JF-17 Thunder

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Aéreo

Em seu discurso de despedida da função de Comandante da Força Aérea do Paquistão (FAP), segunda-feira da semana passada (19.03), o Marechal do Ar Sohail Aman, de 59 anos, anunciou: após dois anos e meio, o projeto do caça sino-paquistanês JF-17 Thunder Block III foi, finalmente, completado.

Trabalhada em conjunto pelo Pakistan Aeronautical Complex (PAC) e pelo Aviation Industry Group da China (AVIC), a versão III é resultado do mais ambicioso desenvolvimento da aeronave, considerada pelo mercado internacional como uma genuína plataforma de combate do Terceiro Mundo.

Na Europa, especialmente, o Thunder ainda é visto como um jato de 4ª geração que precisa comprovar a sua performance por fontes (forças aéreas) de boa credibilidade.

Por enquanto a aeronave só foi exportada para a Aviação Militar de Myanmar (16 unidades) e da Nigéria (3 unidades). Uma negociação com o governo do Azerbaijão está em curso. Manifestações de interesse da Arábia Saudita (importante aliada política do Paquistão) e do Egito não prosperaram.

Embora o marechal Aman não tenha descrito os subsistemas do Block III, anúncios anteriores da Aviação Militar Paquistanesa e relatórios vazados para a imprensa indicam que o novo modelo incluirá um radar varredura eletrônica ativa, um novo conjunto de aviônicos devidamente integrado, suíte de guerra eletrônica e sistema de contramedidas atualizados, e visor acoplado ao capacete do piloto.

“Acessível” – Em seu pronunciamento, o marechal Aman definiu o JF-17 Block-III como um aparelho que irá preencher os requisitos da FAP por uma “aeronave de alta tecnologia [de valor] acessível”.

Mês passado a Força Aérea Paquistanesa ativou a sua sexta unidade aérea dotada de caças JF-17: o Esquadrão nº 28 – “Phoenix” – no Baluchistão.

O complexo aeronáutico PAC já forneceu aos militares de seu país um total de 100 exemplares do Thunder nas versões I e II.

De acordo com o escritório do serviço noticioso Associated Press em Islamabad, metade dos aviões Block II está equipada com sondas de reabastecimento em voo. Essas aeronaves foram alocadas a dois dos esquadrões mais novos – os de números 28 e 14 – e também ao esquadrão de combate aéreo nº 16.

Agora, além de mais 12 jatos Block II encomendados de forma a manter as linhas de produção do PAC aquecidas ao longo deste ano, os militares paquistaneses planejam comprar 50 JF-17 Block-IIIs, com início da produção em 2019 ou 2020.

A FAP também recebeu o seu primeiro JF-17B (biplace) de série, mas a corporação ainda não se comprometeu a fazer uma grande aquisição desses modelos de instrução.

O marechal Aman foi sucedido, no comando da Aviação, por seu colega Mujahid Anwar.

Em suas declarações públicas ele contou que a maior conquista dos seus três anos à frente da FAP foi a ativação de quatro esquadrões de JF-17, no âmbito da implantação do Programa Force Goal 2030. Mas ele alcançou ao menos dois outros objetivos relevantes: a criação do Centro de Excelência do Poder Aéreo (Airpower Centre of Excellence, ACE), e a construção do campus da Universidade do Ar na cidade de Kamra, onde o complexo aeronáutico paquistanês tem as suas oficinas de fabricação de aviões.

O biposto JF-17B
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Delmo Almeida

Notícias muito boas para esse projeto! Um projeto humilde, conduzido com consistência e consciência das limitações dos desenvolvedores. Considero um sucesso para a indústria militar Paquistanesa!

Tomcat3.7

Enquanto isso na Índia o Tejas não sai do lugar.

Alejandro Perez

Por qie o Tejas é um avião que partiu do zero…o JF 17 não é mais que um Mig21 com tunning by Paquistão e China.

Tiago Silva

Foi feito com o intuito de ser simples porém bem completo e que vem evoluindo a cada nova versão.

Alejandro Perez

Industria Chinesa melhor dizendo…

HMS TIRELESS

Esse caça é a maior ameaça à força aérea indiana! Simples, barato, muito eficiente e principalmente muito melhor resolvido que o problemático Tejas.

Wagner

E o paquistão vai construir centenas, se não milhares! Paquistão 1 x 0 India.

HMS TIRELESS

Exatamente Wagner! e podendo ser produzido em larga escala oferece à PAF uma desejada e bem vinda padronização na medida em que substituem as aeronaves mais antigas (Mirage III/V, Chengdu F-7 e Nanchang A-5) pelo novo jato padronizando a frota no binômio JF-17/F-16, algo bem melhor no aspecto operacional e também logístico do que a floresta de tipos operada pelos indianos.

_RR_

100% de acordo!

Wellington Góes

Com certeza, sem reinventar a roda!

Gustavo

antes da piada que a Argentina enviou uma comitiva… rs
Eles realmente pediram informações sobre o JF-17, não? Quanto sai cada caça “de prateleira”? Vi que seria entre 25 e 30 milhões… Bom até para o Uruguai.

Alejandro Perez

Nem um, nem o outro…

Leonardo M.

O Paquistão está fazendo o dever de casa muito bem! Tem os F-16 de superioridade aérea e os JF-17 como substituto dos migs antigos que possuíam e outras aeronaves. E ainda fazem o que muitos não fazem: Tem encomendas para manter por vários anos a produção do caça, coisa que uma certa potência sul americana não conseguiu fazer com o AMX e também não vai conseguir fazer com o F-39. Não me espantaria o Paquistão ter o JF-17 versão 4 ou 5 daqui 10 anos ainda em produção e sendo exportada. Países que poderãoo ainda comprar esse avião Vietnam Camboja… Read more »

Mateus Lobo

O jf-17 block III irá ser comparável ao f-16 block 52 deles, se não for superior! Um feito e tanto.

Alex Nogueira

O Brasil (Embraer) não tem responsabilidade nenhuma em vender o Gripen E/F, isso é com a SAAB, e não tem como comparar o JF-17 qualquer block que seja com o Gripen E/F, são aviões de categorias tecnológicas diferentes… E por mais pessimista que qualquer cenário possa parecer, basta lembrar do Rafale, que todo mundo descia o pau falando que era “invendável” e que hoje todos nós sabemos que já vendeu e tem grandes possibilidades de continuar vendendo bem, sem contar que o Gripen ganhou a concorrência da Suiça e que se não fosse pelo fator político já estaria operando por… Read more »

_RR_

Alex Nogueira,

Pelo que foi acordado originalmente, a Embraer ficaria responsável pela comercialização do Gripen E/F na América Latina e Africa. Não sei se isso foi mudado…

Alex Nogueira

Sim, recordo disso e acredito que não tenha sido mudado, porem eu me referi a necessidade de vender em escala global, essas possíveis vendas na América do Sul são um “plus”, caso não aconteçam não significa o fim de linha do Gripen como o colega acima se referiu.
Ao menos foi essa percepção que tive do comentário, caso esteja enganado me perdoem.

Alejandro Perez

Brasil…

O Uruguai SE comprar vai de L15.

Mateus Lobo

Um Gripen popular, para países menos afortunados é a melhor compra.

Cesar A. Ferreira

Uma opção para os argentinos…
Que jamais poderão equipar a FAA com equipamento ocidental, fora as sucatas voadoras, devido ao Tratado de Madrid…
Para os argentinos sobram os fornecedores indianos, chineses e russos. Apenas os dois últimos dominam o ciclo completo da industria aeronáutica militar.

Dodo

O caça perfeito para a força aérea nigeriana !!!!

carlos ribeiro

A Arábia Saudita tem moral e dinheiro pra comprar F22 vai querer esse super tucano à jato? Pfff

Antunes Neto

Esse tem espaço no vácuo do F-5 e de tudo mais antigo que o Mig 29.
.
Feliz que estamos na empreitada do Gripen. Mas perdemos um bonde quando não rolou o “super AMX”. Essa empreitada do Paquistão é admirável.

BMIKE

Concordo com vc, a EMBRAER poderia fazer um AMX com motor GE 404 (sem pós combustor) com algumas melhorias estruturas (adicionar material compostos) e nova aviônica (radar aesa) para criar um caça bombardeiro de nova geração ou um treinador a jato para a FAB…

Alejandro Perez

Sem a ajuda Chinesa, sería impossivel.

Tiago Jeronimo ☠ (@TiagoJL)

F-20 Tigershark Versão Pastel de Flango.

Filipe Prestes

No que tange ao design parece que pegaram um F-5, um Hornet e MiG-29, bateram num liquidificador e deu o Thunder. Brincadeiras à parte, isso mostra que o projeto de longo prazo do Paquistão, aliado à China, de uniformizar sua força aérea com um caça barato e fácil de se operar segue firme. E quem sabe uma eventual exportação aqui, outra ali… IAF open your eyes!

J-20

O JF-17 é um desenvolvimento direto do Chengdu F-7. Se você parar e reparar, suas linhas gerais são de um Mig-21

Filipe Prestes

Ah sim, já tinha reparado (um pouco) nisto. Muito embora a parte ventral, principalmente à vante, me lembra muito o Hornet, enquanto o canopi e o “bico” me remetem ao F-5 e a cauda. Já os estabilizadores horizontais ao MiG-21.

Rinaldo Nery

Qual o radar e o míssil de médio alcance que emprega?

Mateus Lobo

O radar deve ser um versão AESA do KLJ-7V2 e o míssil é o PL-12

Mateus Lobo

KLJ-7A

Mateus Lobo

Ele é comparável com o elta-2052 e vixen 500e

Tomcat3.7

No andar desta carruagem esta aeronave em breve não deixará muito a perder pra um F-16 c/d (não os mais novos é claro), e padronização é tudo e a cadeia logística vai agradecer tbm na hora da manutenção, realmente o Paquistão está no caminho e a galope.

Mateus Lobo

Ele já está encostando em um f-16 block 60, para um caça de menos de US$40 milhões está excelente.

Alejandro Perez

Nao chega aos pés de um F16 A…Falado pelos propios paquistaneses que usam o F16.

Gustavo

Exato! por isso é uma ótima saída para quem tem algum impedimento na compra de armas, seja politico ou financeiro.
Melhor que essa opção só Gripen C de segunda mão que deve ser quase o mesmo preço…
Solução para Argentina, Uruguai (8 a 12 destes no Uruguai já estão de bom tamanho) e até Colômbia.

Felipe Morais

Vejo como opções para Argentina, Uruguai e Paraguai, mas não para a Colômbia. Acho que o caminho da Colômbia deve ser F16 ou gripen C/D.

Eu gostaria de ver nossos vizinhos fortalecendo suas forças aéreas. Seria bacana se tivéssemos uma cultura de colaboração e anseio por defesa regional, sem besteira ideológica. Não seria qualquer um que encararia duas ou três dezenas de um mix de gripen E/F, gripen C/D, F16 e JF 17.

Felipe Morais

Onde se lê dezenas, leia-se centenas.

Alejandro Perez

Colombia está em outra liga… O Uruguay SE comprar, vai de L15. Ainda nao tem nenhuma avaliacao do desemprenho do radar e da sua integracao com as armas.
Pra mim, fecharía com algo apenas melhor que o Mig 21.

JT8D

Desculpe a curiosidade amigo, mas você é uruguaio?

Blind Man's Bluff

Não acredito que este caça esteja se aproximando do F-16 justamente pelo simples fato que ainda falta muito para a industria chinesa desenvolver e construir um turbina do mesmo nível.

Vale lembrar que o turbofan do block I e II do JF17 é uma variante da turbina do Mig-29, a RD-33 de 1974! O block III deve utilizar o WS-13, que é apenas uma evolução dessa turbina; enquanto isso o F-16 Block 60 já está a inúmeras gerações a frente com o F110-132, de 32.500lbf (contra nem 20.000lbf do WS13!).

Mateus Lobo

Você tem que levar em consideração que o peso vazio do F-16 block 60 é pelo menos 3 toneladas maior que o do jf-17 block 3, em com os tanques cheios essa diferença é ainda maior, de modo que eles tem relação empuxo/peso parecidas, no quesito de manobrabilidade eles são muito parecidos, o jf-17 foi desenvolvido com f-16 como meta de manobrabilidade e agilidade. As principais limitações do jf-17 em relação ao f-16 é capacidade de carga e o radar, o espaço para o radar no jf-17 é menor o que tem por consequência radares menos potentes, usando exemplos de… Read more »

Blind Man's Bluff

1- E o que voce acha que tem nessas 3 toneladas a mais de peso? E mais, 3 toneladas a mais de peso, porém com 160% a mais de empuxo e utilizando pelo menos a mesma quantidade de combustível. 2- Manobrabilidade é um termo relativo em combate aéreo. Combate aéreo é um jogo de energias (Energia cinética e energia potencial). Um avião pode ser extremamente manobrável, mas se ele não consegue manter energia entre os giros, ele perde. Então vemos que no combate aéreo, empuxo é fundamental e não apenas para levar mais carga. Se você não entende do que… Read more »

Mateus Lobo

1- metal e polímeros
2 – Sim, manter a energia é importante, e a configuração aerodinâmica impacta bastante nisso, reparou a similaridade do desenho das asas do f-16 e do jf-17, esse aspecto pode ser percebido por meio do giro sustentado, aliás por curiosidade, o Gripen é o caça com maior taxa de giro 🙂
Relação empuxo/peso determina a aceleração, recomendo estudar física.
F=m*a
a=F/m

Mateus Lobo
Carlos

Editores e comentaristas, estão acompanhando a treta?
https://twitter.com/BaFana3/status/978217553221836800

Claudio Luiz

Equipamento sofisticado na mão de operadores nem tanto…

pangloss

Antes de dar os parabéns ao Paquistão, acho que seria interessante verificar os termos dessa cooperação com a China. Pode ser uma parceria Caracu.
De todo modo, os paquistaneses não teriam mesmo outro modo de confrontar a India, só lhes restando servir como boi-de-piranha em uma guerra por procuração em nome da China.

Walfrido Strobel

Por mais que a Força Aérea do Paquistão esteja indo bem, ela não é páreo para a Força Aérea da India que é muito superior.

HMS TIRELESS

É superior em quantidade, isso é um fato…..

Agora em termos de qualidade dos pilotos, manutenção e logística a Força Aérea Paquistanesa é superior à indiana. Os pilotos paquistaneses são os melhores do mundo muçulmano, um piloto paquistanês em intercâmbio na Jordânia derrubou 3 caças israelenses na Guerra dos Seis Dias e durante as guerras contra os indianos alguns de seus pilotos se tornaram ases.

Marcelo

Este caso Paquistão x Índia e um ótimo caso a ser analisado, a Índia apesar de ter uma economia e um parque industrial bem maior que a do Paquistão, esta perdendo a corrida para um inimigo bem menor, resultado de suas brigas politicas internas e ingerência de sua administração, o Paquistão esta centrado em sua doutrina e com estrategia bem definida e realistas, com os pés no chão, e esta alcançando ótimos resultados, a índia por sua vez não sabe o que quer, vive batendo cabeça e mudando tudo o tempo todo ..

Augusto L

Sem querer puxar bandeira politica, mas puxando, torço pela India em detrimento do Paquistão, por eles serem uma democracia plena, com defeitos mas uma democracia e querem chegar ao nivel de democracias ocidentais, coisa q aqui no Brasil poucos demonstram interesse, aqui querem ser a cabeca da sardinha, o primeiro pais do terceiro mundo, nojo!
Agora sob, o projeto jf-17, grande demonstração de realismo e planejamento estrategico/financeiro/comercial ao contrario da India onde infelizmente a politicagem e o orgulho nacional parecem reinar em detrimento do pragmatismo.

Tadeu 54

Um bom desenvolvimento, com os pé no chão ! Ao contrario de muita gente que critica se não fizerem ou comprarem algo caríssimo, o Paquistão tem uma aeronave que para a realidade deles é perfeita !

Wellington Góes

E o MAR-01, como ficou?! Foi entregue aos paquistaneses?!

Bardini

A única coisa que me deu uma pontinha de inveja ali foi o CM-400AKG…

Carlos Alberto Soares