. A tela cobriu parte das legendas.
Olá Rinaldo. Pois é. Este gráfico estava em uma apresentação que fiz há alguns anos chamado “SOBRE OMBROS DE GIGANTES.
A Tese não sai por acaso, ou “How I learned to stop worrying and love the thesis”, uma brincadeira com o título do filme do Kubrich “Dr Fantástico”. Segue a imagem inteira do Slide.
Entendi agora. Grato.
Beleza.
Olá Rinaldo. Estes números são importantes para o debate. Primeiro, percebe que praticamente 2/3 dos doutores no Brasil atuam no setor privado. È preciso lembrar que os doutores que atuam no setor público incluem as universidades as também os diversos órgãos, como Receita Federal, Banco Central, IBGE, Embrapa etc. Também é interessante observar que os doutores em áreas como humanas e linguística atuma no setor privado, provavelmente setores de mídia e comunicação. Basta lembrar que o próprio Jorge Caldeira, autor de vários livros, tem doutorado em Ciência Política, assim como muitos jornalista e profissionais do setor financeiro. Muitos profissionais da… Read more »
Obrigado. Informação importante. Isso é o que alavanca a economia, dentre outros fatores. O PPGAO (Programa de Pós Graduação em Aplicações Operacionais) do ITA também tem elevado muito o nível das ações das FFAA. É o que eu sempre digo: a USAF é o que não só pelo dinheiros, mas sim porque quase todos seus oficiais superiores têm mestrado (pelo menos).
Concordo plenamente! Precisamos aprender a discutir política, nem mesmo os políticos fazem isso (reflexo da sociedade), virou briga religiosa, gênero etc. e o mais importante que são os números, principalmente da educação, economia (levando em conta o cenário mundial no período de governo), saneamento básico etc., são esquecidos. Como consequência, temos que colocar o voto em quem achamos que é menos pior, quem parece menos corrupto, e não em quem é mais competente, que sabe gerir, que sabe articular sem se corromper. Infelizmente não consigo enxergar, no curto prazo, um governo totalmente isento de corrupção e nosso judiciário é o… Read more »
Olá Rafael. A politica de financiamento á ciência e tecnologia nada tem a ver com empreiteiras. O fato é que nos últimos 4 anos, os recursos para C&T foram reduzidos a níveis insustentáveis, o que levou à paralisação de inúmeras pesquisas e debandada de muitos pesquisadores jovens-doutores. Pela primeira vez na história do Brasil, o número de defesas de doutorado e mestrado diminuíram
Olá Camargoer… Concordo com você em alguns pontos e ao meu ver a verba da educação não deveria ter cortes, porém, os cortes ocorreram em todos os governos. Sei que as verbas que foram para as empreiteiras são de pastas/ministérios diferentes, porém citei apenas para criar um paralelo com a corrupção endêmica que assola nosso país, pois entendo que a corrupção é o pior vilão da educação e do desenvolvimento, vimos isso no atual governo também, com o esquema de corrupção no MEC, ex-ministro Milton Ribeiro. Esse gráfico apresentado é interessante, mas não pode ser analisado separadamente. No final de… Read more »
Olá Rafael. Repare que os dados que eu coloque do Brasil são de 2020. Para comparar, vou colocar os dados dos EUA. Em 2019 foram concedidos 55.614 doutorados nos EUA contra 55.283 (queda de -0,6%). No Brasil foi uma queda de 18% (30 vezes maior). Há alguns anos, foi o observado que o número de doutoramentos nos EUA havia atingido um teto. Os EUA e a China formam mais ou menos a mesma quantidade de doutores por ano. O Japão forma cerca de 18 mil por ano. Não há paralelo no mundo com a queda ocorrida no Brasil. Durante a… Read more »
tenho que concordar com vc hoje Hellen.
Caro Hellen. Como cientista e professor de ensino superior, nem eu nem meus estudantes merecemos o que aconteceu com a C&T nos últimos anos. O prejuízo é óbvio e em alguns casos, irrecuperável.
Olá Marcos. Há algumas semanas, eu expliquei aqui que o ProAntar é um programa de Estado no qual estão envolvidos diversos ministérios. Havia aqui quem discordasse dos gastos da MB com a base na Antártida. Expliquei que a maior parte dos recursos do ProAntar são oriundos do MEC e do MCT, inclusive por meio da FINEP, CNPq e CAPES, além das agências de fomento estaduais (FAPESP, FAPEMG, FAPEMA, Fundação Araucária, entre outras). Inclusive, na época escrevi que uma grande parcela dos gastos da FAB e da MB eram ressarcidos. Como de costume, fui negativado. riso
Olá Marcos. Apenas para registro, dia 04/outubro MEC fez novo corte de recursos para custeio das universidades federais. Em janeiro, ocorreu um corte de 7% e agora outros 5%. O orçamento das universidades em 2022 é menor que o de 2019. Além dos cortes no custeio das universidades, ocorreram cortes na CAPES e CNPq. O fato é que os projetos que estão em andamento são aqueles que já vinham sendo conduzidos e tinham recebido recursos nos antos anteriores. A perspectiva é que os projetos sejam descontinuados e que não sejam iniciados novos projetos. O impacto será visto principalmente a partir… Read more »
Com todo respeito que tenho aos professores, mas tem faculdade pública até hoje com ensino a distancia por causa da COVID. Com toda a sociedade tendo voltado ao normal a um bom tempo. Não existe percepção na sociedade dos efeitos das pesquisas das universidades em prol da mesma, o numero de patentes sempre foi ridiculo em comparação com o mundo. Os professores e reitores também devem fazer meia culpa pois transformaram nossas universidades publicas em locais de baderna, desordem e propaganda política. Basta pesquisar um pouco pra ver a quantidade absurda de gente recebendo bolsa pra defender teses que não… Read more »
Olá Velame. Praticamente, toda a pesquisa no Brasil é feita nos programas de pós-graduação das universidades públicas. Isso em todas as áreas. Destas pesquisas, as maior parte é realizadas por bolsistas de doutorado. O exemplo do ProAntar é óbvio. Os modelos climáticos usados no Brasil (Inpe e Inmet) usando os dados obtidos pelas pesquisas na Antártida e também no pantanal, amazônia, serrrado, etc. Portanto, quanto qualquer pessoa acessa a previsão meteorológica ela esta acessando os dados das pesquisas de doutorado. Eu poderia continuar citando as pesquisas em desenvolvimento genético para a obtenção de plantas mais produtivas e resistentes que são… Read more »
Caro Camargoer, primeiramente parabéns pela sua publicação, certamente teve muito empenho e dedicação envolvidos e espero que seus estudos tenham grande valia no combate a essa terrível doença! Meu irmão também segue carreira acadêmica, área de biologia, é doutor e professor/pesquisador no Instituto Federal da Bahia – Campus Santa Inês e eu o admiro por ter trocado a vida em São Paulo para se dedicar ao desenvolvimento científico em outro estado, sendo que antes passou por uma cidade bem pequena no interior do Maranhão (Buriticupu). Mas tenho que concordar também com o colega Velame, a doutrinação esquerdista e ideológica nas… Read more »
Olá Rafael. Obrigado. Este estudo levou 6 anos, envolveu três bolsistas de doutorado (uma foi contratada por uma empresa que produz ração animal, outra está em uma startaup de biotecnologia e o terceiro bolsista esta com uma bolsa para estudar em Portugal), dois bolsistas de Iniciação e dois pesquisadores plenos. Eu não fiz a conta, mas deve ter custado algo em torno de R$ 150 mil (incluindo as bolsas, os reagentes e experimentos). Sobre a educação de base, é preciso lembrar que até a década de 60, ela era restrita ao ensino fundamental. Não existia ensino infantil e os adolescentes… Read more »
Qual o retorno dos doutorados e projetos para as instituições? Sem dúvida uma pesquisa que envolva tratamentos, vacinas etc envolverá retorno, mas no geral não gera retorno, o que dizer então no âmbito de gastos nas áreas de humanas, qual o retorno? O que o resultado de um doutorado de filosofia retorna para a instituição e para a sociedade? A grosso modo servem para sustentar toda uma estrutura parasitária que é base de manobra de determinados setores políticos e sociais.
Olá Sagaz. Semana passada a CAPES publicou o resultado da avaliação dos programas de pós-graduação no Brasil (realizadas de 4 em 4 anos). Ela dá um panorama claro das áreas de excelência na pósgraduação no Brasil. A maioria dos doutores no Brasil atuam no setor privado. O primeiro objetivo da pósgraduação é a formação de recursos humanos. Então, a existência de setores de destaque na economia do país é reflexo da existência de pessoal qualificado atuando nestas áreas (agropecuária, setor farmacêutica, tecnologia de informação, etc). Ainda que o Brasil forme cerca de 20 mil doutores por ano (a maioria no… Read more »
O ministro explicou hoje na TV que foi por conta da Lei de Respobsabilidade Fiscal. Chamou os reitores que necessitarem de recursos pra fechar o ano.
Olá Rinaldo. Como fui indicado para assumir a Chefia do Departamento ano passado, eu tenho acompanho de pertinho esta questão orçamentária. O que aconteceu foi que no início do ano, o orçamento de custeio das universidades sofreu um corte da ordem de 7% (corte mesmo). Ao longo do ano, fizemos um enorme esforço para reorganizar os gastos. Era preciso preservar as bolsas, a moradia e a alimentação dos estudantes cadastrados no critério sócio-econômico. Há um grande número de estudantes de graduação que dependem destes auxílios para permanecer na universidade. Houve uma reprogramação dos gastos e uma enorme negociação com fornecedores… Read more »
O estudo do clima vem de encontro com nossas necessidades, esse projeto é de vital importância ao nosso país. Para evitar catástrofes naturais uma previsão do tempo fiel é de suma importância para o gerenciamento de crises. Há vários desastres que comprovam a necessidade de investimento nessa área. Sem mencionar o agro brasileiro que emprega quase 20 milhões de pessoas, representando 27% do nosso PIB com valores na casa de R$1,2 trilhões de reais no ano fiscal de 2021, Fone CNA Brasil-2022. Empregos esse que não são apensa de quem está no campo diretamente, mas temos empresas como a Xmobots… Read more »
de encontro = contrário; ao encontro = coincidente.
Em 2014, em plena copa do mundo, o laboratório do Rio de Janeiro que abriga um super computador fechou por falta de pagamento da conta de luz? lembram disso?? rapaz, ainda querem comparar. É aquele que tem o chapéu do Santos Dumont em sua fachada. Estou falando de conta de luz.
Olá Silvano. Não misture as coisas. O SDumont é um dos supercomputadores abertos para a comunidade científica brasileira. Ele e os demais Centros Nacionais (Cenapad) são bancados pela FINEP (aquisição e construção de infraestrutura) e pelo MCTI (custeio). Qualquer pesquisador brasileiro pode submeter uma proposta de pesquisa solicitando tempo de processamento e capacidade de memória. Estes projetos são analisados por um comitê que aprova (ou nega) e dimensiona as propostas e também que analisa os relatórios de execução (o que implica na manutenção, renovaão ou cancelamento dos projetos). Existem regras muito claras para o uso, inclusive é vetado o uso… Read more »
Seu cometário é preconceituoso e sem fundamento estatístico. Vamos aos números. Segundo o PNAD 2019 (afinal não tivemos Censo em 2020), o NE tem uma taxa de analfabetismos de 13% (para uma média de 6% no Brasil). No NE, Lula teve votação maior que 65% e Bolsonaro ficou em torno de 30%, portanto uma diferença de 35% (mais do dobro da taxa de analfabetismo).
Recebi uma boa hoje: ¨se você troca a sua honra e valores morais por uma picanha, você não vale uma mortadela¨.
Olá Rinaldo. Riso. Boa. Eu estou bastante incomodado com a facilidade com que algumas pessoas publicam ofensas e tudo mais. Ali em cima, alguém me chamou de desonesto por discordar do que coloquei. Felizmente, a nossa amizade vem de longe e mesmo quando discordamos, o fazemos de modo respeitoso. Já li aqui insulto ás pessoas com câncer (perdi meu pai para esta doença), desrespeito aos judeus e agora aos analfabetos. O analfabetismo no Brasil é um desafio que persiste em ser vencido. Felizmente, hoje são 6% (mais de 10 milhões de brasileiros). Já foi 50% na época de JK e… Read more »
Olá Camargoer, não sei se essa mensagem foi dirigida a mim, mas… Em nenhum momento quis desmerecer alguém, seja pela região onde vive ou por ser ou não analfabeto. Fiz uma crítica aos governos no geral que pouco se preocupam com a educação de base e quando me referi a cidade onde meu irmão leciona e lecionava foi apenas para demonstrar o empenho dele pela educação, uma vez que saiu de uma cidade que tem tudo por perto, centros comerciais, restaurantes etc. e foi para uma cidade do interior onde tudo é mais difícil e mais distante (fora a distância… Read more »
Olá Rafael. Pois é. Duvido que uma pessoa escolha ser analfabeta. Provavelmente é o contrário. A gente precisa ficar atento para evitar cair nas armadilhas que uma sociedade violenta e desigual como a nossa costuma preparar. Então vamos em frente e lutar por uma sociedade mais justa que ofereça oportunidades para todos sem distinção de qualquer tipo.
O caso do NE é, e sempre foi, culpa dos governos estaduais e municipais. Histórico.
Quem quiser saber mais sobre o programa do Criosfera nessa live o Prof. Heitor conta a historia do Criosfera 1
.
(além disso essa canal tem muito conteúdo sobre o ProAntar)
.
https://youtu.be/n4K8fpGjKRw