DARPA lança conceito de hidroavião para transporte estratégico e tático marítimo
A DARPA lançou o projeto Liberty Lifter para demonstrar um salto nas capacidades de logística operacional, projetando, construindo e pilotando um avião experimental de longo alcance e baixo custo, capaz de transporte estratégico e tático marítimo. O novo conceito de veículo procura expandir as aeronaves de carga existentes, provando habilidades revolucionárias de transporte aéreo pesado a partir do mar.
O avião previsto combinará transporte estratégico rápido e flexível de cargas muito grandes e pesadas com a capacidade de decolar/pousar na água. Sua estrutura permitirá tanto um voo altamente controlado próximo a superfícies de águas turbulentas quanto um voo sustentado em altitudes médias. Além disso, o avião será construído com uma filosofia de projeto e construção de baixo custo.
Embora o transporte marítimo atual seja muito eficiente no transporte de grandes quantidades de carga útil, ele é vulnerável a ameaças, requer portos funcionais e resulta em longos tempos de trânsito. O transporte aéreo tradicional é muito mais rápido, mas tem capacidade limitada para apoiar as operações marítimas. Além disso, hoje, essas aeronaves sofrem limitações de carga útil ou exigem longas pistas.
Há um histórico de tentativas de desenvolver aeronaves criadas para voar com “efeito asa no solo”, o que significa que a aeronave não está voando mais do que o comprimento de sua envergadura acima do solo ou da água. Os exemplos mais conhecidos são os “ekranoplans” soviéticos. Esses veículos eram de alta velocidade e independentes da pista, mas eram restritos a águas calmas e tinham manobrabilidade limitada.
“Esta primeira fase do programa Liberty Lifter definirá o alcance, as cargas úteis e outros parâmetros do hidroavião exclusivo”, disse Alexander Walan, gerente de programa do Tactical Technology Office da DARPA. “Avanços inovadores previstos por este novo programa DARPA levarão a um demonstrador de avião X que oferece aos combatentes novos recursos durante operações marítimas estendidas”.
Para abordar as deficiências dos veículos e conceitos operacionais existentes, o programa Liberty Lifter se concentra em abordar três desafios principais.
Operações Marítimas Estendidas: A ênfase será colocada na operação em estados turbulentos do mar, criando habilidades de alta sustentação em baixas velocidades para reduzir a carga de impacto das ondas durante a decolagem/aterrissagem e soluções de design inovadoras para absorver as forças das ondas. Além disso, o projeto abordará os riscos de colisão de veículos durante a operação de alta velocidade em ambientes congestionados. Finalmente, o objetivo é que o veículo opere no mar por semanas sem atividades de manutenção em terra.
Produção Acessível em Escala Completa: A construção priorizará projetos de baixo custo e fáceis de fabricar em detrimento de conceitos requintados e de baixo peso. Os materiais devem ser mais acessíveis do que os da fabricação tradicional de aeronaves e disponíveis para compra em grandes quantidades.
Controles Complexos de Voo e Superfície do Mar: Sensores avançados e esquemas de controle serão desenvolvidos para evitar grandes ondas e lidar com interações aerodinâmicas/hidrodinâmicas durante a decolagem/pouso.
FONTE: DARPA
Esse é o uso adequado de um ekranoplano. O transporte de carga pesada de costa a costa, aproveitando o efeito solo para maximizar o MTOW e a capacidade de carga, fazendo uma conexão entre os grandes aviões de transporte e os navios.
Sei que sempre o Brasil poderia…poderia…poderia….
Mas quero embasar porque o Brasil realmente poderia pensar nisto ou mais, até mesmo resgatar o conceito de planadores de desembarque…
Na medida que o Brasil não tem um foco de atuação e TO muito distantes, apenas suas ilhas, extenso litoral continental e Atlantico sul, este pode ser um recurso mais barato do que navios em algumas situações ou tal como o pretendido pelos americanos, resolver a lentidão de desembarque via navios nas primeiras horas de operação…
Brasil mal consegue ter transporte aereo e ferroviário! Depois tentamos uma cruza desses dois.
lembra o Antigo R3Y convair….achava um conceito muito bom….
Ou outros projetos de planadores de desembarque
Algo mais do gênero sci-fi , mas nem tanto.
…
boa….lembro deste
O Dornier Do X é mais bonito 😛
Amigo Leandro, mais uma mostramos sintonia, quando vi essa imagem logo me lembrei do Do-X, ele também voava em cruzeiro a baixa altitude, mas não tão baixa como um ekranoplano. Tem um video bem legal que mostra ele por dentro, inclusive das asas e a chegada dele ao Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=dwPRGFN-TVA
Tentei postar o link do video, mas está retido.
O Do X realmente não foi feito para voar tão baixo, mas seus motores não tinham potência suficiente para fazer ele voar na altitude pretendida.
E meu avô viu o Do X quando ele veio ao Brasil 😀
Se nessa época ver um avião já não era fácil, dependendo de onde vc morava era quase impossível, imagine ver um feito da engenharia como esse que maravilhou até os novaiorquinos. Ele foi um sortudo, rs.
Foi sim, muita sorte mesmo, porque ele veio do Nordeste de navio e no momento em que o Do X veio, ele estava na Baía de Guanabara, que não era ‘tão pequena’ quanto é hoje, sem os mil aterros diferentes, etc.
Descobri isso quando era pequeno e foleava junto com ele um livro, que ainda tenho, chamado ‘todos os aviões do Mundo’ e quando passei pelo Do X., ele apontou e disse ‘esse, eu vi’ e com contou à respeito.
Peraí,- um livro, que ainda tenho, chamado ‘todos os aviões do Mundo’- de Enzo Angelucci? Foi meu 1º livro de aviação capa azul da ed. Melhoramentos, gastei tanto que ele soltava páginas, quando encontrei outro comprei e dei o velhinho p/ meu sobrinho de 4 anos ele adorava e gosta de aviação até hoje, c/ 35 anos.
Esse? 😛
O meu era capa dura e tinha um acréscimo de algumas páginas sobre a Embraer, nessa parte tinha fotos e não ilustrações como no resto do livro, mas sem dúvida bebemos na mesma fonte, rs.
gente esquesita…kkk…tenho este tambem…..!!! rzrzrz…o tempo bão….
Bem vindo ao clube. Na verdade isso mostra como não tínhamos muita literatura sobre Aviação – cavava muito em sebos, hoje melhorou, mas muitas vezes só apelando p/ importados e aí deixa de ser acessível p/ muita gente.
Hhehehehehe interessante. Eu não sabia, claro, dessa edição com algumas coisas à mais sobre a Embraer. Eu sempre fui meio suspeito com o título do livro porque não era possível que todos os aviões fossem caber em um livro tão fino, mas ainda assim era uma referência interessante. Em uma época sem internet era mais uma opção. Aquelas coleções da Salamander, nova cultural e da editora ‘ao livro técnico’ também sempre se fizeram presentes. E ainda estão, pelo menos aqui hehehehe Mas eram bons tempos mesmo. Hoje em dia apesar de ser mais fácil encontrar recursos, muitas vezes não são… Read more »
Vamos testar mais um ponto: quem aqui lia os livros da editora Renes sobre 2ª GM? Caçava nos sebos. Os originais eram da Ballantine Books e foram publicados também em espanhol pela San Martin.
O que eu poderia dizer sobre esse “conceito” é… Que conceito mais feio!
Mas um camarada meu me dizia… Não existe avião feio, mas eu que bebi pouco…
Conceito do Do X? Na época não havia bem um conceito. Se der uma olhada, vai parecer um navio de cruzeiro com asas. A idéia veio disso mesmo. Para fazer vôos de longo alcance na época, só sendo hidroaviões, ou em inglês “Flying Boats” e basicamente inspirou o desenho do avião. Veremos ‘inspirações navais’ em diversos projetos da época, mas esse foi o que realmente me marcou mais.
Há um modelo em escala de um Do X pendurado no teto de uma das salas do MUSAL. Realmente eu o acho muito bonito. Mas gosto é gosto, claro.
Do X eu não digo, mas Blohm Voss BV 222 Wiking sim kkk
Impressionante era o Blohm Voss BV 238
Sempre achei os B&V muito curiosos
Pecado original do projeto; tentar aliar baixo custo a múltiplos motores.
Ter multiplos motores reduz a eficiência mas tende a diminuir os custos e riscos do projeto.
Falta acuro na afirmativa, Caerthal. Explico; de saída, ao acrescer motor, há aumento de custo de manutenção e operação. O programa de manutenção recomendado torna-se mais complexo, reduzindo a disponibilidade e aumentando o hora/voo, o que influencia operação comercial. Isso sem falar das limitações de aeronavegabilidade do aparelho que, no caso, decamotor, deve ser um verdadeiro pesadelo.
A eficiência se busca com menos motores possível. Exemplo cristalino disso é a tendência do mercado da aviação comercial hoje. Não serão mais ofertados quadrimotores já em 2023.
Abraço.
Savóia Marchetti S55 revisitado!
As boas ideias não morrem.
Alguém aqui já ouviu falar do projeto do hidroavião japonês Kawanishi KX-3 que seria 2x maior que o Hughes H-4 Hercules, mais conhecido como Spruce Goose! Se era p/ sonhar os japoneses fizeram uma viagem de LSD, rs.
Ter dois cascos unidos pela asa parece o ser um fator óbvio de fragilidade, além de arrasto excessivo, em especial de a proposta são cargas volumosas. Pareceu um exercício para chamar atenção pela criatividade.
Ter uma estrutura e materiais mais simples baratos e ineficientes parece ser uma caminho interessante. Voltando para 2da GM e equipamentos de segurança duvidosa. Solução: Aeronaves de transporte de carga sem pilotos.
Mestre Caerthal, Já a minha leitura é que é equipamento descartavel para tomar tiro…..este é o requisito…. Antigamente WWII, os navios de desembarque ficavam a 15 km, depois evoluiu para 27-30km….depois para 70km….agora pode superar os 200 km…mas o problema, é que via maritima estas distancias ficaram impraticaveis, pois tudo fica lento demais….tentaram remediar com helis meio pesados, mas são muito limitados em carga…então agora, procuram reduzir e pulverizar em pequenos anfibios para abicar (mas chegam lento) ou um assalto de cabeça de praia rapido como estes ai….mas cabeça de praia vai levar tiro…tem de ter então quantidade e ser… Read more »
O antecessor do C-130 era o C-123 Provider. Um planador (ainda desenhado no final da guerra tão bom, que depois ganhou motores, tão bom e leve que depois ganhou uma versão anfibia usando o propria fuselagem como casco…decolagem extremamente curta…
Pensou-se até numa versão para embarque, ressuprimentos e desembarques via porta aviões…
Não são exatamente o espirito da materia, a qual foca em desembarque de cargas bem mais pesadas, mas sou fã dos sistema ACLS – Air Cushion Landing. Poderia ser usado num C-130 e foi testado com muito sucesso no c-115 buffalo, no mar, lagos, gelo e terras esburacadas com pegras ate 60 cm de altura….pousa e decola de tudo…um motor auxiliar sopra e desinfla uma estrutura hovercraft
Colchão inflado….
Colchão inflado
As demais configurações se mantem em pode empregar o trem de pouso de forma conjunta
e aqui o mesmo avião com ele desinflado…reparar como o material fica colado na fuselagem….como uma barba…
Somente infla durante o pouso ou decolagem
Interessante, minha sugestão é que vão fundir os sensores de controle do Tomahawk de uso na marinha americana e adaptar para um avião de transporte de carga.Boa sorte aos engenheiros da Darpa.
https://projetosalternativosnavais.wordpress.com/2016/02/10/embraer-kc-390-bomber-emprego-de-container-drone-planador/