Portugal: Base Aérea de Beja será ‘casa’ dos KC-390
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, revelou no dia 16 de junho que a Base Aérea N.º 11 de Beja (BA11) vai ser a “sede” dos cinco aviões KC-390, que Portugal acordou comprar à fabricante brasileira Embraer.
“Beja é uma cidade que vai beneficiar bastante do investimento da Força Aérea” Portuguesa (FAP) “durante os próximos anos”, destacou o ministro, durante uma visita à BA11.
O governante lembrou que “há vários meios que estão a ser transferidos para Beja”, como a Esquadra dos aviões Épsilon, usados para instrução elementar e básica de pilotagem, cuja mudança da Base Aérea N.º 1 de Sintra para a BA11 já tinha sido anunciada.
Mas, como novidade, o ministro da Defesa anunciou hoje que “também os grandes KC-390”, que Portugal acordou comprar à construtora aeronáutica brasileira Embraer, para substituir os Hércules C-130, vão “aterrar” em Beja.
“É uma decisão recente por parte da Força Aérea, de alterar a base pensada inicialmente do Montijo – a Base Aérea N.º6 – para Beja” ser “sede dos KC-390”, adiantou.
O que “significa que mais uma centena de militares com as suas respetivas famílias virão para Beja”, congratulou-se o ministro da Defesa, resumindo as alterações que a BA11 vai sofrer, no global, graças às novas esquadras que vai acolher: “Teremos qualquer coisa como 200 ou 250 militares com as respetivas famílias a instalarem-se” nesta cidade alentejana.
O primeiro dos KC-390 “chegará em fevereiro de 2023”, mas “muito trabalho vai acontecer antes disso”, ou seja, “já vão sentir a presença dos militares afetos” a esta aeronave mais cedo, na unidade militar e na cidade.
Portugal acordou em 2019 a compra à Embraer de cinco KC-390 Millenium, que irão substituir os Hércules C-130, por um valor de 827 milhões de euros.
Questionado pela Lusa sobre se na escolha da BA11 pesou o facto de a Embraer possuir duas fábricas no Alentejo, em Évora, a cerca de 45 minutos de distância, onde são produzidas algumas das peças dos KC-390, o ministro lembrou que também a OGMA, em Alverca, produz componentes para estes aviões, que vão chegar a Portugal já completos, depois de montados no Brasil.
Mas “vai chegar aqui a Beja” e, de forma simbólica, “regressará às suas raízes alentejanas”, admitiu.
A Lusa questionou ainda João Gomes Cravinho sobre o projeto de instalar em Beja uma escola de formação de pilotos de aviões, oriundos de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), tendo o ministro confirmado que a ideia mantém-se, mas tem estado em ‘stand-by’ devido à pandemia de covid-19.
“As circunstâncias da pandemia obrigaram, de algum modo, a suspender as reflexões empresariais que estavam a ter lugar sobre isto, porque é preciso ver como é que saímos deste processo”, mas, dentro de “um ano a um ano e meio”, a pandemia “dará lugar a uma normalidade completamente diferente”, pelo que, “vamos agora retomar esse projeto, que é liderado por uma empresa canadiana”, disse.
O governante explicou que “será uma escola privada”, cujos clientes serão “a Força Aérea Portuguesa, mas também forças aéreas de outros países”, com o objetivo de “dar formação a pilotos de diversos países”, sendo que “os parceiros mais próximos são parceiros da NATO”.
FONTE: Lusa
Faz sentido a decisão. Acho que os portugueses farão excelente uso desses aviões, inclusive no combate aos incêndios florestais, que são uma grande preocupação. O tempo vai mostrar se os custos operacionais serão maiores ou menores que os dos Hércules, mas o histórico deste último na USAF não é nada bom. O C-130 é dos aviões com maior aumento dos custos de hora de vôo ao longo dos anos (conforme envelhece), ao menos no inventário da USAF.
Faz sentido? Pode-me ajudar a entender porque faz sentido deslocalizar a esquadra de transporte pesado da FAP do Montijo para Beja?
Quanto ao combate a incêndios florestais, pode-me indicar por favor o benefícios do KC-390 relativamente a um Canadair CL-415?
Nada contra o KC-390, que aparenta ser um excelente avião, mas gostaria de entender o raciocínio por trás de algumas afirmações ditas por muitas pessoas
E qual é o sentido de haver Sintra, Ota, Montijo, Alverca e Figo Maduro?
Se isso levar a uma descentralização da FAP tem todo o meu apoio. E espero que a base Ovar/Maceda seja melhor aproveitada, pelo menos, com um Merlin.
Os C-390 têm tanta utilidade para apagar incêndios como os C-130, ou seja, quase nenhuma. Os aviões anfíbios, como os da Canadair, são muito mais eficientes.
Isso de apagar incêndios é utilizado como propaganda pelos políticos para convencer aqueles que não percebem a utilidade desse tipo de aviões.
So que depois dos incêndios ele mais utilidade no resto do ano.
Ota, nenhum. Sintra é o museu da FAP e pode ser base dos Helis, Alverca serve as oficinas da OGMA mas não precisa de ser uma base. Figo Maduro é apenas um hangar e uma placa de estacionamento. Montijo serve devido à sua localização mais central. Mas decidiram que o aeroporto vai para lá, e a FAP que se lixe. Essa propaganda de apagar incêndios é idiota! Os C-130 praticamente nunca foram usados para isso e o KC também não vai ser. Poder pode, mas até um F-16 com um barril de água na asa pode. É o ideal?? Longe… Read more »
Peço desculpa, mas o C 130 não tem utilidade a apagar incêndios porque lha tiraram, porque eu “ainda sou do tempo” em que vi o C 130 com o sistema MAFFS em dois incêndios distintos em zona de eucaliptos, foram não só capazes de os controlar, mas com o necessário apoio no terreno, extingui-los e continuo sem perceber porque é que no início dos anos 90, se deixou de usar tal calda, bem como esses sistemas embora continue certo de que, com o necessário apoio no terreno, os sistemas MAFFS, foram até hoje a única coisa que vi capaz de… Read more »
Bem… os amigos portugueses podem realmente dizer com mais propriedade. Trata-se, ao meu ver, de decisão interessante para fortalecer a região de Évora, com o KC-390 sendo também um produto Português. Montijo, Alverca, estão há muito tempo ligados ao C-130 (operação, manutenção, modernização), justamente o principal concorrente do novo cargueiro. Quanto ao combate aos fogos, não dá pra comparar com um avião dedicado. Mas vamos lembrar que não só com água se faz combate a incêndios. Homens, equipamentos, mantimentos, ajuda à população afetada, tudo precisa ser transportado. Isso o KC-390 faz melhor que o C-130, e muito melhor que o… Read more »
Adriano, a base não é em Évora, é em Beja. Alverca está ligada a todos os aviões da FAP pela manutenção, não está ligada apenas aos Hércules. A operação sempre foi no Montijo devido à sua localização central, Mas como querem transformar a base num aeroporto civil… Quanto ao seu comentário de que não só de água se faz o combate, penso que seja desconhecimento da geografia portuguesa e apenas associado à geografia brasileira. Tudo isso que precisa de ser transportado não o será pelo KC, como não foi pelo Hércules nem pelo CL-415. Os incendios portugueses são geralmente em… Read more »
Ficou muito linda essa pintura
Bem melhor que essa pintura tosca que a FAB usa para “camuflar” o avião no ar.
Tava demorando…..kkkkkkk
Quando vão receber o primeiro KC-390?
2023.
Bela pintura dos KC-390 portugueses.
E ainda tem brasileiro que faz piadas sobre a inteligência dos portugueses, tsc tsc !
Eu prefiro a pintura dos nossos aviões!!!
Sempre a ladainha da camuflagem ter que ser bonita…..tsc, tsc….
A mesma cidade de Beja também está recebendo o mais novo hangar de manutenção da MESA (MRO EASA 145), Isso aliado à operação dos KCs naquela cidade trará um grande impulso à região e um novo polo aeronáutico surgirá em Portugal. Acredito que os portugueses sabem o que é melhor a seu país.
Lembram do Antonov AN-178 que o Peru comprou? É filho único, foi o único avião deste modelo vendido em 5 anos.
https://www.defensa.com/industria/confirmado-antonov-solo-ha-vendido-1-avion-5-anos-policia-peru