United assina acordo com a Boom Supersonic para 15 aviões supersônicos Overture, com opção para outros 35
Novas aeronaves reduzirão o tempo de viagem pela metade e operarão com combustível de aviação 100% sustentável
CHICAGO e DENVER, 3 de junho de 2021 – A United Airlines anunciou hoje um acordo comercial com a empresa aeroespacial Boom Supersonic, com sede em Denver, para adicionar aeronaves à sua frota global, bem como uma iniciativa de sustentabilidade cooperativa – um movimento que facilita um salto à frente no retorno de velocidades supersônicas para a aviação.
De acordo com os termos do acordo, a United comprará 15 aviões ‘Overture’ da Boom, uma vez que a Overture atenda aos exigentes requisitos de segurança, operação e sustentabilidade da United, com opção para 35 aeronaves adicionais. As empresas trabalharão juntas para atender a esses requisitos antes da entrega. Uma vez operacional, espera-se que a Overture seja a primeira grande aeronave comercial a ter carbono zero desde o primeiro dia, otimizada para funcionar com combustível de aviação 100% sustentável (SAF – sustainable aviation fuel). Está programada para ser lançada em 2025, voar em 2026 e deverá transportar passageiros até 2029. A United e a Boom também trabalharão juntas para acelerar a produção de maiores suprimentos SAF.
“A United continua em sua trajetória para construir uma companhia aérea mais inovadora e sustentável e os avanços atuais em tecnologia estão tornando mais viável a inclusão de aviões supersônicos. A visão da Boom para o futuro da aviação comercial, combinada com a rede de rotas mais robusta da indústria no mundo, dará aos viajantes de negócios e lazer acesso a uma experiência de voo estelar”, disse o CEO da United, Scott Kirby. “Nossa missão sempre foi conectar pessoas e agora, trabalhando com a Boom, seremos capazes de fazer isso em uma escala ainda maior.”
Capaz de voar a velocidades de Mach 1,7 – o dobro da velocidade dos aviões comerciais mais rápidos de hoje – o Overture pode conectar mais de 500 destinos em quase metade do tempo. Entre as muitas futuras rotas potenciais para a United estão Newark para Londres em apenas três horas e meia, Newark para Frankfurt em quatro horas e São Francisco para Tóquio em apenas seis horas. O Overture também será projetado com recursos como telas de entretenimento nos assentos, amplo espaço pessoal e tecnologia sem contato. Trabalhar com a Boom é outro componente da estratégia da United de investir em tecnologias inovadoras que construirão um futuro mais sustentável de viagens aéreas.
“O primeiro contrato de compra do mundo para aeronaves supersônicas de carbono zero marca um passo significativo em direção à nossa missão de criar um mundo mais acessível”, disse Blake Scholl, fundador e CEO da Boom Supersonic. “A United e a Boom compartilham um propósito comum – unir o mundo com segurança e sustentabilidade. Em velocidades duas vezes mais rápidas, os passageiros da United experimentarão todas as vantagens da vida vivida pessoalmente, de relacionamentos de negócios mais profundos e produtivos a férias mais relaxantes e destinos distantes.”
Sobre a United
O objetivo comum da United é “Conectar Pessoas. Unir o Mundo”. Para obter mais informações, visite united.com, siga @United no Twitter e Instagram ou conecte-se no Facebook. As ações ordinárias da UAL são negociadas na Nasdaq sob o símbolo “UAL”.
Sobre a Boom Supersonic
O Boom Supersonic está redefinindo as viagens aéreas comerciais ao trazer voos supersônicos sustentáveis aos céus. O histórico avião comercial da Boom, o Overture, foi projetado e comprometido com os padrões líderes da indústria de velocidade, segurança e sustentabilidade. A Overture será a primeira aeronave comercial a ter carbono zero desde o primeiro dia, capaz de voar com combustíveis de aviação 100% sustentáveis (SAF) com o dobro da velocidade dos jatos de passageiros mais rápidos de hoje. A carteira de pedidos do Overture, incluindo compras e opções, chega a 70 aeronaves, e a Boom está trabalhando com a Força Aérea dos Estados Unidos para aplicações governamentais do Overture. O XB-1, uma aeronave de demonstração, lançada em 2020, e seu programa de teste de voo de carbono zero está em andamento. A empresa é apoiada por investidores de classe mundial, incluindo Bessemer Venture Partners, Prime Movers Lab, Emerson Collective e American Express Ventures. Para obter mais informações, visite https://boomsupersonic.com.
DIVULGAÇÃO: United
NOTA DA REDAÇÃO: Em setembro de 2020 a Boom obteve um contrato com a USAF para financiar explorações da configuração do Boom Overture projetado para o transporte executivo da Força Aérea dos EUA.
Difícil ter sucesso com a capacidade reduzida de passageiros, de 65 a 88.
Acho que o caminho é justamente focar no mercado de aviação executiva uma vez que os custos de operação são muito maiores.
Pensa nesses aviões como as ferraris de amanhã, um rico tentando esfregar na cara do outro que vai de NY a sua casa de veraneio na França mais rápido que o outro…
Se voce pensar em um publico executivo, que quer rapidez e pode dispor de alguns milhares de dolares a mais, faz todo o sentido.
Ainda assim, é fantástico ver essas coisas maravilhosas acontecendo novamente.
A História registra que em 1969 na indústria aeroespacial aconteceram os primeiros voos do Concorde e do 747, e a chegada do homem na Lua. Ou seja, um ano maravilhoso para a indústria aeroespacial.
Nos próximos anos, teremos novamente o transporte de passageiros em avião supersônico e o homem (ou mulher) retornando à Lua. As coisas fantásticas da nossa indústria estão acontecendo novamente, e eu aguardo ansioso para testemunhá-las.
De todas as características prometidas no projeto, acredito que as mais difíceis de se atingir, se não impossíveis, seriam as de reduzidas emissões de carbono e atender ao cronograma previsto, que considero muito otimista.
Se tudo isso der certo, ainda vai ter o complicado equilíbrio econômico para se tornar uma aeronave rentável
Concordo. Nos planos previstos pela empresa, essa aeronave só deve ser lançada para 2030 e isso se não houver atrasos, o que eu acho bem improvável. Pela rápida pesquisa que fiz na internet, parece que eles vão cobrar tarifas de classe executiva, o que seria lógico, pois ainda não se tem viabilidade para implementar essa alternativa em massa com preços de classe econômica, ainda mais pelos requisitos da emissão de carbono da aeronave.
Umas das empresas que esta desenvolvendo essa nova geração de aviões supersônicos esta com um projetos com essa configuração.
Mas acredito que nenhuma tela tem mais alta configuração que o velho e bom MK1 globos oculares.
Noticiosas dessas são muito boas.
Apesar de tudo que tem ocorrido estamos vivendo uma era de muitas transformações tecnológicas e esta acontecendo nas nossas vistas
Não importa o quão avançada seja a tecnologia para manter os aviões seguros, os pilotos ainda precisam ver as coisas com seus próprios olhos. Faz com que se sintam mais seguros e, às vezes, pode até salvar vidas, se a história dos acidentes aéreos nos ensinar alguma coisa.
Mas os pilotos se sentiriam tão confortáveis pilotando um avião sem janelas, que usasse telas através de câmeras de vídeo fora da aeronave em vez disso? Certamente eu faria uma pergunta dessas ao Rinaldo.
Esses pontos elencados por você são uma vantagem claramente, mas há também desvantagens que precisam ser consideradas.
Matheus realmente fã sentido ver o lado de um aviador experiente. Mas hoje mesmo temos pousos feito quase que inteiramente por instrumentos e sistemas de auxílio bem avançados.
Talvez estejamos no limiar de uma mudança e no caso desses vôos supersonicos os benefícios de não ter o parabrisa compensem as desvantagens…
Com certeza. Mas pouso e decolagem é diferente de se realizar todo o trajeto através de câmeras de vídeos, o problema que eu vejo é se por algum acaso, as câmeras deem algum problema, e com isso tenha que realizar um voo automático, o que seria extremamente desconfortável em minha opinião, e se der um problema nas câmeras antes mesmo de decolar, a aeronave teria que ser enviado para a manutenção e ficaria indisponível no momento, olha o problema ocasionado apenas pelas câmeras de vídeo. Sinceramente, eu prefiro ler uma opinião de alguém da área para confirmar se essas desvantagens… Read more »
Lembrando do problema ocorrido com o sistema de câmeras do KC-46 que não estava dando ao operador do “flying boom” uma percepção exata de profundidade.
Buenas.
O problema é como mitigar os riscos de se retirar totalmente o pára-brisa. Lembrando que na aviação o impensável já aconteceu várias vezes (anvs com 4 motores apresentarem apagamento das 4, etc) e um sistema assim seria longamente ensaiado (não basta só redundância de câmeras, mas tb a falha total do sistema elétrico deve ser vista – e sim, já aconteceu com anv grande).
Eu não acho impossível mas esse conceito deveria voar muitas horas num protótipo tipo Drone antes de ir para um avião com passageiros. Tem que se provar confiável.
Eu não me sentiria confortável. Pousar num ILS Cat2 é diferente. É somente uma fase do vôo (aproximação e pouso). E como foi bem postado abaixo pelo Bille, haveria uma série de necessidades de certificação. Não é só a ¨pane da câmera¨. Um exemplo: no Brasil, temos os problemas dos balões. Será que, pela câmera, seria possível uma manobra evasiva a tempo. E se fossem pássaros?
Alguém me corrija se estou enganado, mas a maioria dos países proibiram voos supersônicos sobre áreas povoadas por causa do Concorde, obrigando o jato a operar em poucas rotas. Para atender os 500 destinos mencionados, o sucesso do projeto depende da alteração de leis em muito países.
Eu sei que existem pesquisas que diminuiram muito o efeito sonic boom, o Lito falou disso nesse video:
https://www.youtube.com/watch?v=p3MmNjbsYHg&ab_channel=Avi%C3%B5eseM%C3%BAsicascomLitoSousa
O problema é que americanos e europeus não entraram em comum acordo, pelo menos até o governo Trump. Os americanos através da FAA queriam flexibilizar as regras internacionais para as aeronaves supersônicas, uma dessas regras é o efeito do estrondo assim que rompesse a barreira do som assim como o nível sonoro no pouso e decolagem, o Concorde por exemplo decolava com um nível sonoro de 119 decibéis – inaceitável aos padrões de normas internacionais atualmente, com isso os europeus querem que as aeronaves supersônicas se adequem as regras de aeronaves subsônicas, e a Organização da Aviação Civil Internacional(OACI) recusou… Read more »
O novo Boeing 2707?
Curioso para saber se a aeronave terá capacidade supercruise. O desafio maior dessa aeronave vai ser a redução do boom sônico e do consumo de combustível, que dificultaram a operação do concorde.
Um avião comercial supersônico obviamente é muito legal, mas achei pouca velocidade (Mach 1.7) o concorde já mantinha velocidade de cruzeiro acima de mach 2 com a tecnologia de décadas atrás.
O desafio não é a performance. O desafio é o custo operacional.
O dobro do atual você considera pouco?
Um 737 varia sua velocidade de cruzeiro entre mach.74 a .77, sendo que um 747 pode ir até .85. Aeronave executivas como o G650 ou o Citation X podem atingir até Mach .92 em velocidade de cruzeiro
Portanto, 1.7 é bastante considerável!
O grande segredo é como fazer isso de forma rentável
Claro que é uma velocidade considerável, isso eu sei.
Mas é pouco, em relação ao velho Concorde por exemplo.
Não especulei se ele vai ser rentável etc, etc..
Comentei apenas sobre a velocidade e ponto final.
É tão difícil assim entender uma frase tão simples? Putz…
1.7 mach já é o dobro da velocidade das aeronaves atuais. Isso significa ir de NY a Londres na metade do tempo de um 747.
Concorde 2.0
Chaveirinho do concorde
Where´s the chinese similar aircraft?
Eles copiam o que precisam, talvez não achem interessante ou util…
Ou não tenham capacidade ainda, principalmente nos motores…
Não tem, ainda em desenvolvimento inicial. Eles esperam lançar uma aeronave supersônica em 2035: https://www.globaltimes.cn/content/1156345.shtml
O desenvolvimento de aeronaves hipersônicas nesse sentido está bem mais avançado do que os projetos supersônicos na China. A imagem anexada é um design conceitual do I Plane da China. A China testou com sucesso um motor de jato hipersônico chamado de “sodramjet” que teoricamente falando, poderia acelerar a aeronave até 16x a velocidade do som, esse motor foi testado em velocidades de até 9x a velocidade do som em um poderoso túnel de vento. O voo de teste desse protótipo de acordo com as fontes apresentou excelente empuxo, eficiência de combustível e estabilidade operacional. Eles já estão construindo um… Read more »
O Baby Boom tem motor de F-5? confere, produção?
Sim, é um F-5 com 3 motores, para chamar a atenção de investidores e mostrar que estão fazendo alguma coisa
Eu acho que como aeronave presidencial não serviria, pois acho que não haveria capacidade interna de pôr toda tecnologia embarcada de contra medidas e outros sistemas que há nos atuais 747… Fora que dois novos 747-8 foram encomendados para servir a presidência e terão 150 metros quadrados a mais do que os 747-200. Irá permitir mais espaço para as duas cozinhas, que permitirão o preparo de 2.000 refeições a partir de suprimentos carregados nos EUA, e a baia médica, que será equipada com equipamentos de última geração para permitir o mais alto nível de atendimento, incluindo cirurgia de emergência no… Read more »
Possivelmente será um nicho para poucos e abastados passageiros.
Essas motores na calda sofrem com o perturbação da superfície da fuselagem que é sugada para o motor. Encontram a solução?
Calda de abacaxi? ¨Cauda¨.
Em se tratando de aviação “executiva” teria público cativo, principalmente em longas distâncias onde se precisa hoje ficar 12 a 14 horas ou mais em um vôo. A única curiosidade que teria seria saber se nossos “congressistas” utilizariam esse tipo de transporte sob justificativa de “produtividade”…..
Lindo e maravilhoso.
Design arrojado.