FAB abre licitação para modernizar 50 treinadores T-27 Tucano
Modernização da aviônica das aeronaves para padrão ‘glass cockpit’ tem custo total estimado em 42,5 milhões de reais
A Força Aérea Brasileira (FAB) abriu em março uma licitação para modernizar a aviônica de 50 aeronaves de treinamento T-27 Tucano em uso na Academia da Força Aérea (AFA), de uma frota atualmente de 60 aviões. A modernização dos aviões foi batizada de Projeto T-27M e a entrega das propostas, inicialmente prevista para meados de abril, teve prazo adiadp para a próxima segunda-feira, 7 de maio.
A licitação é voltada a empresas nacionais, mas permite a empresas estrangeiras participarem em consórcio com as brasileiras. A modernização da aviônica, com retirada dos instrumentos analógicos, deverá incorporar painel do tipo “glass cockpit” nos postos dianteiro e traseiro, com uma tela colorida de 10 polegads ou duas de 6 polegadas (medida diagonal) em cada posto, do tipo “touchscreen”. Também estão previstas, em cada posto, duas telas menores, uma dedicada a informações de funcionamento do motor e outra a dados básicos de voo (em caso de emergência), esta última dotada de bateria própria.
A instalação dos novos sistemas não poderá impactar em modificações estruturais na cabine e fuselagem, e deverá ser compatível com a potência elétrica gerada pela aeronave. Também deverá resistir às manobras (carga G) do Tucano.
A FAB estipula 2 anos para realização do serviço, com 2 protótipos para certificação e 48 aeronaves de série, e estima o valor de 42,5 milhões de reais para todo o projeto (com a observação de que os itens são praticamente todos importados e que a estimativa leva em conta a cotação do dólar em janeiro).
A modernização poderá ser feita pela contratada no PAMA-LS (Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa, MG) ou na BASP (Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos – SP) e a expectativa é que à modernização permita mais 15 anos de operação da aeronave.
As principais justificativas para a modernização dos T-27 Tucano são a obsolescência dos instrumentos analógicos, especialmente para voo IFR (por instrumentos), com dificuldade de reposição, e necessidade de compatibilizar a aeronave com os novos padrões de tráfego aéreo, tanto para ambientar os pilotos quanto para as missões fora da área da AFA, em deslocamentos mais distantes, que também são treinados.
Histórico do T-27 Tucano
O Tucano surgiu da necessidade da FAB de substituir a antiga aeronave de treinamento T-37, que seria descontinuada pela fabricante Cessna. Nascia assim uma máquina com desempenho notório, reconhecido internacionalmente.
As inúmeras características do T-27 fizeram com que o avião fosse exportado para países como Argentina, Colômbia, Venezuela, Peru, Paraguai, Honduras, Irã. No Reino Unido, foi escolhido para se tornar aeronave de treinamento básico, licenciado e produzido localmente.
O protótipo do treinador voou pela primeira vez em 19 de agosto de 1980, com um desenho avançado para a época. Suas características acabaram tornando-se padrão para outras aeronaves de treinamento, com trens de pouso retráteis, assentos em tandem (um a frente do outro, sendo o de trás mais alto), pontos para utilização de armamento e, inclusive, sendo a primeira aeronave do gênero com assentos ejetáveis.
Possui grande autonomia de voo – quatro horas e meia somente com o tanque interno, robustez, comandos precisos, boa margem de manobra mesmo à baixa altitude, confiabilidade, visibilidade e capacidade de voo em diferentes condições climáticas.
Para acessar o conteúdo completo do edital da licitação e seus anexos, com informações detalhadas, clique aqui.
Alguém sabe informar se estes aviões da academia podem ser usado em algum conflito de necessário? Obrigado !!!!
A principio eles podem carregar tanques externo subalares. Mas parece que são aptos a receber os cabides de bombas burras e foguetes também.
Porém, acredito que não tenham essas peças (cabides/trilhos e etc) na AFA.
Já houve versão de ataque do Tucano, o AT-27, com visor de mira e pilones sob as asas para bombas, foguetes e pods de metralhadoras, mas não está mais em serviço, pois foi substituída pelo Super Tucano.
Em tese, numa emergência desesperada, talvez se poderia ser improvisar sistema de mira eventualmente estocados e instalar estações de armas com suas cablagens nos T-27 da AFA, transformando-os em AT-27. Mas, definitivamente, não é para isso que essas aeronaves servem.
Sim, eles ainda possuem painel de armamento e alguns deles ainda tem todo o sistema de armamento funcionando, porém não é periodicamente revisado.
Há que se verificar se possuem as caixas de relés de armamento atualizadas. Nem todos possuem.
Pergunta:
Essa modificação tornará o T-27m próximo do A-29 com referencia a aviônica e facilitará
a pilotagem de aviões de alto desempenho no futuro,como o gripen?
Sei que são aeronaves diferentes,mas isso facilitaria a switchtologia?
Obrigado pela atenção!
Cwb,
Certamente facilitará a transição para o A-29, aproximando a aeronave mais velha da “switchologia” da mais nova, mas deve-se ter em mente que os aspirantes que saem da AFA não vão só para a Aviação de Caça, mas também para Transporte, Patrulha, Asas Rotativas. Então será adequada à transição para as aeronaves de outras aviações da FAB.
Já estava na hora mesmo!
Imagino que não seja o mesmo escopo que aquele proposto pela AirMod.
https://www.aereo.jor.br/2018/03/15/airmod-vence-concorrencia-internacional-para-modificar-25-avioes-t-27-tucano/
São propósitos diferentes, Wellington. Mas pode, eventualmente, ter equipamentos em comum com esse projeto que é para outro cliente. Quem sabe a empresa da matéria desse link participe.
finalmente saiu! ÓTIMO!
Provavelmente deverão escolher as duas telas de 6 polegadas.
Que bom que serão modernizadas 50 aeronaves, achava que seria um número menor. Cantei essa bola aqui no PA.
Grande avião, vida longa ao T-27 Tucano!
Quantas horas eles ainda tem de vida útil? Eles são parrudos mas foram adquiridos na década de 80 e voam bastante.
Groo_SP, o texto deixa claro que se espera mais 15 anos de operação dos aviões após a modernização, então a vida útil das células em horas de voo remanescentes (e as células não fazem parte dessalicitação) deve ser compatível com isso. Se não for, a FAB precisará abrir um programa de revitalização das células para que seja, ou não iria prever o gasto de mais de 40 milhões de reais com aviônica.
Uma reforma tímida só de aviônicos.
Deveria incluir para segurança dos futuros aviadores pelo menos a troca da asa por uma nova para mais 6.000 horas de uso, já que estas unidades de instrução são usadas com intensidade…
Talvez usar até o modelo de asa do Tucano francês para uso em 10.000 horas…
Gilberto, A licitação é para aviônica. Se houver necessidade de trocar asa ou fornecer e trocar itens estruturais específicos da mesma, outros fornecedores como a própria Embraer poderia fazer, até com inexigibilidade de licitação, ou mesmo o próprio PAMA-LS. Já se fez esse serviço, por exemplo, nas asas em uma dúzia ou pouco mais de T-27 aqui no Brasil, para aeromaves do EDA (Esquadrilha da Fumaça). Cada coisa no seu departamento. Não tem nada de “tímido” trocar praticamente toda a aviônica de uma aeronave. Qualquer dúvida, leia o Anexo 1 do edital e veja quanta coisa deverá ser trocada e… Read more »
Eu sei, mas depois de mais de 30 anos de uso as 6.000 horas originais bastarão para manter estas aeronaves COM SEGURANÇA operando mais 15 anos ??? As primeiras unidades dos 133 T-27 da FAB foram entregues em 1983, ou seja à 35 anos!!! 6.000/30= 200 horas por ano Não vejo como aeronaves usadas em instrução estarem na sua maioria com mais de 3.500/4.000 horas voadas, se não agora em breve isto terá que ser considerado. A não ser que algum fabiano tenha informações que me desmintam deste meu “receio de padaria” (KKK) e que a utilização das aeronaves não… Read more »
Gilberto, Também imagino que, pelo tempo de uso, alguma revitalização estrutural seja necessária, e, se for, a FAB deverá fazê-la ou contratá-la. Só quis esclarecer que a licitação é de aviônica e que, nesse campo da aviônica, não é tímida. Uma observação, porém: a frota total de T-27 da FAB era bem maior que as 60 aeronaves atuais e que as 50 que serão modernizadas, e aviões originariamente AT-27 retirados de antigos esquadrões de ataque e dos sucessores “terceiros” passaram a compor, com a retirada de itens, a frota de treinadores. Nesse sentido, há células mais voadas e menos voadas… Read more »
FAB tem muitas asas e fuselagens de T-27 estocadas com horas disponíveis para voar estes 15 a 20 anos, mas se precisar foram fabricadas asas novas e peças de reforço estrutural para os T-27 da Colômbia e poderão ser fabricadas para o Brasil.
Boa lembrança… Mas me lembro que o maior desgastador destas aeronaves foi o EDA que usava aeronaves menos desgastadas e as usava até o osso repetidamente. E uma das razões elencadas para a mudança para o Super Tucano era justamente que as possibilidades da Fumaça com o T-27 já estavam se esgotando. Por isso espero que o assunto da vida média das asas dos T-27 da AFA seja _______ uma preocupação que ___________as restrições temporárias da Força e não se deixe para “resolver” quando uma aeronave cair e estimular uma decisão que deveria ser feita, ao meu ver, para hoje… Read more »
Lá se vai o projeto turboélice da Novaer…
O projeto da Novaer não tem nada a ver com o Tucano. Ele visa substituir o T-25.
A FAB fez alguma concorrência nesse sentido???? Não. Então não será desta vez que veremos um substituto para o T-25 Universal.
Filho, o t25 vai ser substituído, eles já estão no osso e o tcx foi concebido justamente para essa demanda. De onde você tirou que primeiro se deve abrir licitação para depois desenvolver o produto? A FAB já estuda um substituto para o t25 faz tempo.
E bem lembrou o Nunão o correto é txc, não tcx.
Eu não tirei nada e lugar nenhum, quem o fez foi você.
Eu só questionei se a FAB teria feito concorrência para a substituição do T-25, não falei nada de “…onde você tirou que primeiro se deve abrir licitação para depois desenvolver o produto?”
Até por que produto para a demanda, há de sobra no mercado.
A realidade é que a FAB ainda não está assim tão preocupada com a necessidade da substituição do T-25.
Será, Hélio? Projeto é projeto, esse treinador básico turboélice para eventualmente substituir o T-27 pode aguardar 10 ou 15 anos e ser atualizado lá na frente, caso o modelo mais simples, de motor a pistão para treinamento primário, seja bem-sucedido e ocupe a capacidade da empresa (caso ela continue a existir depois das dificuldades com seu parceiro dos Emirados) nesse meio-tempo. Essa deve/deveria ser a prioridade da empresa, mesmo porque protótipo de treinador da Novaer só existe dessa versão mais simples a pistão (e da versão civil, no caso). O sucesso da versão para treinamento primário pode se dar com… Read more »
Projeto é projeto, mas a empresa pode não resistir a um hiato financeiro tão grande…
Gilberto, se conseguir vender a alguns clientes (o que pode incluir a FAB) a versão a pistão, que já é protótipo e não projeto como a turboélice, em tese ela pode sim resistir pois não haveria hiato.
Houve no passado uma alocação de recursos do governo para compra de aeronaves de treinamento para os aeroclubes brasileiros visando a formação de pilotos.
Acho que algo neste sentido poderia/deveria ser feito para fortalecer o treinador mais barato a pistão da Novaer e os interesses futuros da FAB…
Ah, mas tem o mercado civil de aeronaves categoria turismo, equivalente ao “general aviation” norte americano…
Por que antes de pretenderem fornecer a FAB, não se provam no mercado civil????
Você ao menos olhou o site da empresa? Não, né? Mas é sempre legal dar uma de _______________
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https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Legal ver o T-27 ser modernizado para estabelecer uma linha de treinamento avançado para o Gripen. Ver a história do T-27 me lembrar a minha ex-unidade 2ª ELO (Segunda Esquadrilha de Ligação e Observação) que viria a se transformar 3º/3º ao qual operava o AT-27 e hoje opera os AT-29.
Tem sido muito legal acompanhar noticias do Tucano aqui. Muito obrigado Poder Aéreo!
Quando você passou pela Segunda ELO?
a FAB deve ter muitas peças estruturais em estoque , ja que dezenas foram descomissionados com a entrada em serviço do A29 .Da para manter os avioes da AFA em condiçoes por isso so estao modernizando os instrumentos
Cantei essa pedra no início do ano aqui no blog.
Uma reportagem na Revista ASAS com o Brigadeiro Rossato, onde ele informou que 50 T-27 seriam modernizados este ano. Show de bola, vida nova para o Tucano.
Pessoal que está entrando na AFA este ano deve estar esfregando as mãos!!
Acho que essa a AEL leva fácil!
Legal desse projeto foi ver sua evolução para Short Tucano ao qual deve ter dado ideia da evolução do A-29 Super Tucano. O Short Tucano tem a principal diferença sua motorização 1.100HP para do Tucano que era de 850HP. Só para efeitos de comparação, o A-29 Super Tucano tem um motor de 1.600 HP. O Short Tucano também foi vendido para as forças aéreas do Kuwait e Quênia. Agora não tenho certeza, mas acho que os Short Tucano estão sendo substituídos. Só não sei por qual treinador!!!
O motor do T-27 e AT-27 gera 750 shp e não 850 shp.
A idéia do A-29 não tem nada a ver com o Shorts Tucano. A inspiração do A-29 foi o A-1 Skyrider.
Me parece que as telas do F-5M,tem o mesmo tamanho dos A-29,se for,não poderia a FAB,padronizar as telas do F-5,A-29 e T-27?Os três aviões com a mesma tela,não
ficaria a logística e a escala mais barata?
Deve ser uma aviônica cara para se equipar um avião de instrução para um Cadete, a princípio deve ganhar uma opção mais barata como a Garmin, mais barata ou a Cobhan dos T-27 da Colômbia.
Mas sempre tem a possibilidade de ser da AEL/Elbit por estar situada no Brasil, depende de quem ganhar a concorrencia.
O colega acima quando falou do projeto da Novaer, quis se referir ao B-250 Bader? Avião legal aquele mas o que todos nós queríamos mesmo era modernizar o tucaninho! He coisa boa….
Acredito que tenha se referido ao TC-X, já que o B-250 é da categoria do Super Tucano e não do tucano.
Entretanto o TC-X visa a substituição apenas do T-25. O T-27 ainda não tem substituto.
Isso mesmo, mas o tcx tem uma versão turboélice que visa(va) substituir o tucano.
Pessoal, só um reparo, sem querer ser chato: a sigla correta não é “TC-X”, a Novaer designa a família da aeronave, enquanto programa, como T-Xc.
Página do programa no site da empresa:
http://www.novaer.ind.br/t-xc/
verdade! bem observado!
Obrigado.
Pode dar a Avionics Service de São Paulo que modernizou os C-95 e C-130 da FAB e C-130 da Colômbia.
. http://www.avionics.com.br/servicos/ver/C/instala-o/I/3
Tudo depende da necessidade e do dinheiro disponível, mas que seria um sonho um lote de novos [e modernizados] Tucanos, isso seria!
Este é o da Colômbia com GPS/Nav/Com da Garmin americana e displays da Cobhan inglesa.
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Essa é show! tem que ser por aí.
Pelo que descreve o Anexo I do edital, será razoavelmente parecido com esse, podendo ser duas telas separadas de 6″ cada ou uma só de 10″ (tamanhos da diagonal).
Esta é uma modernização vendida para os Short Tucano com GPS/Nav/Com e displays da Garmin, mantiveram os mostradores originais do motor e em vez do display reserva pequeno resolveram manter o velocímetro, horizonte e altimetro original para segurança, estão marcados de amarelo.
É uma opção mais barata para voar com segurança 15 anos na instrução, não atenderia os requesitos da FAB que exige indicativo do motor e reserva para voo digital em display.
. http://www.advantageaviation.com/images/ZF200_After-001-copy.jpg
Esta é uma modernização completa oferecida para o Short Tucano, para quem pode gastar mais e ter tudo digital.
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Agora não tenho certeza, mas acho que os Short Tucano estão sendo substituídos. Só não sei por qual treinador!!!
Resposta que não deram: http://www.aereo.jor.br/2014/10/24/treinamento-na-raf-e-rn-tucano-dara-lugar-a-t-6c-mas-phenom-100-substituira-king-air/
Na RAF entrou o Grob G120TP no lugar do G115, Texan T-6 II no lugar do Short Tucano e Phenom 100 no lugar do Beech 200.
Alguém sabe quais aeronaves a FAB utiliza para instrução, além do T-25 e do T-27?
C-95BM/CM, A-29 e H-50 Esquilo em Natal para formação de pilotos de Transporte, Caça e Asas Rotativas respectivamente.
A intencao da FAB é que no futuro os T-25 e T-27 sejam substituídos por um projeto único, englobando simulador e aeronave. Com isso a instrucao aérea será reformulada e ajustada a uma frota mais moderna, composta por aeronaves com Gripen e Kc-390.
A Rússia (L-39) e Suécia (Saab 105) usam instrução primária, básica e avançada em um único avião, mas a Rússia está abandonando a fórmula e a Suécia com a aposentadoria próxima do Saab 105 também deve abandonar, hoje a tendência mundial é usar aeronave menor a pistão com motor de 180 a 300 hp na instrução inicial e depois passar a turbohélice de 950 a 1600 shp na avançada.
Senhores infelizmente a Novaer está “parada”, os esforços são grandes, talvez seja vendida. Modernização de primeira, quanto a célula o W Strobel já respondeu e “matou” a questão.
Alguma chance da Akaer comprar?
Alguém saberia me dizer se irá ocorrer a troca dos assentos ejetores?
Não, nem precisa.
E a modernização do A-1 AMX?? Alguém sabe alguma notícia? Estava parada. Quantas células estão operacionais atualmente na BASM?? Li que o Esquadrão Poker E Centauro estavam compartilhando as poucas células que estavam operacionais. Alguém confirma??
Confirmo.
O A-1 é um ótimo avião num contexto sul americano, mas carece de investimentos.
Se não me recordo a Itália já está parando de investir, pra canalizar a verba pro F-35.
O modelo brasileiro carece de upgrade no sistema
hidráulico (que dá muita pane no avião), um APU, e o upgrade na aviônica (incluindo contramedidas e a adequação para empregar míssil ar-ar.
Pelos custos, vale muito mais a FAB investir nos Gripen que fazer esse upgrade.
Investir no Gripen seria mais vantagem em que sentido?
A FAB não tem em mãos o dinheiro para investir no A-1, logo não teria dinheiro para o Gripen. Isso teoricamente…
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Pergunto isso pq a conta do investimento na compra dos 36 está acertada, não me parece que tem de ser investido mais alguma coisa ali nesse sentido. Investimento só se fosse nos passos posteriores (aquisição de armamentos, equipamentos, treinamentos, etc…). É aí que reside a vantagem?
Gilberto Rezende 4 de Maio de 2018 at 14:22, o Novaer tem um motor beberrão seis cilindros de 300 hp e não serve para formar Piloto Privado em aeroclube.
Os aeroclubes precisam de aviões como os Aero Boero e Guri com seus motores econômicos 4 cilindros de 115/116 hp, se não a hora de voo fica muito cara.
É isso Walfrido, e teriam que ser bons e duráveis (considerando a época de seus projetos) como os PA-18/J-3 ou Paulistinhas que ainda formam PPs em vários aeroclubes pelo Brasil. Meu pai brevetou no Aeroclube de Limeira em 1960, eu em 1988, ambos voamos os mesmos PA-18 e CAP-4! Voei o Aero Boero também, bom avião mas voa meio cabrado…Abraço.
A India comprouu 194 Pipistrel Virus Trainers para seus cadetes. É um avião feito com compósitos, motor de 80 HP que consome 9,5 litros/hora, feito na Eslovenia. Design inovador. Aprovado pela NASA.
Parece ser um sucesso mundial, com manutenção barata e baixo custo de operação. Não seria o caso de alguma empresa nacional desenvolver algo similar para essas aplicações e aeroclubes?
Nesse caso que já tem uma solução pronta de bom custo x benefício e de sucesso mundial, não compensa desenvolver um concorrente, seria o caso de adquirir o próprio mesmo.
A India ousou ao colocar o Pilatus PC-7 Mk2 na instrução primária e básica e agora chegou a conclusão de que uma aeronave mais simples é válida na instrução primária, por isso compraram o Pipistrel Virus, como a USAF que voa Diamond DA20 terceirizado na instrução primária.
Complementando, a AFA teria que criar mais um Esq. para usar um avião mais simples na primária, ou terceirizar a primária como a USAF e as Forças Aéreas da Alemanha, Israel, Canadá, Austrália, Argentina e França, pois um avião como o Pipistrel com motor Rotax de 80 a 100 hp não serviria para voar a instrução básica com formatura, tem que ser um T-25 com seus 300 hp.
Grazze Dio. Tomara que contemple algum tipo de estabilização ou mesmo modos superiores no PA, nem que seja apenas para voo IFR. Já diminui a sobrecarga e melhora exponencialmente a carga de trabalho.
Asa e trem de pouso tem que ser trabalhados tb.
Não vejo necessidade de PA em avião de instrução. Quanto às asas, basta que a estrutura seja inspecionada periodicamente. Quem está aprendendo a voar mesmo que IFR, tem que pilotar manualmente. Fui instrutor da AFA por 4 anos, e tenho mais de 2 mil horas de T-27. Acho que sei o que estou falando.
É mais viável vendê-los aos países operadores e adquirir novos AT-29 para AFA. A longa duração, o custo-benefício será mais interessante. E também a FAB precisa de um intermediário entre o AT-29 e F-5 ou futuro Gripen. Por incrível que pareça, temos na Argentina um modelo que poderá nos ajudar.
Não é necessário nenhum novo avião entre o T-29 e o Gripen. Esse papel será do Gripen F biposto. O Gripen é uma aeronave fácil de voar e nenhum LIFT é necessário.
Marcelo, eu discordo. Se você passa a dirigir um fusca por muitos anos e depois começa a dirigir Ferrari de repente, você terá muitos problemas para entender como funciona toda a dinâmica do carro superesportivo, pois ele tem muitos cavalos e uma forma de condução mais agressiva em todos os aspectos. Quando militar, há muitos anos, pude observar nos pilotos a extrema dificuldade de adaptação entre um A-29 e um F-5. Por mais que eles atenuem a dicotomia, ela existe cabalmente. Nesse sentido, a FAB tem estudos para implantar um intermediário, bem como já se levantou várias possibilidades, e sempre… Read more »
Não creio que essa seja a doutrina da FAB, o Cel. Nery frequentemente comenta aqui que não há planos para um lift.
Adriano, talvez não seja planos porque a FAB não tem dinheiro. No fundo, ele sabe que é uma aeronave importante para a doutrina dos novos aviadores.
Bryan, o seu raciocínio de que o salto do A-29 para o F-5 ou Gripen é muito grande, também se aplica do T-25 (com seus 300 hp) para A-29 (com seus 1600 hp). E você sugeriu substituir o T-27 pelo A-29 na AFA.
Pessoal, não custa relembrar pela milésima vez. F-5 é um avião com características de pilotagem, em especial nas manhas para seu pouso, bastante típicas de sua geração, ainda que não fosse o mais exigente de sua época. É um avião arisco e que demanda muita atenção do piloto. Sua aviônica é moderna, mas a pilotagem e carga de trabalho requerida para a mesma não é, sendo preciso ter em mente, todo o tempo, os limites e manhas da aeronave, especialmente a proximidade da velocidade de aproximação para o pouso e a velocidade em que se estola, só para dar um… Read more »
De novo essa história de LIFT? Quem disse que a FAB tem estudos pra avião intermediário? Quem disse que os oficiais apresentam dificuldades no F-5? No Mirage ninguém apresentou. Já voaram um simulador classe D? Acho que tem muito amigo aqui do cabo corneteiro…
Veja o uso que Israel faz de seus Master, a aeronave não está lá pra ensinar a voar jatos de combate, está lá para ensinar a combater voando em aeronaves a reação.
A forma dessa abordagem poderia nos poupar recursos, por exemplo dispensando a FAB de adquirir o assim chamado Gripen F.
Mas para seu desprazer Maurício, vamos de gripen F made by Embraer.
Carência de conhecimento dá nisso.
Se por um acaso o F-39F for utilizado para a instrução duplo comando, será SOMENTE na fase de pré -solo (toque e arremetida, estóis, parafuso, acrobacias, aproximações IFR). O resto será realizado no monoplace. Lembrar que existirão simuladores.
A Argentina entrou no sistema de utilizar aviões pequenos e poucos potentes, separando a instrução primária, como a USAF.
Mas deixou de querer fabricar seu próprio avião e adotou o Tecnam P2002 Sierra vendido em kits para ser montado com motor Rotax de 100hp, esta aeronave é certificada na EASA e o kit é montado pela Aerotec argentina, que não tem nada com a ex Aerotec brasileira.
Na instrução básica voam o Grob G120TP terceirizado pela FADEA e na avançada o Beech T-6C. Seu problema de instrução foi bem resolvido.
. https://m.youtube.com/watch?v=JzZ3RvQ3DaY
Eu disse que a Argentina desistiu de fabricar seu avião de instrução primária, mas na verdade ela desistiu de esperar e comprou o Tecnam, pois o IA-100 já está com o protótipo voando, e no futuro pode substituir os Tecnam. O IA-100 é um avião de compósitos com motor de 180hp, da categoria do Grob G115 que foi usado por muitos anos pela RAF e ainda é muito usado em aeroclubes da Europa, mas como todo projeto da FADEA pode demorar muito se não liberarem recursos. O Tecnam P2000 e o IA-100 não tem nada a ver com o projeto… Read more »
Alguém sabe alguma coisa sobre a anunciada construção de uma fábrica e transferência da Novaer para Lages, SC?
João, desde 2015 não vejo nada de novo a respeito.
http://sc.gov.br/index.php/noticias/temas/desenvolvimento-economico/ministro-garante-apoio-para-instalacao-de-fabrica-da-novaer-craft-em-santa-catarina
Obrigado Nunão
Ninguem nunca levou a sério esta ideia de sair do polo de construção aeronautico em São Paulo e ir fabricar avião no interior de Santa Catarina, por melhores que sejam as condições de vida e mão de obra disponível no local.
Algumas dúvidas… . Qual o numero de Tucanos que a FAB ainda tem? Porque vc acha por ai numeros diversos de 109 aeronaves para cima. Mas se tem 60 na AFA, as demais estão estocadas no Pama de Lagoa Santa? Os que estavam nos Terceiros? . Porque há fotos também na internet de cerca de duas dezenas de aeronaves semi desmontadas em Lagoa Santa. . Outra duvida. Procurando informações, achei uma noticia recente do dia 18/03/2018 que a Airmod em São José dos Campos venceu uma concorrencia internacional para revitalizar e modernizar 25 Tucanos. O projeto envolve transformar a versão… Read more »
Zorann, segundo o edital, são 60 na AFA e são esses que se considera como frota hoje. Para saber exatamente quantos estão estocados, em diversos graus de desmontagem, desativação etc, em Lagoa Santa, só indo lá pra ver ou falando com alguém de lá. Gostaria de ajudar com informações mas nunca visitei Lagoa Santa nem tenho contato com pessoal de lá. Parte dos AT-27 que estava nos Terceiros foi, até onde sei, integrada à frota da AFA com retirada do equipamento de mira e dos pilones (cablagens específicas pelo que soube permaneceram). Outra parte foi estocada ou desativada em Lagoa… Read more »
Obrigado Nunão!
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E esta notícia da Airmod? Sabe alguma coisa? Seriam mesmo aviões Tucano dos estoques da FAB ?
Não sei, Zorann.
Última forma: teve entrevista no mês passado do CEO da empresa para outro site de defesa tratando justamente da sua dúvida, entre outras. Segue trecho.
“1- Esses 25 exemplares (células) de T-27 Tucano a serem modificados sairão de estoques da Força Aérea Brasileira?
R: Não, as 25 células que iremos modificar não serão oriundas do estoque da Força Aérea Brasileira (FAB).”
http://tecnodefesa.com.br/t-27-tucano-de-ataque-entrevista-com-o-ceo-da-airmod-amaury-acatauassu/
Olá Nunão! Obrigado novamente. Eu procurei esta informação e não achei. Valeu.
Boa noite pessoal ! Podem parar de falar em Novaer, a empresa já quebrou. Não resistiu ao contrato do B-250. Demitiu todos os funcionários, uns dizem que foi calote e outros dizem que foi a péssima administração. Alguns funcionários selecionados a dedo foram convidados a trabalhar na Calidus no Emirados. Acredito que o B-250 vá voar por lá, mais deve demorar…. Então nossos Tucanos e Super Tucanos irão reinar por muito tempo.