Força Aérea Brasileira celebra o Dia da Aviação de Patrulha
Aeronave P-3AM completa 10 anos de operação na Força Aérea Brasileira (FAB)
A Força Aérea Brasileira (FAB) comemora, em 22 de maio, o Dia da Aviação de Patrulha. A data lembra a ação de pilotos brasileiros em meio à Segunda Guerra Mundial, quando atacaram, em 1942, a bordo de uma aeronave B-25 Mitchell, o submarino italiano Barbarigo, que, quatro dias antes, havia lançado torpedos contra o navio mercante brasileiro Comandante Lyra.
Atualmente, a FAB conta com três Esquadrões responsáveis por vigiar o território marítimo brasileiro, que corresponde a uma área de aproximadamente 3,5 milhões de km². Para cumprir tal missão, o Esquadrão Orungan (1°/7° GAV) possui em sua dotação as aeronaves P-3 AM Orion e RQ-1150 Heron; e os Esquadrões Phoenix (2°/7° GAV) e Netuno (3°/7° GAV), as aeronaves P-95 BM – Bandeirulha.
Esses aviões se destacam por possuir características específicas, tais como longo alcance e grande autonomia. Além disso, empregam modernos sensores capazes de ampliar as capacidades de seus tripulantes na proteção de nossas riquezas.
Rotineiramente, os Esquadrões de Patrulha são engajados, dentre outras ações, em missões de acompanhamento do tráfego marítimo no litoral brasileiro, fiscalização contra a pesca ilegal e contra a exploração da biodiversidade, além de coibir a poluição das águas territoriais brasileiras e realizar a vigilância para inibir o contrabando e demais crimes transfronteiriços realizados no meio marítimo.
Pré-Sal
O Brasil está entre os países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo, com grandes acumulações de óleo leve de excelente qualidade e com alto valor comercial. Toda essa riqueza se encontra no Oceano Atlântico, na Zona Econômica Exclusiva brasileira, cabendo à Aviação de Patrulha, por meio das aeronaves P-3AM e P-95BM, a responsabilidade pela vigilância dessa área.
Busca e Salvamento
Além da vigilância dessa área estratégica, a Aviação de Patrulha possui um papel determinante nas missões de Busca e Salvamento. Por força de acordos firmados com a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e a Organização Marítima Internacional (OMI), a área brasileira de responsabilidade SAR, do inglês Search And Rescue, abrange todo o território nacional e avança 3 mil km no Oceano Atlântico até o meridiano 10 W, totalizando 22 milhões de km².
Os Esquadrões de Patrulha da FAB também atuam em apoio aos países vizinhos, como ocorreu na Operação Paso Drake, quando houve envolvimento da aeronave P-3 AM nas buscas ao C-130 da Força Aérea Chilena que desapareceu a caminho da Antártida, em 2019; e no apoio à Marinha da Argentina para tentar encontrar o Submarino ARA San Juan, que desapareceu em 2017.
Reconhecimento
As aeronaves de Patrulha Marítima também realizam missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR). Para tanto, os tripulantes utilizam os sensores de Guerra Eletrônica aeroembarcados. A tecnologia de ponta empregada nesses equipamentos incrementa a capacidade de obtenção e interpretação de imagens e sinais eletromagnéticos, bem como auxilia na confecção dos relatórios oriundos das missões realizadas.
No ano de 2020, o 1º/7º GAV incorporou à sua dotação aeronaves remotamente pilotada, fato que representa um marco definitivo no emprego dos Esquadrões de Patrulha nas Ações de Força Aérea de Reconhecimento.
Uma década do P-3AM Orion
Neste ano, a FAB também celebra os dez anos da chegada do P-3AM Orion. Operada pelo Esquadrão Orungan, a aeronave modernizou a Aviação de Patrulha e recuperou a capacidade da FAB de detectar, localizar, identificar e, se necessário, destruir submarinos, a chamada Guerra Antissubmarino (ASW, na sigla em inglês).
Além da capacidade ASW, o P-3AM também carrega poderosos armamentos, como os mísseis antinavio Harpoon, capazes de neutralizar embarcações de guerra a uma distância além do alcance visual.
Com quatro motores, a aeronave tem grande autonomia, podendo permanecer em voo durante 16 horas. Além disso, possui modernos sensores eletrônicos embarcados, conferindo ao P-3AM a capacidade estratégica de vigilância marítima de longo alcance.
O Comandante do Esquadrão Orungan, Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Carvalho Trope, destaca a contribuição da aeronave para o cumprimento da missão da FAB. “Desde sua chegada à FAB, o P-3AM demonstrou ser um vetor aéreo com capacidade de emprego mundial. Com ele, foram realizadas missões de Patrulha Marítima em apoio a Cabo Verde, missões de treinamento com grande destaque para o desempenho de nossos tripulantes na Escócia e em Portugal, além de várias missões de Busca e Salvamento em apoio a nações amigas, como, por exemplo, Argentina e Chile”, afirmou.
Ainda exaltando a importância desse vetor aéreo para a FAB, o Tenente-Coronel Trope complementa: “As características desse avião garantem ao Brasil um grande poder dissuasório. Além disso, com o Orion, a FAB resgatou a capacidade de Guerra Antissubmarino, voltando a atuar em todas as vertentes do combate no Teatro de Operações Marítimo”.
FONTE: Força Aérea Brasileira
Enquanto irão gastar verbas em dois desnecessários aviões tanque e trasporte estratégico, deveria é pegar a grana e encomendar a Embraer ou Descer uma nova aeronave de patrulha marítima nacional já visando a substituição dos P3.
Olá Fox. Eu também concordo que o KCX3 pode (e deve) ser adiado. Neste momento, não faz sentido usar R$ 500 milhões para adquirir duas aeronaves para fazer um trabalho que seria realizado por meio de fretamento (lembrando que a justificativa é o enfrentamento da covid). Também é preciso avaliar qual o tempo que resta aos P3CM operarem. Isso irá determinar se os estudos precisam ser feitos agora ou poderão ser iniciados daqui 5 ou 10 anos. Por fim, o MInDef precisa tomar uma decisão se a aviação de patrulha irá continuar com a FAB, será irá para a MB… Read more »
Os P-3 da FAB são AM, não CM. Com 500 milhões de reais não se projeta uma aeronave da classe de um P-3, e muito menos se consegue encomendar 1 sequer. Quanto à aviação de patrulha e ASW na FAB, já li boatos de que a FAB não pretende substituir os P-3AM, sendo esses os últimos vetores ASW e Patrulha Naval operados, junto o P-95M, pela FAB.
Olá Flanker. Obrigado pela correção sobre a versão dos P3 da FAB. O que escrevi sobre o KCX3 é que o momento é inoportuno. R$ 500 milhões são insuficientes para projetar um avião de patrulha (creio que o projeto do KC390 demandou cerca de R$ 5 bilhões) mas como custeio neste momento é muito dinheiro. Para comparação, o fretamento de um avião no início do ano para buscar insumos na China para combater a pandemia custou US$ 6 milhões (R$ 30 milhões). Portanto, com o dinheiro para adquirir os dois aviões (sem considerar o custeio da aeronave) seria possível realizar… Read more »
A justificativa é a Covid-19, mas é claro que a aeronave não será usada só para isso. E se pagassem esses 500 milhões e usassem em fretamentos, as viagens seriam feitas , pagas, e o dinheiro gasto e pronto. Depois não teria avião. Da maneira que está sendo feita, teremos os aviões disponiveis à qualquer momento para qualquer necessidade, fora poderem ser usadas no dia a dia, dentro da doutrina da FAB.
Olá Flanker. Eu concordo que as aeronaves serão importantes para a FAB mas eu questiono o momento. Em algum momento no futuro será necessário adquiri estas aeronaves. Os orçamentos são formulados anualmente. A FAB tem se queixado das restrições ao custeio para colocar suas aeronaves em voo. Esse é o limitante. Se a FAB não em custeio para usar as horas de voo disponíveis de sua atual frota, não faz sentido adquirir mais aeronaves que também terão problemas para voar por restrições de custeio. Neste momento, é preciso prover custeio para a FAB.
Não há necessidades militares de transporte e revo, dentro da doutrina da FAB, que não possam ser atendidas pelos KC390, ainda que em algumas missões se usem mais aeronaves, das quais já temos 28 unidades encomendadas. Afinal, qual missão militar que no teatro sul-americano não poderia ser realizada pela FAB com nossa frota de kc390? Certamente a FAB ainda tem diversas missões que hoje ainda estão mal atendidas, onde estes R$500 milhões seriam muito mais úteis. E transporte e REVO claramente não são uma das fragilidades ainda não endereçadas da FAB. A aquisição dessa 2 aeronaves de grande porte se… Read more »
Como vc sabe que nao existe necessidade? Vc defende a economicidade, mas não acha problema enviar duas ou mais aetonaves em uma missao que poderia ser realizada por um único KC-X. Exemplo: se vc vai deslocar 6 A-1M daqui de Santa Maria para Manaus, como todo equipamento de apoio, sobressalentes e pessoal, vai precisar de uns 2 C-130 ou KC-390. Se usar um KC-X, transporta sobressalentes, material de apoio, pessoal e ainda faz o REVO dos A-1M durante todo o caminho. Vocês insistem que o KC-X é desnecessário pq temos o KC-390, mas são aeronaves complementares. O KC-390 não é… Read more »
É mesmo, quem vai patrulhar agora, oração?
Quem vai patrulhar eu não sei, mas a FAB, muito provavelmente, não vai ser. A MB, que tem um esquadrão de caças sem possuir porta-aviões, pode e deve assumir essa função. É só uma questão de prioridades.
O programa KC-X visa uma aeronave multimissao, que por obvio nao há no mercado.
Fazendo uma correcao: nao existem avioes mm no mercado q possam ser arrendados.
Quem deveria ser responsável pela av. de patrulha, e quem deveria ser responsável em caçar um substituto para os Orions, deveria ser a MB, e não a FAB, pra início de conversa…
Caro Wilber. Isso não é tão óbvio. A FAB faz a patrulha naval há 70 anos, desde a sua criação. Há um repertório de conhecimento e doutrinas desenvolvidas ao longo de todo esse tempo que dificilmente seria transferida dela para a MB de hora para outra. Se essa transferência ocorrer, e também nada existe para impedir isso, vai levar anos de trabalho compartilhado.
Tudo tem que ter um começo…
A MB deveria se desfazer dos inúteis A4 e Trader e focar os esforços e verbas pra fazer a patrulha. Se abraçasse só os P3 já teria muito mais capacidade de combate efetivo que usando os Skyhawk…
Quanto ao conhecimento, é o caso de alocar os militares da FAB para operarem junto com os da MB até que o conhecimento seja transferido.
Parabéns aos Patrulheiros !
No MUSAL tem um Bandeirulha e o “irmão” civil do P3AM Orion, o Electra da Ponte Aérea.
Nota: Enzo Grossi, comandante do Barbarigo, nasceu no Brasil.
Sim, era paulista.
Parabéns a patrulha naval !!!!!
Porém ao meu ver são pouquíssimas aeronaves!!!
Para cobrir toda a extensão marítima Brasileira tinha que ter no mínimo duas vezes mais, porém…
Parabéns a “Patrulha”!
Atividade fundamental tanto em tempos de “paz”, quanto de “guerra”.
Me parece que tanto os P-95BM, quanto os P-3AM estão adequados as tarefas que se destinam, apesar de serem poucas unidades, se considerarmos o tamanho da costa brasileira.
Gostaria de ver um vídeo de um P-3AM acertando um alvo naval com um Harpoon, mas sinceramente desconheço se tal lançamento já ocorreu alguma vez.
Os drones devem assumir muitas dessas funções. O Phenom 300 também poderia ser adaptado para substituir os bandeirantes
Acho que o Phenon 300 poderia assumir a função dos bandeirulhas, ou quem sabe até mesmo o futuro Embraer Stout…
É pequeno.
É pequeno.
Comparados ao bandeirulha Rinaldo?
Mas para assumir as atribuições dos P-95 eles não seriam aptos?
Adriano, a última imagem, em que aparece um FLIR, é um P-3AM, não um P-95M.
Não.
Olá Palpiteiro. Pelo que diz a matéia, a FAB já usa drones para a patrulha naval. Eu concordo bastante com essa ideia.
Quantos Bandeirulhas estão em serviço? Eles ainda são capazes de disparar foguetes?
São 8 P-95BM. Quatro no 2⁰/7⁰ e 4 no 3⁰/7⁰ GAV.
É uma dotação muito pequena, com um rodizio de aeronaves, manutenção e cheks fica uma disponibilidade deminuta, o restante da frota não foi modernizada porque?
Pelo que eu sei, não haviam muitos outros P-95 para modernizar. Acho que deviam ter mais umas 3 célulad e talvez estivessem com muito pouca vida útil residual.
Obrigado
Já houve algum lançamento de Harpoon pelos P-3 da FAB?
Nunca encontrei qualquer sinal de que esses mísseis realmente chegaram ao Brasil.
Correção: existe uma publicação no DOU de 2019 com vistas a contratação da empresa para construir o paiol para armazenamento desses mísseis, na Ala 12.
Fabrizio, a única coisa que os P-3 da FAB lançaram até aqui foram bombas burras Mk-82, tem uns vídeos no YouTube.
Obrigado
Meus cumprimentos a todos os integrantes da Aviação de Patrulha pela data comemorativa. Tive o privilégio de ter conhecido e convivido com o Brig. Ivo Gastaldoni por mais de 10 anos quando trabalhava em uma empresa em São Paulo na qual ele foi fundador, sócio e depois consultor. Foi inspetor do antigo DAC, hoje ANAC. O Brig. Ivo compôs tripulações do 1º/7º GAV durante a 2ª Guerra Mundial patrulhando, atacando e afundando submarinos inimigos nas costas brasileiras no comando de um A-28A Hudson. Foi, além de um de grande militar, uma incrível pessoa humana, um gentleman para com todos que… Read more »
Boa noite! Talvez o próprio C-390 nos dê a resposta! No mês de março foi instalado um pod Litening para testes.
O pod Litening faz parte do requisito de Busca e Salvamento. Nada a ver com Patrulha.
Olá Cel.Nery. Espero que todos estejam bem com sua família. Lembro que a FAB divulgou que não irá substituir os P3M. Você sabe de alguma novidade sobre este assunto?
Com a substituição das longarinas das asas, pela AKAER, a aeronave terá uma boa sobrevida. E, nossos P-3 têm o pacote de modernização mais atual dentre todos os P-3 voando NO MUNDO. O EMAER, acredito, deverá decidir sobre o uso de ARP ou outra solução. Ou, que a MB, finalmente, assuma.
Video raro da descrição de um ataque da Aviação de Patrulha da FAB a um submarino inimigo.
Homenagem à Patrulha da FAB.
https://www.youtube.com/watch?v=-iWq18KHISs