Capacitação visou à interoperabilidade das três Forças em atividades áereas, com emprego de helicóptero em navios da Marinha do Brasil

Visando à interoperabilidade das três Forças Armadas, o Ministério da Defesa promoveu a Operação Poseidon, no período de 5 a 9 de outubro. A Força Aérea Brasileira (FAB), juntamente com a Marinha do Brasil (MB) e o Exército Brasileiro (EB), participou do treinamento conjunto de infiltração com Forças Especiais. O adestramento objetivou o emprego de helicópteros das Forças Singulares em navios da Marinha do Brasil, bem como no apoio às Operações Especiais.

O treinamento, que contou com a formação de pilotos e tripulantes da FAB, foi realizado no Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) – Atlântico, embarcação da Marinha, considerado o maior navio de guerra da América Latina. Para a ação, o navio ficou ancorado no litoral sul do Rio de Janeiro (RJ).

Durante a semana de treinamento, a FAB empregou o helicóptero H-36 Caracal e realizou intercâmbio de Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP) relacionadas à infiltração e retirada de Forças Especiais por meios aéreos. Os procedimentos praticados poderão ser adotados em casos de evacuação aeromédica, evacuação de não-combatentes ou em operações humanitárias.

Um dos participantes foi o Tenente Aviador Vitor Gaia Cardoso, do Esquadrão Puma (3º/8º GAV). “Realizamos treinamentos de infiltração e exfiltração de tropas dos grupamentos de Operações Especiais do Exército Brasileiro, da Marinha e da Força Aérea, a partir do navio. Utilizaram-se das técnicas de Pouso de Assalto, Fast Rope, Tiro Lateral e Progressão em Terreno Hostil. Além disso, aplicamos recursos como os Óculos de Visão Noturna para que pudéssemos operar no terreno até mesmo após o pôr-do-sol”, explicou.

O Comandante do Esquadrão Puma, Tenente-Coronel Aviador Ivaldeci Hipólito de Medeiros Neto, destacou a importância da qualificação. “Foram três semanas de instruções, treinamento e muito aprendizado. As tripulações tiveram a oportunidade de operar embarcados no PHM Atlântico e de conhecerem um pouco mais da interoperabilidade das Forças Armadas. Agora eles trarão o conhecimento adquirido para incrementar a doutrina da nossa Aviação. Esperamos que mais operações como esta ocorram daqui para a frente e que possamos capacitar cada vez mais tripulantes”, disse.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Rodrigo Maçolla

“Para a ação, o navio ficou ancorado no litoral sul do Rio de Janeiro (RJ)”.

Um duvida ? Isso quer dizer que os pousos foram feitos com o Navio parado ? é normal é assim que são feitos estes treinamentos ? Não seria melhor treinar em movimento, ou seja com o (PHM) – Atlântico, navegando

Bille

Buenas.

O EB e a FAB não operam embarcados. Com isso, é necessário um faseamento do treinamento. A primeira fase, para que todos entendam como vai funcionar a coisa, é de navio parado.

Agora que as tripulações dos helicópteros e do PHM já “tiraram o verniz”, parte-se para a segunda fase, com navio navegando, que tem mais características (velocidade do navio, variação de altura do deck em função das ondas, ventos e turbulências, etc).

Tomcat4,2

Interessante Bille , agora, sabes se haverá treino usando o “Sabre” da FAB em algum momento dando cobertura e apoio de fogo ???

Bille

Bom, esse é o objetivo.
Os H225M são aeronaves comuns às 3 forças, por isso começou por aí. Já dá pra dizer que tem DNA de operação naval.

O Sabre é outro caso, e carece de ajustes que, se não forem feitos, podem danificar a aeronave (efeitos da corrosão, desgaste excessivo na CTP, entre outros). Aí perde o objetivo.

Os envolvidos estão correndo atrás, mas não é tão simples quanto parece. Esse vai demandar um pouco mais de tempo.

Marcelo Baptista

Bom dia Bille, uma curiosidade, o nível de corrosão é tao alto, que mesmo em treinamentos conjuntos, como neste caso 3 semanas, as aeronaves precisam de preparo especial? Curiosidade mesmo.

Rinaldo Nery

Só lavagem de compressor.

Rodrigo Maçolla

Ok Bille, entendi, faz sentido, Obrigado pela resposta 🙂

Cristina

Depois desse treinamento o PHM seguiu pra onde?

João Fernando

O tempo, como sempre, é o senhor da razão. Tá ai o Caracol voando em tudo que é missão e treinamento. Igual as porcarias soviéticas lá no meio do mato.

Marcos Cooper

estão voando porque é o que tem pra hoje. Além disso,alguém sabe se já solucionaram o problema da MGB dos Caracal?
E trazer as porcarias russas lá da floresta para treinar no Rio seria viável?

Pedro Rocha

Mestre Marcos Cooper Saudações! As “porcarias” russas foram deslocadas para Campo Grande no MS numa grande operação de treinamento! Essas mesmas “porcarias” com algum preparo podem enfrentar a grande salinidade do nosso litoral e por consequência operarem embarcadas! Basta querer e planejar

Rinaldo Nery

Ainda não. A EUROCOPTER deu um prazo, o qual não me recordo. Há que se verificar a quantidade de limalhas no óleo da MGB.

RENAN

Parabéns é para isso que pagamos impostos para ter forças treinadas e operante.
Espero que as próximas fases de treinamento não demore muito e que seja possível realizar com vários equipamentos diferente inclusive o ah2

Foxtrot

Duas coisas interessantes.
Temos um MD l
E ele resolveu fazer alguma coisa após anos de inércia.

Pablo

Esse tipo de interoperabilidade já foi feito no Bahia também?

Luiz

Só para confirmar: os infantes que aparecem nas fotos são da FAB, correto?