Recusa da Alemanha em comprar o F-35 levanta questões para parceiros da OTAN
A decisão da Alemanha de não comprar o caça furtivo F-35 é um “passo retrógrado” que poderia prejudicar a capacidade do país de operar no mesmo nível que seus parceiros da OTAN, de acordo com o chefe europeu da Lockheed Martin, que fabrica a aeronave.
Jonathan Hoyle, vice-presidente da Europa no grupo de defesa dos EUA, disse que a decisão alemã de excluir o F-35 de uma nova consideração para substituir a frota de Tornado pegou muitos governos “de surpresa”. O Ministério da Defesa da Alemanha disse na época que havia decidido adquirir mais Eurofighters da Airbus, do grupo europeu, ou F-18 da Boeing.
Com a retórica alemã nos últimos três anos tendo sido sobre o aumento de suas capacidades de defesa, a decisão de não considerar o F-35 gerou questionamentos entre outros governos europeus sobre “a posição da Alemanha daqui para frente e, portanto, o que isso significa para a Otan”, disse Hoyle ao Financial Times em uma entrevista.
Ele acrescentou que, durante uma visita recente à Otan, vários embaixadores expressaram “decepção” com a decisão da Alemanha. Eles notaram que, enquanto muitos de seus países estavam investindo na tecnologia de quinta geração de caças, optando pelo F-35, “a Alemanha, que tem o maior orçamento de defesa, acaba de dar esse passo retrógrado e não vai estar lá.”
FONTE: Financial Times