Saab fornece capacidade aérea de combate a incêndios à Suécia
A Saab recebeu um pedido da MSB, a Agência Sueca de Contingências Civis, em relação às capacidades de combate aéreo a incêndios da Suécia. O contrato é válido durante os anos 2020-2023.
A encomenda é para a capacidade de combater incêndios com duas aeronaves, de 1 de abril a 30 de setembro até 2023. Nos termos do contrato, há também a oportunidade de acionar uma opção para mais duas aeronaves, começando com a temporada de incêndios de 2021. Este recurso estará disponível para a Suécia e para a UE.
Durante um período de um ano, a Saab estabelece capacidades de combate aéreo a incêndio usando as aeronaves Air Tractor AT-802 F, com as habilidades associadas de piloto e técnico, bem como as permissões específicas para sua operação.
“Fazemos parte da segurança nacional da Suécia e nossa experiência e licenças de voo especializadas tornaram natural para nós complementar nossas operações em Nyköping com recursos de combate aéreo a incêndios”, diz Ellen Molin, chefe da área de negócios de Suporte e Serviços da Saab. “É importante ter uma pronta resposta nacional aos incêndios florestais, e esse serviço ajudará a garantir isso”.
O AT-802 F é um avião de bombardeio de água que, em caso de incêndio florestal, pode liberar de 35.000 a 50.000 litros de água por hora. A aeronave de combate a incêndios será baseada em Nyköping, onde a Saab já tem operações de aviação para, entre outras coisas, reboque de alvos aéreos e apoio às aeronaves da Guarda Costeira sueca.
De Nyköping, aeronaves de combate a incêndios podem chegar a Copenhague ou ao leste da Finlândia em duas horas e em três horas a Luleå, no norte da Suécia. Se necessário, as aeronaves de combate a incêndios podem ser baseadas em outro local, com recursos técnicos e de manutenção avançados. A resposta rápida a incêndios é crucial.
A Saab atende ao mercado global com produtos, serviços e soluções líderes mundiais em defesa militar e segurança civil. A Saab possui operações e funcionários em todos os continentes do mundo. Através de um trabalho inovador, pragmático e colaborativo, a Saab constantemente desenvolve, adapta e aprimora novas tecnologias para atender às mudanças nos requisitos de nossos clientes.
FONTE: Saab
Temos uma grande carência de aviões específicos no combate a incêndios. O aquecimento global está a indicar que nossas florestas sofrerão grandes incêndios, se não forem controlados a tempo. Canadenses e Russos produzem bons aviões e temos a opção de retrofit em H-130 dos estoques de Tio Sam, via FMS. KC-390 é muito rápido e seria perigoso voar a baixa altura em velocidade próxima de estol.
Luiz, concordo totalmente com vc quanto à carência, no entanto o C-390 foi projetado para isso também. Acredito que o lançamento (carga, água, etc) deve estar adaptado parâmetros de operação da aeronave, seja ela qual for.
Prezado Luiz, vc se engana, pois já temos tais vetores encomendados, que devem chegar já no próximo ano (à preço de ouro, diga-se)
E não serão operados pela FAB e sim pela MB!
São o fantásticos S2 Traker, que não servem para absolutamente nada hoje na MB. Entretanto, tendo em vista que diversas células estão sendo convertidas para combate aéreo à incêndios pelo mundo (pois pra isso se prestam), talvez seja esse o caminho para a MB não passar tanta vergonha…
KKKKK!!! Essa foi boa mesmo!!!
“…pode liberar de 35.000 a 50.000 litros de água por hora…”
Mas, qual será a capacidade nominal de carga útil de combate a incêndio, do tal avião?
Edson, acredito que a capacidade não seja muito grande, mas devido as características da aeronave, pode captar líquido em toque e arremetida sobre a água! Veja o vídeo que vais entender: https://youtu.be/uhF5_suNXv8. Abraços.
Segundo dados disponíveis na internet, a capacidade útil desta aeronave Air Tractor AT-802 F é de 3000kg, ou seja por volta de 3000l de água. Assim sendo, para lograr atender uma demanda de 35000 l/h, significaria que cada aeronave deveria realizar por volta de 12 decolagens por hora (isto considerando que seriam 35000l…) Logicamente este valor é extremamente elevado, até porque cada voo dentre um suposto lago nas cercanias e a área incêndiada deveria levar apenas algo em torno de 2 minutos ! E a aeronave sequer ser reabastecida neste interim. Talvez o numero citado refira-se às duas aeronaves consideradas… Read more »
É que ele não chega a pousar pra reabastecer o hoper. Apenas faz um touch and go corrido na água enchendo o tanque. Logo, em segundos está cheio voltando pra área de incêndio. Então, acredito que consiga sim fazer os 35000 l/h.
Mas, conforme Rommelqe bem lembrou: qual é o tempo gasto no reabastecimento do avião e qual a distância do local de recarga d’água?
Então, caro Edson, concordando contigo, eu entendo que deveriam ser melhor definidas as condições estipuladas para obtenção destes resultados. Aí em Portugal, por exemplo, não me lembro ter visto muitos corpos d´água com extensão e distribuição no território de forma tal que pudessemos atribuir uma operação com tais parâmetros, não é mesmo? Ao que me parece, por aí, por trás dos montes, perto de Castelo Branco e Cuvilhães… entendo que aviões deste tipo certamente teriam que combater incêndios também considerando o uso de pistas em terra (acho que a conversão de hidroplano para pista solida é relativamente facil). Neste cenário… Read more »
Sim caro Kleber, acredito que a versão citada tenha lança do tipo “touch and go (?)” Mas mesmo assim o desempenho citado (35000 a 50000 l/h) e bastante elevado. Trabalhei na Suécia às margens do lago Wärm; ao longo do inverno basta pousar direto no gelo (ha camadas de mais de 6 m de espessura de gelo…). Durante o verão há varios quilómetros em linha que permitiria que a aeronave voe rente à água uma boa extensão linear mas esse é um dos maiores entre os inúmeros lagos suecos (estou para afirmar que a relação area de superficie lacustre e… Read more »
Não consigo entender o porque da FAB não ter um esquadrão dedicado ao combate a incêndios. Demanda existe todos os anos.
Só como contra-ponto Marco A.
Mas por que atribuição da FAB e não atribuição de cada Estado da Federação? Os Grupamento de Combate a Incêndios são todos estaduais, não são? Por que cada Estado não tem seu próprio grupamento aéreo de combate a incêndios?
Aliás, Estados que têm maior incidência de incêndios florestais (por exemplo) poderiam fazer um “consórcio” para manterem, solidariamente, um grupamento aéreo de combate a incêndios, posto que a demanda existe todos os anos.
Já pensei nisso e já falei sobre isso no facebook com amigos Edson Parro,especialmente na época que estava tendo grandes incêndios florestais aqui.
Concordo com você,porquê os estados da amazônia legal não fazem uma parceria e não adquirem uma aeronave de grande porte?
Será que o Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e Maranhão não tem capacidade de comprarem um C-130 Hercules ou um CASA C-295 para uso em conjunto?! Duvido disso…
Uma aeronave que custa USD28MI não é algo tão caro para nove estados comprarem…
http://caldeiraopolitico.com.br/storage/webdisco/2019/07/11/350×220/d8e54d9b440abeb56be401b6a3d3ebb6.jpg
Aqui no Tocantins acho difícil, o estado só tem uma aeronave com capacidade de combate a incêndio, um esquilo, e mesmo assim ele ficou inoperante por uns dois anos , entre 2013 e 2015, por falta de vontade política.
https://secom.to.gov.br/noticias/tocantins-recebe-primeiro-helicoptero-para-reforcar-seguranca-no-estado-40345/
Existe uma secretaria do estado voltada a operações aéreas (transporte, evacuação médica, entre outras coisas), faz uns 20 anos que eles não tem uma aeronave própria, só agora nesse mês eles vão receber um RV-10 cedido pelo poder judiciário, o avião havia sido apreendido em uma operação da PF.
ADRIANO MADUREIRA;
e mesmo o EMB 208 Ipanema, salvo ledo engano, tem uma opção de combate a incêndio. A capacidade de carga é pequena, mas o custo também deve ser menor tanto para compra como para manutenção.
Creio que opções há, mas e a vontade política…
Saudações
Perfeito Edson. Aliás, isso serve para muito mais demandas da administração pública. É fácil sempre botar a culpa no governo federal, mas tem muito que governos estaduais e prefeituras podem fazer para resolver os problemas, apenas juntando o pequeno orçamento de muitos para um objetivo comum. Eu lembro de anos atrás ver um punhado de prefeituras de cidades vizinhas pequenas se juntarem para construir um “Hospital Distribuído”, onde cada prefeitura constrói um pedaço do hospital em seu território, mas oferecendo apenas uma especialidade, enquanto os vizinhos oferecem as especialidades complementares. O conjunto forma o que só é encontrado em hospitais… Read more »
Pois é Clésio Luiz;
criatividade, olhar de administrador público, vontade política, competência e decência na administração da coisa pública é assim: benefícios para a população.
Saudações
Edson, perfeito, não é a FAB que tem que ter aviões contra-incêndio e sim os grupamentos de bombeiros, isso é óbvio ululante. Aliás, o Rio de Janeiro teve um avião há muito tempo atrás que jogou água em cima de umas pessoas que estava assistindo, aparentemente o piloto achou que jogar algumas toneladas de água seria refrescante, e matou uma pessoa ferindo várias, e nunca mais se ouviu falar. Case Closed.
A Suécia já teve uma experiência com dois aviões portugueses
https://observador.pt/2018/07/23/partem-esta-terca-feira-dois-avioes-anfibios-portugueses-para-ajudar-a-combater-fogos-na-suecia/
os dois aviões em ação na Suécia https://www.youtube.com/watch?v=kZ-oXz6v-QM
Não sei por qual motivo a EMBRAER nunca desenvolveu um hidroavião até onde sei. A região Norte me parece ser o cenário ideal para essas aeronaves, por motivos óbvios.
Vai la na Embraer, coloca a grana na mesa e diz que compra 1000 unidades. Daí a Embraer faz para você. Ah, não tem grana? Mas sabe de alguém que tem interesse em bancar o projeto? Não também?
Se me permitem uma opinião, poderíamos adaptar os aviões agrícolas para combate ao incêndio, adaptando-os como hidroaviões para ser reabastecerem arremetendo. Acho que daria certo.
Serio,qual a dificuldade de solicitar a EMBRAER 0ra fazer um avião tipo esse para o Brasil.
E deixar la na Amazonia ,chegando epoca das secas ja taca agua la antes do incendio
Botando dinheiro tudo se resolve.
Existe uma necessidade por este tipo de aeronave aqui no Brasil e creio que a Embraer Agrícola pode desenvolver uma versão do Ipanema dedicada a essa função especifica.
Penso igual Entusiasta, uma aeronave relativamente barata de comprar e operar e que poderia somar e muito na hora que o bicho pegar caso se optasse pelo projeto de adequação.
O Ipanema pode ser utilizado para apagar incêndios, com capacidade em torno de 1000 litros o air tractor tem capacidade em torno de 3000 litros o c130 uns 12000 litros.O custo do equipamento, logística da operação, uso esporádico em locais distintos resulta que só poder publico tem condições de manter esta estrutura. Tem a FAB que tem me parece 2 equipamentos para hercules e algumas unidades policiais utilizamhelicoptero esquilo com capacidade em torno 500 litros.
Entusiasta Militar;
salvo ledo engano, já há uma opção de combate a incêndio no EMB 208 Ipanema!
Na realidade a adaptação do Ipanema para combate a incêndio é relativamente simples. O agente de combate a incêndio em aeronaves de maior porte e que exigem a operação em altitudes relativamente mais elevadas resultam na necessidade de misturar substâncias que impeçam a volatilização/evaporação da água antes mesmo que toquem no solo. Isso não ocorre com o Air Tractor, nem com o Ipanema, por que podem operar mais rente ao solo. Agora, entendo que sua colocação na realidade está relacionada à adaptação para operar como hidroplano. Não me parece muito difícil adaptar o Ipanemão tanto quanto foi o Air Tractor.… Read more »
Aqui no DF incêndio florestal é um problema seríssimo, o GDF bem que podia comprar um ou dois Embraer Ipanema para o corpo de Bombeiros. Cada um sairia por volta de 250,000 dólares.
Temos que pensar em logística e economia de recursos (manutenção, operação, etc). Não era mais fácil termos um esquadrão específico na FAB especializado nesta questão, utilizando aeronaves menores de forma específica (Air Tractor, CL 215) e de uso eventual (C-130, C-390)? Esse esquadrão poderia atender todo o território nacional, afinal nunca teremos mais que 2 ou 3 incêndios simultâneos!
Ipanema é avião de fazendeiro, barato de operar .
O Air Tractor é excelente avião para a função.
Combate a incendio é uma finalidade muito pontual e não acho que valha a pena construir um outro avião para isto.
Para casos pesados o C-390 ja o fará….para situações menores, o Air tractor é excelente…e um heli é muito mais caro….lento….manutenção complexa demais….
segundo informação da antiga revista “aviões de guerra” n 26.na década de 80,a grécia possuia 12 unidades do Canadair cl 215 para combater incêndios florestais.
Aqui o ideal seria algo como Be-200 Altair ou Canadair CL-415, uma plataforma dedicada, capaz de decolar da água ou da terra.
CL-415 só usado, a linha fechou em 2015.
O CL-515 é interessante.