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Concepção do drone Falcão da Harpia Sistemas S.A., joint venture formada em setembro de 2011 e encerrada em janeiro de 2016

A Embraer Defesa e Segurança pode adicionar sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS) e um avião de transporte militar híbrido-elétrico ao seu portfólio de plataformas de defesa, disse o presidente-executivo da empresa em uma entrevista exclusiva à Aviation Week.

Oito meses desde que as joint ventures planejadas com a Boeing nos negócios comerciais da Embraer e o transporte militar KC-390 se desfizeram, a fabricante brasileira continua focada em ampliar seu portfólio de produtos de defesa, que inclui uma parceria com a Saab para projetar uma versão de dois lugares do Gripen JAS 39, além de desenvolver aeronaves de alerta antecipado e controle, um avião de ataque leve e pequenos satélites.

O primeiro projeto que poderá ser revelado ainda este ano é um programa revivido para desenvolver um grande UAS para os militares brasileiros, como pretendia a joint venture Harpia formada em 2011 com a subsidiária da Elbit Systems, AEL Sistemas e Avibras, que interrompeu o desenvolvimento cinco anos depois em meio a restrições de gastos do governo.

“Acreditamos nesse mercado – temos que estar lá”, diz Jackson Schneider, CEO da Embraer Defesa e Segurança. “Talvez possamos anunciar algo em 10 meses.”

Detalhes do drone Falcão que seria produzido pela joint venture Harpia

A antiga joint venture Harpia forneceu poucos detalhes sobre o programa UAS, exceto  liberar uma imagem conceitual de um projeto de monomotor. A aeronave de média altitude e longa duração visava fornecer vigilância das remotas fronteiras ocidentais do Brasil com um link de controle além da linha de visada.

Qualquer programa futuro pode evitar o foco em uma solução de plataforma única para um novo UAS e se concentrar apenas no mercado de defesa para aplicações, diz Schneider.

“Estamos analisando uma família inteira”, diz Schneider. “A defesa já é um mercado onde este produto é mais do que um conceito; é requerido. E os outros mercados talvez precisem de mais tempo para confiar nessa tecnologia”.

À medida que as frotas C-95 e C-97 se aproximam da aposentadoria, um novo conceito surgiu para substituí-las. O conceito de Short Take-Off Utility Transport (STOUT) foi apresentado em novembro pelo brigadeiro Antonio Moretti Bermudez, comandante da FAB. A Embraer e a Força Aérea assinaram um memorando de entendimento em dezembro de 2019 para iniciar as pesquisas para tal aeronave.

O conceito revelado em novembro mostra uma aeronave com cauda em T e fuselagem comparável em comprimento à do EMB-120, embora mais larga. A aeronave STOUT também usaria um sistema de propulsão híbrido-elétrico com quatro propulsores.

Os requisitos da FAB incluem uma aeronave que possa operar nas pistas de pouso não pavimentadas da região amazônica do Brasil enquanto transporta até 6.600 libras (3.000 kg) de carga.

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Doug385

É muito interessante para a Embraer ampliar e diversificar seu portfólio e depender menos da aviação comercial.

Bille

Buenas.
Nunca é demais lembrar que a EMBRAER é o que é por conta da aviação comercial. A aviação militar, principalmente a brasileira, compra menos do que o necessário. Sempre existem planos e estatísticas que deveríamos ter muito mais equipamento considerando o tamanho do país e as necessidades das forças e da nação, mas o orçamento é sempre limitado.

Investir na aviação civil capacitou a EMBRAER a ser o que é.

Funcionário dos Correios

Tomará que a Embraer leve isso adiante

Karl Bonfim

Tomara que as nossas Forças Armadas demande mais aeronaves não tripuladas, para que a EMBRAER leve isso a diante!

Nilo

Não um ano mais 10 meses teremos novidades, a Embraer não faria uma declaração dessa se não tivesse possibilidades tangíveis de venda do produto e convencido o cliente da viabilidade do projeto. Impossível pensar na Embraer falando em “família (mesma plataforma armada ou só vigilância para aplicação nas 3 forças????)”, concentrada em mercado de defesa e em produto requerido sem ter o suporte da FAB. E mais, a Boeing como porta de entrada nos EUA para a venda do KC-390, citando justamente quando da presença da aeronave em exibição de uso prático durante Exercício Operacional Culminating. Mudar o nome da… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Nilo
Zen

Que seja um drone armado por favor, chega dessa história só vigiar as fronteiras!

Saldanha da Gama

2

Anderclei Teixeira

??????????????? tem que evoluir, partir para drones armados mesmo e parar de ficar só na defensiva.

sj1

Uai, só agora que já tem diversos fabricantes no mercado ?

Thiago

Nunca é tarde e no Brasil ainda não tem uma empresa consolidada e o selo Embraer é sempre importante.

Rui Chapéu

Quando a EMBRAER foi criada existiam vários e vários fabricantes no mercado….

Muitas até nem existem mais.

sj1

Sim, é verdade, mas acho que deveriam ter tido mais visão uns anos atrás, tanto a Embraer quanto as FFAAs. Depois de Nagorno-Karabakh de repente tudo mudou, até o Cmte do Exército citou o tema, isso não era previsível pra eles antes ?

Caio

Foi o choque de uma guerra da segunda década do século XXI, sobre a mentalidade dos anos 60, do século XX. Esperemos que tenham realmente se atentado ao fato.

Saldanha da Gama

onde assino

OSEIAS

Bom, acho melhor a Stella erguer a mão e se associar a Embraer Defesa, se não fizer isso o Atoba vai morrer antes de vender uma unidade. Sendo uma subsidiaria conseguiria folego e se especializar ainda mais. Pois a Embraer leva todo o peso das forças junto a ela, e isso não está errado. Só espero que a Embraer também veja essa possibilidade de aquisição da Stella ou parte dela, seria ótimo para a indústria nacional. Mas essa divulgação de uma família inteira de drones, isso significa equipamentos de vigilância e armados. Para quem não sabe, a Stella é uma… Read more »

Xerem

Tem o Tupa tambem da Turbo Machine e so pesquisar amigo ,muito legal pode ate levar missil dentro dele ja que e um Drone furtivo, decola e pousa verticalmente sendo assim pode usa-lo em quase qualquer navio da MB .

sj1

Com um detalhe importantíssimo, a Turbomachine fabrica a turbina/microturbina, e o Brasil precisa dessa capacidade, pois é estratégica, além de diminuir o risco de vetos a componentes.Na minha opinião, o governo deveria focar nessa empresa como principal desenvolvedora de drones, a Embraer já é uma gigante e tem o mercado dela.

Xerem

E vdd

Carlos Campos

Além da Stella temos outra excelente empresa de tecnologia ainda mais fina, a Turbomachine com seu Tupan, decolagem e pouso vertical, que pode operar os navios da MB e de clareiras nas florestas

Mayuan

Seria interessante e uma forma rápida da Embraer entrar nesse mercado já que o Atobá já voa e parece ser um produto bem mais próximo de estar maduro que o Tupan que ainda é um projeto muito interessante mas que ainda não foi construído. Creio que as três empresas ganhariam muito em se associarem.

Welington S.

Esperamos que a EMBRAER faça isso.

Pedro Bó

Depois que o negócio com a Boeing foi pro brejo, a Embraer está com ambições bem interessantes. Muito bom!

Fernando EMB

Essas ambições existiriam mesmo que o negócio com a Boeing tivesse sido concretizado.

Fabio Araujo

É uma empresa bem situada no mercado que já tem um portifólio de clientes que podem se interessar por esse tipo de produto, e será muito bom para o pais ter mais uma empresa neste ramo!

João Adaime

No mundo dos negócios é disparar na frente ou ficar para trás.

Mayuan

Não necessariamente. Convém lembrar da fábula da tartaruga e do coelho e o mundo tem varias estórias de empresas que foram gigantes e pioneiras mas que não souberam se manter inovadoras e hoje perderam sua liderança para outras empresas bem mais jovens. Kodak e Ford são bons exemplos.

Gabriel BR

Oh Glória! demorou mas aconteceu.

Saldanha da Gama

2

Crazy

O texto inclui “um avião de ataque leve”. Será outro maior que o Super Tucano ?

Nilo

“um avião de ataque leve”. Este já faz parte do portfólio.

Crazy

Pode ser um problema na redação da frase, mas o “avião de ataque leve” estava incluído nos itens de “ampliação” do portfolio. Lembro vagamente de alguém em outro fórum comentar sobre um avião estilo “Bronco”, que permite um radar no nariz, algo que é difícil para o ST.

Lu Feliphe

Creio que “um avião de ataque leve” se refere ao Super Tucano que já faz parte do portifólio.

leonidas

Demorô…

Matheus

É algo que jpa deveria ter sido previsto, desde antes do conflito em Karabakh.
Agora a questão é, será armado ou desdentado que nem as dezenas que já são fabricadas no Brasil? Se tiver missil, vão usar missil importado ou vão fazer todo aquele parto denovo pra desenvolver um missil nacional?

Mayuan

Sarps são usados em larga escala e com sucesso muito antes disso. Não entendo essa fixação com esse conflito. Programas longos e ou cancelados são até bem comuns em outros países com indústria muito mais tradicional que a nossa. Não sei pq aqui seria diferente.

Alejandro Pérez

Finalmente…

Carlos Campos

Não quero que ela desenvolva e sim compre a Stella que faz o Atobá, a Turbomachine apresentou um conceito de VANT ousado, mas viável, o Tupan quero que ambos os modelos sejam adquiridos.

Allan Lemos

Acho que quem deveria investir na Stella são as forças armadas, e não a Embraer. Não vejo com bons olhos a ideia de toda a indústria de defesa nacional ficar concentrada nas mãos de uma única empresa.

Nilo Rodarte

“que inclui uma parceria com a Saab para projetar uma versão de dois lugares do Gripen JAS 39, além de desenvolver aeronaves de alerta antecipado e controle, um avião de ataque leve e pequenos satélites.”

Parceria para desenvolver o Gripen? Ótimo! Aeronaves de alerta antecipado e controle? Já trabalham, muito bom que desenvolva mais ainda. Pequenos satélites? Beleza, tamo junto! Mas e esse avião de ataque leve? É o Super Tucano mais super ainda ou estão pensando em outra coisa diferente? Um Lift? Tem espaço pra mais um?

Crazy

Também pensei nisso. Se for algo parecido com o Bronco, pode levar um radar no nariz, coisa que o ST não tem.

Dart

A Embraer já deveria ter algo na manga faz tempo. mas antes tarde do que nunca…
A FAB deveria investir pesado em drones para patrulhas, cortar custos e acionar os meios tripulados de patrulha em casos de extrema necessidade.

ednardo curisco

questão de sobrevivência

Marcelo

Quando a economia estava a todo vapor ela fez pouco caso desse projeto !!!!!
Agora que a economia parou ela esta disposta a fazer qualquer coisa para ter dinheiro garantido dos militares ou do BNDES ou do tesouro e topa qualquer projeto !!!!!!
Agora nao pode mais faltar projeto para embraer defesa & segurança !!!!!

Allan Lemos

Espero que sejam drones armados.

Paulo Costa

No inicio da fabricação do Guarani,vi um video em que militares que participaram do projeto,relataram a possibilidade de robos no campo de batalha,os atuais drones de ataque.A encomenda do guarani,anos depois foi reduzida a metade,Paises com grandes quantidades de CC ,deverão mante-los e atualizar-los,ate que se defina melhor este nicho de batalha.

rodrigo

Obrigado Boeing, daqui alguns anos vai ser a Embraer que vai fazer uma oferta de compra de vcs…

Marcos10

A Embraer acaba de liberar novo vídeo informando a conclusão dos ensaios de certificação para lançamento de cargas.

Marcos10
Caio

Não duvido da capacidade da Embraer, e muito menos da necessidade em adquirir. Agora da vontade dos chefes…. São outros quinhentos.

Anderson Rodrigues

Bora embraer

Claudio

Não adianta nada a embraer desenvolver e as forças armadas não comprarem

Marcos10

Esses tem sido um dos pontos importantes do não desenvolvimento de novas tecnologias e geração de empregos no Brasil.
O empresário brasileiro vende seu negócio e todos reclamam. Exemplo é o setor naval: a Petrobras contratou duas grandes empreiteiras, sem qualquer expertise na área naval, com intenso financiamento do BNDES, para fornecer navios, enquanto que dezenas de estaleiros estão a mingua.

Jadson

Demorou foi muito. Nunca entendi pq a Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, nunca aproveitou esse mercado.

Defensor da liberdade

Tem uns 20 anos que eu ouço falar de drones, só agora a Embraer veio se dar conta deste mercado?

nonato

Para quem fabrica aviões desenvolver drones é moleza.
A parte aerodinâmica dominam.
A parte de link não acredito ser um problema para a Embraer.
E gosto da ideia de família.
Isto é, faz um mesmo drone para diferentes tamanhos e aplicações.
Um pequeno para usar em cidades etc.
Um médio e um grande.
Esse grande poderia ficar horaa patrulhando o mar, fronteiras.
Um projeto só.
E poderiam fazer também alguns stealth armados.
Não há dificuldade alguma nisso.

Emerson GS

Acho que só está faltando um patrulha oceânico, baseado no E195 E2

AMX

Infelizmente, essa decisão parece que vem com “alguns” anos de atraso, mas, como diz o ditado, antes tarde do que nunca.
Sobre o STOUT, um quadrimotor desse porte, com esse tipo de propulsão que ainda não foi lá tão testado na prática, me parece meio arriscado. Pro tipo de operação a que se propõe, penso que um bimotor, pura e simplesmente, seria mais adequado, justamente pela simplicidade.

Foxtrot

Ainda estão estudando isso? Seria uma convergência natural para uma empresa aeronáutica. Porém com as novas opções nacionais para o mercado, acho que acabaria por “sepultar” opções como Tupã-300, Atobá, Falcão (esse último acho que já está mais morto do que nunca) etc. O ideal seria uma cooperação entre Embraer e empresas nacionais para ou desenvolver uma “família” de vant,s puramente nacional ou “descriminar” o mercado para cada empresa desenvolver seu produto em aérea específica de atuação e ação. E nossas FAAs acordarem de vez para essa arma que pode mudar a balança estratégica há favor do mais fraco. Vide… Read more »

Billy

Devia desenvolver bombardeiros médios lançadores de misseis de cruzeiro para substituir os AMX.

Foxtrot

Apoiado !

Carlos Campos

aquele sistema de conteiner planador do Carvalho seria o ideal, seria mais barato.

Lu Feliphe

Bem lembrado.

Wellington Góes

Pode até ser, especialmente, nas maiores categorias de VANTs, mas acredito que se quiserem dar um passo com melhores condições de expandir seus negócios, na minha opinião, deveriam voltar a olhar com mais carinho a aviação de asas rotativas. Poderão atender tanto a aviação militar, quanto civil.
Mas…..

Last edited 3 anos atrás by Wellington Góes
Foxtrot

A aviação de asas rotativas é domínio da Eurocopter ,disfarçada de Helibras caro Wellington.
Aqui com essa nova óptica dos militares modernos, não vejo muitas chances para Embraer (apesar que a maioria dos contratos de defesa ela ganhou).
Pois os militares atuais só sabem importar ou pagar altos roialtyes para montagem local pelo desenvolvedor do produto, através de uma empresa espelho local de tecnologias que dominamos, temos, devemos e sabemos fazer aqui.

Wellington Góes

Amigo, tem mercado pra ambas… E seria mais do que salutar que houvesse, de fato, concorrência local… Falta é organizar direitinho no MD…

Foxtrot

Essa era a intenção da “abertura do mercado brasileiro”, a concorrência.
Porém o que se percebe é ao contrário, um mercado dominado pelas multi estrangeiras.
Te pergunto, quantas montadoras de veículos, fabricantes de helicópteros, fabricantes de eletrônicos etc de capital 100% nacional você conhece?
E que esteja concorrendo com as multi estrangeiras.
A Índia tem a Tata motors, a China tem a Lifan e Chery, os Russos tem a Lada e outras etc.
Concorrência sempre é salutar, porém não é o que acontece aqui!
Com as explicações o CADE.

Thiago Macedo

anos de aerodesign…já deveriam ter há décadas.

Mgtow

A FAB tem que criar pra ontem, esquadrões de vigilância frontericia de drones.
Os Drones se constituem como uma solução barata, confiavel e super economica para a vigilancia da vasta região amazonica.

Athos Franca

A Embraer juntamente com Agrale e Weg deveriam criar uma divisão para fabricar automóveis híbridos e elétricos de marca nacional. São marcas consolidadas no mundo e tecnologia não lhes faltam.