Cada ensaio é cronometrado e gravado para análise e posterior certificação da aeronave

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram, na Ala 1, em Brasília (DF), de uma série de ensaios realizados na aeronave KC-390. A infraestrutura da organização militar também foi utilizada para os testes. “Nós estamos participando com a disponibilização de hangar, pista, pallets, rebocador, além do apoio aos integrantes da Embraer”, relatou o Tenente Rafael Macedo Trindade, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Ele é um dos militares da FAB que acompanham os ensaios realizados pela fabricante. As análises dos ensaios também são acompanhadas por equipes do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) da FAB.

De 29 de outubro a 3 de novembro, a equipe da fabricante Embraer verificou as capacidades do avião no que diz respeito, principalmente, a evacuações de emergência. Cada ensaio é cronometrado e gravado para análise e posterior certificação da aeronave nesse quesito.

No total, 600 soldados do Exército Brasileiro de unidades sediadas em Brasília participaram dos ensaios. Nenhum dos militares pôde repetir um teste, já que o objetivo é comprovar que o avião oferece a segurança necessária, por exemplo, em casos em que a tropa tenha que realizar evacuação de emergência ou em transporte com ações de infiltração e exfiltração – quando os militares precisam embarcar ou desembarcar rapidamente sem que a aeronave seja desligada.

“Nós também seremos ‘clientes’ da aeronave, já que nossas tropas serão transportadas e realizarão missões junto à FAB. Então é muito importante participarmos desses testes que garantem que o avião seja certificado”, ressaltou o Capitão do Exército Brasileiro Fabio Ribeiro Fonseca.

Durante os ensaios também foram simuladas situações de pouso na água – quando a evacuação foi realizada por meio de uma estrutura metálica montada na parte externa do avião – e em período noturno, sem nenhuma luminosidade. Para isso, o KC-390 ficou dentro do hangar totalmente fechado e com luzes apagadas. Nem mesmo a iluminação de equipamentos de fotografia e filmagem poderiam ser utilizadas e, por isso, a Embraer usou câmeras com capacidade para gravar no escuro. Soldados da Força Aérea realizaram um treinamento diurno antes do ensaio à noite, para que a capacidade das estruturas fossem checadas e a segurança dos demais militares fosse garantida.

Em outubro, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) concedeu o certificado de Tipo da aeronave KC-390, o que permite que o avião possa ser comercializado e operado em todo o território brasileiro. A certificação é emitida quando o projeto de aeronave demonstra ter cumprido todos os requisitos operacionais e de segurança e de proteção ambiental obrigatórios para a operação. Isso evidência que o nível de segurança da aeronave é compatível com padrões internacionais, e permite que o modelo certificado seja comercializado no Brasil e inserido no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).

 

Sobre a aeronave

O Embraer KC-390 foi desenvolvido para atender os requisitos operacionais da FAB. A aeronave estabelece um novo padrão para o transporte militar médio, por se tratar de um modelo inédito para o transporte de carga militar.

O cargueiro é o único da categoria que conta com o sistema de comando de voo eletrônico fly-by-wire que, além de dar maior eficiência para pilotagem, também proporciona uma integração com as demais missões. Um exemplo é o lançamento de carga. O uso dos controles eletrônicos vai mensurar o comportamento do avião durante o voo, que responde a essa dinâmica e repassa as informações ao piloto.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Edu

Não seria mais interessante fazer esse teste fora do hangar, à noite, num ambiente não tão controlado?

Douglas Rodrigues

E quem disse que não será realizado?!
Esses são só mais uns de um grande cronograma de testes.

Marcelo Andrade

Esquece Douglas, esse pessoalzinho da EDS e da FAB são muito “burros”. kkkkkkk

sergio ribamar ferreira

Muito bom! Parabéns!

MBP77

Ilusão de ótica minha ou na última foto o estabilizador vertical ficou (muito) próximo da viga do hangar?
Além disso, com os soldados ao lado, dá para se ter uma impressão mais realista do tamanho do “bichão”.
De pequeno, não tem nada mesmo.
Sds.

Dexter

Gostei e achei impressionante o ângulo de inclinação da asa, nessa ultima foto…
Tanto no ângulo A > quanto no B ^.
(^ ^)