Caça Gripen com o radar Raven ES-05 AESA - foto SAAB

Caça Gripen com o radar AESA Raven ES-05 à mostra – foto SAAB

Sueca Saab faz primeira aquisição no Brasil e assume operações da Atmos Sistemas

O Valor Econômico noticiou que a Saab comprou 100% da empresa de radares Atmos Sistemas.

A aquisição, em valor não divulgado, envolve a Atmos Sistemas – companhia, com sede em São Paulo, especializada no desenvolvimento e na manutenção de radares meteorológicos para uso civil e militar.

Fundada em 2004 e com 100% de capital nacional até agora, a Atmos participa do que se chama de aviônica na indústria de defesa (os sistemas tecnológicos embarcados em uma aeronave). Com a transferência de controle, ela se mudará para as instalações do grupo sueco em São Bernardo do Campo (SP) e passará a chamar-se Saab Sensores e Serviços do Brasil.

Os suecos já têm participação acionária de 40% na Akaer, empresa de engenharia voltada para os mercados aeroespacial e de defesa, mas é a primeira vez que adquirem o controle de uma companhia no país.

A “nova” Atmos deverá ser responsável pela manutenção de radares dos caças Gripen que começam a chegar neste ano ao Brasil, mas também tem o objetivo de atender a clientes civis e militares, no mercado doméstico e no exterior.

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Matheus

Perdoem meu desconhecimento mas como leigo eu pergunto, isso foi algo bom para nosso país, empresa… Ou não?

Junior

No meio de uma pandemia, aonde varias empresas terão que lutar pela sua sobrevivência, acho positivo. A Atmos agora vai poder contar com o caixa da SAAB para passar por esse momento dramático

francisco Farias

Positivo para a SAAB que adquiriu uma empresa pronta. Mas, no meu ponto de vista, temos que olhar sempre o lado do Brasil e para o nosso pais a venda é negativa, pois agora será uma empresa estrangeira e que estará voltada para os interesses externos.
Além disso, o percentual de nacionalização dos gripens brasileiros cai, na medida em que agora a tecnologia dos radares será propriedade dos suecos.
A colonização brasileira continua a todo vapor. agora com nova roupagem. Não há nenhum pais no mundo, em tempo algum, que tenha sido potência sem independência tecnológica.

junior

Quem falou para vocês que a tecnologia dos Radares do Gripen NG era brasileira? O Raven ES-05 do Gripen NG foi desenvolvido pela SELEX uma empresa que NUNCA foi brasileira.
O que ocorre é que agora uma empresa formada essencialmente por técnicos e engenheiros brasileiros vai poder dar suporte/ manutenção a este equipamento, para isso os suecos e demais desenvolvedores vão ter que transferir conhecimento para estes profissionais.
Agora meu deus vão se informar antes de escrever asneiras.

carcara_br

É uma empresa muito pequena, provavelmente foi um jeito de encurtar o caminho e agilizar os processos referentes ao contrato do FX-2, Se foi bom? provavelmente sim. A formação de mão de obra especializada e injeção de tecnologia será muito bem vinda, desde que exista uma industria capaz de absorver esses produtos e mão de obra no país, caso contrário será horrível.

leonidas

Puxa que legal!
Tem razão o importante em defesa não é dominar nacionalmente tecnologias sensíveis, e sim ter empresas gringas no quintal com o caixa sempre positivo.
Ta certo! como não pensamos nisso antes de gastar tanto com o valor unitário do Grippen?
Tenho uma sugestão melhor ainda, comprar de prateleira um caça la fora s/ gastar tanta grana.
Assim a gente economiza dinheiro, afinal é só defesa, porque gastar com isso se podemos em um conflito confiar neles como fizeram os argentinos com o equipamento francês em 82 né?
Ta serto!

Augusto Mota

Salim, pelo valor pago pelo Brasil daria para adquirir F-35!!!!! Poderíamos fabricar peças pra ele como a Itália faz, mas reconheço que é muito avançado para nós, temos que ficar com feijão com arroz mesmo e pagar o dobro por tudo que compramos. AMX foi assim, hoje não temos nada e todo ferramental e conhecimento se perdeu.

francisco Farias

Se a justificativa para adquirir os gripens foi a transferência de tecnologia para empresas nacionais, essa venda não tem nada de positivo para o pais. A próxima a ser vendida, conforme declarou o atual presidente da república, será a EMBRAER. No final das contas teremos adquirido aviões caros e cuja promessa de transferência de tecnologia não ocorrerá. Entra governo e sai governo e a mentalidade continua a mesma. Vende-se tudo a preço de banana para comprar caro o que poderia ser feito aqui. O Santos Dumont inventou o avião, mas o Brasil nunca se interessou em fabricar, conformando-se em ser… Read more »

carcara_br

Pelo visto o pessoal gosta de ser “operador” de tecnologia alheia. Olha, pra ficar voando uma maquina de guerra como se fosse uma “caixa preta” onde se entram com dados e comandos e se obtém resultados e ações é melhor ficar com a tecnologia dos balões, estaremos melhor protegidos.

Fabio Araujo

Quem sabe não passemos a fabricar radares AESA? A Saab já produz!

Zorann

Quem talvez vá fabricar é a Saab, não o Brasil. A intenção é clara: adquirir participação/comprar empresas que participam/deverão participar do projeto Gripen e de sua vida operacional.

francisco Farias

Ou seja nada de transferência de tecnologia para empresas brasileiras. Tudo ficará nas mãos da SAAB.

Zorann

Você já procurou saber oque é “industria brasileira”? Esta definição mudou a muito tempo. Até a Embraer é considerada industria brasileira

leonidas

Montar você quer dizer né? rs

Mauricio R.

Material bélico não é tablet, smartfone, televisão 4K, geladeira ou fogão.
Fabricar material bélico qualquer que seja, trás a reboque uma palavrinha que aqui poucos conhecem e entendem: Demanda

Luís Henrique

O Brasil deveria ter uma lei condicionando regras específicas para o controle acionário de empresas de Defesa.
Algo como um limite de participação acionária, tipo 30%, 40% ou 49%
deixando a maior parte sob controle de brasileiros.
e/ou
Proibição de enviar áreas estratégicas para fora do país. Proibindo, por exemplo, de uma empresa estrangeira comprar uma brasileira e em seguida enviar a maior parte da produção para fora, ou as partes mais sensíveis em termos de tecnologias para fora, ou a parte de projetos, p&d, etc.

Canarinho

Isso que eu não entendo. Pela estratégia nacional de defesa,end. Criado durante os governos petistas não havia referência sobre a proibição de compra de empresas estratégicas por capital estrangeiro. Ou a atmos não se enquadrava como empresa estratégica?

Victor F.

Curioso. Estamos comprando transferência de tecnologia de defesa de ponta de uma empresa sediada em outro país, essa mesma empresa investe milhões em instalações, formação de profissionais brasileiros e, quando compra uma empresa brasileira, tem que ser barrada.
Qual é a lógica?
E qual a tecnologia sensível e em estado da arte que nós estamos enviando para fora que nenhum país decente conseguiria produzir com esforço mínimo?

francisco Farias

A lógica é que no final das contas os milhões investidos pela SAAB, em instalações e formação de profissionais, ficará nas mãos dela, na medida em as empresas envolvidas na fabricação e manutenção dos aviões forem sendo compradas pelos suecos.

Victor F.

Desculpa, mas isso não faz o menor sentido… se ela está comprando as empresas pelo valor que valem, o dinheiro (ou as ações) não fica com a Saab, mas com os antigos proprietários, que investiram para que ela chegasse ao ponto de poder ser vendida, seja para a Saab, seja para a Embraer, seja para um fundo ou uma estatal chinesa. O grande problema, e nisso se encaixa também toda a discussão sobre a parte de aviação civil da Embraer, é que vivemos em um país que reconhece a livre iniciativa e a propriedade privada em que muitas pessoas tem… Read more »

Mauricio R.

Devia ter lei que obrigasse empresa brasileira, que usando de dinheiro brasileiro para criar seus produtos e os processos produtivos relativos a esses produtos, a fabrica-los não na Flórida e nem em Évora; mas em solo soberano brasileiro.
Senão, que peguem o dinheiro nos bancos privados.

Victor F.

Ótimo! Pelo mesmo raciocínio, pelo princípio da reciprocidade todo país que comprasse qualquer coisa de uma empresa brasileira deveria exigir que fossem produzidos em seus territórios nacionais. E, pelo mesmo raciocínio, o Brasil não deveria mais comprar nenhum produto que tenha sido fabricado em outros países, uma vez que o dinheiro que o paga é brasileiro. No limite, ninguém importa nada de ninguém mais. Sobre os bancos públicos, nisso concordo. O Estado, a meu ver, não pode ser a mão que empresta aos amigos do rei a juros subsidiados e prazos alongadíssimos. Na verdade, o Estado não deveria nem ser… Read more »

Robsonmkt

É uma velha jogada das empresas estrangeiras. As compras de material de defesa exigem algum nível de transferência de tecnologia para empresas nacionais. Mas elas não querem dividir seu conhecimento, então compram a empresa para qual irão transferir a tecnologia, assim transferem de si para si. O país fica com uma empresa nacional a menos para disputar o mercado e a tecnologia continua segura de posse da empresa estrangeira.

Aéreo

Perfeito. O tão famoso WAD do Gripen brasileiro já aparecia em propectos da ELBIT desde 2009. Os entendedores, entenderão…

ted

Os componentes vem de ISRAEL e montam por aqui.

francisco Farias

É isto mesmo. Eu não sei porque é tão difícil alguns comentaristas entenderem o que está ocorrendo. A próxima será a EMBRAER.

Zorann

É assim que se faz…. Compra-se ou adquire-se participação em empresas para as quais você transfere tecnologia.

Advinha quem vai fazer a manutenção dos radares do Gripen e faturar com isto?

Isto não é uma crítica não. Este é o correto. É assim que se faz.

carcara_br

Vale lembrar que a Saab não está aqui no brasil porque achou uma ótima ideia gastar dinheiro, este investimento está inserido no contexto do FX-2 e não faz sentido pagar pra uma empresa investir e não se exigir que se cumpram as condições contratadas.

Rui Chapéu

O erro é e sempre foi a tal de Transferência de tecnologia.

Pagar mais caro pra ver essas barbaridades ai com nosso dinheiro.

francisco Farias

Correto para a SAAB, mas nós somos Brasil e isto não é correto para o nosso pais.

Zorann

Está correto aqui também!! Nós é que mudamos a definição do que é ou não brasileiro.

José C. Messias

A SAAB está indo na direção estratégica de mercado, adquirindo participação ou empresas cujo maior capital é o pessoal capacitado!

francisco Farias

Eu vejo vários comentários sempre defendendo a empresa, quando deveriam defender o interesse do Brasil.
Quando da venda da EMBRAER, que não se concretizou, vários comentários foram a favor, sempre defendendo que seria melhor para a empresa. quando leio fico pensando onde está o nacionalismo dessas pessoas.

CRSOV

O problema da desnacionalização de empresas de defesa é o fato de se o Brasil estiver em guerra e o Governo de algum país sofrer pressões para não vender ou entregar material bélico para nosso país nós literalmente ficaremos na mão !! Nos limitaremos apenas a produzir munições e fuzis, além de armamentos de simples confecção em uma estratégia de resistência !! E mesmo assim por conta de nossas indústrias que produziriam esses armamentos simples estarem a céu aberto seriam facilmente atingidas em ataques de saturação e destruídas !! Primeiro acho que as Forças Armadas deveriam ter projetos para produzirmos… Read more »

Mauricio R.

O radar do JAS-39E/F Gripen é um produto do braço britânico da Selex ES.
E assim como a BAE em relação ao radar “Artisan” que equipa o PHM “Atlântico”, que alguns aqui diziam que a Bradar fabricaria sob licença, só se esqueceram de combinar com os britânicos, os suecos parecem estar se calçando para manterem bem longe de suas tecnologias e das de seus parceiros também, aquela turminha de inúteis da BID: Bradar, Savis e a Mectron 2.0, aka SIATT.

SANTANA

NAO CONSIGO ENXERGAR VANTAGEM NESSA COMPRA..A EMPRESA JA ESTAVA SENDO BENEFICIADA NO PROJETO DO GRIPEN,IA TER ACESSO A TECNOLOGIA SO QUE NAS MAOS DE BARSILEIROS…E AGORA E VENDIDA PROS PROPRIOS SUECOS????ALGO DE MUITO CERTO ESTA ERRADO

Mauricio R.

A tecnologia do radar Raven ES-05 usado no Gripen, não é do suecos, mas dos anglo-italianos da Selex.
A empresa brasileira não iria ter acesso a tecnologia nenhuma, não houve licenciamento.
Quem sabe agora possa talvez fazer parte da manutenção.

Sincero Brasileiro da Silva

“A solução pro nosso povo eu vou dar Negócio bom assim ninguém nunca viu Tá tudo pronto aqui é só vim pegar A solução é alugar o Brasil Nóis não vamo paga nada, lá, lá, lá lá Nóis não vamo paga nada É tudo free, tá na hora Agora é free, vamo embora Dar lugar pros gringo entrar Que esse imóvel tá pra alugar Os estrangeiros sei que Ellis vão gostar Tem o atlântico tem vista pro mar A Amazônia é o jardim do quintal E o dólar deles paga o nosso mingau Nóis não vamo paga nada, lá, lá,… Read more »

Manock

Eu apostaria que tem algum (s) milico acionista ou dono dessa empresa e que, portanto, a compra pela Saab visa apenas encher os bolsos desse patriota pra, digamos assim, azeitar ainda mais a relação da Saab com o governo entreguista do Jumito!!!

mentefranca

o importante sera o valor do negocio porque assim a saab estaria devolvendo uma parte do dinheiro que recebeu com a venda dos gripens nacionalizados ao brasil, caso nao fosse posssivel o repasse da tecnologia.

mentefranca

chamo atenção para esta parte do texto / Com a transferência de controle, ela se mudará para as instalações do grupo sueco em São Bernardo do Campo (SP) e passará a chamar-se Saab Sensores e Serviços do Brasil / destacando o novo nome da empresa como Saab ~SSB~ que ainda seria brasileira ja que sediada em SBC.SP