Radares Hensoldt para os novos Eurofighters da Força Aérea Espanhola
A Força Aérea Espanhola passou mais de uma década tentando substituir os veteranos caças F/A-18A da 46ª Ala que defendem as Ilhas Canárias da Base Aérea de Gando por modernos caças Eurofighter.
No âmbito da feira alemã ILA em Berlim 2022, a Airbus anunciou a compra de 20 novos caças Eurofighter para a Força Aérea Espanhola. Desta forma, a Espanha vai finalmente substituir o F/A-18A.
Estas novas aeronaves serão muito semelhantes à variante denominada Quadriga, mais próxima de um Tranche 4 devido à sua configuração e gerida através da agência NETMA (NATO Eurofighter and Tornado Management Agency). Estes serão os mais modernos da Força Aérea Espanhola.
O programa Halcón
Em julho de 2020, a Airbus DS formalizou a oferta de venda de 20 Eurofighters do Tranche 3 equipados com radar de varredura eletrônica E-SCAN da empresa Hensoldt, chamando o programa “Halcón” (Falcão em Português). Segundo a Airbus, as entregas ocorrerão entre 2025 e 2030 e terão vida útil além de 2060. Além disso, suas capacidades técnicas permitirão a integração total ao Future Combat Air System ou FCAS.
“Este pedido adicional reforça o compromisso da Espanha não apenas com o Eurofighter, mas também com seu desenvolvimento e ambiente industrial. Gostaria de agradecer ao cliente por sua forte posição na defesa europeia no momento em que é mais necessária”, disse Mike Schoellhorn, CEO da Airbus Defense and Space.
Conforme publicado anteriormente, essas aeronaves teriam uma configuração semelhante às escolhidas pela Força Aérea Alemã no âmbito de seu programa Quadriga. Este programa contempla a aquisição de 38 destes aviões de combate para substituir os mais antigos Tranche 1.
Suas principais características
A principal característica do Eurofighter Quadriga ou Halcón é o radar E-SCAN Active Electronically Scanned Array (AESA), capaz de rastrear vários alvos a curta distância e escanear a longa distância, combinando capacidades ar-ar e ar-terra. O radar que esses aviões terão é o chamado Mk1, que será fornecido pela Hensoldt e que no futuro deverá ser usado para modernizar os aviões dos dois primeiros Tranches.
A tecnologia AESA da Hensoldt baseia-se na substituição da antena mecânica rotativa do radar por um conjunto de Módulos Transceptores (TRMs) controlados eletronicamente. Este princípio, em combinação com um receptor multicanal altamente sofisticado, permite executar várias tarefas ao mesmo tempo, por exemplo, rastrear alvos individuais enquanto varre uma ampla extensão do espaço aéreo na frente da aeronave. Esse aprimoramento melhorará a capacidade de sobrevivência da aeronave mesmo em conflitos de alta intensidade.
A Espanha já encomendou cinco radares deste tipo, que presumivelmente chegarão a tempo de equipar as novas aeronaves, destinando-se ao retrofit do Tranche 1 caso isso não seja possível. Há planos de comprar mais 17 radares deste modelo para equipar o programa Quadriga/Halcon.
O Eurofighter Quadriga também terá o sistema de autoproteção Pretorian da EuroDASS (por Defensive Aids Sub System), um consórcio formado por Hensoldt, Leonardo UK, Elettronia e Indra.
DIVULGAÇÃO: Hensoldt
Eu lí errado, ou os Eurofighters espanhóis só terão agora capacidades que qualquer outro caça 4++ já tem a anos?
Sim Wilber!! Espanha estava atrasada e so conseguiram faz pouco o dinheiro para substiuir os F/A-18A. Eu acho que é a mesma coisa que aconteceu com o Brasil ne? So agora terao no novo Gripen o Radar AESA.
Mas os F/A–18 deles não tinham essa capacidade?
O F/A-18 Hornet, não tem radar AESA.
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https://www.aereo.jor.br/2021/05/07/radar-aesa-para-os-f-18-hornet-do-corpo-de-fuzileiros-navais-dos-eua/
Os EF-18 da Espanha nunca tiveram radar AESA.
O radar dos EF-18 era pelo menos inicialmente, o AN/APG-65. Não tenho a certeza se foram atualizados com o AN/APG-73.
Mas de qualquer modo, tanto o -65 como o -73 são radares MSA e não AESA.
Gripen é de terceira geração, no máximo 3,5 meu caro.
4++
Olá Carlos. Tanto faz. O que importa é que o radar do F39E/F são Aesa, o software é modular, a integração dos dados é feita tanto no capacete quando no painel tipo tela e os aviões operam em rede, trocando informações entre si e com outros centros (como aviões de alerta, estações de radar e comando em terra, satélites e até drones).
kkkkkkkkk
Tem que ler e estudar mais antes de falar besteira em público. O nosso gripen está entre os mais modernos da geração 4++.
Os caças da geração 4+ só à pouco incorporaram o radar AESA, tirando os Norte-Americanos e o F2 Japonês. O J10 Chino, só agora com o modelo J10C, o incorporou, os Russos só a partir do SU-35 e o Rafale, só depois do modelo Rafale F3R. E o radar mecânico do Typhoon, era o melhor do mundo, fora os radares AESA. O Typhoon é considerado nos meios militares, o melhor caça no combate ar/ar, para lá do alcance visual, excluindo os 5G, imaginemos com os radares AESA. Também os radares AESA da Hensoldt, para os caças Alemães e Espanhóis, como… Read more »
Complementando, vai além do radar AESA. Toda a suíte eletrônica das últimas versões do Typhoon é superior começando pelo DAS Praetorian, o IRST, a capacidade de guerra eletrônica e etc.
Tanto o radar da BaeSystem quanto o Hensoldt tiveram como parceira principal a Leonardo. Inclusive o MK2 tem mais comunalidade com o Raven do Gripen do que o Captor-E original . O MK0 foi considerado insatisfatório tanto pela RAF quanto pela AMI . Esse MK1 da Hensoldt deve muito a colaboração e know-how da Leonardo.
A Aeronáutica italiana também optou pelo MK2, da BaeSystem/Leonardo.
*pequena observação: o radar foi desenvolvido pela Leonardo, a BaeSystems se ocupou da integração com a plataforma. A Leonardo não foi mencionada mas é a empresa por trás de todos os 3 radares AESA europeus. Raven, MK1 e Mk2…
incrível, eu uns anos atrás visitei o site deles para olhar os radares, não devem nada à Thales e SAAB.
O Rafale também tem um radar AESA “europeu” e não é Leonardo e sim Thales.
o radar do Su-35 é PESA e não AESA. Somente a partir do Su-57 os russos terão um AESA, já que o Mig-35 não foi comprado por eles.
não quero polemizar e vc tem todo o direito a ter sua opinião, mas a frase, considerado nos meios militares o melhor do mundo em combate bvr exceto 5g, é complicada. quantos meios militares? de q países, em q patentes, opinião pessoal ou posicionamento oficial? quais analistas civis isentos? ainda q vc tenha alguma fonte de algum país declarando isso, expandir para meios militares como se houvesse algum tipo de consenso não soa razoável, muitos franceses, suecos, americanos da indústria aeronáutica e alguns analistas independentes que não fazem matérias pagas não concordam com vc.