EMB-500

EMB-500 AMazonas

Na página abaixo, uma matéria sobre um avião turboélice da Embraer que não decolou, o EMB-500 Amazonas.

A página é da revista Flap Internacional, nº 9, de janeiro-fevereiro de 1972.

O avião seria um quadrimotor de asa alta com motores PT-6 e rampa traseira. Seria destinado a missões de transporte de tropas, patrulha marítima e reconhecimento.

O texto da matéria diz que ele não precisaria de mais de 660 metros de pista para pousar ou decolar.

O protótipo deveria voar em outubro de 1974.

COLABOROU: Rostand MedeirosNatal-RN

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Samuca cobre

Bela aeronave para a sua época!!! Se houvessem fabricado seria um sucesso e iria competir com o Hércules!!

Torama

O anúncio acima não fala a capacidade de carga (informa erroneamente a autonomia, 3600 Km, duas vezes), mas me parece que esse avião seria da classe do DHC-5 / C-115 Bufalo, apesar dos quatro motores.

MMerlin

Na última imagem tem suas características. A diferença de dimensão entre as aeronaves descartar a concorrência com o C-130. E lançar um concorrente par a o Hércules em 74, quando este já estava bem estabelecido, seria um prejuízo garantido.

Torama

A capacidade de carga não é informada ali, apenas o alcance e área livre.
O colega Rubens Aguiar lá em baixo encontrou a informação em outra fonte e postou: 5.600 Kg de carga útil máxima, bem abaixo da capacidade do Hércules.

cwb

samuca os turboélices t 56 A 1 do hércules tem potência por unidade em torno de 4950 h p ( pode ser mais ou menos dependendo do modelo).
O amazonas se existisse seria uma versão anabolizada do bandeirante o que não seria demérito algum para à embraer. Acho até que se ele tivesse existido o kc 390 de hoje teria 4 motores e seria muito maior.
abraço a todos!

Samuca cobre

Concordo, mas estaria mais pro tamanho do Casa, porém se emplacase poderiam surgir variantes maiores que iria competir com o lendário Hércules… minha opinião kkk

gordo

O Bandeirantes foi um bom projeto, mas não sei por que não o fizeram com asas altas. Acho que o KC seria maior, mas ainda assim teria apenas dois motores já que pesa ai a questão dos custos de manutenção.

Rubens Aguiar

Segundo a Enciclopédia de Aviões Brasileiros / Roberto Pereira – São Paulo: Globo, 1997; p.132; a versão civil – havia 4 versões: civil; cargueira; paraquedista e patrulha – apresentaria as seguintes características: 3 tripulantes; 30 passageiros e 600 kg de bagagens; Peso vazio: 6.400kg; Peso vazio operacional: 6.800kg; Peso máximo de decolagem: 12.000kg; Carga útil máxima: 5.600kg. A versão cargueira apresentaria a mesma características, sendo porém mais leve (6.050kg), e a versão patrulha apresentaria um peso vazio de 6.550kg; peso máximo de decolagemn de 14.000kg e carga útil de 7.450kg

Flanker

Nunca. Os 4 motores somados não dariam a potencia de um unico motor do C-130. Capacidade de carga de menos de 20% da capacidade do C-130, dimensões muito menores. Se tivesse sido construído, competiria com o C-115 Buffalo.

Samuca cobre

Que era mais barato que o Hércules, categoria diferente ,não deixava de ser um concorrente…quem não podia pagar caro ia no mais barato!!!

Flanker

Um C295 é mais barato que um Hercules. Mas, o que um C-130 leva de uma vez, e em uma distância maior, precisa de , no mínimo, 2 C295. Aí, talvez a economia na compra se perca na maior quantidade de voos necessários, mais tripulantes, etc

Samuca cobre

Concordo… mas se for um outro envelope de vôo?? Distância menor e menos carga…
O ideal é ter os dois tipos de aeronaves, mas é ai que eu te pergunto… se for um país que não tem muitos recursos ?? Com certeza vai de C295 , minha opinião kkk

Sergio

…em relação as proporções do desenho me parece que o aparelho não está na “faixa” do Hércules…..
O que realmente não entendi é o fato de ser um quadrimotor !!!!!!
Não sei quais foram os motivos mas me pareceu excessiva a decisão da EMBRAER !!!!
Uma dupla de turbofans já estava disponível naquela época…

Willber Rodrigues

Ok, mas por qual motivo ele não foi em frente?

Guilherme

Provavelmente a crise econômica causada pelo choque do petróleo e pela irresponsabilidade econômica dos militares.

Cristiano GR

Irresponsabilidade econômica?
O Brasil teve um crescimento econômico que só foi visto novamente no mundo na China do início da década de 2000. Foi construída muita infraestrutura, foram feitas muitas estradas, portos, aeroportos, escolas, etc. O Brasil crescia muito, empresas exportavam, a indústria tinha mais demanda que oferta, a produção agrícola só crescia e as famílias do campo viam o retorno de seu trabalho.
Os males do país não são oriundos da época do crescimento, mas dos governos civís que empregaram gente demais, ganhando demais.

Nemo

Boa noite Cristiano.
Assim como voce também sou um admirador das conquistas do período militar, mas…
Não podemos ignorar os erros cometidos pelos militares na economia, que foram responsáveis pela hiperinflação dos anos oitenta e quase vinte anos de estagnação.

Não defenda os erros de outros, quando eles não se preocuparam em defender o seu futuro.

MMerlin

Para você ver com a polarização afeta tudo, inclusive uma analise econômica. Polarização está que está se espalhando como doença por todo o mundo.
Mesmo com todos os erros e crimes cometido em sua época, a ditadura de Pinochet no Chile foi o que mais deixou sementes e frutos, boa parte deles fincados na educação.
Já estive a trabalho algumas vezes neste país e percebo que nossa diferença com eles vai muito além da metodologia utilizada para aumento da frota naval.

Émerson Gabriel

Cristiano, eu sou filho de militar e não teria motivos para ser contra o regime, mas convenhamos, crescimento as custas de déficit fiscal gigante, dívida externa crescente devido a grande oferta de crédito, além da hiperinflação (imprimindo moeda sem lastro) e o bolo cresceu mas não dividiu, poucos ficaram com a maior parte desse bolo

Gustavo

crescimento econômico na base do endividamento externo, a conta chegou e o Brasil parou.
Seria algo semelhante se a Argentina agora tomasse muito dinheiro de fundos internacionais, o país passaria a crescer 7% ao ano, mas teria condições de quitar os compromissos nos anos seguintes? exatamente como foi aqui…

Saldanha da Gama

Cristiano, só deixo uma pergunta e não é para você…, os investimentos em estrutura feitos nesta época que acarretaram hiperinflação etc…. Se não tivessem sido feitos, como estaríamos agora? Estradas, indústrias, usinas, hidrelétricas, portos etc… Será que teríamos tudo isto? teríamos energia elétrica suficiente? Os governos sucessores teriam investido para o bem geral da população e do país? Ou iam investir no bem geral deles e suas benesses?

Kleber

Acredito que nenhum de vocês são economistas, então, acho que estão falando muita besteira quanto a hiperinflação e dívida externa ter origem no Governo Militar. Dívida externa não é crime e existe desde o império basta ser controlada o que não aconteceu desde o primeiro Governo Civil que abusou do gasto público o que gerou hiperinflação, exemplo, no Governo Sarney todos os que nunca contribuíram com com INAMPS (INSS) tiveram direito à aposentadoria.

Rafael

E as conquistas do período dos governos militares só foram possíveis por causa dos “empréstimos internacionais”, o que gerou a nossa famosa dívida externa que já era impagável no final dos anos 80.

cwb

naquele momento a fab já tinha a dotação de hércules e búfalos e o bandeirante era o carregador de piano da fab e tinha sido encomendo em grande quantidade.
acho que não iria caber o amazonas infelizmente.
abraço a todos!

Mauricio R.

Faltou incluir o Avro C-91.

João Moro

Muito bonita a aeronave, para o seu tempo. Pena que não saiu do chão…

Luiz Trindade

O problema foi os desmandos financeiros do país que não deixou essa aeronave dar certo.

Foxtrot

Pois é, mais um dentre inúmeros projetos da Embraer verdadeiramente nacional que não decolou por “N”,s motivos.
E ainda tem gente que duvida da capacidade da empresa em se projetar e fabricar um caça super sônico.
Se na época a empresa já tinha essa capacidade ( e olha que os desafios técnicos eram muitos), imagina hoje em dia.
O fórum poderia postar uma matéria sobre o projeto MPLF-E (caça super sônico).
Tanto conhecimento jogado no lixo em detrimento de importações, sabotagem interna, entreguismo etc etc.
Absurdo!

Marcos Cooper

não é os brasileiros que duvidam da capacidade da Embraer fabricar um caça supersônico,é a própria Embraer.

MMerlin

Você quis dizer o MFT-LF, certo? A Embraer ofereceu junto ao projeto o que existia de melhor disponível o no mercado, acrescentando em um projeto similar ao AMX, para tentar trazer uma viabilidade ao projeto. Se nem no projeto a AMX, que era mais simples, vários recursos relacionados a aviônica e tecnologia foram barrados, ou por questão orçamentária ou por questão embargo, qual a probabildade de possuiremos um caça, que teria requisitos mais rígidos e não sofrer dos mesmos problemas? Eu prefiro ver o Brasil em um crescimento sustentável, expandido sua participação aos poucos em novos projetos da SAAB ou… Read more »

Nelson Daher Junior

Indústria nacional de defesa deve ser incentivada pelo governo e andar com suas próprias pernas, ou seja; produzir equipamentos militares que outras nações também tenham interesse, caso contrário não será viável comercialmente e não terá recursos para continuar desenvolvendo novos produtos e enfrentar a concorrência.Parcerias com outros fabricantes, instituições de desenvolvimento/pesquisa de tecnologias privadas e estatais, fornecedores diversos, devem ser prioridade para desenvolver conhecimento próprio, gerando produtos de defesa com alta tecnologia e que poderão ser exportados contribuindo para a aumentar nossa presença em um mercado que se caracteriza por forte e restrita participação de fornecedores na industria de defesa.

Mauricio R.

A capacidade e competência da Embraer de conceber, projetar, construir e fazer voar um caça supersônico é tanta, que a União comprou a tecnologia do Gripen, para seguirmos fabricando sob licença.
Mas nem aqueles mods de F-5 que a HESA do Irã fez e/ou faz (Azarakhsh, Saegeh e Kowsar) tem expertise pra fazer.
Ser tão capaz qnto a HAL ou a AIDC, requer outro nível de capacitação e conhecimento.

JuggerBR

Mas qual seria a recompensação pra Embraer desenvolver estes projetos avançados? a HAL tem o governo da Índia investindo permanentemente na empresa, com vários projetos em andamento, sem secar a fonte de recursos, e aqui? O passado mostra que indústria militar que se arrisca sozinha quebra no Brasil.

Daniel F Botura

Seria tipo um Baby-Bufalo ? Acho, que como seria um projeto mais novo, talvez, e de uma categoria intermediária, talvez tivesse vendido algo………..Revendo o projeto…….kkkkkkkk, estava mais para um Bandeirante, GORDINHO” com 4 motores………….né

Joli le Chat

Olha o tamanho dessas perninhas…

Se alguém quiser ler a revista, ela está aqui:

http://www.revistaflap.com.br/web/_FILES/upload/19072016-151359-flap_09.pdf

Nelson Daher Junior

Este projeto pode ser atualizado e no futuro ser fabricado versões para uso civil para transporte de passageiros, transporte de carga, combate a incêndio e versões militares para transporte de tropas, salvamento, evacuação médica, transporte de equipamentos militares, vigilância e patrulha marítima utilizando motores turboélices e a reação. A Embraer deve estar observando o mercado, pois poucos fabricantes disputando este nicho de aeronaves que pode atender várias necessidades em vários continentes.

carvalho2008

Estas especificações de tamanho e carga da aeronave correspondem a categoria do C-115 Bufalo….que foi um excelente avião…

Sergio

Certamente um desenho muito bem requintado para a época….

Fabio Mayer

Hoje o MinDef e a Embraer conversam sobre um substituto para o Bandeirante…

João Bosco

Até que, quem sabe, essa aeronave poderia ser interessante se o projeto for todo revisado e atualizado. Poderia até dar certo……

EB75

Até pode ser, mas não com 4 motores. A era dos quadrimotores acabou !

Rico Zoho

Foi mais um projeto da Embraer que não foi executado. Ele tinha um viés mais militar do que civil. Previa capacidade para 30 passageiros.

Depois fizeram o EMB 120 Brasilia que cobriu a faixa de aviões turbo-hélices para 30 passageiros. Foram fabricados mais de 300 EMB 120.

Marcos Cooper

Boa! Nem eles se preocuparam com as FA’s,e agora culpam os governos civis!

luiz blower

Muito motor pra pouco avião

Bira Lopes

O nome da aeronave, a ilustração da publicação e o comprimento da pista para pouso e decolagem já indicavam a aplicação típica. Transporte para ligação às comunidades isoladas na selva amazônica. Esse projeto caia como uma luva, na época.

Rafael Oliveira

Achei esses turbohélice com capacidade de carga compatível, todos bimotores, não sei o custo da hora de voo, mas acredito que não teria muito mercado para essa aeronave

Antonov AN-32 6t
Casa C-235 6t
DHC-5 Bufalo 8t

ROBERTO CAMPOS FREIRE

Bacana, seria um mini Hércules!