IAI Kfirs da Colômbia – A história completa
Sérgio Santana*
Desde o agravamento da atual crise envolvendo Venezuela e Colômbia (e mesmo o Brasil), as aeronaves do país governado por Nicolás Maduro tem sido o foco de diversas matérias em websites especializados em Defesa. Mas quanto aos seus rivais diretos, os Israel Aerospace Industries Kfir, pouco ou nada tem sido escrito acerca da origem do seu emprego, armamento/equipamento e atualizações na Força Aérea Colombiana. O texto a seguir é uma versão levemente modificada do artigo que publiquei na edição de janeiro de 2019 da revista britânica “Aviation News”.
A origem do interesse colombiano pelo IAI Kfir
Uma compra planejada do IAI Kfir no início dos anos 1980 foi bloqueada por disputa geopolítica e o resultado das eleições presidenciais norte-americanas. Jimmy Carter perdeu a votação de novembro de 1980 para Ronald Reagan, que vetou a transação logo após sua posse porque o jato usava o motor General Electric J79 e outros equipamentos, sob uma licença dos EUA.
Nos últimos dias de sua campanha para a reeleição, Carter tinha dado a luz verde a Israel pela venda de Kfirs para a Colômbia e a Venezuela. No entanto, não muito tempo depois, Reagan mudou de decisão e a aeronave israelense foi liberada para a América do Sul.
Em maio de 1981 foi anunciado que 12 Kfir C2s seriam vendidos ao Equador, que havia lutado brevemente com o Peru em uma disputa de fronteira entre janeiro e fevereiro daquele ano.
O governo israelense ofereceu aeronaves, pilotos e forças especiais para reforçar os contingentes equatorianos durante os combates contra os seus rivais peruanos.
A administração Reagan havia liberado o Kfir para exportação como um modo de aliviar a tensão com Israel por causa do “Peace Sun”, um programa de várias fases para fornecer à Real Força Aérea Saudita o McDonnell Douglas (agora Boeing) F-15C/D em 1981.
Na Colômbia, a sua Força Aérea foi forçada a continuar contando com 14 caças monoplaces Dassault Mirage 5COA, dois treinadores Mirage 5COD e dois Mirage 5COR de reconhecimento 5COR, que foram recebidos entre janeiro de 1972 e novembro de 1973 e formavam a sua primeira linha quando o país se encontrou à beira de uma guerra na década seguinte.
Combates sobre o mar
As relações entre a Colômbia e a vizinha Venezuela ficaram tensas em 1987. Conflitos que datavam de 1969 sobre o delimitação da plataforma continental, compartilhada pelos dois países, ainda não haviam sido resolvidos e a tensão crescia.
Nas primeiras horas de 9 de agosto de 1987, a Armada de la República Colombiana enviou a corveta ARC Caldas FM-52, um dos quatro navios da classe Almirante Padilla, a uma parte disputada do Golfo da Venezuela.
A corveta foi rastreada por uma embarcação venezuelana adicionada de outros navios irmãos nos dois dias seguintes. Na manhã de 12 de agosto, um par de General Dynamics (agora Lockheed Martin) F-16A Fighting Falcon da força aérea venezuelana executou voos rasantes sobre a corveta, que recebeu apoio aéreo mais tarde naquele dia. Em 13 de agosto Mirages e F-16 se engajaram em combates mas não houve abates e a ARC Caldas FM-52 foi substituída pela corveta ARC Independiente FM-54.
Mas o incidente envolveu também forças terrestres. Tropas venezuelanas se deslocaram para a fronteira com a Colômbia enquanto os navios de ambas as nações apontaram suas armas uns contra os outros.
Intervenções diplomáticas de outros governos da região terminaram a crise em 18 de agosto. O Independiente se retirou ao seu porto de origem depois de a Venezuela ter avisado à Colômbia de que estava preparada para afundar o navio.
O desempenho dos Mirage 5 durante esse breve conflito foi considerado inferior ao do F-16A, obrigando a FAC a renovar seu pedido de Kfirs israelenses. O embargo dos EUA foi levantado em outubro de 1987 e seis meses depois, o congresso colombiano aprovou o acordo. Um contrato para 12 Israel Aircraft Industries (mais tarde Israel Aerospace Industries – IAI) Kfir C2 e um Kfir TC-7 (um TC2 atualizado para o padrão TC7) foi assinado em 6 de outubro de 1988. O acordo também cobriu a melhoria subsequente dos Kfirs dos Kfir monoplace – e todos os Mirages colombianos – para o padrão “C7”.
Desde o final de abril de 1989, os novos aviões (registrados de FAC 3040 ao 3051) começaram a chegar, com o FAC 3045 sendo o primeiro. O único TC7 (FAC 3003) foi entregue no ano seguinte.
Com pessoal da Força Aérea Equatoriana dando apoio para treinar pilotos e mecânicos, os Kfirs colombianos entraram em serviço com o Escuadrón 213 na Base Aérea Militar Germán Olano, em Palanquero, a sede da força de Mirage 5 da FAC.
Atualizações
A atualização padrão C7 foi aplicada a apenas nove dos C2 adquiridos em 1987 (os FAC 3041, FAC 3050 e FAC 3051 não foram incluídos).
Eles receberam um novo motor, o J79-J1E, com 18.750 lb de impulso de pós-combustão, permitindo o peso máximo de decolagem a aumentar para 35,274lb (16,000kg). Dois pontos duros foram adicionados sob a fuselagem, para um total de nove, e um pod de guerra eletrônica Elta E/L-8202 foi montado no pilone interno da asa esquerda. Comandos do tipo HOTAS foram adicionados ao cockpit.
Todos os Kfirs mantiveram o radar Elta EL/M-2001B, que também havia sido instalado nos Mirage 5COAs da FAC em 1988. Os jatos israelenses também tinham um WDNS-391 (Sistema de Navegação e Disparo de Armas, para emprego de armas inteligentes) junto com um sistema Elbit 82 para gerenciamento dos suportes das armas; capacidade de vídeo; e um painel de exibição de controle de armamento. Um receptáculo de reabastecimento em voo também foi instalado.
Os jatos modernizados para o padrão C7 poderiam operar com o kit de bombas guiadas por laser (LGB) Griffin, fabricado pela Divisão de Mísseis MTB da IAI. Os primeiros 12 kits chegaram em fevereiro de 2001, com o IAI CLDS (Sistema de Designação Laser do Cockpit). Usando a Griffin, a trajetória de uma bomba Mk82 de 500 libras pode ser corrigida durante o planeio – e pode atingir um alvo marcado a laser.
Em ação
Os novos jatos passaram por um batismo de fogo entre 9 e 10 de dezembro de 1990, ao sul da capital, Bogotá, quando dois Kfirs se juntaram a Mirages, uma Cessna A-37 Dragonfly, a helicópteros Bell UH-1H, Bell 212, um Sikorsky UH-60 e Douglas AC-47 na “Operación Colômbia”, também conhecida como Operação Casa Verde.
Os Kfirs voaram missões de bombardeio contra objetivos estratégicos, incluindo «Bravo», um importante acampamento operado pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Os jatos usaram 186 bombas “burras” de 250 libras em 30 missões. As aeronaves israelenses permaneceram ativas em missões similares, em apoio a forças terrestres do exército, da polícia e dos fuzileiros navais contra as FARC perto de áreas povoadas.
No final de 2001, as conversações de paz entre representantes do governo e das FARC falharam e uma ofensiva em grande escala conhecida como “Operación Tanatos” (o deus da morte na mitologia grega) começou em fevereiro de 2002 contra alvos na zona desmilitariza no centro da Colômbia, uma área dominado pelos guerrilheiros. Envolveu mais de 30 aeronaves da ordem de batalha da FAC, incluindo os Kfirs, que atingiram instalações como pontes, laboratórios de produção de drogas, pistas e acampamentos.
Até 2007 Mirages e Kfirs voaram a uma média de três missões por semana, por esquadrão, para evitar a ocupação de cidades por insurgentes. Os pilotos voaram à noite para tentar evitar o fogo antiaéreo e foi necessário assegurar a identificação positiva de alvos para minimizar os danos colaterais antes que as as armas fossem lançadas – tudo isso em terreno montanhoso e de selva.
Os Kfirs continuaram a ser empregados em ofensivas semelhantes: no final de setembro de 2010, a “Operación Sodoma” matou o comandante das FARC Víctor Julio Suárez Rojas (apelidado de “Mono” Jojoy) durante um ataque contra a sede da organização próximo as Montanhas Macarena; a “Operación Osiris” em outubro de 2011 envolveu quatro Kfir C10 que atacaram a base móvel das FARC “Antonia Santos” em Sardinata, matando 11 guerrilheiros e ferindo 30.
Dois meses depois, a “Operación Demóstenes” – contra o Exército de Libertação Nacional, ELN, outra organização terrorista – em Morales, ao sul de Bolívar, matou um líder em um grupo conhecido como ‘La Negra Yesenia’. Em setembro de 2012 os Kfirs estiveram envolvidos na “Operación Selene”, em Hacarí visando o ELN.
Em 2016, as FARC assinaram um acordo de paz com o governo colombiano. E pouco depois os Kfirs participaram da “Operación Corsário III”, no norte de região de Santander, quando dez guerrilheiros do ELN foram mortos, incluindo o suposto líder Danilo Picón Cuadros. Por fim, outra missão antiterrorista recente envolvendo os Kfirs foi um ataque em junho de 2018, no município de Fortul, quando 16 dissidentes das FARC foram mortos.
Mais Kfirs
Para permanecer em pé de igualdade com outras forças aéreas na região, que estavam sendo atualizadas com caças de quarta geração e avançado armamento, a FAC acrescentou à sua frota de 13 Kfirs em abril de 2008. O primeiro foi aceito em abril de 2009, com entregas terminando em dezembro de 2010.
As novas aeronaves receberam os números de série FAC 3052 a FAC 3061 (três Kfir C12 e sete C10s, todos monoplace) e de FAC 3004 a FAC 3006 (três Kfir TC12s). Eles se juntaram aos atualizados FAC 3003 (TC12), e FAC 3040 e FAC 3041, FAC 3043 a FAC 3045 e FAC 3047 a FAC 3051 (três C10s e sete C12s).
Assim como as LGB Griffin e o Míssil ar-ar Rafael Python 3, os novos Kfirs podem operar os pods eletro-óptico/infravermelho de reconhecimento tático Rafael RecceLite e designador laser Rafael Litening; bombas guiadas a laser/GPS /infravermelho Spice 1000 laser; GBU-12 Paveway e GBU-49 Paveway II, guiadas a laser; AI-MTB Grin; e mísseis ar-ar Rafael Python 5 e Derby.
Além de usar o WDNS-391, o gerenciamento destas armas ocorre através do radar multimodo EL/M-2032 (padrão no C7, mas substituído pelo radar AESA EL/M-2052, nove dos quais foram adquiridos); o sistema de pontaria montado no capacete Elbit Systems DASH (Display And Sighting Helmet, substituído pelo modelo Targo); dois novos mostradores multifuncionais no cockpit; sistema de interferência SPS-45V6Elbit/Elisra; sistema de guerra eletrônica Elbit Systems AES-212 Emerald-1 (instalado nos C-10s); e enlace de dados Link 16. Note-se que os dados dos C10s podem ser transmitidos aos C12s.
Perdas operacionais
A frota colombiana de Kfir sofreu várias perdas ao longo da sua história. A primeira, em 2 de maio de 1995, envolveu o C7 FAC 3042. Outro C7, FAC 3046, foi perdido em 4 de junho de 2003. Ele caiu cerca de 30km ao norte da Base Aérea Capitán Germán Olano
Em 20 de julho de 2009, o Kfir TC12 FAC 3004, pilotado pelo pessoal do IAI, saiu da pista no aeroporto Rafael Núñez em Cartagena.
Houve dois incidentes em 2010. Em 20 de setembro, o TC12 FAC 3005 estava em uma missão de reconhecimento e caiu em Santa Elena de Opón, a tripulação ejetou com segurança. E no dia 26 de novembro o Kfir C10, FAC 3050, sofreu uma falha técnica ao aterrissar em Puerto Salgar depois de testes de voo, e saiu da pista. O piloto abandonou a aeronave com segurança.
Em 27 de setembro de 2013, o TC12 FAC 3003 caiu perto da Base Aérea Capitán Germán Olano, durante uma missão de treinamento.
Houve dois incidentes em 2014. Em 18 de fevereiro, o TC12 FAC 3006 caiu em Norcasia (Caldas), matando um dos pilotos; o outro foi ejetado. Em 31 de dezembro falhas técnicas levaram à perda do controle do Kfir C12 FAC 3041 na fase de aproximação ao Comando Aéreo de Combate Nº 1 em Puerto Salgar. O piloto ejetou com segurança.
As perdas foram oficialmente atribuídas a falhas estruturais, hidráulicas e problemas elétricos, bem como a problemas com o motor durante as aterrissagens.
Apesar de tantas perdas, os Kfirs modernizados da Colômbia estão entre os caças mais letais da região. E os seus pilotos provaram suas habilidades no ambiente desafiador do exercício Red Flag em 2018, chegando a abater simuladamente vários bombardeiros da USAF.
*Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pesquisador do Núcleo de Estudos Sociedade, Segurança e Cidadania (NESC-UNISUL) e pós-graduando em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Único colaborador brasileiro regular das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News.
Sérgio, fantástico como sempre. Se eu puder fazer uma sugestão de nova matéria, se puder, e se já não estiver em mente, gostaria de ler algo atualizado sobre as capacidades/dotação atuais da FAB. Há muito disse-me-disse ocorrendo nos comentários e acho que serviria para tirar a dúvida de muitos.
Leandro, obrigado pelo “fantástico”, mas apenas procuro ser imparcial e técnico no que escrevo…Sugestão anotada…
vdd . ficou faltando agora o poder da fab .
MAR-1
POd Sky shield ,que ate onde eu pesquisei ,não consta nenhuma compra deles para usar no A-1 e te mmuita gente <inclusive eu < que acha q possuimos este pod de interferencia
Foram comprados, sim….e operam nos A-1 em SM. Alguns anos atrás fizersm um teste e deu um “probleminha” na fronteira com o Uruguai. ….o pod é mais forte do que pensavam inicialmente. …talvez vc não vá achar confirmação disso em algum lugar….nem posso te dizer a fonte….
Certo ,e depois deste probleminha nunca mais foi usado ? Pois nem em treinamento se tem fotos dele .Fora que originalmente ele foi comprado para o F-5 mas resolveram usar no AMX.Desde então nunca mais se viu e tbm não ficou claro a compra deste equipamento .
Bill, a título de elucidado, os três poda Israelenses estão operacionais e testados na FAB, sendo os de designação foram empregados com bombas guiadas.
Mar 1 não está no inventário da FAB.
BILL27, aqui um pod Sky Shield sendo testado no AMX.
Isso mesmo, Maurício! Esse pod está operacional nos A-1. Na foto que vc postou, podemos observar também mísseis MAA-1B de manejo nos trilhos de ponta de asa do A-1M 5530 (essa aeronave pertence ao 3o lote, operou sempre no Poker e foi/é um dos protótipos do programa de modernização. Não tenho conhecimento se ele já foi devolvido, modernizado, à FAB).
LEgal ..mas a exemplo do R-77 da Venezuela não constar em compras do país ,o Sky Shield tbm não aparece em compras feitas pela FAB
BILL27, aqui diz que a Rafael foi contratada para a aquisição dos pods.
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/33513340
VAleu brother…
MAs eu não entendi mto bem ..
Finalidade: Prorrogação do prazo de vigência contratual;
Amparo Legal: Lei nº 8.666/93
Valor do Termo Aditivo: R$ 0,00;
Programa/Natureza da Despesa: 3128/449052;
Data de Assinatura: 06 de julho de 2018; e
Vigência: 07 de julho de 2018 a 07 de julho de 2019.
Marcelo Tenório de Carvalho Cel Int
O que é este prazo de prorrogação dede vigencia contratual ?
BILL27, o colega Flanker disse que o pod já está operacional com o pessoal aqui do sul, confesso que não sei o que significa esse tal prazo de prorrogação de vigência contratual, talvez seja uma questão de garantia ou algo assim, o Flanker se eu não me engano era ou é aqui de Santa Maria, talvez ele saiba o que significa isso.
Creio que a razão do aditamento reside na extensão do prazo de manutençao ao longo do ciclo de vida. Hoje em dia a grande maior parte dos contratos – sejam civis ou militares – incluem clasusulas de garantia quanto fornecimento de spare parts, insumos e serviços. Assim ao compararmos, diga-se de passagem, quanto custa uma corveta ou um caça, ha que se considerar o preço do fornecimento em si, conforme entregue fisicamente ao cliente final , mais uma parcela (sempre extremamente significativa) referente aos custos incorridos ao longo do tempo de sua vida util. No caso presente notem que a… Read more »
Eles teriam um desempenho semelhante ao dos F5 em combate?
Maus, tripulados por pilotos de nível técnico igual, o Kfir leva o combate…
Manjas pra caramba. Obrigado.
Sempre li que o Kfir é inferior em manobrabilidade, mas o radar AESA deve ser uma vantagem e tanto
Para quem negativou, nunca leram os comentários do Cel Rinaldo Nery ?
Os pilotos da FAV são risíveis.
Não
Kfir
Motor mais potente
C12 aviônica e radar mais avançados.
Interessante. Achava que a Colômbia usava apenas Dragonfly e ST pra combater as FARC. Mostra também que, em matéria de bombardear o inimigo em terreno difícil como selva e montanhoso, eles tem uma experiência muito grande.
Como seria um confronto entre os Kfirs e os SU 30? Aguem se habilita?
Se pilotados por caras de nível técnico igual fico com o Flanker
Obrigado, Sergio! Mas alem do nivel dos pilotos, se admitirmos que ambos sejam igualmente proficientes, gostaria de saber quais sao os armamentos disponiveis de cada lado. Ainda acho que se os kfirs forem dotados com misseis americanos (BVR e WVR) de ultima geraçao levam alguma vantagem. Todavia , se os russos enviaram equivalentes restaria saber se os SUs estariam devidamente atualizados para integra-los. Esta é a minha maior duvida.
Nessa sua hipótese esta considerado combate com suporte awscs ou caça x caças.
Destreza fará a diferença.
Caro Carlos, se considerarmos missoes ar-terra acho que os Kfirs pilotados por colombianos levam vantagem; neste cenario, se as defesas venezuelanas de terra e ar forem parcialmente anuladas, a atuaçao dos ST A29 tambem farão alguma diferença. Em termos de embate ar-ar considerando algumas variaveis tais como se é Combate WVR ou BVR, armamento, etc. me parece que os colombianos teriam um kill rate um pouco maior. Existe ate aquela historia mal explicada da aueda de um SU30 pero da fronteira …. Mas o principal fator na minha opinião reside na intensidade de apoio externo que cada lado recebesse. Ai… Read more »
Rommelqe, você tem dúvidas?? Ainda.
Claro caro Ivanmc: o pessoal compara “aviaum” e não sistema de armas. Imagina um Mirage III sem nenhum míssel (te lembra algo?) tentando abater um Cesna Citation. Lógico que até consegue interceptar se estiver numa distância compatível e abater, se tiver munição no canhão…. No caso Kfir versus SU30 (e eu claro que sei que um flanker é um puta de um avião) minha dúvida é quanto a prontificação que um elemento hoje na Venezuela possa ter em relação ao Kfir colombiano. Todos sabemos (acho) que os colombianos contam com uma assistencia enorme dos EUA; já quanto aos venezuelanos, o… Read more »
Saudações, Rommleqe. Desculpa a brincadeira. Eu não tenho dúvidas da superioridade dos Su-30 em relação ao Kafir. Mas, os Flankers venezuelanos tenho dúvidas, não sei sem em que nível está o treinamento dos pilotos, mecânicos, materiais (ferramental em seus respectivos escalões), mísseis, radar, etc. Tem muitas etapas para se colocar um caça em prontidão, nível máximo de disponibilidade. Eu creio que os Kafirs da Colômbia devem estar num excelente nível de operacionalidade, carrega uma bela gama de tecnologia israelense, que é uma das melhores que existem, deve ter um desdobramento tático e adestramento em melhor nível, em todos os aspectos,… Read more »
tenho uma pergunta fora de tópico para o Santana:
Quando recebemos os Mirages III parece que foi adquirido um kit para reconhecimento a grande altitude (era um tipo de motor que dava essa capacidade a aeronave mais as câmeras que salvo engano eram colocadas no nariz.
Hoje esse avião poderia a partir do nosso território observar a movimentação em países vizinhos?(sei da desatualização do equipamento)
A família E-99 R-99 conseguiria fazer isso,visto que a altitude de operação é menor?
obrigado
cwb, honestamente eu desconheço esse dispositivo nos Mirage III da FAB, embora tenha existido uma versão, a IIIR, projetada pra reconhecimento, com câmeras no nariz. Os RA-1 do Esquadrão Poker podem fazer o reconhecimento fotográfico como você mencionou. Mas igualmente os R-35 e R-95. Já o R-99 é capaz de “fotos” bem mais elaboradas…
Desconheço a aquisição de recce noses para os MIII da FAB. Quando da aquisição do primeiro lote de F-5 pela FAB, foram adquiridos alguns recce noses, que consistiam em uma espécie de radome modificado, que portava 2 câmeras oblíquas e 1 vertical. Par seu uso, era necessário retirar o radome original, bem como a antena do radar e, em seu lugar, instalado o nariz de reconhecimento. Há o registro de que apenas 1 missão foi realizada utilizando esse sistema, em 1976, com os F-5E 4830 e 4831. Quanto ao reconhecimento hoje em dia, existem 4 pods Reccelite que são empregados… Read more »
Flanker, obrigado pela informação sobre o R-95, não sabia que haviam sido desativados…Não sabia que a FAB tinha o nariz do RF-5E Tigereye
Ah, o casulo inglês pro RA-1 era o Vinten
Isso, Sérgio! Casulos Vinten!! Obrigado.
R95 desativados ?
Sim, os R-95 Bandeirante foram desativados em 2011. Hoje, o Carcará opera 3 Learjet R-35A, equipados com câmeras em carenagens logo à frente das asas e 3 R-35AM, equipados com radares Thales DR-3000 Mk2B no cone de cauda.
Obrigado Flanker.
Faz tempo…
Confundi com o 99, kkkkk
O R-99 não se presta a esse tipo de missão, pois teria que ingressar em território venezuelano. O radar de abertura sintética possui uma capacidade ¨diferente¨ da imagem visual (foto). O STAR SAFIRE (FLIR) possui uma câmera spot com boa capacidade em grande altitude.
Incrivel alguem “negativar “ a informação do cmte Nery, tripulante durante anos de R99!!!! Incrivel…..
Pois é Rommelqe, sem comentários…
É o que já comentei aqui em outras oportunidades. Virou Facebook!! É a onda do momento, haters full mode!
No meu tempo de recruta o sgt do Binfa durante a ordem unida foda-se, então para quem negativa …
é a galerinha passional que é contrariada, não admite a verdade e fica “bravinha”. Comportamento ridículo. Veja comentários técnicos sobre fatos negativos de aeronaves russas ou americanas a chuva de “negativos” que a pessoa recebe….
Pode ser algum desafeto do 2°/6° GAV, ex comandado…
hahahahahahaha
Esse negócio de “like” e “deslike” é um saco. . Eu prefiro ir pelo jeito antigo… … pela “cara” do sujeito. (E pelo conteúdo que apresenta, é claro.) 😉 . Tem uns “caras” que leio (com atenção) sempre: Augusto, Bosco, Baschera, Carlos Alberto “Israeli” Soares, Clésio, Flanker, Rinaldo Nery, Ricardo N. Barbosa, Roberto “Bob” F-16 Santana, Rommelqe, RR, Serjão Santana (compro até seus livros), Scud, todos os editores e quem escreve com consistência… e são muitos – graças a Deus. (Tem mais gente, só falhou a memória.) . Mas tem alguns que, me desculpem, eu pulo. Principalmente quando fogem do… Read more »
Obrigado Caro Ivan,
tenho o mesmo sentimento e também em ralação aos nomes mencionados, acrescento JM, Yvani Jr (Bavária Lion) e ….. Ivan …. kkkkk
Ivan, de minha parte agradeço! Seus comentários tb são de grande valia! Abraço.
Também sigo esses mestres, particularmente o Cel. Nery aqui no PA. Uma pergunta: o que aconteceu com o Vader? Espero que nada de ruim…
Não esquecer daqueles que foram expulsos da EMBRAER, rsrsrsrsrs
Sou velho em leitura por aqui e já aprendi muita coisa ( é o que mais busco, já que não sou militar e tenho isso como hobby), inclusive como fonte de pesquisas para o meu TCC, porém comento muito pouco porque entendo que em boca fechada não entra mosquito. Alguns comentários rasos e desrespeitosos por aqui me enjoam ( civis e meninos de playground).
Pelo visto nossos F5M podem fazer um bom estrago no país vizinho vendo
que são bem treinados por americanos apesar da bom defesa antiaérea deles
Alan, o treinamento dos pilotos da FAB é feito pela FAB e assim tem sido durante décadas. Nossos pilotos participam sim de exercícios conjuntos com nações amigas, e isso inclui os EUA, mas também incluíam, até pouco tempo atrás, a própria Venezuela, por exemplo.
Mas de toda forma o Su-30 é melhor! Pois se o que a Colômbia tem de melhor é o kfir então a Venezuela está melhor equipada até a entrada dos EUA.
Quem são os pilotos e o nível técnico ?
Leia um pouquinho sobre os níveis treinamento pilotos de combate do Wagner Gruop!
Mercenários agora empregam caças de quarta geração?
Se o Mr. Magoo pilotar um Su-30 ele ganha do Kfir.
Não funciona assim;
Vide Barrichello e Massa com a Ferrari.
O piloto faz a diferença.
Que ótima notícia! Então você pode pilotá-los! Vai lá, nos dê essa chance de nos vermos livres de você!
Existe todo um sistema logístico,tático e treinamento para manter uma aeronave de combate com todo o seu potencial na hora H.e nisso os colombianos estão mais bem posicionados que os venezuelanos.que tem todo um apoio da USAF em termos de inteligência, logística,armas e suporte operacional 24 horas ,já os venezuelanos estariam operando sozinho em operações aéreas.
É ingenuidade pensar que o maduro vá colocar Venezuelanos pra pilotar na hora H!
Fiquem atentos as informações sobre o Wagner Gruop!
Os Su-30 irão cair por mágica, e essa mágica se chama F-35. Depois irão terraplanar os sites de S-300.
Pessoal.. A discussão é sobre o EQUIPAMENTO em sí ou sobre treinamento, nível técnico, pilotos..etc?
Tô cansado de saber que é isso tudo que faz a diferença no combate..
Mas acho que a intenção do post foi fazer uma avaliação MÁQUINA x MÁQUINA e só.
Então pronto uai é lógico que todos vão de Su-30!
Pelo amor de Deus! Comparar um kfir com um Su-30!?!?
Convenhamos!!
Rodrigo, se fosse assim é só olhar a ficha técnica das duas aeronaves e comparar ué. E torcer para o coleguinha não ter cartas melhores e levar o jogo.
Leandro Costa e Sérgio Luis, . Talvez vocês do alto de seus conhecimentos aeronáuticos saibam disso, mas para quem não sabe ou não se lembra, nos EUA por exemplo, com pilotos de mesmo nível, treinamento, logística, blá,blá etc..etc.. É ou já foi realizado treinamentos entre aeronaves como F-16 x A-4 skyhawk, F-14 x A-4, F-15 e F-16 x F-5 etc.. Com resultados muitas vezes favorável as aeronaves tidas como inferiores. Já ouviram falar por exemplo do esquadrão “Agressor” ? Ou do exercício “Red Flag”? . Ou seja, não é tão simples assim como “só olhar as fichas técnicas” no joguinho… Read more »
Ué, então no alto do seu excelente português, por que então afirma querer saber apenas as diferenças e capacidades de máquinas individuais? A diferença entre treinamento, doutrina, logística, etc., é exatamente o que estamos tentando vislumbrar aqui. Mas se quiser saber, A-4’s são bem inferiores aos F-14 e até o F-5, mas se ambos entrarem em uma arena na qual os A-4 possuem vantagem, então já era. E é assim para praticamente todas as aeronaves de combate. Também não sei se você sabe, mas os próprios Kfir foram usados como aeronaves agressoras pela USN USMC sob a designação de F-21.… Read more »
Estou tentando entender o que meu português (obrigado pelo elogio) tem a ver com o tema..
Imaginei se tratar de aviação.
Enfim.. Na primeira parte você repete o que você mesmo já havia falado e na segunda repete basicamente o que eu havia dito..
Mais claro que eu fui só se eu desenhasse para você.. Mas como estou sem tempo agora, fica para uma próxima ok. Passe bem.
Rodrigo M, a intenção do post não foi fazer comparação, mas apresentar a trajetória do Kfir colombiano…
OK Sérgio Santana, Parabéns pela matéria.
Sérgio,
Parabéns.
Alcançou o objetivo.
Grato,
Ivan, o Antigo.
Prezado Sergio, parabéns novamente, suscitou uma discussão muito interessante.
Por outro lado, é lastimável que o post fique limitado a uma comparação simples tipo super trunfo; para alguns aqui os Kfir são drones pilotados a distância por alienígenas de Venus (planeta azul, claro) e os SU ETs são drones pilotados diretamente de marte (vermelho, lógico) e não usam combustível, qualquer míssil serve, quantidade de cartuchos é infinita (como qualquer video game que eles adoram jogar…) e assim por diante.
É bacana esse Kfir block60.
Nao entendo, como os EUA, nao preparou seu princ. aleado e ate aleados da America Latina, face ao armamento superior dos Venezuelanos. Aqui no Brasil vi sempre muitos falarem q o Brasil n tem inimigos. Ogora esta ai, se entrar-mos em conflito poderemos ter uma derrota vergonhosa. Espero q isso nos sirva de liçao. No minimo ja deveriam a muitos anos terem fornecido F-18 p subistituir essas tranqueiras de kfir, pelo menos o dobro de caças Venezuelanos. Agora e tarde p tudo, teram q fazer por eles mesmos.
Sérgio
Somente uma correção:
O Block 60 foi lançado após todas as modernizações dos Kfir Colombianos, que ficaram nominados como C12 (já mencionado).
Acrescento informações:
Não creio haver unidades do Kfir disponíveis para modernizações, no último inventário das IAF havia 24, sendo quatro células destinadas a FAC para substituição.
Os “agressores” dos USA compraram 12 células para agredir e servir de fonte de peças.
O estoque se houver é baixíssimo.
Não sei a quantas estão os C2 do Ecuador e do Sri Lanka.
Creio firme que a próxima ANV da FAC será F16 convertidos para Block 50/52.
Carlos Alberto Soares, o Block 60 foi apenas oferecido à Colômbia, que não o adquiriu, tanto é que não o mencionei no texto. A legenda das fotos é de responsabilidade do editor.
Valeu Sérgio.
Abs
Eu acho que seria muito valido o Poder Aéreo fazer uma matéria sobre as diferentes tipos de Su-30 É incrível como as pessoas acham que todo Su-30 é o mesmo e o fantasma do grande caça russo fica nas costas mesmo que algumas versões não corresponda a isso O publico em geral lé Su-30MK2 e vai achar que é a mesma coisa que um Su-30MS Os Su-30 venezuelanos são um dos modelos menos capazes com um dos radares com o alcance mais curto da família. Já vi absurdos do tipo “Um Su-30 conseguiria abater um E-99 antes mesmo do E-99… Read more »
Su-30SM*
Victor, fazer o que você propõe da forma correta tomaria um espaço enorme. Fica pro livro do Flanker, que eu e o Felipe Salles vamos lançar daqui um tempo…
Gente fiquei surpreso hoje, quando descobri “fuçando” na internet. A inglaterra perdeu um Sea Harrier em combate aéreo no dia 21 de maio, de 1982 durante a guerra das malvinas e ficou bem quietinha quanto a divulgar os dados oficiais deste combate. O avião foi danificado por fogo dos canhões do Dagger do Capitão Donadille, caindo logo depois de percorrer 30km. Seu piloto Harry Trent, tentou levar seu caça até quando pôde, ejetando-se com sucesso e foi resgatado por um Sea King. Informação revelada por fonte inglesa que pediu anonimato, mas pelo que disseram foi 100% confiável. Segue o link… Read more »
Não considero uma fonte confiável. Um post no quora, postado por um Argentino, que cita uma fonte não revelada argentina, que cita uma conversa com uma fonte inglesa anônima.
Oi Leandro, tudo bem? Pois é, também pensei sobre esta e algumas outras variáveis também. Mas não se esqueça que na guerra, muita coisa se descobre bem depois, considerando que ninguém quer reconhecer perdas. Na guerra do Golfo por exemplo descobriu-se relatos posteriores muito interessantes, passados o calor da batalha e o amenizar dos ânimos. Sempre é bom ouvir o outro lado…quem sabe com o passar do tempo, esta e outras informações bacanas venham a se confirmar em arquivos secretos desclassificados e liberados com o tempo. Grande abraço.
Israel tem uma capacidade técnica impressionante. Pena que eles estejam politicamente amarrados aos EUA e não possam projetar caças para concorrer com os americanos (vide o triste caso do Lavi)