USAF inicia segunda fase do Light Attack Experiment
ARLINGTON, Virgínia (AFNS) – Os voos começaram em 7 de maio de 2018, para a segunda fase do Light Attack Experiment da USAF na Base Aérea Holloman, Novo México.
Os pilotos estão voando o Sierra Nevada/Embraer A-29 Super Tucano e o Textron Aviation AT-6B Wolverine durante um experimento de três meses para coletar informações adicionais sobre a capacidade da aeronave, bem como a interoperabilidade do país parceiro, antes de uma potencial compra de aeronaves ataque leve.
“Esta segunda fase de experimentação é sobre como informar o rápido processo de aquisição à medida que nos aproximamos de investir em aeronaves de ataque leve”, disse o tenente-general Arnie Bunch, assistente militar do Gabinete do Subsecretário da Força Aérea para Aquisição. “Se pudermos ter aeronaves de ataque leve operando em ambientes de combate permissivos, poderemos aliviar a demanda em nossas aeronaves de 4ª e 5ª geração, para que elas possam estar treinando para a luta de ponta para a qual foram feitas.”
A Força Aérea dos EUA também está avaliando a interoperabilidade e os recursos de rede para, um dia, realizar operações de ataque leve lado a lado com os parceiros da coalizão. De acordo com a Declaração de Postura da Força Aérea de 2018, “Manter a guerra irregular como uma competência central a um custo menor e fortalecer nossas alianças são elementos-chave da nossa Estratégia de Defesa Nacional”.
O chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, David Goldfein, disse a membros do Comitê de Serviços Armados do Senado: “Estamos olhando para uma aeronave de ataque leve através das lentes dos aliados e parceiros. Uma grande parte do Light Attack Experiment é uma arquitetura comum e uma rede de compartilhamento de inteligência, para que aqueles que se juntarem a nós façam parte da campanha contra o extremismo violento”.
Durante esta fase de experimentação, os tripulantes são pilotos de caça, ataque ou operações especiais, além de pilotos de testes e engenheiros de voo da Força Aérea dos EUA, da Guarda Aérea Nacional e da Reserva da Força Aérea. Coletivamente, eles têm mais de 1.000 horas de voo e mais de 100 missões de combate, e todos os pilotos foram instrutores em uma ou mais aeronaves.
Os cenários de voo consistirão em missões diurnas e noturnas em interdição aérea, apoio aéreo aproximado, vigilância armada e busca e salvamento de combate. Os observadores de manutenção se concentrarão na manutenção em linha de voo e em oficinas, para informar sobre os requisitos de manutenção e suporte ao produto.
O experimento faz parte de um esforço mais amplo da Força Aérea dos EUA para explorar opções de plataformas de ataque econômicas sob a Campanha de Experimentação Light Attack liderada pelo Escritório de Planejamento e Experimentação Estratégica da Força Aérea dos EUA na Base Aérea Wright-Patterson, Ohio.
A primeira fase do Light Attack Experiment aconteceu em agosto de 2017 na Holloman AFB, com quatro modelos de aeronaves de ataque leve.
Assista abaixo ao vídeo de teste do A-29 e AT-6 em pista semi-preparada, divulgado no início de 2018
FONTE: U.S. Air Force
Pra mim estes finalmentes e tal são apenas pra seguir protocolo e tudo mais de licitação desta envergadura,pois, acredito que o ST já entrou como o vencedor a ser adquirido às centenas. Será bacana vê lo com outros armamentos como o Hell Fire.
Olá Tom. Cautela e caldo-de-galinha. Sei que são coisas diferentes, mas (mutatis mutantis) o Palmeiras entrou campeão, jogando em casa e com torcida única a favor. Perdeu o campeonato nos penalts.
E com interferência externa.
Comentário 3M.
Kkkkkkkkkkkk… Chororô até aqui? Feliz Paulistinha Day!!!
Senhor Marcelo. Só se tiver “interferência externa’ para o ST não levar.
Olá Marcelo. Sou corinthiano desde que aprendi a chutar uma bola. riso. Agora, se formos listar a concorrências de aviões militares que fizeram que foram e voltaram… mesmo a Embraer já perdeu concorrências nas quais tinha sido anunciada vencedora.
Amigos,
Mantenho minha fé no A-29, em que pese a política norte-americana da era Trump de privilegiar o que é norte-americano. O avião é bom e, tecnicamente, por tudo que aprendi aqui no Poder Aéreo, leva essa.
Por conta da Sierra Nevada, eles consideram o ST americano, vide recente discurso do Trump.
Então podemos considerar por ex. o míssil Exocet como sendo brasileiro?
Por favor, menos ufanismo. No fundo, todos sabem que o projeto é brasileiro, mas diversos componentes são americanos. Não que isso importe… ou importa? O que você considera mais relevante: batermos nossos pezinhos e exigirmos que o ST seja chamado de brasileiro; ou uma vitória da Embraer numa competição deste nível, o que consolida o ST como melhor em sua categoria? Que chamem até de marciano: o importante é o Super Tucano vender, a Embraer ganhar o seu dinheiro e, acima de tudo isso, a FAB receber seus royalties.
Minha pergunta foi retorica pro colega de cima. Não importa onde o produto é fabricado. O que importa é onde ele foi criado e desenvolvido. o Iphone é feito na china com componentes chineses mas ninguém sai dizendo por ai que o iphone é chines. Esse papo geralmente é das pessoas que adoram desmerecer as coisas feitas por aqui.
Se o domínio dos ciclos de produção não importassem, não existiriam segredos industriais…
Se nós construissemos Exocet e dominassemos todos os ciclos de produção a ponto de modificarmos o sistema é atualizassemos os mísseis, acho que a resposta seria sim, o Exocet poderia ser considerado brasileiro…
O golf é totalmente fabricado no Brasil, mas todos sabem que ele é da VW que por sua vez é alemã… simples assim.
Verdade. Em uma revista americana sobre aviões de combate o Supertucanobera chamado de “Sierra Nevada AT-29”.
Eles sabem ler e Embraer soa bem diferente de Textron. Pode fazer uma enorme diferença, até porque a decisão é fortemente política.
Se a Embraer fosse uma empresa norte-americana eu apostaria no ST. Sendo brasileira não dá para cravar nada.
Correto!
É mais que bom… é o melhor na sua categoria e, me atrevo a dizer que é a melhor arma especializada do mundo, hoje!
SRN
Mesmo que o ST ganhe essa concorrência (e tudo indica que vai ganhar) e a USAF compre 300 exemplares ainda vai ter cidadão que vai reclamar daqueles 24 aviões que tiveram a venda para o “cúmpanhêro” Chávez embargada “peluzamericanú mau”
“peluzamericanú mau”
Você escreve isso em tom jocoso, mas só esqueceu que o seu querido EUA faz [muitos] negócios com a ditadura da Arábia Saudita (pior até do que Cuba e Venezuela) e o pouco democrático Qatar (entre outros países que não possuem um pingo de respeito pelos direitos humanos).
No minimo estranho…..
Ocorre que Arábia Saudita e Qatar, embora sejam o que você escreveum são aliados dos EUA, razão pela qual Washington faz negócios (e vende armas) para os respectivos governos. Por outro lado Chavez era inimigo ferrenho dos EUA a ponto do bufão bolivariano chegar no púlpito da ONU, antes ocupado por George W. Bush, e dizer que o “diablo” havia deixado um cheiro de enxofre no mesmo. E uma vez que muitos componentes e tecnologia do ST foram desenvolvidos nos EUA eles apenas exerceram, por meio do embargo, o direito de impedir que os mesmos caíssem em mãos inimigas o… Read more »
O que não entendi foi a frase “peluzamericanú mau”. Por um acaso da para dizer que são bonzinhos fazendo negócios com ditaduras e países que eles mesmos impões embargos (Irã-Contras)? Só achei a ironia sem pé nem cabeça, mais nada.
*impõe
ODST, essa ironia remete à discussões antigas que existiam aqui na Trilogia! Havia uma patotinha, certamente ligada ao partido político que ficou no poder no Brasil até 2016,que sempre estava a postos para atacar os EUA. Qualquer que fosse a matéria os caras vinham com algum ataque, o que piorou com o programa FX-2 e aquela malfadada escolha “político-etílica” do dia 07/09/2009. Para satirizar esse pessoal alguns comentaristas começaram com essa brincadeira “duzamericanú mau”.
Outra ironia se dava toda vez que essa turminha cantava loas excessivas ao então governo, aí inventamos o “Brasil-PuTênfia”…
Com a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã, a Boeing acaba de perder um contrato de US$ 20 bilhões.
Nossos Tucanos são os “helicopteros” deles kkkkkk
Trump é massa.
É um completo ignorante, isso sim.
Desde que compre (e venda via FMS) muitos A-29 Trump pode ser o que quiser, inclusive ignorante. E também pode chamar o A-29 do que quiser, inclusive de autogiro. Os operários de Gavião Peixoto e os engenheiros da EMBRAER agradecem.
Gavião Peixoto tem linha de produção de A29?
Sim, é em Gavião Peixoto que o existe a linha de montagem final do Super Tucano no Brasil.
Só não me lembro se os processos da produção das partes das fuselagens e asas da aeronave, que são colocadas na linha de montagem, envolvem também outras unidades da Embraer (São José dos Campos, Botucatu).
E não custa lembrar que as fuselagens dos Super Tucano da Sierra Nevada são produzidas no Brasil e montadas nas instalações da EMBRAER na Flórida, com a Sierra Nevada fazendo a integração dos sistemas.
A repórter que fez a confusão e perguntou a ele sobre os helicópteros…
Ele respondeu…
E repetiu várias vezes o erro….
As aeronaves utilizadas nesta fase foram só disponibilizadas ou já foram adquiridas?
Nesse momento tem um AT-6 no ar!
Todo mundo sabe que quem vai ganhar é o da EMBRAER, mas eles tem que fazer isso só por ser obrigado mesmo! kkkk
A Boeing queria levar a Embraer toda contando, inclusive, com essa competição do LAE/USAF. E se isso se confirmasse, eu daria como totalmente definido esse resultado com 101% de chances para o Super Tucano . . .
Não obstante, espero que sejam verdadeiras as especulações acerca da segregação da aviação militar e executiva da Embraer dessa negociação cada vez mais envolta em nuvens pesadas. E se isso se confirmar, eu darei como totalmente indefinido esse resultado com 50,000000000001 % de chances para o Wolverine . . .
penso igual!
Creio que o futuro dessas negociações também deva envolver a taxa contra o Brasil do aço e alumínio por parte do EUA. Se isso de fato tiver alguma influência, eu sinceramente espero que o EUA taxe de uma vez o Brasil, assim esse negócio com a Boeing vai para o beleléu de uma vez por todas!
Por que suas chances pendem para o Wolverine Ozawa? Seria por causa de uma eventual birra por causa da boeing? Ao meu ver, o aspecto político mais forte nessa concorrência é o tal do made in Usa. E, nesse caso, podemos dizer que as duas aeronaves atendem ao requisito. Com a produção na Sierra Nevada, o ST, embora recebe partes produzidas no Brasil, gera empregos e divisas nos EUA. Logo, se o que definir for mesmo a questão política, seria somente por birra em razão do negócio da Boeing-Embraer (que deve sair, não sei se do jeito que os americanos… Read more »
Caro Felipe, na esteira do meu comentário e por ocasião da sua réplica, sim, é em razão da política “Made in America”, da obtusa gestão Trump, que minha especulação estatística aponta para um ligeiro favorecimento do Wolverine. Corroborando meu entendimento, o Super Tucano fabricado lá, ainda assim, é mencionado como Sierra Nevada/Embraer A-29. A Boeing pretende desaparecer com o nome/marca “Embraer” se conseguir comprá-la. Se a parte militar persistir segregada nessa negociação, o nome Embraer continuará, ainda que sucedendo a Sierra Nevada, como um carrapato estrangeiro na visão psicopata da Laranja Mecânica . . . Mas, como fazemos todos nós,… Read more »
Um adendo: a pressão dos militares americanos, a quem, unicamente, Trump teme politicamente e treme eleitoralmente, não necessariamente nessa ordem e nessa relação, é a única força capaz de, se for necessário, derrubar a aplicação radical do “Made in America” em suas aquisições . . .
Por isso as chances ligeiramente (e não majoritariamente) favoráveis ao Wolverine segundo meu especulativo entendimento.
Notem que nesta fase serão avaliados os aspectos de interroperalidade, além da capacidade do pessoal de terra.
Isso contará muito para o ST já que ele está operacional a muitos anos e em situações reais de combate, levando a uma já experimentada doutrina de trabalho e otimização de procedimentos.
Engraçado. A USAF já operou bastante o A-29 na Moody AFB. Eles já sabem TUDO sobre o avião e suas capacidades. É só cumprimento de “quadrinho” da concorrência. Só marcar os “x” do RFP. Vamos ver a capacidade de lobby da Sierra Nevada e da bancada da Flórida.
Quando o A-29 ganhou concorrência do LAS, a Beechcraft entrou com vários processos para interromper o processo. A USAF não quer passar por isso novamente.
Fato.
Gato escaldado tem medo de água fria.
Vão documentar tudo pra evitar chororoo
Galante, por que no vídeo o AT-6 não conseguiu pousar de primeira????
Teste de arremetida, nada demais
Creio que como é uma nova concorrência com novos parâmetros (acredito que seja isto) montaram este processo, sem contar que de repente a Beechcraft alterou significativamente o avião e convenceram a USAF que é um avião melhorado (não acredito muito nesta hipótese).
Abraços
Boa Cel,
Nada como a sabedoria.
Assino em baixo!
O pessoal da Embraer já falou: Quanto mais criterioso e completo for o processo seletivo melhor.
Bem bacana o video, primeira vez que vejo o ST perando em pista de terra. Da para perceber tambem como o ST eh maior que o AT-6 e como eh mais bem desenhado. O AT-6 parece ser muito curto, bem esquisito.
O AT-6 é derivado de um treinador suíço (Pilatus PC-9, se não me engano), um avião que definitivamente não foi projetado para combate
Um pouco sobre o que é a Sierra Nevada.
https://www.sncorp.com/what-we-do/
Alguém aqui sabe quanto a FAB ganha de hoyalts por cada STJ?
ST
Leonardo Araújo 8 de Maio de 2018 at 19:06
Já li que era 150 mil dólares por avião, e que bate (mais ou menos) com o que está link abaixo. Mas entendi que não é raro o valor não ser recebido, pois a FAB abre a mão para que a Embraer não perca o negócio.
http://www.aereo.jor.br/2014/12/09/embraer-comeca-a-pagar-royalties-do-super-tucano/
Grato.
Depois metem o Paulo na FAB
Porque não existe o Tucano com um piloto so , como no P51 ? caberia mas combustivel , ou munição . poderia ser ala de um duplo ?
Existe sim, Ricardo. A FAB opera dois modelos, o A-29B, biposto, mais comum e que responde por mais ou menos 1/4 da frota da FAB, e o A-29A, no qual espaço do posto traseiro é ocupado por um tanque de combustível. Veja fotos:
A única necessidade operacional do A-29 (exceto instrução ) duplo comando é o uso do FLIR. Talvez CAA.
Observando da a impressão clara de ser uma aeronave pensada biposto em seu núcleo, e depois acrescida de uma versão monoposto….
Mais parece um gabinete de sistemas eletrônicos.
Mas é o tanque.
Aumenta em quanto a autonomia do ST em relação ao B, Cel?
Mais uma pergunta, quais upgrades o sr gostaria que fosse implementados no ST atual da FAB?
So uma correçãozinha, Nunão: a proporção entre o monoposto A-29A e o biposto A-29B, na FAB, quando de sua encomenda e recebimento, foi de 1/3 do modelo A e 2/3 do modelo B, ou seja, 33 e 66 células, respectivamente, totalizando as 99 unidades encomendadas e recebidas pela FAB.
Sim, foi. Foi utilizada a plataforma JPTAS, que já existia. Eliminou-se a necessidade de desenho, certificação e homologação de um canopy novo para a versão monoposto.
JPATS (Joint Primary Air Training System), concorrência da USAF de 1992, onde o Texan saiu vencedor.
Esta é a grande ironia histórica, o Super Tucano da FAB é herdeiro direto dessa concorrência americana JPATS onde o protótipo “Super” Tucano EMB312H deu origem ao Super Tucano EMB314…
Esta é uma “revanche”….
Não se trata de revanche mas sim do fato que, enquanto como treinador o T-6 Texan II é superior, como aeronave de ataque a aeronave brasileira é melhor.
Uma opinião parelela e despretenciosa: a Embraer podia, como fizeram outras empresas e forças, subsidiar um filme, ou uma série, onde o ST seja o “herói”, do mesmo jeito que aconteceu com o Intruder, F-14 e tantos outros.
Só lembrando que já está disponível para compra o novo livro sobre o Super Tucano, que teve participação minha e do Cel Rinaldo Nery. Autor: João Paulo Moralez.
Quem quiser saber mais sobre a história do ST e de sua operação nos diversos países…. Recomendo.
O documentário sobre os 35 anos do T-27 estará no You Tube em setembro. Tem uma entrevista minha tbm. Pena o Anastacio Katsanos não ter colaborado nesse livro sobre o A-29. Foi uma figura chave também.
Favor nos avisar aqui no blog quando o documentário sair no You Tube, será ótimo assistí-lo.