Argentina recebe oferta de caças Mirage 2000 usados
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Aéreo
A Força Aérea Argentina (FAA) recebeu uma oferta formal de 20 a 24 caças Mirage 2000C S5-2C, dos estoques do Exército do Ar francês.
Os valores envolvidos no negócio não foram divulgados, mas segundo as primeiras informações que alcançaram a Comissão de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados argentina, a hora de voo de uma dessas aeronaves tem um custo que é considerado um custo elevado para a FAA.
Os aviões disponibilizados se encontram, atualmente, na Base Aérea 279 Lieutenant Beau, em Châteaudun, na Região Centro-Norte da França.
O governo de Paris acena com a possibilidade de repassar um primeiro lote de 12 exemplares – revisados e dotados de pacotes de suprimentos e treinamento – em fins de 2019, e outro, de 8 a 12 unidades, em 2020.
A concretização dessa operação comercial permitiria à FAA desmobilizar seu plano de obter peças de reposição para os jatos A-4 Fightinghawk que ela opera desde os anos de 1990, e tenta agora manter, pelo menos, em condições de voo.
Atualmente há sete Fightinghawks aptos a decolar, e mais seis que aguardam os cartuchos de ativação dos assentos ejetáveis dos pilotos, além de uma aeronave biplace que se encontra em modernização no principal complexo de manutenção da FAA: a Área de Material de Rio Cuarto, segunda cidade mais importante da Província de Córdoba.
Antes de surgir a perspectiva dos Mirages 2000 de 2ª mão, os militares argentinos previam ter que lidar com os seus Skyhawks até o ano de 2021…
Pampa GT – Com o intuito de reforçar a capacidade de treinamento dos seus pilotos de combate, a FAA, semana passada, acertou a compra de três jatos subsônicos Pampa III Block 1 – células AV-1028, AV-1029 e AV-1030, fabricadas na Fábrica Argentina de Aviões, também sediada em Córdoba.
O Pampa é a versão argentina do Alpha Jet europeu, um must das Aviações Militares da Alemanha e da França nos anos de 1970. A FAA opera a aeronave desde fins da década de 1980.
Evolução do Pampa II, o demonstrador do modelo III Block 1 foi apresentado em outubro de 2013. Os jatos de série estão saindo com painéis digitais multifuncionais suplementares e um sistema desenvolvido pela Elbit de Israel, que transfere ao capacete do piloto as informações de navegação e de uso do armamento. O protótipo do avião fez seu voo inaugural a 18 de agosto de 2015.
A FAA encomendou um lote inicial de 18 Pampas III (3+15) e planeja, para o futuro, confirmar uma partida de jatos mais dedicados à interceptação aérea leve e ao ataque ao solo: o chamado Pampa III GT (Generación Táctica) – equipado com mísseis ar-ar de curto alcance, canhão embutido na fuselagem e radar de tiro avançado.
CBCAM – Em outra frente de atuação, a FAA mantém uma delegação nos Estados Unidos negociando a transferência de um segundo lote de quatro treinadores T-6C Texan. Os primeiros quatro chegaram à Escola de Aviação Militar argentina no ano passado. A previsão é de que os novos aviões possam ser transferidos no mês de junho.
As oito unidades darão melhor fluxo ao Curso Básico Conjunto de Aviador Militar (CBCAM), liberando os turboélices Tucano para uma atividade mais propriamente militar.
Os integrantes da comissão que trabalham em solo americano também negociam a aquisição de um simulador, que reforçaria a aplicação dos ensinamentos do CBCAM, e de um lote final de quatro Texans, que poderiam chegar à Argentina dentro do primeiro trimestre de 2019.
Os oito Tucanos argentinos hoje empregados em missões de Instrução serão transferidos à Base Aérea da cidade de Reconquista, sede da III Brigada Aérea, na Província de Santa Fé, para compor, juntamente com alguns bimotores Pucara, de ataque ao solo, uma unidade aérea disponível para combater ilícitos transfronteiriços, como o narcotráfico e o contrabando de armas.
O que vai acontecer ?
Eles vão mandar uma equipe de instrutores para voarem 50 horas nessas aeronaves (manter seus pilotos voando as custas dos outros) e não vão comprar nada. Como já vem fazendo há mais de 20 anos.
Compra do Brasil mesmo, em Anápolis tem 9 apodrecendo no tempo, dinheiro publico torrando.
Pque a Embraer não propõe modernizar os A-4 deles
O problema é que a Argentina simplesmente abriu mao da defesa do seu território. O que antes era perigosamente defasado, agora nem existe mais.
SRN
Um avião caro de manter, tecnologicamente defasado que somente opera com armamentos franceses já fora de linha.
Apesar de ser um belo caça, ainda há a questão de quanto tempo de voo estas células ainda suportam.
A Inglaterra vai jogar areia nesse negócio!!!
se fossem a 10 anos atras até seria bom para a Argentina, mas em 2020, não vale + apena
A Argentina na área militar já era, simples assim.
Se fosse o 2000-5 MK2 dos EAU rolaria bem !!!!!
“… a hora de voo de uma dessas aeronaves tem um custo que é considerado um custo elevado para a FAA.” * Bom, acho que coisa muito mais barata de manter seriam os F-5. Mas onde vão achar células com uma boa quantidade de horas de voo ainda disponíveis? Portanto, será que ao invés de adquirirem, não seria melhor se fizessem um leasing dessas aeronaves? Creio que a única forma da Argentina poder reequipar suas FAA seria abdicar publicamente, e legalmente perante a comunidade internacional, das Falklands de uma vez por todas. Devaneios nacionalistas/ufanistas foram um dos responsáveis por os… Read more »
O Brasil que faça a doação dos Mirage aposentados, outra coisa tambem que poderiam mandar para lá é o sucatão NAe São Paulo
Os mirage 2000-5 são equivalentes ao f-16 block 50/52 e ao gripen c/d, se a Argentina pegar sera um otimo negocio se nao pegar o Brasil deveria é fazer uma proposta de leasing desses cacas para cobrir a lacuna do 2° lote do gripen que vai demorar e a defesa aerea do pais não pode esperar esse tempo todo.
É pobre Argentina..no futuro irão perde a Patagônia e a terra do fogo para a Rainha que já compram e tão comprando as terras por la!!!!..
fim triste….
Mas se os Hermanos tivessem dinheiro sera uma ótima aquisição os Mirages podem ser ultrapassados mas dão dor de cabeça para a Rainha rsrs….
Augusto L 27 de Fevereiro de 2018 at 13:29
Os mirage 2000-5 são equivalentes ao f-16 block 50/52 e ao gripen c/d
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Na verdade, são Mirage 2000C, não 2000-5. São caças tecnologicamente defasados, limitados a armamentos franceses já fora de linha, como o Magic II e os Marta Super 530.
Infelizmente este é outro assunto que não da muita credibilidade quando aparece.
Só acredito em notícias da FAA quando for algo do tipo: “Argentina FECHA, COMPRA, OFICIALIZA, BATE O MARTELO, COMPROU MESMO, NA REAL…..este ou aquele vetor.”..
Ta parecendo Big Brother.. Mudam os atores, os personagens mas o enredo é o mesmo, uma chatice.
Robsonmkt 27 de Fevereiro de 2018 at 13:38
Augusto L 27 de Fevereiro de 2018 at 13:29
Os mirage 2000-5 são equivalentes ao f-16 block 50/52 e ao gripen c/d
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Na verdade, são Mirage 2000C, não 2000-5. São caças tecnologicamente defasados, limitados a armamentos franceses já fora de linha, como o Magic II e os Marta Super 530.
Assim, explicado então!
MBP77 27 de Fevereiro de 2018 at 13:07
………Creio que a única forma da Argentina poder reequipar suas FAA seria abdicar publicamente, e legalmente perante a comunidade internacional, das Falklands de uma vez por todas………
MBP77, o problema em se adquirir material militar para a Argentina é econômico, não tem nada a ver com as Malvinas. Varios países ja fizeram ofertas.
É uma pena ver o estado da Argentina. É ruim até para nós termos o nosso vizinho em situação tão calamitosa.
Concordo com o MBP77. A Argentina tinha que chamar o Reino Unido para negociar, abrir mão das Falklands em troca de uma generosa linha de crédito para reequipamento das forças armadas.
É uma situação ganha-ganha, já que o Reino Unido está tentando reduzir seus gastos com defesa.
Não aceitaram os F-16MLU, bem mais em conta e a gora estão especulando o Mirage 2000. Sem comentários.
O mais correto para a Argentina hoje é o MiG 35 ,aeronave barata e moderna ,seu custo de produção não deve ser tão caro ,que a Argentina não consiga operar uns 12 …
Ou até mesmo o Gripen Ng ou o C/D ,desde que não tenha restrição de ninguém ,para sua aquisição…
Comprar velho e viver na merda sempre ,vide o Brasil até hoje….Ainda bem que agora tomamos vergonha na cara…
*custo de operação.
O problema das Malvinas/falklands é que consta na constituição argentina como território argentino ou seja indivisível, unico acordo que dá pra fazer é um de companheiros não oficial, o que a administração Macri deu a entender que fez
Só valeria a pena vindo de extenso processo de revitalização e modernização em Israel.
Precisa atualizar o sistema de vôo, armas, comunicação e por aí vai. Vai sair muito caro.
Melhor comprar o FA-50 que já vem com tudo custando bem menos.
Sds.
Do jeito que andam as coisas por lá, eu aceitaria esta oferta. São M2000 de um lote bem mais novo do que a FAB utilizou. Aposenta estes A-4 e mantém um mínimo de defesa aérea.
Em tempo, talvez muitos não saibam aqui mas, por força do Contrato de Compra com a França, o brasil não pode doar nem vender os Mirages 2000, a não ser com total aprovação francesa.
Doa os M-2000 parados em Anapolis
Chico Novato 27 de Fevereiro de 2018 at 14:06 O quê? “Abrir mão das Falklands”? A Argentina nunca teve sua mão lá. O Reino Unido, salvo o susto inicial do ataque argentino, sempre teve controle das ilhas, que agora são suas, quer queiram, quer não. Por que raios o RU teria que dar generosa linha de crédito aos argentinos? No mais, lá voltamos a discutir doações de equipamentos nossos para a Argentina. Parece que nunca aprenderemos mesmo. As FFAA argentinas são problemas deles, não nossos, e portanto não temos que doar nada. Se eles quiserem algo, que apareçam com dinheiro… Read more »
Walfrido Strobel 27 de Fevereiro de 2018 at 14:03
*
É econômico e diplomático, Walfrido.
Quantas vezes os argentinos já sofreram algum tipo de “embargo” na tentativa de comprar armamentos?
Mirage F1 espanhóis, Kfirs israelenses… não duvido de que essas células de Mirage 2000 sofram o mesmo tipo de pressão dos britânicos sobre os franceses.
A parte diplomática é essa acima.
Já a questão econômica é bem conhecida e passa por recuperação de credibilidade junto à comunidade internacional, inclusive.
Sim, até certo ponto, é reflexo daquela.
Sds.
Essa galera argentina que fica dizendo quem as Malvinas são deles e que um dia as tomarão é tão engraçado quanto os ucranianos falarem que a Crimeia é deles e que um dia as tomaram dos russos kkkkk
Tomarão *
Walfrido Strobel 27 de Fevereiro de 2018 at 14:03
Sim mas o embargo de armamentos em muito se deve ao fato do ufanismo argentino em relação às Falklands.
Não acho engraçado, mas uma questão lógica geográfica, independente de questões históricas e/ou culturais. Quem gostaria de um território estrangeiro dentro de suas águas jurisdicionais? Seria mais ou menos se a ilha de Fernando de Noronha fosse um território americano ou russo. Pior ainda se fosse em uma área da Bacia de Santos onde estão nossas reservas de petróleo.
Eu pegaria o JF-17 ou o F-50, poderiam até almejar a produção /montagem local para ressuscitar a FAdeA
Equipamentos defasados mas ainda é melhor do que nada. Uma boa revisão, alguns mísseis, uma aeronave de alerta antecipado…já muda muito o cenário. Sou adepto a livre concorrência então torço pelos hermanos e com isso o Brasil se beneficia pois vai precisar sempre investir em equipamentos melhores.
Solução para os Argies: Chengdu J-10 ou Su-30. O resto é barulho e pedir esmola.
Realmente ,acredito tbm, que se a Argentina não abdicar legalmente das Malvinas/Falklands não vai rapar nada no ocidente tão facilmente pois tudo que ofertam deixam passar(falta dindin legal tbm). Largando mão das ilhas creio que até a rainha daria uma moral pra eles em equipamentos usados mas…
O Problema de sucateamento das FFAA é bem mais profundo do que a “simples aquisição de caças usados e defasados ou novos”. Grande parte da sociedade argentina é avessa a qualquer investimento e modernização das suas Forças Armadas, isso se deve ao trauma deixado pela Ditadura Militar com milhares de presos, torturados e desaparecidos e mortos, cujus os fantasmas assombram o povo argentino, sem falar na mal fadada e humilhante Guerra das Malvinas…
Daglian 27 de Fevereiro de 2018 at 15:03
Daglian, com “abrir mão” eu quis dizer reconhecer oficialmente as ilhas como território britânico. Como eu disse antes, os britânicos têm seus motivos para serem beneficiados por uma decisão dessas.
A competição é o caminho para a evolução. Nesse ponto, quanto mais forte a Argentina, mais forte o Brasil precisa ser para que haja equilíbrio na região. Então sim, a Argentina enfraquecida é ruim para o Brasil. Não que o Brasil tenha que fazer caridade. Sou contra doações para a Argentina.
Não falha. Ta parado? Bota notícia da Argentina.rsrsrs
Robsonmkt de Natal a Fernando de Noronha são 375 km e de Rio Galegos para FALKLANDS São de 667 km si minha lição de casa estiver certa !
Noronha foi tornada território Nacional em 1942 muito diferente da questão dos argentinos.
A notícia fala que a França ofereceu uns aviões usados para a Argentina. Só isso. Não diz nem que os argentinos estariam pensando no assunto. Não pelo menos suas forças armadas. Cita apenas a Comissão de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Por outro lado, eles devem estar lembrando que no episódio das Malvinas a França, além de embargar o envio de mais exocets para a Argentina, ainda orientou os ingleses sobre o funcionamento e as capacidades do míssil e como se defender dele.
Será que eles vão confiar de novo nos gauleses?
Prezado dIPLOMATA92
O amigo está se confundindo um pouco. Em 1942, devido à II Guerra Mundial, Fernando de Noronha foi transformado em território federal. O arquipélago sempre foi do Brasil. Foi inclusive a primeira capitania hereditária. Claro que sofreu invasões ao longo dos 500 anos da nossa História, mas os portugueses sempre expulsaram os invasores. De 1700 até 1942 o arquipélago pertenceu a Pernambuco. E depois de 1988, retornou ao controle de Pernambuco.
Abraço
Sério que tem gente sugerindo doar nos Mirage C da FAB que estão aposentados para a Argentina? Meu Deus… Sobre os Mirage 2000-C franceses caso seja o modelo que tenha o radar RDY-2 que foi atualizado em 37 Mirage 2000C (elevando-os ao modelo 2000-5 ou Mirage 2000-F), da Força Aérea Francesa e acompanhados dos mísseis BVR MICA nas suas versões EM/IR a FAA terá um bom caça e armamentos por alguns anos pois o míssil continua sendo fabricado. Se for o Mirage Mirage 2000C com o radar RDI (Radar Doppler), que operava os obsoletos e descontinuados mísseis R550 Magic e… Read more »
Argentina e Uruguai deveriam se aliar ao Brasil no Gripen e formar um bloco de defesa no Atlântico Sul.
Além da proximidade seria muito bom para os 3 na formação de uma rede integrada de defesa.
Logística, custos de operação e manutenções seria muito facilitadas.
Nossos orçamentos não comportam aeronaves mais caras que um monomotor.
E o Gripen nessa faixa de orçamento é a melhor opção sem dúvidas.
Vamos lembrar que a Argentina acabou de comprar SEM da França para a Armada, logo poderá sair algum negócio dos M2000 para a Força Aérea.
Eu já deixei de dar atenção a este tipo de notícia da Argentina a muito tempo. Entra governo e sai governo e eles continuam na mesma situação. Quer dizer, só piora.
Lamento pelos profissionais da FAA.
Pessoal, citando o Columbeli do Poder Terrestre ” Se não fosse a surra dada pelos ingleses nos argentinos, nós estaríamos chorando, pelos centenas de jovens brasileiros, enterrados em cemitérios militares…” O Brasil era a bola da vez, se não houvesse a invasão das Falklands.
Eles se acham melhor do que a gente, sempre foram um estorvo no Mercosul e em que pese a geopolítica, não há risco de fragmentação daquele país.
Foram 5 apenas mas pelo menos foram. Agora é saber como vai ficar a briga entre a FAA e a Força Aeronaval da Armada Argentina.
Se se efetivar a compra dos Mirages 2000-C equipados com radar RDY-2 que pode operar os misseis MICA EM/IR como eu disse acima, obviamente os pilotos da FAA vão ficar muito felizes com estes caças e se resolve a disputa.
Lembrando mais uma vez que comprar Mirages 2000-C com radar RDI que opera mísseis obsoletos e descontinuados R550 Magic e Matra Super 530D não deve ser considerado pela FAA.
O Cooment acima é referente ao post do forista Walfrido Strobel 27 de Fevereiro de 2018 at 17:46
Se eu fosse os argentinos eu iria de F-16 C/D pelo custo operacional.
Um pouco antes dos argentinos optarem por invadir as Malvinas/Falklands, eles quase entraram em guerra contra o Chile. Parece que ondas de 10 metros de altura no Atlântico Sul, impediram que a Esquadra Argentina entrasse em choque com a Esquadra Chilena, se realmente tivesse ocorrido o confronto quem teria ganho esta guerra??