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Copywright Gripen International

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Enquanto o governo brasileiro decide dar mais uma oportunidade para que as empresas que participam do processo de seleção dos novos aviões de caça que o país irá comprar melhorem as suas propostas, a transferência de tecnologia desse tipo de aeronave já começou a acontecer com pelo menos uma das disputantes. Lideradas pela Akaer, as empresas Friuli, Winnstal, Minoica e Imbra Aerospace enviaram para a Suécia uma equipe de 20 engenheiros e técnicos brasileiros para começar a trabalhar no projeto do novo caça sueco Gripen NG, produzido pela Saab Aerosystems. Além do grupo sueco, disputam a licitação para venda de 36 caças para a Força Aérea Brasileira a americana Boeing e a francesa Dassault.

“A cooperação efetiva com a Saab foi iniciada no dia 31 de agosto visando o engajamento total das empresas no projeto, o que inclui o domínio de tecnologias importantes da aeronave e acesso a todas as áreas sensíveis na fábrica da empresa, em Linköping, na Suécia”, explica o diretor-executivo da Akaer, César Augusto da Silva. A T1, holding que reúne as cinco empresas brasileiras envolvidas no projeto do novo caça sueco, será a responsável pelo projeto e produção da fuselagem central, fuselagem traseira e asas do Gripen NG.

Segundo o diretor da Akaer, embora o sucesso da parceria com a Saab esteja, de certa forma, atrelado ao projeto F-X2, pela possibilidade de o Brasil vir a ser o cliente lançador do Gripen NG, caso ele seja o escolhido, este fator não será, necessariamente, decisivo para que as empresas brasileiras permaneçam no desenvolvimento do novo caça. ” As nossas empresas foram selecionadas através de uma concorrência internacional dentro da estratégia da Saab de encontrar parceiros internacionais para o projeto”, explica o executivo.

A transferência de tecnologia na área de estruturas feitas em material composto, de acordo com o diretor da Akaer, capacitará as empresas brasileiras a serem fornecedoras de classe mundial de qualquer cliente do caça Gripen NG. A ideia da holding é formar um novo polo aeronáutico no Brasil na área de desenvolvimento da inteligência e do ciclo de produção de aeronaves, deixando no passado a fase de simples fornecedor de peças.

“Não estaremos envolvidos simplesmente no processo de fabricação das peças, que não tem valor agregado e atividade de engenharia. A questão não é só fazer, mas saber fazer e isso já começamos a aprender trabalhando em conjunto”, comenta o diretor técnico da Akaer, Ricardo Fontes. A troca de informações na área de projeto, engenharia e produção dos caças suecos, segundo Fontes, está sendo feita com autorização do governo daquele país.

A previsão da Akaer é que a partir do próximo ano uma equipe de pelo menos 150 engenheiros e técnicos das empresas que compõem a holding T1 comecem a trabalhar no Brasil em conjunto com 20 especialistas suecos. Os brasileiros que já estão na Suécia hoje, segundo Fontes, ficarão trabalhando lá por um período de seis meses.

Os diretores da Akaer estimam que em quatro anos o faturamento da holding atinja US$ 500 milhões e cerca de 2,9 mil postos de trabalho sejam criados nos próximos 10 anos. “Se o resultado do F-X2 for favorável ao Gripen, em seis meses dobraremos nosso atual quadro de colaboradores”, disse Silva. “A parceria com a Saab pode representar um grande salto tecnológico com o mesmo significado que o AMX teve para a Embraer, que se capacitou para o desenvolvimento da sua bem sucedida família de jatos regionais.”

FONTE: Valor Econômico, via Notimp / FOTO: Gripen International

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BRAZILWOLFPACK

Ja deixei de assistir essa novela. Agora so vou acreditar nissto quando chegar o primeiro aviao ao Brasil. Ate la,e tudo papo furado,para variar.

Fabio

Será que iremos em duas frentes ? Rafales e Gripen ? seria otimo… Quem sabe 36 Rafales e o restante Gripen Made in Brasil…

Yoda

Será que temos autistas na SAAB?

Francisco AMX

Foto bonita esta do Gripen!

Pois é, realmente não seria uma posição política ruim, neste momento, a escolha de 2 vetores, um birreator e outro mono, além do mais com alguma TT por parte de ambos os fornecedores…
36 rafales e o “troco” de NGs… 🙂 umas 84 unidades, teríamos os 10 esquadrões sonhados! Os Rafales com a função de Superioridade aérea e naval, armados com os 8 mísseis AAs ou 4 anti-navios, e os NG para fazer o trabalho “grosso” e ainda dar provento na arena ar-ar…

um sonho…

MOsilva

Hehehehe
Será? Parece-me ser bem possível…
SDS.

Lucas Urbanski

Parece que o FX-2 não terá apenas um vitorioso não, está com cara de que vamos ter muitas surpresas que ainda estão por vir!!

André

Bem, como a garantia de transferência de tecnologia é algo, digamos, virtual, pq um governo pode dizer SIm hoje e NÃo amanhã, creio que o Gripen NG é o que oferece mais oportunidades de incorporação de know how e know why. Sim, eu sei que o NG é uma colcha de retalhos qto a participação de parceiros de diferentes países. Ótimo!! Se houver negação de algum deles, o consórcio busca outra fonte ou desenvolve o que precisa. Não, não sou tão ingênuo… Motor: será que os EUA realmente barrariam o fornecimento por não escolhermos o Super Hornet? Creio que não.… Read more »

André

Em tempo: SAAB e DASSAULT precisam qie compremos seus aviões, senão seus programas podem ir para o buraco.

A BOEING não.

gehornet

eu acho q o brasil deve escolher o f-18 sem duvida

Lucas Urbanski

Francisco AMX, meu caro amigo tirou as palavras da minha boca, com sua permissão, assino embaixo.
Abraços.

Caipira

Que maravilha, entre trapalhadas, desinformação e lobby brutal finalmentte uma boa notícia.

Caipira

Francisco AMX em 15 set, 2009 às 12:08

Õ amigão blz?

Mas e a tão sonhada padronização?

Tiago Jeronimo

Quero ver a transferência de tecnologia do motor e de outras partes que são americanas se o Gripen ganhar…

Esdras

Independente o rafale, a FAB deveria entrar no projeto NG, como substituto dos F-5 e AMX. Esta é uma boa oportunidade.

gaspar

quem tudo quer, nada tem…
eh um velho ditado…

gaspar

quem tudo quer, nada tem…
eh um velho ditado…

gaspar

desculpe pela duplicidade o post

Mirage

Avanço. Quando a iniciativa privada toma frente de um projeto, mesmo que este não venha a ser utilizado pelo Br.

Governo é isso mesmo… bagunça e falatório.

Vai chegar um dia…vai demorar mais vai chegar… que os governos serão apenas cortinas e quem ditara as regras é a iniciativa privada.

Isso já acontece. Porem quem toma as “culpas” ou responsabilidades “aparentemente” são os políticos e seus governos.

Ainda temos muito que avançar. Vamos com calma.

Claudio

Eu gostei da notícia, é o reconhecimento da qualidade dos nossos engenheiros. Espero que o acordo prospere mesmo que o Gripen não seja o escolhido para o F-X2.

Bruno Correia

Bom, duvido muito que o Gripen NG possa virar o jogo.

Mais acho interessante possuirmos mais empresas no setor aeronáutico. Tentando se desmembrar um pouco da Embraer. Quem sabe no futuro uma Boeing e uma Lockheed Martin tupiniquins

Felipe Cps

Ótima notícia. Se a Odebrecht quer que a FAB fique com a Dassault, muito bem. O restante da Indústria Brasileira fica com a SAAB.

Sds.

Amaral

A pergunta do Thiago Jerônimo não tem como ser calada. De tudo que já li extraio que o importante é o caminho, a indicação e transferência tecnológica. Com isto, fomentaremos a indústria nacional, a pesquisa científica nacional e evoluiremos para o G5 com liberdade de aplicação tecnológica para os mercados que quizermos. Não precisa ser o melhor, desde que haja a entrega do pacote tecnológico.

athalyba

que os governos serão apenas cortinas e quem ditara as regras é a iniciativa privada. Ou seja, a lei da selva: sobrevivência do mais forte, submissão do mais fraco, toda a concorrência deve ser exterminada, qqer dissidência interna ou externa deve ser anulada e só o lucro e os acionistas importam. Não me parece o melhor modelo de sociedade … Voltando ao tópico: a notícia mostra que temos sim massa crítica para absorver, se não toda, a quase totalidade da TT proposta pelo Rafale/Gripen (os EUA acham que enganam alguém ao falar de TT). Tecnologias sensíveis nós tb temos. Por… Read more »

athalyba

PS: créditos para professor-doutor Sérgio Sombra, do Grupo de Estudos de Materiais Compostos, da Universidade FEDERAL do Ceará, que levou à fabricação da cerâmica !!!

Flavio

Parabéns ao pessoal envolvido neste projeto

repito, o melhor para o Brasil seria os dois vetores, Rafale + Gripen NG.

Pode não haver uma total padronização, mas seria perfeito termos dois excelentes vetores….um mais robusto, e outro em maior quantidade e tão bom quanto o primeiro em algumas tarefas, podendo inclusive faze-las de maneira mais econômica.

BRAZILWOLFPACK

Ja deixei de assistir essa novela. Agora so vou acreditar nissto quando chegar o primeiro aviao ao Brasil. Ate la,e tudo papo furado,para variar.

Mauricio R.

Qnto ao radar SABER, Unicamp e CTEX tb estão envolvídos nesse projeto.
Seria interessante que se e qndo este projeto for p/ produção seriada, a Imbel tenha algum envolvímento.

Klevston kvowster

Olha,vejo assim: O Brasil compra uns 20 caças F 35(Tampão: que maravilha)Sonhar nunca é demais,mais dois vetores Rafales e Gripen, será um sonho duplo ou triplo? Acaba com essa discussão que ninguém vai chegar ao concenso mesmo qual será o melhor dos tres vetores,pelo que vi não tem como saber qual dos tres é melhor,pega os dois (Rafales +Gripen)e + uns 20 F 35 sem transferência mesmo, traga-os já, para nossa proteção.Acho todo mundo vai ficar feliz.Termina isso logo Brasil….

Soldier

Athalyba…

Belíssimo comentário sobre a Cerâmica de radares. Crédito a este grande cientista brasileiro que fez uma Cerâmica o dobro de veezes melhor que dos EUA 100 X mais barato e principalmente: É nosso.

Abraços.

athalyba

@Mauricio R.

Os seis primeiros já foram comprados e já estão para ser entregues:
http://www.forte.jor.br/?p=3256

Eu ia colocar o link de onde tirei o texto citado e acabei esquecendo. Desculpae.

Qnto ao radar SABER, Unicamp e CTEX tb estão envolvídos nesse projeto.

Positivo: o elemento teve acesso a essa informação (rs)

abcs

gaspar

impressionante mesmo esse assunto da ceramica…
eh por isso que eu defendo o nao uso de equipamentos militares americanos aqui no Brasil…
e logo logo teremos novidades a respeito de materias compostos INOVADORES…

tyrion

existem mais misterios entre o ceu e a terra do que pode supor nossa vam filosofia….

Challenger

O que me deixa entusiasmado no FX, é a possibilidade de o Brasil finalmente, modernizar sua industria aeroespacial, que quem sabe desenvolver novos produtos, valorizar nossos engenheiros e tecnicos é o mais importante não importando qual seja o vencedor, claro que ta na cara que é o RAFALE.

Bruno Rocha

Caipira em 15 set, 2009 às 12:30

Não ACHO (achismo) que uma padronização de vetor seria uma boa idéia, poderíamos utilizar um avião mais barato para tarefas mais simples, e o outro mais poderoso para tarefas mais perigosas, como fazer “barreira” contra a Venezuela.

Bruno Rocha

No fundo, No fundo eu achava que esse FX2 acabaria numa marmelada, mas fora as especulações, será que há chances de uma dobradinha Rafale/Gripen?

Angelo Nicolaci

Tiago Jeronimo Não vejo como real a ameaça de veto americano a tais partes constituintes no Gripen, até por que se for assim os Super Tucanos vão ficar no solo né? Amigos acho interessante se optassemos por 36 Rafales, devido ao pacote Francês com vista a obter tecnologia do SubNuc,e em contrapartida ir com Gripen tamb~em com vistas a substituir a espinha dorsal da FAB padronizando as demais funções hoje a cargo dos F-5 AMX e Xavantes sob o gripen, uma plataforma mais barata e tão capaz quanto os Rafales e ainda com TT e produção no Brasil, seria um… Read more »

Angelo Nicolaci

acho que devemos ir com Gripen/Rafale a exemplo de tantas outras Força aereas que não se apoiam em apenas um vetor, a exemplo dos americanos,indianos,russos,chineses,etc…
Todos tem seu top e o faz tudo, e acho que o gripen atenderia a função de faz tudo e o Rafale de superioridade aerea e interceptação, além do mais o Gripen devido as suas caracteristicas que permitem uma rapida desmobilização das bases para estradas e lugares improvisados daria maior mobilidade tatica e amparo estrategico de acordo com o previsto no END

Carlos

“Para especialista em desenvolvimento, compras militares dos EUA são maior exemplo de política industrial que gerou inovação tecnológica” Essa estoria, do fim do estado, e COISA PARA BRASILEIRO BOBINHO VER. “Houve uma opção por não regulamentar. Foi uma opção movida a razões nacionalistas, porque tanto o Reino Unido quanto os EUA viam o setor financeiro como o que liderava a projeção do seu poder na arena econômica internacional. Com Wall Street de um lado e a City do outro, para eles fazia sentido ser liberais.” “Um fundamental é no campo da inovação e da tecnologia. Na OMC (Organização Mundial do… Read more »

Carlos

Dsculpe ai pessoal foi mau, o primeiro texto eu embaralhei tudo. Prometo ser mais diligente. Essa estoria, do fim do estado, e COISA PARA BRASILEIRO BOBINHO VER. “Para especialista em desenvolvimento, compras militares dos EUA são maior exemplo de política industrial que gerou inovação tecnológica” Houve uma opção por não regulamentar. Foi uma opção movida a razões nacionalistas, porque tanto o Reino Unido quanto os EUA viam o setor financeiro como o que liderava a projeção do seu poder na arena econômica internacional. Com Wall Street de um lado e a City do outro, para eles fazia sentido ser liberais.”… Read more »

Fábio Mayer

O Brasil vai acabar comprando 12 Rafales, 12 SH(s) e 12 Gripens… e daí ninguém sai descontente e podemos nos dedicar ao que mais gostamos: CARNAVAL!!!

Marco Antonio Lins

Ilmo Srs

Eu vendo dizendo que montoras o Brasil tem de mais, temos que fabricar,penssar no valor agregado.Quantos paises tem vetores diversos, cada qual com sua função.Se o brasil vai participar com a Suecia na fabricação, poderiamos alterar sua configuração, tornalos birreator maior raio de ação.

Marco Antonio Lins

Atenção !….

Não podemos perder o Rafale, trata-se de vetor muito recente.

Challenger

Fabio, não esqueça da Cerveja.

Tenho uma ideia melhor porque não compramos alguns J-10 da China, garanto que eles chegam aqui semana que vem, e claro bem baratinhos, e de quebra alguns MP10 pra cada piloto.

Felipe Cps

No Brasil, pras coisas darem certo é só o governo não atrapalhar…

luis alberto

Transferencia de tecnologia (TT) se dah de duas formas:
1 – Trabalhando junto com a “mao na massa” conforme disse o presidente da EMBRAER, eng. Fleury Curado.
2 – roubando.
Quem acredita que uma nacao gastando bilhoes para desenvolver tecnologia sensivel vai repassar essa tecnologia barato para outra nacao, tambem deve acreditar no Papai Noel ou no Saci Perere.
Eh possivel que nosso presidente acredite em Papai Noel ou no Saci Perere. Afinal de contas a escolha em quem acreditar eh dele.

André

Concordo com vc Luis Alberto.

Por isso prefiro a proposta da SAAB. Apesar de concordar que o Rafale é um avião mais, digamos, poderoso.

Angelo Nicolaci

http://brasilnicolaci.blogspot.com/

Concordo com o amigo Luis alberto

Angelo Nicolaci

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Concordo com o amigo Luis alberto

e passo meu blog

Angelo Nicolaci

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Concordo com o amigo Luis alberto

e passo meu blog

welington

A charge abaixo descreve muito bem a noção tida sobre o FX2 pela mídia em geral e pela população leiga no tema… A mesma é a charge do dia no Charges.com.br, o maior site de charges do país, este tem um imenso numero de visitantes diários, por base neste site entende se a importância do FX2 para a mídia atualmente, visto que o mesmo não é nem um site de noticias e sim de entretenimento pelo humor generalizado… Porem a de se ressaltar que como na mídia em geral a charge peca, pois o FX2 não esta decidido e o… Read more »