Alemanha liberada para comprar C-130J e KC-130J
A administração Trump aprovou a venda potencial de 3 C-130J-30s e 3 KC-130Js para a Alemanha por um custo estimado de US$ 1,40 bilhão.
Os aviões de carga serão protegidos pelos Dispensadores Eletrônicos de Contramedidas AN/ALE 47; Sistemas de Alerta de Mísseis AN/AAR-47A (V) 2 e receptores de alerta radar AN/ALR-56M.
Abaixo, a descrição da possível venda pela Defense Security Cooperation Agency (DSCA):
O Governo da Alemanha solicitou a compra de três (3) aeronaves C-130J-30 com quatro (4) motores turboélice Rolls Royce AE-2100D (instalados); três (3) aeronaves KC-130J com quatro (4) motores turboélice Rolls Royce AE-2100D (instalados); quatro (4) motores turboélice Rolls Royce AE 2100D (sobressalentes); e oito (8) Terminais MIDS Link-16, (um (1) por aeronave, mais duas (2) peças de reposição). Também estão incluídos oito (8) Dispensadores Eletrônicos de Contramedidas AN/ALE 47 (1 por aeronave, mais 2 peças de reposição); oito (8) sistemas de alerta de mísseis AN/AAR-47A (V) 2 (1 por aeronave, mais peças de reposição); oito (8) receptores de alerta radar AN/ALR-56M (1 por aeronave, mais 2 sobressalentes); oito (8) Sistemas de Imagem Eletro-Ótica/Infravermelha MX-20 (1 por aeronave, mais 2 peças de reposição); AN/APX-114/119 Identificação Amigo ou Inimigo (IFF) Modo 5; Sistema Conjunto de Planejamento da Missão (JMPS); comunicações seguras; navegação de precisão e equipamento criptográfico; dispositivos de visão noturna; suporte e teste de equipamentos; publicações e documentação técnica; equipamentos de suporte e treinamento de pessoal; Governo dos EUA e engenharia contratada; serviços de suporte técnico e logístico; e outros elementos relacionados de apoio logístico e de programas. O valor total estimado é de US$ 1,40 bilhão.
Esta proposta de venda contribuirá para a política externa e segurança nacional dos Estados Unidos, ajudando a melhorar a segurança de um aliado da OTAN, que é uma força importante para a estabilidade política e econômica na Europa. A venda proposta aumentará as capacidades de transporte aéreo, reabastecimento aéreo e lançamento do ar da Força Aérea Alemã. O fornecimento desses recursos à Força Aérea Alemã aumentará muito a interoperabilidade entre a Força Aérea dos EUA e a Força Aérea Alemã, além de outros aliados da OTAN.
A Força Aérea Alemã utilizará esses aviões para realizar missões de transporte aéreo, reabastecimento aéreo e de lançamento aéreo como parte de um esquadrão aliado franco-alemão baseado em Evreux, na França. Este esquadrão de transporte aéreo comum terá troca irrestrita de aeronaves, tripulações aéreas e mantenedores, bem como suporte técnico e logístico baseado em um conjunto comum de peças de reposição e um contrato de suporte de serviço comum.
Essas trocas seriam realizadas de acordo com autorizações separadas dos Estados Unidos. Os C-130Js fornecerão capacidade crucial de reabastecimento aéreo para aeronaves de transporte leve e caça alemãs e francesas, bem como helicópteros. A Alemanha solicita esses recursos para fornecer o suporte de suas tropas instaladas, segurança regional e interoperabilidade com a França e os Estados Unidos. A Alemanha não terá dificuldade em absorver essas aeronaves em suas forças armadas.
Era a Alemanha que havia demostrado interesse pelo Kc-390?
O Ministério das Finanças demonstrou interesse. O Ministério da Defesa preferia o C-130J. No embate, a Defesa levou.
não lembro de ter lido isso por aí…
Carta de intenções do KC-390 com atualizações e percepções de provável e improvável compra. Brasil – Trinta aeronaves (incluindo os dois protótipos). Portugal – Cinco aeronaves, com opção para mais uma. Potenciais Países que assinaram cartas de intenções de compra, mas não formalizaram os acordos. Total de 38 unidades anunciadas. Colômbia – Doze aeronaves (provável) Chile – Seis aeronaves (Provável) Argentina – Seis aeronaves (improvável neste momento) República Checa – Seis aeronaves (Provável) Suécia – Número indefinido de aeronaves (intenção de compra em acordo assinado pelo projeto FX-2 da FAB). (Provável) Portugal – Seis aeronaves para a empresa especializada em… Read more »
Além de qualquer outra razão política, há uma questão de compatibilidade com a França, já que vai ser para um esquadrão misto franco-alemão (chuto forte ênfase no lado francês) a ser baseado na França. Não faria sentido este esquadrão C/KC 130 do lado francês e KC-390 do lado alemão…
São em momentos como estes que faz falta uma diplomacia de pulso firme. Logicamente os alemães possuem o direito de comprar aquilo que eles quiserem, mas se a diplomacia brasileira tivesse mais jogo de cintura, poderia costurar uma venda de nossos produtos a uma eventual aquisição de equipamentos que hoje não são produzidos em solo brasileiro. Aliás, se a diplomacia brasileira fosse mais eficiente, a França poderia ter comprado algumas unidades do nosso cargueiro, uma vez que até então Brasil e França possuíam a tal “parceria estratégica”, que na prática só funcionou para que os franceses nos empurrassem seus submarinos… Read more »
A tá.
Com a operação conjunta com a França, já estava definida deste 2016 que o avião seria o C-130J e KC-130J, a França ja comprou o deles, agora a Alemanha compra os seus.
Com a operação conjunta na Normandia ao norte da França existe a economia de se operar em uma só Base.
Na “orbat” da Luftwaffe esses C/KC-130J ficam entre os A-400M e os NH-90.
A vida do KC-390 não será fácil, apesar de suas qualidades.
Ele terá de ter uma cadência de produção baixa, para estender a duração da produção e dar tempo de conseguir outros clientes além da FAB.
Alguém sabe a cadência de produção projetada? Creio que inicialmente será, no máximo, de 5 a 6 exemplares por ano, o que garantiria, de partida, um pouco mais de cinco anos de produção
O problema é que cadência baixa implica em custos maiores.
acho que 2 a 3 anuais.
Antes de mais nada é importante comparar as dimensões das aeronaves: . Agora verificar quais aeronaves de transporte estão no futuro contratado da Europa: > C-17 – Canadá (5 CC-177, código canadense para o C-17A ERs), Inglaterra (8 C-17A ERs) e a própria OTAN (3 C-17s); > A400M – Alemanha, Bélgica (?), Espanha, França, Luxemburgo (1?), Reino Unido e Turquia; > C-130J – Alemanha (3 C-130J-30s & 3 KC-130J) Canadá (17 C-130J-30s), Dinamarca (C-130J-30s), França (2 C-130Js & 2 KC-130Js), Noruega (4 C-130J-30s) e Reino Unido (10 C-130Js & 14 C-130J-30s). . Observando a imagem linkada, bem como a distribuição… Read more »
Ivan, pelo que sei, até a França desistiu de re-vo de helicópteros a partir do A400 pelo menos no curto prazo… ainda pelo que sei, que junto com cinco reais compra uma coca zero, esta foi a principal razão para eles engolirem o orgulho e aceitarem que iam ter de morrer nas mãos de Tio Sam mesmo…
Mário,
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Você certamente percebeu que a França adquiriu 2 (dois) e a Alemanha 3 (três) KC-130J para operar no mesmo esquadrão conjunto. Justamente a versão que tem capacidade e experiência comprovada em reabastecer helicópteros.
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Nada sei da “coca zero”, mas os números estão aí… 😉
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Abç.,
Ivan.
O detalhe que faltou:
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Os Super Hercules C-130J, KC-130J e C-130J-30s da Armée de l’Air Française e da Deutsche Luftwaffe estarão em um esquadrão conjunto franco-alemão, baseado na Base Aérea Évreux-Fauville no norte da França.
Caro Roberto Santana,
Imagino que sua carteira de investimentos teria: C-130, F-16 e T-6.
Está aí mais um parâmetro de comparação de custo total de adquirir 6 areonaves de transporte dessa categoria, com boa quantidade de sobressalentes (incluindo motores), sistemas de defesa etc: 1,4 bilhão de dólares.
A se comparar com futuros anúncios de venda externa do KC-390, quando de fato forem assinados e for conhecido seus valores e detalhes dos pacotes.
Sim, “Nunão”. . Mas não apenas custo de aquisição do pacote. . Também custo operacional para realizar determinada missão. Armée de l’Air Française e da Deutsche Luftwaffe poderão, no futuro, abastecer um par de helicópteros C-SAR com seus relativamente grandes A400M, mas à um custo maior que faria com o menor e mais lento KC-130J. Ou simplesmente transportar 5 (cinco) toneladas de material, munições e/ou mantimentos para uma base avançada no Afeganistão… ou no ‘raio que os parta’. . Também capacidade operacional, pois acho que os Hercules são mais aptos a voar lento nos REVO para helicópteros ou nas aproximações… Read more »
Caro Roberto, Interessante seu não investimento no F-16 – e concordo com suas razões. Não achei que fosse tão capitalista ou achei que mesmo sendo capitalista, você acreditasse mais na sobrevida do F-16. Por outro lado, acho que o C-130 está próximo de chegar na mesma situação – talvez daqui 10-20 anos a depender do (in)sucesso do KC-390 e eventuais outros concorrentes que surjam. Super Hornet também não vislumbro muitas vendas na próxima década. De qualquer forma, também considero o investimento no KC-390 arriscadíssimo, apesar de considerá-lo, com as informações disponíveis, um bom produto. Caso fosse investir em aeronaves militares,… Read more »
Não sei não esse KC-390. Só mesmo um milagre para fazer ele literalmente decolar nas vendas. Até o C-295 tem abocanhado vendas na sua categoria. Alguém me explica por que tomamos esta decisão? Será que conseguimos justificar de 5 a 10 anos sem vendas efetivas?
Müller, algum tempo atrás eu comentei que posicionar o KCtão como o bicho-papão-do-hércules foi um tremendo tiro no pé. Toda e qualquer força aérea desenvolve uma doutrina operacional que envolve uma determinada operação e as aeronaves que a executam. Assim, a Alemanha, usuária do Hércules há várias décadas, teria que mudar toda sua doutrina de operação (logística, manutenção, treinamento, etc) só para substituir um dos melhores aviões de transporte da história (senão “o” melhor) por uma incógnita. E convenhamos, com todo respeito ao KCtão, o Hércules é superb!
Wagner,
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“Alemanha, usuária do Hércules há várias décadas, (…)”
Deutsch Luftwaffe usou durante décadas o Transall C-160, sendo que ainda mantem no inventário entre 40 e 60 aeronaves, nas seguintes unidades:
– Air Transport Wing 61 na Base Aérea Landsberg-Lech;
– Air Transport Wing 62 na Base Aérea Wunstorf;
– Air Transport Wing 63 na Base Aérea Hohn.
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Hercules é novidade por lá, a não ser que considere os inúmeros C-130 de várias versões do vários países da OTAN que operaram (e operam) a partir da Alemanha.
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Saudações,
Ivan.