Na Conferência Internacional de Caças de Berlim, a Airbus e seus parceiros revelaram detalhes do novo conceito Eurofighter ‘Electronic Combat Role’ (ECR)

A empresa diz que esse novo papel aumentará as capacidades multifuncionais do Eurofighter e aumentará ainda mais a capacidade de sobrevivência das forças da coalizão em ambientes hostis.

“Os recursos de guerra eletrônica colaborativa são essenciais para futuras operações aéreas combinadas”, afirma a empresa em um comunicado.

Prevê-se que a capacidade inicial do Eurofighter ECR esteja disponível até 2026, seguida de mais etapas de desenvolvimento e integração total nos futuros ecossistemas do sistema aéreo de combate (FCAS).

“O Eurofighter ECR poderá fornecer a localização passiva do emissor, além de interferência ativa de ameaças, e oferecerá uma variedade de configurações modulares para ataque eletrônico (EA) e supressão/destruição da defesa aérea inimiga (SEAD/DEAD).

A mais recente tecnologia nacional de tecnologia “escort jammer” garantirá o controle nacional sobre recursos como dados de missão e análise de dados. O conceito também apresenta uma nova configuração do cockpit de dois lugares com uma tela de toque panorâmica multifuncional e um cockpit de missão dedicado para o assento traseiro.”

A Airbus diz que o conceito é impulsionado pelas principais empresas aeroespaciais Airbus, Hensoldt, MBDA, MTU, Premium Aerotec, Rolls-Royce e apoiado pelos organismos industriais alemães BDSV e BDLI. Ele visa especificamente os requisitos da Força Aérea Alemã para uma capacidade de ataque eletrônico aéreo.

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Carlos Campos

A Saab queria vender o Arexis para o Eurofighter parece que o sonho acabou

Willber Rodrigues

Desculpem a pergunta de leigo, mas o que isso tem de diferente das capacidades de guerra eletrônica e de operação em rede do Gripen NG? Se comparado as capacidades do Gripen, vai ser melhor, inferior, ou equivalente?

nonato

Eu não sei
Mas imagino que é mais tentar fechar essa deficiência.
2026?
Esses caras são doidos
Guerra não oode esperar décadas por um simples módulo de guerra eletrônica.

Kemen

n – Pois é, o Eurofigther por sinal um grande caça, foi desenvolvido aos poucos, muita coisa foi implementada depois de entrarem em operação, o que tornou carissimo esse projeto conjunto, na minha opinião acho que ter tantos paises envolvidos é uma causa disso, um exemplo foi agora com a necessidade da Luftwaffe.

RICARDO NUNES BARBOSA

O Typhoon ECR é uma versão especializada em Ataque Eletrônico, não pode ser comparado ao Gripen F padrão, para ser equivalente o Gripen F precisa de um conjunto de pods EW e talvez uma maior capacidade ESM.

Kemen

Compara-se aos Tornado ECR alemães que os Eurofigther com POD´s pretendem substituir, talvez um pouco mais modernos que os velhos Tornado.
Nos Gripen E é só compra-los.

GFC_RJ

O Gripen E/F possuirá uma suíte avançada para autoproteção eletrônica.
Mas uma versão dedicada para ataques em EW, como o E/A-18 – Growler e esse Typhoon ECR, são necessários outros gadgets como o colunista Ricardo Barbosa acima aí descreveu.

Kemen

W B – A Introdução do ECR nos Eurofigther, é visando substituir os TORNADO ECR alemães. Baseia-se num par de POD´s colocados nos pilons embaixo das asas onde iriam os tanques suplementares de combustivel dos Eurofigther que serão disponibilizados em outros pontos.
O Gripen E pode utilizar os seguintes POD´s
-RECCELITE / MRPS / DJRP / LITENING G IV / LITENING G III / SNIPER.
É só escolher e comprar.

rui mendes

Isso também os Typhoon Britânicos fazem, nada a ver com este futuro ECR.

Kemen

Mais um POD integrado recentemente, o EAJP de guerra eletrônica.

Ricardo Bigliazzi

Interessante, são os Europeus se mexendo. Isso é bom!

Ozawa

Sendo a versão de combate eletrônico do Eurofighter então é o Typho-on … ?

Tomcat4.0

Hauhauhauhauhau !!! Por hora só tem a versão Typhon-off .rs

Antunes 1980

Logo aparece algum “especialista” falando que o Su-35 é superior aos Thyphoon de última geração.

Lista de países que operaram o Eurofighter Typhoon.

Alemanha: 143 aeronaves.
Arábia Saudita: 72 aeronaves.
Áustria: 15 aeronaves.
Catar: 24 aeronaves.
Espanha: 72 aeronaves.
Itália: 96 aeronaves.
Kuwait: 28 aeronaves.
Omã: 12 aeronaves.
Reino Unido: 160 aeronaves.

Total de 599 aeronaves.

smichtt

Seria possível a utilização de células antigas (Tranche 1, por ex.) para isto?

Mauricio R.

Aeronave de superioridade aérea tem uma certa sina, de ser solução pra tudo.
Voa bem, tem bom desempenho, vão lá e tascam-lhe mais uma missão.

Luís Henrique

Em 2013 foi noticiado que a Espanha queria vender Eurofighters usados Tranche 1 para o Peru por 45 mi de euros. Agora, sabemos que a Áustria quer vender seus 15 Eurofighters e que a Alemanha quer vender seus 38 Eurofighters Tranche 1 e adquirir mais eurofighters novos. 6 ou 7 anos depois, os typhoons com mais uso e vida útil menor, quanto será que custaria? Se esses países aceitarem 25 ou 30 mi por cada Eurofighter usado Tranche 1, é um ótimo caça para vários países. Até para o Brasil, da para pensar em um Mix de 72 Gripen E/F… Read more »

MBP77

Ah, sim… seria uma “ótima” aquisição.
E os custos de operação/manutenção/atualização, durante a vida útil restante das células, sairiam por quanto mesmo?
Seria uma compra na modalidade “caracu”.
Creio ser desnecessário dizer com qual sílaba a FAB entraria no negócio.
Sds.

Luís Henrique

Em 2017 foi noticiado que o Eurofighter no Reino Unido tinha um custo de hora vôo ‘somente’ 30 ou 40% acima do custo de um F-16. E foi fechado acordos com a indústria para reduzir o custo do Typhoon entre 30 e 40%, o que colocaria o custo de hora vôo equivalente ao custo se um F-16.

Sim, não é barato. Mas não é esse absurdo exagerado que muitos imaginam.

MBP77

Desculpe, mas se você acredita em notícia de que um birreator (muito) menos produzido que o F-16, tem uma hora de vôo equivalente a este último (monomotor), não tem nem muito o que conversar.
Sds.

Luís Henrique

https://www.flightglobal.com/news/articles/uk-to-drive-down-typhoon-operating-costs-to-match-f-439514/ Lê aí. A James, anos atrás publicou que a hora vôo do F-16 era de U$ 7 mil. Se o Typhoon precisa reduzir 30 a 40% para alcançar o F-16, então pelos mesmos parâmetros a hora voo do Typhoon deve ser próxima a U$ 10 mil. Inclua salários, mecânicos e tudo o mais e sim o valor do Typhoon vai superar U$ 20 mil. O F-16 Na USAF está em U$ 22 mil. Valor de hora de voo depende muito do que está incluso na conta. O que é errado é analisar somente o básico para uma aeronave e… Read more »

Augusto L

Fly cost é só o custo do combustível, voce tem que ver o operational cost., o do Typhoon nas primeiras versões era de 100 mil Libras, é claro que hoje esse valor ja caiu mas eu duvido que seja menos que 40 mil dólares por hora de voo, isso nas células que saíram com 8mil horas de voo ou aquelas que foram revitalizadas.

Luís Henrique

Augusto, esse custo de 100 mil euros é irreal e já foi desmentido. Estes dados incluíam tudo, tudo mesmo, até a depreciação. Ou seja, eles pegavam o valor do Eurofighter e dividiam pelo número de horas que o caça iria voar ao longo da vida e incluíam esse valor no custo operacional. Assim como modernizações, desenvolvimento, salários dos pilotos, mecânicos, todos os gastos da base, até o salário da faxineira. Custo de combustível tem declarações de custar 3.875 euros por hora de voo no Reino Unido. O F-35 Que é super criticado pelo alto custo operacional tinha o valor de… Read more »

Thiago Aiani

Exato Luis Herinque, não é o custo real .Segue uma entrevista de 2013 à ex oficial da AM, que trabalhou tanto como coordenador no programa JSF para Finmeccanica e depois como diretor executivo do consórcio Eurofighter. O trecho onde ele cita os custos : Em Mônaco, fizemos um cálculo que resultou em um custo por hora de vôo – um custo recorrente – entre 15.000 e 20.000 euros, com tendência a cair para os 12.000. Recebemos imediatamente sondagens da Força Aérea Italiana, onde a Aeronáutica indicava – em 2011 – o custo de hora de voo do Typhoon de 66.000… Read more »

Luís Henrique

Obrigado Thiago pelas informações e pelo link.
Por isso que eu disse, custo 30 a 40% maior que o do F-16, não o absurdo que muitos pensam. E no Reino Unido existe um programa chamado Tytan, que visa reduzir o custo operacional do Typhoon em 30 a 40% para igualar ao custo de um F-16.

Thiago Aiani

Muito complicado estabelecer custos com exatidão , pois cada instituição ou analista pode incluir itens que não são levados em consideração pelos outros, ou em certos casos ter um valor diferente como os salários . Considerando uma estimativa pessimista é provável 25.000, em uma mais otimista uns 12.000 euros.

Augusto L

Thiago e Luis os custos fixos entram no cálculo do custo operacional.
Por isso ele tem uma diferença muito grande do custo de voo.

Augusto L

É contabilidade custo básica.

Mauricio R.

Assim por baixo devem existir bem uns 30, 35 anos de filosofia de manutenção, de diferença entre um e outro.
Sem contar que um F-16A Block 05 quase não tem mais nada a ver com o mais recente F-16C Block 50/52.

Leonel Testa

Se chegarmos a 60 Gripen E/F ate 2030 ja to satisfeito

Luís Henrique

A FAB queria 120 caças lá na época do FX1. Depois cheguei a ler sobre 126 e no final diminuíram para 108.
Afinal a FAB tinha 57 F-5 + 53 AMX + 12 Mirage 2000, totalizando 122 caças.

Se agora reduzirem para 60, vai ser a gota d’água.

O Chile possui cerca de 60 caças, a maioria F-16.

108 caças para o 5o maior país do mundo, já é pouco. 60 é uma piada de muito mal gosto.

Augusto L

Esses Tranche 1 tem células bem surradas e suas estruturas não aguentam mais que 3000h dê voo por isso tem muitos Typhoons parados na europa, para compra-los teriam que passar por um processo de aumento da vida útil da célula e com certeza o comprado teria q pagar isso por fora.
E o Tranche 1 não acrescentaria nada a FAB pois seria tecnologicamente inferior ao Gripen em vários aspectos.

Luís Henrique

Sim. É verdade. Mas se a SAAB cobrar muito caro, o Eurofighter Usado é uma opção para países com orçamento militar saturado como o nosso. Se a SAAB cobrar U$ 60 mi por cada Gripen E, o EF usado se torna uma opção ruim. Já se a SAAB pedir U$ 85 ou U$ 100 mi por cada Gripen E, e Alemanha, Áustria e Itália aceitarem vender seus EF T1 por 25 ou 30 mi, se tornam opções mais ou menos boas. Confesso que não gosto muito desse caminho de comprar caças usados, mas no Brasil isso é normal. E dentre… Read more »

Mauricio R.

Seria algo de bom pra Taiwan por exemplo, que tem um pesadelo em defesa aérea logo ali ao lado.
Poderiam vender seus M-2000EI para a Índia, que gosta bastante da aeronave e tem um programa de retrofit em curso.
O duro seria conseguir que os europeus contrariassem a “Madame Dragão” da PRC.
Os britânicos ainda poderiam citar a repressão em Hong Kong, mas os demais dificilmente embarcariam nessa.

Lucianno

Taiwan está morrendo de medo do absurdo crescimento chines e conta com a ajuda dos aliados americanos. Se forem comprar um parafuso usado que seja será dos USA, e todos nós sabemos como os americanos ficam “magoados” quando um aliado compra qualquer coisa que não seja made in USA.

Kemen

Todos os Eurofigther Tranche 1 foram atualizados para Block5, mas… os que querem vender é porque, as ultimas versões sofreram atualizações que implementaram software e sistemas muito bons.
Os Tranche 1 não tem:
1.Apesar de ter um bom radar, não é AESA. 2.Não tem o DASS 3.Não tem o ACMI 4.Não tem o EOC 5.Não tem o IFF melhorado como nos Tranche 2

Alisson Marinao

O Gripen, com a eletrônica embarcada e com o novo pod da Saab, não seria comparável a essa versão do Typhoon?

https://www.aereo.jor.br/2019/11/07/saab-testa-novo-pod-jammer-no-gripen/

Ivan

Typhoon de ‘combate eletrônico’ ou Eurofighter ECR (‘Electronic Combat Role’) é uma aeronave que já era esperada, sem surpresas, na medida em que os veneráveis e poderosos Tornados estão sendo aposentados e substituídos. . Existe SIM uma versão ECR – ‘Electronic Combat Role’ – do Tornado IDS. . Transcrevendo direto da Wikipedia britânica: “Operated by Germany and Italy, the ECR (Electric Combat / Reconnaissance) is a Tornado variant devoted to Suppression of Enemy Air Defenses (SEAD) missions. It was first delivered on 21 May 1990. The ECR has sensors to detect radar usage and is equipped with anti-radiation AGM-88 HARM… Read more »

Lucianno

Sim claro, a Airbus não iria lançar o Typhoon ECR se já não tivesse combinado com a Luftwaffe a substituição dos Tornados ECR.

JuggerBR

Caros, defasados, capados…
Duvido que os países participantes estão felizes com o cenário atual do Typhoon.
Imagino que vários deles se tivessem a chance venderiam suas esquadrilhas e partiriam pra comprar algum outro avião, alguns de Gripen, outros de F-35, ou até F-15, F-16 e F-18.
Por mais que esse avião signifique independência bélica, o preço está ficando além do possível, considerando o custo-benefício.

rui mendes

Lê um pouco mais e verás que estás errado. Digo lê mais, e com isto só quero dizer para leres entrevistas com pilotos dos Typhoon , assim como mecânicos, por exemplo a revista airforces montly Britânica, a fam espanhola, ou DSI Francesa. Não quero dizer de todo que não lês.

rui mendes

Pois, mas os Britânicos e Italianos, dizem que saem dos hangares com qualquer caça inimigo na area, e só receiam o F22 e F35, e mesmo assim não se dão por derrotados logo.