Boeing revela helicóptero composto Apache de alta velocidade
A Boeing, fabricante aeroespacial dos EUA, mostrou imagens da versão de alta velocidade do helicóptero de ataque Apache durante o 75º Fórum Anual e Exibição de Tecnologia da Vertical Flight Society.
O editor da Aviation Week Graham Warwick postou imagens do conceito de helicóptero Apache e fotos de um modelo em escala de um novo helicóptero que foi revelado pela Boeing nas mídias sociais.
O conceito, chamado Advanced AH-64 Block 2 Compound, está sendo desenvolvido para servir como um “gap filler” no programa FVL (Future Vertical Lift) do Exército dos EUA.
O Jane’s Defense Weekly relatou que o novo helicóptero contará com uma asa principal ampliada, arranjo de escape do motor revisado, grande cauda vertical e uma hélice propulsora montada na parte traseira. O projeto também pode apresentar um novo sistema de rotor rígido, que é um recurso padrão em outros projetos de helicópteros compostos.
Também a Rotor & Wing International disse que a Boeing já conduziu testes em túnel de vento de um modelo em escala de um Apache de alta velocidade.
“A Boeing busca fornecer um meio acessível para manter o atual helicóptero de ataque médio do Exército dos EUA, o AH-64 Apache, capaz de atuar no complexo campo de batalha de múltiplos domínios do futuro até 2060”, disse a empresa em resposta às perguntas da Rotor & Wing International. “O objetivo da Boeing é oferecer e colocar em campo novas tecnologias que compõem o Apache avançado no final do período de 2028”.
De acordo com a imagem divulgada, o novo helicóptero é projetado com uma fuselagem aerodinâmica e naceles do motor, trem de pouso retrátil, asas mais longas e propulsor montado na traseira.
Inaugurado em outubro passado na conferência Helicopter Military Operations Technology da HELMOT em Hampton Roads, Virgínia, o helicóptero composto AH-64E Block II teria um propulsor traseiro, que aumentaria a velocidade da aeronave para 185 nós, aumentaria a carga para 5.900 libras fora do efeito de solo (HOGE) na decolagem, e aumentaria o alcance para 460 milhas náuticas.
@Boeing goes public with compound AH-64 Apache concept at @VTOLsociety #forum75 showing model just out of the wind tunnel. Streamlined fuselage and engine nacelles, retractable gear, longer wings, tail-mounted propulsor. Tail rotor retained pic.twitter.com/l8q0OqzRvQ
— Graham Warwick (@TheWoracle) May 14, 2019
Já imagino o preço desse brinquedo, pra gente só dá pra ficar admirando kkkkkkk.
Um ótimo vetor para escoltar os MV-22 dos Marines que atualmente só podem ser escoltados pelos A-10.
Que bichinho bonito esse, hein!
E deve fazer um estrago…
GFC, já eu achei bem feio, o Apache atual é bem mais bonito, mas gosto é gosto, já na parte que ele deve fazer um bom estrago, eu tenho que concordar com você.
Para quem, assim como eu, não entendeu nada os valores citados em nós, libras e milhas náuticas, fiz a conversão no pai dos burros (Google).
185 nós = 340 km/h (velocidade)
5900 libras = 2.676,195 kgs (carga)
460 milhas náuticas = 852 kms (alcance)
Alfredo obrigado pela tradução e conversões.
Custo a entender como um blog tão bom não se atenta a detalhes que a população brasileira está acostumada com medidas em kg, m, km/h, etc
É que em aviação, é tudo em libras, pés, nós, milhas náuticas, etc 1 milha náutica equivale a 1852 metros 1 nó equivale a 1 milha náutica/hora, logo, se um avião voa a 500 nós, ele está voando numa velocidade de 926 km/hora 1 metro equivale a 3,28 pés, logo, um avião que voa a 32.800 pés, voa a 10.000 metros de altitude Um motor à reação, normalmente tem sua potência medida em libras de empuxo, logo, o motor do A-1 AMX, qie possui aproximadamente 11.000 libras de empuxo, equivale a uns 4990 kg de empuxo (1 kg = 2,2… Read more »
Flanker, compreendo, mas é uma questão de se levar em consideração o público alvo.
Também te entendo, , mas como é um blog/site para entusiastas, acredito que todos, ou a maioria, queiram aprender sobre o tema e tudo que o envolve. E tudo é uma questão de costume. ..com o tempo, você aprende a fazer a correlação entre os sistemas de medida, de cabeça. Aprende a pensar em pés e metros, libras e kg, knots e km/h, etc…
Flanker, não necessariamente, na aviação “inglesa” (americana, britânica, etc) até que pode ser tudo em libras , pés, nós, milhas e etc, mas isso não é padrão de todas as forças. Repare que, por exemplo nas restantes europeias, costuma-se referir à velocidade de um heli ou avião em Km/h, libras em KG, talvez só no termo pés se mantenha essa denominação, ainda assim, também usam metros. Nas Marinhas é que é bem comum dizer milhas náuticas e etc, mas isso são outros 500. Por fim, quando comunicando em inglês, um piloto tem de ser capaz de facilmente interpretar dados e… Read more »
Na aviacao militar ou civil, no mundo todo, altitude e dada em pes, distancia em milhas nauticas e velocidade em nos. Nao ha outro parametro. Regras ICAO para civis, militares acompanham. Apenas para divulgacao (jornais, revistas, etc) ha conversao para unidades do SI.
Wagner, faça o favor de interpretar o meu texto da maneira correcta.
Eu não disse que outras “medem” os dados de voo de forma diferente, eu disse que um piloto tem de ser capaz de facilmente interpretar dados independentemente da forma em que lhe é apresentada, por fim, internamente, posso confirmar porque vi e ouvi, certas forças também comunicam com Km´s e metros….
Libras por exemplo, nunca vi um piloto militar europeu a referir-se ao peso de uma bomba em libras, nunca, apenas em quilogramas, ingleses sim, mas estive em contacto com pilotos portugueses, espanhóis e italianos, sempre se referem, quando possível, a peso em Kg e não libras.
Há muitos anos ficou definido o sistema internacional de unidades e a data a partir da qual deveria ser o padrão universal. Durante esse período de “transição”, os velocímetros nos veículos americanos tinham escalas em km/h e mph, mas não sei o por que das três principais exceções, Myanmar, Libéria e Estados Unidos, ainda não o adotarem, inclusive mantendo o farenheit como unidade de temperatura. O Reino Unido adotou oficialmente o Sistema Internacional de Unidades, mas não com a intenção de substituir totalmente as medidas habituais.
Achei que a velocidade não aumentou muito?
Confesso que fiquei surpreso, as asas também vão dar sustentação? Seria um helicoptero composto?
Algo bem diferente das soluções de tilt rotor e motores coaxiais propostas pelos concorrentes. Essa concorrência por novos helicópteros americanos promete ser bem interessante.
Fica o mérito de propor uma versão menos feia do Apache.
Renato,
Isso é só um projeto independente da Boeing que usa o mesmo conceito do Cheyenne.
E sim , é um helicóptero composto dotado de uma hélice propulsora, um rotor lateral antitorque, um rotor principal único e duas “asas”.
Obrigado Bosco, erro meu em não notar o rotor na lateral.
Seguindo a dica do Bosco, eu resolvi pesquisar um pouco mais sobre o Cheyenne. Pelo que entendi o projeto terminou devido a problemas de vibração (chegou a derrubar um protótipo) e brigas políticas com a USAF sobre o CAS. O War is Boring até levantou a questão de como a Boeing está resgatando um conceito de décadas atrás.
Como a situação mudou, quem sabe a hora desse conceito chegou?
Se o Brasil não fosse orgulhoso teria a humanidade de copiar e colar.
A China faz isso o Japão já fez, temos que ter um centro de pesquisa para análise de novas tecnologias, armas que são lançadas no mundo deve se tentar copiar para ajudar a evoluir a tecnologia local. E avaliar seu potencial para produção em série.
Não estaremos na van guarda da inovação, mas não ficaremos 50 a 70 anos atrasados.
Medíocre está ideia concordo mas é o que temos para hoje.
Abraço
Você não acha que é porque estamos quebrados, e não temos dinheiro para desenvolver uma máquina tão complexa? E também porque se copiássemos não teríamos para quem vender, pois nem a FAB compraria? E qual indústria entraria nessa fria? Ou teríamos que criar uma estatal só para fazer isso?
Aliás o Brasil já fez isso no passado. Pesquise sobre o projeto do Convertiplano. O resultado não foi muito bom
Amigo JT8D A ideia sugerida é de se ter um complexo de pesquisa e desenvolvimento ( cópia) não é uma fábrica, não é algo para fazer e produzir em massa. Isto é para desenvolver a capacidade da indústria existente dominando um processo apartir de cópias de projetos hoje existente e repassar as tecnologias absorvida a indústria nacional. E caso algo realmente bom e significante relevante no nosso contexto se apresentar econômicamente viável, então sim se financia a produção em série em indústria nacional existente. A ideia é ter a capacidade tecnológica de replicar armamentos militares para em caso de necessidade… Read more »
Pois é Renan, se fizéssemos tudo isso que você propõe seríamos um país desenvolvido. Mas hoje nossa prioridade é simplesmente evitar o caos
https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/convertiplano-o-pioneiro-esquecido_491.html
Muito obrigado pela dica
Mas veja que a Bell hoje realiza o que o cara tentou fazer a 70 anos atrás, e detalhes eles foram trabalhar na Bell.
O que nos falta é foco só isso
Pois temos dinheiro, talento, população e capacidade fabril.
Comentários retido
Boa lembrança, foi no início dos anos 50 em São José dos Campos com apoio alemão. O conjunto de motor e transmissão chegou a ser testado. Era um projeto promissor, mas caro e acredito que muito avançado para a época. Tanto que parte da equipe foi para os EUA e mesmo lá foi lançado muitos anos depois.
Hmmmm opinião é que nem c…. eu não gostei, ficou com cara de gambiarra essa montagem na cauda!
Os outros dois projetos são muito mais elegantes e versáteis!
Parece que a Boeing leu meu comentário antes.
Esses novos helicópteros podem até ser mais velozes.
Mas não têm beleza (que não ganha guerra), nem parecem ter agilidade nem poder de fogo.
O MI 35 é feio, tem poder de fogo mas não parece ter agilidade.
No apache só aquele radar lá em cima passa muita imponência e talvez seja melhore o alcance em baixa altitude.
Acho que foi ontem que falei sobre eu preferir um apache mais moderno em relação ao novo projeto.
O Apache parece ser muito ágil.
E não sei para que um helicóptero voar a 500 km/h.
Para escoltar helicópteros compostos (Defiant) e convertiplanos (V-22, Valor).
E o sistema de hélice propulsora reduz o consumo de combustível e permite um maior alcance.
Eu estranhei essa velocidade, pois o apache já desenvolve cerca de 290 km/h máxima. Só tem um ganho de 50km/h a mais?
Não sabia a velocidade atual. Mas não achei a nova nada demais…
Realmente, nao e um aumento admirável, porem, já foi o suficiente para aumentar o alcance de 298 milhas (476 km) para 460 milhas (852 km), ou seja, se olhar com mais carinho pra estes 50 km/h é de se admirar esse aumento. Forte abraço
Estou esperando os comentários negativos de dois integrantes deste blog…
Que devem ser, na realidade, a mesma pessoa, além de ser um mega blaster expert no assunto. Sabe mais que engenheiro da Boeing/Lockheed.
Já já eles dizem que os Russos vão fazer melhor e destruir essa “máquina obsoleta” “dus americanu”.
E a turma canhoteira morre de inveja.
Só fico pensando como ele irá utilizar de forma acertiva o seu canhão, pois na velocidade atual sua taxa de acerto é de cerca de 65%.
Imagino que se movimentando mais rápido, ficará mais difícil de acertar o alvo.
Você sabe que “acertivo” não tem nada a ver com acertar, né? Dá uma olhadinha num dicionário, você vai evitar de cometer esse erro novamente
Antunes,
A maior velocidade é utilizada na escolta de futuros helicópteros compostos e convertiplanos e não de forma tática. O canhão é utilizado geralmente com o helicóptero pairado.
Hellfire
ontem,hoje é amanhã
Muito bem sucedido na história de mísseis de precisão!
Além do vôo pairado, qual o grande ganho que eesa configuração representa, comparado com um A-29, por exemplo?
Marcos,
O helicóptero de ataque opera pairado. Bem diferente de um avião de ataque turboélice.
Acredito q essa pergunta não existe !
Seria o mesmo q perguntar a vantagem de um submarino em relação a uma Fragata, além da capacidade de operar silenciosamente embaixo d’água…
Show!!!!
É o que eu disse, ao invés do EB querer comprar um Helicóptero de ataque hoje, o melhor seria desenvolver ou nacionalizar um sistema de armas completo.
Para dotar de s BH, H-225, K2, Esquilos etc.
Após desenvolvido os sistemas de armas e EW ( Torc-30 mm aérea, Versão aérea do MSS 1.2, Manpad,s nacional etc), aí sim adquirir um novo vetor aéreo
Se até lá não tivermos competência para fabricar um (coisa que acredito muito, pois não temos uma empresa nacional que fabrique esse tipo de equipamento).
As Forças Armadas dos EUA são as mais poderosas e tecnológicas do mundo.
O “Cheyenne” da Boeing, somente um pouco atrasado.
Se ficar igual este conceito/arte, vai ficar show. Não curto esta tendencia de hélice no popô dos helis mas…..conforme mencionado pelo Bosco.pédia ,diminui consumo e aumenta alcance.
Não achei bonito, essas asas são gigante.
340km/h???…posso estar errado ..but…o jurássico Hind-A(Mil Mi-24) não voa a 340km/h ???…Sendo muito mais…”vitaminado”.
P.S- dizem que o besouro soviético chega a 420km/h…