Mockup do FCAS

PARIS – O presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, presidiu a cerimônia de assinatura do acordo-quadro sobre o SCAF (Système de Combat Aérien du Futur) ou FCAS (Future Combat Air System) – sistema de combate aéreo do futuro.

Os ministros da Defesa Florence Parly (França), Ursula von der Leyen (Alemanha) e Margarita Robles (Espanha) assinaram hoje este acordo-quadro em Le Bourget, fazendo um verdadeiro compromisso legal para a produção de um sistema completo de aviões de combate e drones para entrar em serviço com as forças armadas em 2040.

Esta assinatura concretiza um passo fundamental na construção da defesa da Europa, combinando excelência tecnológica, vontade política e cooperação industrial.

Um modelo em grande escala foi revelado nesta ocasião, apresentando o culminar do conceito e trabalho de arquitetura dos industriais Dassault e Airbus. Traduzindo as primeiras escolhas importantes relativas ao jato de combate do futuro, esse modelo não é uma mera visão do artista, mas o resultado das primeiras decisões tecnológicas tomadas entre os países envolvidos.

Florence Parly, Ministra das Forças Armadas, congratulou-se com esta assinatura. “Prova concreta de que a Europa é capaz de antecipar os grandes desafios estratégicos de amanhã, o SCAF é uma peça importante na forma como poderemos enfrentar as lutas pelo poder na segunda metade do século XXI. O que está acontecendo hoje é histórico.”

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Ricardo Bigliazzi

Outro mock-up fantástico… fico apenas a imaginar os equipamentos que ainda serão projetados para equipar esse avião, coitado do resto…

Obs.: nem vou legendar o comentário, acho que dá para ver o transbordar de ironia no mesmo…

Willber Rodrigues

TF-X turco, Tempest britânico e esse FCAS.
Qual deles seria o mais promissor em realmente sair do papel e ser viável?

Antoniokings

Aposto muito neste FCAS, ainda mais pelo fato de estar abordando o que se espera da guerra aérea do futuro com integração massiva com drones.
Sem contar as capacidades técnicas dos países envolvidos, é claro.

Willber Rodrigues

Por um lado:
Esses 3 já tem uma indústria aeronáutica consolidada ( Rafale, Mirage, Typhoon, Harrier II ) e tem dinheiro e grande parque industrial.
Por outro lado, eles vão saltar uma geração e fazer de cara um caça de 6° geração, o que é extremamente complexo.

Antoniokings

O interessante é saber o quanto de avanços tecnológicos esses pa´sises já dispõem para testar e implementar em um avião de 6ª geração pulando, de início, uma geração.

Nilton L Junior

Prepara a cerveja porque o mimimi não vai ter dinheiro, não tem tecnologia, não tem base industrial instalada, etc etc,, vai começar.

Antoniokings

Esqueceu das ‘brigas’ entre franceses e alemães.
kkkkk

Jean Jardino

Que brigas, explica???

Gabriel BR

O Tempest tem grandes chances de sair do papel, uma vez que os políticos britânicos estão empenhados no projeto.

PauloSollo

E além disso existe o interesse da Boeing, da SAAB e da Leonardo em entrar no projeto do Tempest.

Junior

Eu ainda acho que os EUA vão matar o tempest, em troca vão oferecer uma participação relevante no seu próximo caça de 6 geração para a Inglaterra e sua industria

Jean Jardino

Moro aqui no Reino Unido, e lhe garanto, o Tempest nao saira do papel, pois nao tem dinheiro para isso.

Edison Castro Durval

Caso o governo Sueco (Saab) se torne parceiro, seria muito sonhar com uma participação Brasileira, mesmo somente como comprador ou parceiro, nos moldes da Turquia com o F35?

Gabriel BR

Quem sabe?! Tomara que sim!

Minuteman

Penso que quando esse projeto voar, já estaremos operando um lote de F-35, e dois de Gripen.

nonato

Realmente.
2040 é muito tempo.
Se “projeta” hoje, daqui a dez anos a tecnologia muda por completo.
Na minha opinião nenhum projeto deveria demorar mais de cinco anos para se tornar operacional.
Mais tempo do que isso tende a se tornar obsoleto.

Thiago

Não é bem assim , a tecnologia que se desenvolve hoje, especialmente nessa área, estará suficiente madura só lá pra frente. Vide o JSF (hoje F-35) , que remonta a projetos iniciais da DARPA , quase no inicio dos anos noventa, em 1996 o Departamento de Defesa anunciou a Boeing e a Lockheed Martin como escolhidas. O FCAS não é Gripen NG, não pretende combater as ameaças atuais ou atualizar um caça para a realidade de hoje, mas criar um conceito novo , agregar algo à mais l, dar um pulo tecnológico para criar um nova geração. Não é apenas… Read more »

Thiago

Quem promete um caça em 5 anos , entrega um caça bom para o seu tempo mas não está entregando nada de novo ou desenvolvendo tecnologias, ” apenas “( o que não é pouco , é já um feito e tanto) está montando um caça com tecnologias já disponíveis.

nonato

O problema é que em tese, como você projeta um caça para daqui a 21 anos? A não ser que seja um conceito aberto. Mas um conceito aberto, em tese, nunca termina. Esse negócio de tecnologia madura acho meio complicado. Então você vai projetar um caça hoje sem a tecnologia estar pronta confiando que daqui a 20 anos estará pronta? Tenho admiração pelo período pós segunda guerra quando os avanços eram reais e rápidos. Em pouco tempo saiu-se do olho nu para o radar. Do caça a hélice de 300 km/h para jatos de 2.500 km/h. Hoje querem passar 20… Read more »

Merlin

De viés comercial, é impossível Nonato.
Projetar, prototipar, corrigir, homologar e produzir.
Acredito que nem avião agrícola seja possível, que dirá um avião militar.

nonato

Esses são os projetos Nutella.
Na segunda guerra e logo em seguida tudo era rápido.
Os americanos levaram o homem a lua em cerca de dez anos.
Esse avião é bem menos em relação a conquista da lua.

MMerlin

Gripen, F-35, Rafale, Typhoon (só para citar alguns exemplos) são projetos Nutella?

Srgt Uilha

5 anos cara? não tem como projetar, testar e produzir em 5 anos… 10 anos acho que seria muito rapido.

Antoniokings

Outra excelente notícia.
Que venham mais!

Jacinto

Interessante. Pelo menos no gráfico que ilustra a matéria ele é descrito como um caça de 6ª Geração, o que significa que os europeus decidiram pular o desenvolvimento de toda uma geração de aeronaves. Corajoso.

pangloss

Mas a nomenclatura é atribuída pelo consórcio que pretende fabricá-lo. Chega a me lembrar a Volkswagen, que atribuía uma nova geração ao Gol a cada pequena mudança de peças estéticas, como faróis, lanternas e rodas.

willhorv

Me chamou a atenção o info gráfico dos caças….
Tyfon com 544 unidades…
276 Rafales…
E o Gripen com 354 unidades…
Pra quem reclamava de escala, tem mais Gripen que Rafales…
E com uma vantagem, o Gripen será um outro caça nas versões E/F.

Carlos Gallani

Vc mesmo se respondeu na última frase!

Lucianno

Tem um erro no infográfico em relação ao Gripen, visto que Hungria e R. Checa adquiriram caças usados da Suécia, então foram contabilizados duas vezes.

Lucianno

As informações do infográfico estão incorretas:

Gripen 338 total (construídos + encomendados)
Gripen A/B/C/D 242 construídos (204 Suécia / 26 Africa Sul / 12 Thailand)
Gripen E/F 96 encomendados (60 Suécia / 36 Brasil)
(Hungria e Rep. Checa usam caças antigos da Suécia)

Rafale 321 total (construídos + encomendados)
(225 França / 36 Índia / 36 Qatar / 24 Egito)

Typhoon 623 total (construídos + encomendados)
(15 Áustria / 143 Alemanha / 96 Itália / 73 Espanha / 160 Inglaterra / 24 Qatar / 12 Omã / 28 Kuwait / 72 Arábia Saudita)

LEONARDO CORREIA BASTOS

Deve (com certeza!) sair antes do turco (se sair)…

Joli le Chat

Será que no decorrer deste projeto a Dassault será fagocitada pela Airbus?

Willber Rodrigues

Os franceses não deixariam. Improvável ( mas não impossível )

Srgt Uilha

a dassalt é como a embraer defence só que muito mais forte, se a boeing não conseguiu engolir a embraer defence (veja q hoje 18/06/19, a embraer defence acaba de lançar um substituto para o e-99 agora baseado na aviação empresarial que não foi vendida para a boeing), imagine a dificuldade para adquirir a dassalt?

Gabriel BR

A depender das próximas eleições e da mudança substancial do pensamento politico do eleitor médio francês , teremos uma França Nacionalista nessas próximas duas décadas.

Jean Jardino

No contrato estabelecido entre os paises, ja ficou acertado quem vai gerenciar todo o projeto de design do aviao sera a Dassault.

Clésio Luiz

Eu reparei nisso também. Eles provavelmente estão mirando nas características das asas voadoras, que são o formato que consegue evadir radares de baixa frequência que são os que atualmente clamam detectar caças stealth de 5ª geração.

Ricardo Ramos

kkkkkkk

Sérgio Luís

Para 2040 !?!?
Projetos de sexta geração voarão juntos com esse Fcas!
Até lá já estará obsoleto!

MCX

Irmão, nao tenho certeza mais pelo q estão falando nos comentários um pouco mais pra cima o FCAS é de um projeto de 6 geração, ou seja, pretendem pular o desenvolvimento de um caça de 5 geração. Forte abraço

Peter nine nine

Sérgio o f35 teve o seu conceito surgido em 1992 e 23 anos depois, em 2015, é introduzido a variante B. O conceito FCAS surge em 2018, para 2040 são 21/22anos… Se formos a ver o desenvolvimento da maioria dos caças é mesmo assim que funciona, do conceito à introdução em serviço são sempre períodos semelhantes aos referidos. O FCAS actual, ou seja o anunciado em 2018, entre Airbus e dassault, planeia ter o primeiro demonstrador a voar em 2025…. Por fim, é toda uma rede FCAS que eventualmente se pretende, que inclui caças de 4 geração, 6 geração, drones,… Read more »

Adriano RA

Cá por mim, de todos esses, acho que o sexta geração americano deve voar primeiro….
https://nationalinterest.org/blog/buzz/6th-generation-fighters-are-coming-and-everything-else-will-be-obsolete-56082

paddy mayne

Com todo o respeito, isso é um evento mais político do que técnico. Para uma aeronave ser considerada de sexta geração, deverá contar com armas de energia para ataque e defesa. Não há nada de concreto assim no horizonte europeu, ao menos que eu saiba.

JPC3

Por isso demora 15 ou 20 anos, todos os projetos de aeronaves de combate se iniciam com a promessa de tecnologias que ainda não existem.

Marcelo

nao existe nenhuma norma que diz o que eh 6a geracao ou nao, alias para qualquer geracao…a MBDA ira desenvolver pequenos misseis anti misseis que podem fazer as funcoes defensivas de armas de energia.

Srgt Uilha

esse não é o tipo de coisa que se descobre pela internet, então, espera-se que vc não saiba mesmo.

CRSOV

Muito legal e importante surgirem aeronaves de combate de tecnologias mais avançadas fora do eixo EUA – China – Rússia !! Podemos listar essa aeronave turca, a do triunvirato europeu dessa matéria, o KFX sul coreano e parece que tem uma aeronave de origem japonesa sendo planejada !!

Augusto L

Me parece que algumas coisas foram mudadas.
O avião não é uma asas voadora como o do primeiro designer da Dassault aparecia e não tem mais os motores de empuxo vetorado fluido, mas deve ser por isso que colocaram uma cauda em V, sendo uma superfície de comando unica tanto para guinada quanto para arfanagem.
Aparentemente seguiram uma abordagem mais conservadora.

Marcelo

o sistema de “boundary layer control” nao deve dar a capacidade de controle necessaria para a agilidade de um caca, e por isso adicionaram as caudas tipo YF-23.

Augusto L

Caça não precisa de agilidade, dogfight não existe mais.
Alem, do mais eu não acredito que deva ser por isso mas sim para diminuir a complexidade do projeto.

Srgt Uilha

na guerra do vietnan o “dogfight” não existia mais, os f4 sem metralhadoras foram abatidos pelos migs em dogfights.

Augusto L

Essa afirmação nunca foi feita.
Tanto que os Phatoms nem tinham misseis de longo alcance na época e as versões do Sparrow tinham NEZ dentro do alcance visual.
Reinava o combate WVR, a USAF se precipitou foi é no uso de misseis, mas ela nunca duvidou que os combates seriam WVR, mas nas décadas de 70 e 80 a maioria dos abates ja eram feitos por misseis IR.
Hoje em dia é 90 % BVR, com esses combates acontecendo à distâncias de + de 25 km e desses 10% á maioria se dará com o uso de mísseis WVR.

Augusto L

É se vc tem uma mira no capacete é misseis que com alto ° de manobra, voce não precisa de manobrabilidade.

Srgt Uilha

quando o dogfight deixar realmente de existir, a superioridade aerea vai ser feita por concordes carregando desenas de toneladas de misseis

Lucianno

Realmente Augusto. Parece que nos últimos 30 anos os poucos combates aéreos que realmente existiram foram vencidos a distancia e por quem atirou primeiro (e atirou primeiro porque viu primeiro = radar/eletrônica/treinamento) e quem perdeu normalmente sequer notou a presença do adversário.

Jacinto

Aliás eu fiquei com a impressão que se parece com um antigo caça da Saab… acho que e o Drakken ou o Virgem.

Carlos Alberto Soares

Assinam e não cumprem*

Carlos Alberto Soares

Não tripulado.

Carlos Eduardo Broglio Gasperin

Em 5 anos voará um novo caça chinês “muito parecido” com esse… Kkkkkkkkk abs a todos.

Rodrigo
Kemen

Esse acordo é de peso, acredito que o projeto vai vingar e que norte americanos, russos e chineses também vão desenvolver capacidades de 6a. geração antes ou simultaneamente.

Chico

Acho que esta compra do Gripen pelo Brasil foi muito atrasada. O país já deveria ter um projeto de aquisição de aviões da quinta geração. Quando estes Gripens tiverem operacionais, já estarão defasados…

Coutinho

Essa afirmação é bem equivocada e já foi contestada aqui no blog. O Gripen E tem os mais modernos sistemas para um avião militar. Radar AESA, IRST, uma suite de guerra eletrônica embarcada (sem a necessidade de um pod dedicado) etc. Procure se informar melhor quanto ao avião que está sendo adquirido pela FAB.

Carlos Alberto Soares

B 21 Raider.

Alex

YF-23 2.0

Luiz Trindade

Que vejamos a evolução desse caça demonstrado de uma por vez por todas para os europeus que eles tem muito ganhar do que perder se unindo com um bloco coeso europeu.

Luis

impressionante a quantidade de caças de última geração comprados pela suécia em relação a frança, alemanha e reino unido: 264 versus 180, 160 e 143. muito desproporcional em relação ao tamanho da população, pib e volume de gastos militares. a suécia terá um caça para cada 38k habitantes, se a proporção fosse seguida a alemanha teria 2180 caças e a frança e reino unido 1680 cada, mas não compraram nem 10% disso. mas ao mesmo tempo abrem as fronteiras para minar sua própria cultura e entregar a terra dos seus antepassados e suas netas para imigrantes saídos dos lugares mais… Read more »

Luis

isso enquanto o tal caça de 5ª geração deles não sair do projeto.

Luís Henrique

Caro Luis, essa interpretação não está totalmente correta. O Gripen A/B remonta à década de 80. E os estudos sobre a quantidade de caças pretendida levava em conta a existência da União Soviética. Os pedidos do Gripen ocorreram em 1992. E alguns anos depois, mais pedidos. O fim da URSS ainda era muito recente. Nos anos 2000 a Suécia começou a reduzir sua frota e a vender ou arrendar vários Gripens para outros países. Hoje eles possuem 100 Gripen C/D. Em contrapartida os outros países citados por você, possuíam outros caças. Como o Mirage e o Tornado. E já fizeram… Read more »

Luis

aceito suas observações sem problema, fiz o comentário baseado apenas no quadro comparativo, ainda assim divirjo em alguns pontos, de passagem, é sabido q boa parte da frota de typhoons alemães estão sem manutenção, por exemplo, mas o principal é q ainda q fossem 100 c/d, já há encomendas firmes 60 e/f, o q daria 160 caças, ou seja já tem um para cada 102k e terá um gripen para cada 64k habitantes. ainda índices expressivos. quanto aos mirage, desnecessário comentar, qto aos adv, são de geração anterior e os outros tornados não são caça, são de ataque. no início… Read more »

Antunes 1980

Alguém poderia explicar o que seria um caça de 6• geração ?

Gabriel BR

Ninguém sabe ainda

Mateus Lobo

A manobrabilidade de um caça não é útil somente para dogfight, mas para posicionamento BVR e despistar mísseis. Muitos alegam que é inútil tentar despistar mísseis, por terem um fator g várias vezes maior do que a dos caças, mas algo que parecem desconhecer é que quando o alvo está fora do NEZ o fator de carga que o míssil cai exponencialmente durante as curvas, pois essa fase é realizada utilizando inércia e energia potencial gravitacional, não tendo mais o empuxo gerado pelo propelente, ou seja se perde muito energia cinética no processo e ela não é restaurada pelo empuxo.… Read more »

Mateus Lobo

Se manobrabilidade fosse dispensável em um caça, os projetos de novos caças seriam todos asas voadoras como o B-2.