Primeiro caça Rafale indiano

Primeiro Rafale indiano

A Força Aérea Indiana recebeu recentemente sua primeira aeronave do tipo na França

Diminuindo a controvérsia em torno do acordo anterior, o governo de Narendra Modi finalizou um acordo para mais 36 caças Rafale, de acordo com relatos da mídia.

Uma reportagem do Indian Defence Research Wing publicada no sábado disse que o novo pedido será assinado no início de 2020.

A Força Aérea Indiana (IAF) recebeu recentemente sua primeira aeronave Rafale da França. A entrega oficial ocorrerá no dia 8 de outubro, quando o ministro da Defesa Rajnath Singh visitará a França.

A compra de outros 36 caças Rafale levará a frota para 72 aeronaves, o que será essencial para reforçar o poder aéreo da Índia, particularmente após o ataque de Balakot, quando a IAF mergulhou profundamente no Paquistão para destruir campos de treinamento terrorista. Desde então, a Índia e o Paquistão têm se empenhado em reforçar seu poder aéreo.

Considerando o enorme mercado de defesa da Índia, fontes oficiais dizem que os EUA estão pressionando a Índia para comprar seus jatos Lockheed Martin. No entanto, desde que o comandante de ala Abhinandan Varthaman derrubou um F-16 pilotado pelo Paquistão, a reputação desta aeronave caiu em muitos pontos.

Mesmo o F-21 (nova designação do F-16 Block 70 para a Índia) não é algo que a Índia deseja adquirir, independentemente da pressão dos EUA. Mas o Boeing F-18, que tem uma versão embarcada e uma variante da Força Aérea, está sob consideração da IAF junto com Rafale, disseram fontes.

O Gripen E da SAAB está fora da corrida*, enquanto o russo MiG-35 e Sukhoi Su-35 não devem dar uma dura luta ao Rafale.

A IAF decidiu adquirir 18 caças Su-30 MKI e 21 MiG-29 da Rússia. A atualização de 272 aeronaves da frota Su-30 MKI também está sob séria consideração. A recente visita do primeiro-ministro Modi à Rússia acelerou esse processo.

A Dassault Aviation, criadora da Rafale e a Boeing dos EUA, estenderam suas ofertas para ajudar a construir o avião de caça AMCA de 5ª geração da Índia, desde que ganhem o lucrativo contrato de fornecimento de aeronaves de combate à Força Aérea Indiana.

Sistema de Armas do Rafale. Clique na imagem para ampliar
Sistema de Armas do Rafale. Clique na imagem para ampliar

FONTE: The Economic Times

*NOTA DO EDITOR: O jornal indiano força a barra dizendo que o Gripen E da Saab está fora da corrida. Mas a concorrência para os 110 caças destinados à IAF ainda está longe do final.

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BrunowBasillio

Pelo jeito o Gripen não vai ter sucesso na concorrência indiana, uma possível aquisição de Gripen pode atrapalhar o Tejas Mk-2, não faria sentindo a IAF operar Tejas e Gripen…

Willber Rodrigues

Mas por essa lógica, o F-16 não deveria estar tambem fora da disputa?

BrunowBasillio

Willber Rodrigues

Pela matéria estaria fora também..

“Mesmo o F-21 (nova designação do F-16 Block 70 para a Índia) não é algo que a Índia deseja adquirir, independentemente da pressão dos EUA”

Marcelo

E está

Wellington Rossi Kramer

Na IAF nada faz sentido. Gostam de variar o menu.

Willber Rodrigues

O Gripen E da SAAB está fora da corrida´´

Que lástima…um mercado a menos. Agora é se concentrar em tentar vender pra Colômbia mesmo.

Lucianno

A Colômbia tem estreitos laços com os USA na área militar, dificilmente irão comprar um caça que não seja americano.

Fernando "Nunão" De Martini

Wilber,
Por isso o site colocou uma nota ao final, sobre a afirmação do jornal, que está meio solta. Isso porque, na semana passada, o mesmo jornal noticiou investidas da Saab na área industrial, relacionada à disputa MRFA:

https://m.economictimes.com/news/defence/saab-to-hold-meetings-with-indian-firms-for-making-gripen-e-aircraft/articleshow/71095650.cms?_gl=1*q0dxfx*_ga*YW1wLWdVVHNlZHk5TjA5cndGaHd2clpQVlQ5MUNfRmpXd3JVb0hkTlNjcnZsVmVFa0JPcUVxUFJlNDlfLWQzZm9WRWc.

Enfim, mais uma novela indiana, tal qual foi o MMRCA. Mais um capítulo é esperado pra outubro, pelo jeito.

Willber Rodrigues

Não tinha visto essa nota embaixo da notícia. Agradeço. Inclusive, eu já ia perguntar se, com a encomenda de mais Rafales, aquela concorrência internacional feita pela índia pra adquirir 100 caças tinha sido cancelada.

Rico Zoho

Enquanto isto num país tropical da América do Sul muita gente diz que 36 está de bom tamanho.

Políticos não leem Clausewitz!

PACRF

É por causa desse pensamento, não só em relação à aeronáutica, mas em relação à marinha e ao exército, que nossas fronteiras são verdadeiros queijos suíços. Afinal, como é que fuzis AR15 e Kalashnikov, bem como granadas e uma infinidade de outras armas automáticas e munições de todos os calibres chega na mão do crime organizado? Resposta: pelas fronteiras.

Camargoer

Caro Rico. Devido a depressão econômica, o PIB brasileiro caiu entre 20 a 25% nos últimos anos, estando em torno de US$ 2 trilhões. O PIB da Índia passa de US$ 2,5 trilhões. Neste contexto, o Brasil gasta cerca de 1,3% do PIB em defesa (em torno de US$ 23 bilhões) e a Índia cerca de 2,5% (cerca de US$ 48 bilhões). É bastante difícil fazer comparações diretas entre os gastos dos países, mas a diferença dos números do Brasil e da Índia explicam quase tudo. Eu diria que alguns políticos não leem Keynes.

Luís Henrique

Camargoer, esse número está desatualizado. A Índia investiu U$ 66,5 bi nas suas forças armadas em 2018 segundo o SIPRI.
E se seguir o exemplo americano e europeu, este valor NÃO deverá incluir pagamento de APOSENTADORIAS.
O nosso inclui. Ou seja, o nosso orçamento tanto o valor de U$ 29 bi como o percentual de 1,4 % do PIB são Mentirosos. Porque cerca de METADE vai para pagar aposentadorias. Ou seja, nosso orçamento Real é cerca de U$ 14 bi e 0,7% do PIB.

Camargoer

Caro Luis. Os valores oscilam em função do cambio, da paridade relativa do poder de compra. Os gastos em defesa sempre incluem os custos dos inativos. O Brasil tem um particularidade que são as polícias militares, organizadas originalmente como força de reserva e auxiliar das forças armadas. A PMSP tem um orçamento de R$ 15 bilhões, dos quais 95% são gastos com pagamento do pessoal ativo e inativos (são cerca de 82 mil tropas). O Brasil tem cerca de 600 mil policias-militares (fiz uma estimativa há algum tempo que elas custam cerca de R$ 70 bilhões apenas em pagamento ao… Read more »

Space Jockey

Mas nem todos estes policiais teriam um fuzil pra lutar em uma guerra, no máximo uns 15%, então fica difícil contar como efetivo de defesa.

Luís Henrique

Está completamente enganado caro colega. O normal no resto do mundo é Não incluir os gastos com inativos no orçamento de defesa. Só no Brasil e em outros países problemáticos que isso é feito. E essa soma que você fez das polícias militares também é um malabarismo, pois são forças policiais e não militares. Inclua os gastos com com o Department of Veteran Affairs dos EUA + CIA, FBI, NSA e todas as agências de segurança + todos os departamentos de Polícia e lhe garanto que vai passar facilmente de 1 tri, talvez chegue em mais de 2 tri. Isso… Read more »

Luís Henrique

Deixo comentário do colega Ferrol sobre pagamento de aposentadorias e privilégios. O Ferrol é residente na Galicia, Espanha. Ele fez esse comentário em um fórum de defesa no Brasil no ano de 2008. (11 anos atrás). Como é público, ele não vai se incomodar de eu reproduzir aqui. Segue: “Os gastos en cada país son distintos. Nós, en Europa, consideramos ós militares como cidadáns comúns, polo que non teñen privilexios de ningún tipo respecto de aposentadoiras, que non pagan as Forzas Armadas, senón o Estado, igual que ó resto de pensionistas. Polo tanto, o diñeiro que se usa en Brasil… Read more »

EduardoSP

Caro Camargoer, a Índia gasta muito com equipamentos, mas as condições de vida da maioria da população são ruins, a taxa de alfabetização é de 74% (no Brasil 92%) e a expectativa de vida ao nascer é de 68,5 anos (no Brasil, 75,5).

Camargoer

Caro Eduardo. Apresentei os dados sem fazer juízo de mérito ou valor. Eu defendo o Estado de Bem Estar, portanto considero um erro consumir uma valor tão alto do orçamento em armas (a maioria importada). O Brasil tem uma alta concentração de renda e uma enorme exclusão social. Uma das poucas unanimidades entre direita e esquerda é saber que um regime democrático só é viável quando há redução da desigualdade social. Para mim, civilização significa uma sociedade solidária. “Darwinismo social” é uma excrecência, uma apropriação fascista e mal-intencionada do conceito científico de evolução.

Nostra

Indian GDP is 2.9 trillion dollars (2019)

Defence budget is 2.04% of GDP (2019) and amounts to 62 billion dollars, 60% of it is spent on salaries , pensions and other benefits.

Camargoer

Caro Nostra. Os valores de 2019 são estimativas. Apenas os valores dos anos anteriores estão consolidados (os valores de 2018 ainda poderão ser atualizados). As diferenças de valores entre Brasil e Índia são tão grandes que praticamente não importa usar valores de 2018, 2017 ou 2016 (até mesmo de as estimativas de 2019). O quadro geral não muda.

Nostra

They are not estimates

Defence budget 2019 already launched

Camargoer

Caro Nostra. Há uma diferença entre o orçamento previsto e quanto foi gasto. Pode ser maior, igual ou menor… depende da arrecadação, de emergências ou de alterações de prioridade. Será uma estimativa até que encerrar o ano fiscal.

Lucianno

A Índia está inserida em um contexto perigoso com hostilidades com a China e o Paquistão, portanto precisa ter uma força aérea poderosa. A escolha pelo Rafale é correta visto que é o melhor caça multifunção atualmente disponível no mercado.

Lucianno

O F-35 ė um caça de ataque, faz um papel diferente do Rafale, tanto que foi proposto o F-21 pela LM para concorrer na Índia.

Luís Henrique

Luciano, o F-35 é multi-missão e cumpre todas as missões, assim como o Rafale. Mas é de 5a geração, possui furtividade, algo que o Rafale não tem, sendo um caça de 4a geração Plus.
O F-21 (f-16 disfarçado) foi oferecido por causa das exigências indianas de produção Local e transferências de tecnologias, algo que os americanos não devem concordar sobre as tecnologias do F-35.

Lucianno

Luis Henrique, a OTAN ou os USA usam o F-35 para superioridade aérea? Creio que não.
Teoricamente o F35 ė multifuncional, mas forte dele é o ataque.

Bosco

Luciano, Desculpe-me meter no assunto entre você e o Luís, mas dizer que o F-35 exerce um papel predominantemente de ataque e dizer que ele é um “caça de ataque” é diferente. O F-35 é um caça-bombardeiro (hoje são denominados de “multi” alguma coisa) , como o são todos os caças atualmente, inclusive os que exercem função de “superioridade aérea”. Na verdade não existe mais o caça puro, também denominado de “interceptador”. O último que existiu foi o MiG-31 mas até ele já tem papel de lançar mísseis sup-ar Kinzhal. O Tornado ADV já não opera mais em nenhuma força… Read more »

Bosco

correção: míssil Kinzhal é ar-sup

Lucianno

Tranquilo Bosco, eu sei que todos são multifuncional. Eu quis dizer que o F-35 é predominantemente de ataque. Economizei nas palavras. Em uma força aérea de menor porte onde o F-35 ė o único vetor com certeza ele fará todas as funções. Mas observe que nas forças aéreas mais estruturadas o F-35 tem sido utilizado predominantemente como caça de ataque e existe outro vetor para defesa aérea. Exemplos USAF, RAF, Itália. Apesar de ser multifuncional , o DNA do F-35 é o ataque, tanto que quando o projeto foi lançado como Joint Striker Fighter.

Francisco AMX

Olá Bosco! com estás professor!? Concordo em grande parte, mais no teórico rsrsrs, o detalhe é que o F-35 foi concebido, como vc diz, para ser um caça que atenda tudo, e, ao que pese o ditado do pato…de nadar e voar mas não ser muito bom em nenhum dos 2, ele, por ser furtivo, com aviônica e armas High-end, escala e eleição de ser o “futuro-presente” carrega piano da USAF (F-16), lhe coloca no mesmo patamar, no mínimo, aos seus concorrentes mais modernos, ou seja: num padrão comparativo entre caças reconhecidos “bons de briga”, poder executar, no mínimo, qualquer… Read more »

Luís Henrique

Luciano, o forte dele é todas as missões, mas entendo o que quer dizer, a aeronave foi otimizada para missões de ataque, foi dado maior atenção na carga de armas e em Alcance, e menos atenção em velocidade máxima, super-manobrabilidade, alta altitude, etc. Da mesma forma o Rafale também ficou atrás do Eurofighter em alguns quesitos voltados à superioridade aérea, justamente para privilegiar algumas características melhores para o ataque. Mas o F-35 é superior à qualquer caça de 4a geração, incluindo obviamente o Rafale, em missões de superioridade aérea. Seus sensores entregam capacidades superiorrs ao Rafale, mesmo que não fosse… Read more »

Gabriel BR

Desculpe-me objetar…o F-35 é EM TEORIA um caça multi-função, mas na realidade o custo operacional impede que o mesmo se consolide como tal na maioria das forças aéreas do mundo.(Não temos sinais criveis de que isso vá mudar tão cedo) A Hora-voo do F-35A custa por volta de 44.000 dólares enquanto a do Rafale custa metade disso…sem falar da logística feita no hangar que é ultrassofisticada e deve levar horas enquanto o tempo de resposta do Rafale é muito mais reduzido.
Resumindo: A guerra chega num momento em que empregar o F-35 é queimar dinheiro!

Gabriel BR

E não esqueça: A logística DETERMINA a permanecia em combate!

Davi

Eu gosto do Gripen e acho que foi uma boa escolha da FAB.
Mas não adianta se iludir, o Gripen não terá chances em grandes mercados como: Índia e Canadá.
Sobrará para a Saab mercados de segunda e terceira divisão.

Luís Henrique

Para mim é a melhor opção para a Índia. A Índia terá quase 300 Su-30 MKI, quase 100 MiG-29. Pela política indiana de não colocar todos os ovos na mesma cesta, acho que chega de caças russos, por enquanto. O Tejas é uma realidade e será melhorado com o tempo, portanto acho muito difícil a Índia adquirir um caça leve como o Gripen ou o F-16, ainda que ambos sejam muito superiores ao Tejas atual, todos eles possuem quase o mesmo porte, e isso conta em certas capacidades requeridas, principalmente em carga de armas. Portanto, para mim o Rafale é… Read more »

Nostra

Any winner has to co-operate and transfer technologies for AMCA , it is one of the primary clauses. And it extends to LCA and MWF too

Almeida

Estava concordando contigo até a questão do número de Rafales. Acho difícil encomendarem 239 deles, é um avião muito caro de adquirir e manter. Acho que vão ficar com 72 no total, apenas para não depender 100% dos russos.

Gabriel BR

É um baita avião !

Augusto

Rapaz… depois de todo aquele tempo e todo aquele estardalhaço do MMRCA, com fabricantes de Eurofighter, Gripen, Rafale, F-16, F-18 e MIG se digladiando e gastando tubos de dinheiro para seguir na competição, depois de todo aquele foguetório de exigência política “make in India”… vem os indianos e simplesmente compram 72 caças de prateleira?! Definitivamente, a Índia consegue ganhar de lavada o troféu bagunça!

Luís Henrique

Sim. Eles tiveram divergências, queriam que a Dassault garantisse o trabalho da HAL. Ocorre que a IAF não pode esperar essas discussões industriais e políticas, eles precisam de caças Rápido.
A Índia resolveu lançar um novo programa, primeiro visando monomotores, depois aceitando bimotores, para 110 caças produzidos na Índia com transferências de tecnologias, porém como a IAF não pode esperar, foram lá e compraram 36 Rafale e parece que irão comprar mais 36.
Estão certíssimos.

Nostra

Augusto you have no idea of the scale of ” benefits ” included in the rafale deal. Anyways some officially known benefits. 1. Dassault and their related companies will help India to integrate nuclear vectors with the rafale , this will include integration and related consultancy with Indian long range supersonic LFRJ , RUDRAM-2A , RUDRAM-3 for tactical and strategic strikes. 2. 50% offset for 36 rafale deal , around 4 billion dollars to be ploughed back into India by Dassault and its related companies. Around 70+ Indian companies will benefit from ToT and production orders. 3. Rafale F4.2 and… Read more »

Augusto

Nostra, I’m certain nobody knows exactly what are the specific terms of both contracts, MMRCA and the present Rafale deal. On the other hand, what gives reason to what I wrote previously is the fact that India paid 40% more for each Rafale compared to what’d be in 2012 in MMRCA, obviously without the industrial benefits demanded in the original plan. Those “benefits” you now point are nothing compared to what was expected initially in MMRCA, with included fighters been built under licence with a transfer of technology (ToT) by HAL that ALSO included all those specific points you pointed,… Read more »

Nostra

Augusto allow me to give you a small peek
comment image

DOUGLAS TARGINO

Aeronave dos EUA, Russia, India, Europeia… Ai não adianta sanções kkkkkkkk

Space jockey

São espertos, não lambem bota de ninguém assim, e de quebra em caso de conflito não ficam dependentes de um só fornecedor que poderia embargá-los.

Carlos Campos

Estranho, a índia pulou fora do SU 57 e vai compra mais caças de 4,5G

pgusmao

A Índia além do Paquistão, tem problemas sérios com os chineses, ou seja, precisa estar armada até os dentes, pois inimigos próximos não faltam.

ELTON R

enquanto isso em uma distante republica com territorio continental so tera caças meia sola que terão apenas capacidade ar-ar em 2023 ou 2024 para formar um misero esquadrão,mais importante e que vai ter abertura de codigos fontes ,agora para integrar o que e que não sabe pois o governo dessa republica esta adiando o maximo possivel os pagamentos das aeronaves e provavelmente não vai comprar os armamentos em quantidades adequadas que pelo menos compense integrar

Camargoer

Olá Elton. Coloquei alguns números na resposta que escrevi ao “Rico Zoho” que explicam a diferença entre Brasil e Índia. Só para resumir, o orçamento brasileiro é da ordem de US$ 23 bilhões e da Índia US$ 48 bilhões. Os dados aproximados que encontrei indicam que a Índia consome 35% do seu orçamento com previdência (military pensions) ou US$ 14,4 bilhões, com uma razão de 1,7 de inativos/ativos, o que representaria US$ 8,5 bilhões com ativos (total de 47% com pessoal). O Brasil gasta cerca de 80% com pessoal, mas em valor absoluto são US$ 18 bilhões (enquanto a Índia… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Camargoer,

Tomei a liberdade de reproduzir esta sua resposta a outro leitor, na matéria sobre os mísseis Scalp e Meteor para a Índia, que perguntava como aquele país conseguia investir mais em Defesa que o Brasil.

Camargoer

Olá Nunão. Fico feliz em colaborar.

Maurício.

Eu acho que o Gripen E vai ficar só com Suécia e Brasil mesmo, se bem que na época do F-X2 quando o Justin Case falava que a França poderia integrar novos armamentos não franceses no Rafale se assim os novos clientes quisessem, tinha um pessoal que debochava do Justin falando que o Rafale nunca teria outros clientes que não fosse a França, bom, o tempo passou e calou a boca de uns e outros…O Gripen E e o tempo podem calar a minha boca também, até lá, acho difícil a Índia escolher o Gripen.

Lucianno

Não tem sentido a Índia gastar tanto tempo e dinheiro com o Tejas para depois comprar o gripen que é do mesmo porque, mesmo o gripen sendo melhor, acredito que os indianos irão prestigiar o produto nacional.

Camargoer

Olá Lucianno. Acho que não tem sentido gastar tanto em defesa. O melhor caminho seria um acordo de paz com o Paquistão que interrompesse a corrida armamentista e reduzisse os gastos militares, liberando recursos públicos para investimento social (educação, saúde, assistência básica à criança, saneamento básico).

Lucianno

A grande preocupação da Índia é com o agressivo expansionismo da China que está criando um “cinturão” ao redor dos indianos.
O Paquistão mesmo ė hoje um país alinhado com os chineses. Por exemplo os chineses estão construindo uma base aérea no Djibuti, na África, as margens do oceano Índico.

Camargoer

Olá Lucianno. Excelente ponto, contudo não consigo imaginar a China entrando em guerra com a Índia. Eles têm mais interesses em comum do que divergências. Mas também acho que a corrida armamentista entre a Ìndia e o Paquistão deveria se espelhar no Brasil e Argentina quando encerram a disputa entre os dois países na década de 80. Esses dois países têm tantos problemas que beira o absurdo a quantidade de recursos gastos em mateiarl militar importado

Joao Moita Jr

Eu juro que quando li essa notícia rapidamente pensei que era o Brasil.

Thiago Aiani

Rsrsrsrs, sacanagem ?

Evandro

A IAF me lembram as forças aéreas do Ace Combat

Antunes 1980

Mesmo que os “especialistas “ da trilogia, reclamem. Os Caças franceses desde a década de 60 fazem grande sucesso.
O que falar de mais esta aquisição?
Nossos comentaristas de sofá não sabem muita coisa, correto ?

Nilton L Junior

Interessante Índia e Paquistão depois do quem derrubou quem

https://www.youtube.com/watch?v=C5ma0WMgB3E

100nick-Elâ

Podem me chamar de viúva do Rafale, mas que é muito mais caça que o Gripen, isso é. O Rafale é um ótimo caça, só tem um defeito: caro demais. Porém, por que não adquirir ao menos algumas unidades? por que não mesclar Rafale (maior preço, maior qualidade) com Gripen (mais barato)?

Ah, já sei! Porque o Gripen é matador de Sukhoi. Então tá.

Fernando "Nunão" De Martini

“100nick-Elâ 23/09/2019 às 20:06”

Parabéns! Já pode abrir seu blog, porque você já consegue fazer sozinha as perguntas e responder, então já seria um blog autossuficiente e com bastante interação!

Andre

“…enquanto o russo MiG-35 e Sukhoi Su-35 não devem dar uma dura luta ao Rafale.”

Se o usuário do Su-30, do Mig-29 e do Rafale está falando, eu não posso duvidar

BrunowBasillio

Na Índia não tem Rafale Operacional, portanto ainda não é usuária, Su-30 é bem diferente do Su-35, então é errado compara -los, Mig-29 também são diferentes ao 35…

Andre

Realmente não são os mesmos, mas ninguém, nesta galaxia, está mais perto de conhecer e comparar os aviões soviéticos com o Rafale. Ainda acho que a opinião deles é mais forte do que da grande maioria.

Delfim

Interessante ver o Rafale tirando o pé da lama e faturando vendas.
Para quem acha que o mercado de caças 4G de valor acima de US$100 milhões estava acabado, deve ser uma surpresa.

Juvenal

Rafale killer de F22 no dogfighter

Tadeu Mendes

Estou trazendo a minha pergunta do outro post, para êste post.

De onde vem a receita (o dinheiro) que a Índia investe em sua defesa.

Quem se prontifica a responder?

Camargoer

Olá Tadeu. O PIB da Índia hoje é maior que o brasileiro. Há um documento do Senado (de 2009 mas serve de referência) que compara os sistemas tributários do Brasil e Índia (OS SISTEMAS TRIBUTÁRIOS DE BRASIL, RÚSSIA, CHINA, ÍNDIA E MÉXICO: COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS). Acredito que a situação continue igual, já que nenhum país muda a estrutura fiscal em apenas uma década. A carga tributária é da ordem de 18% do PIB, mas uma despesa pública é da ordem de 25%, financiada pelo aumento da dívida pública. A renda per capita é baixa (porque a população é imensa)… Read more »

Tadeu Mendes

Caro Camargoer,

Obrigado pelo esclarecimento.

Então seria sensato concluir que os gastos sociais no Brasil, estragulam as verbas para defesa.

Eu gostaria de saber qual seria a melhor opção para defesa nacional?

Reduzir as despesas de pessoal (via redução de efetivo) e para com isso, aumentar os gastos com armamentos???

A impressão que eu tenho é que as Fôrças Armadas brasileiras, se tornaram um mega cabide de emprêgos.

Não estaria na hora de reduzir os quadros, investiga profissionalização das tropas e acabar com o recrutamento obrigatório?

Tadeu Mendes

investir no lugar de “investiga”. Corretor de têxto é um pesadêlo.

Camargoer

Olá Tadeu. Relaxa sobre o corretor. As ideias são mais importantes que a grafia ou concordâncias.

Camargoer

Olá Tadeu. O que estrangula os gastos públicos no Brasil são os juros da dívida. O problema fiscal hoje é devido a queda do PIB (praticamente 25% em 5 anos) e não a carga tributária. Quando avaliamos as condições de exclusão e desigualdade social e concentração de renda, a conclusão é que os gastos sociais no Brasil são a prioridade. Uma democracia só é estável em uma sociedade com baixa desigualdade. A tradição diplomática do Brasil é (ou era) de solidariedade e resolução pacífica de conflitos, o que reduz a pressão por gastos militares. O custo do serviço militar obrigatório… Read more »

Entusiasta Militar

Tenho desconfiança que um grande Masterchef indiano esta no comando do Ministério da Defesa da Índia, porque tudo nas forças armadas de la, vira uma verdadeira salada indiana com um monte de temperos e ingredientes e coisas que nao combinam entre si mas que eles adoram rs.

Obs: alguém em sã consciência mistura azeite com leite de coco e curry kkkk

Leonardo M.

Alguém quer apostar qual será a primeira força aérea do mundo que opera Rafales a ser perdido em um acidente aéreo?
Obs: Até 2030

Catar?
Egito?
França?
Índia?

Almeida

Acho que a França já perdeu um Rafale M.

Fernando "Nunão" De Martini

A Marinha Francesa perdeu quatro Rafale M, na verdade. Dois em colisão aérea em 2009, outro em 2010, e mais um em 2012. A Força Aérea eu acho que só perdeu um Rafale, em 2007.