EUA: consolidação da base industrial de defesa
O desenvolvimento tecnológico nos Estados Unidos da América tem sido historicamente relacionado com as políticas industriais de defesa. Às vezes, as novas tecnologias relacionadas à defesa levaram ao desenvolvimento de produtos que alimentaram o crescimento de um amplo espectro de indústrias comerciais. Em outras ocasiões, o estabelecimento militar dos EUA concentrou seus recursos em tecnologias especializadas com pouca ou nenhuma aplicabilidade a outros mercados.
O aumento das indústrias modernas de alta tecnologia (por exemplo, semicondutores, computadores, elementos-chave dos sistemas de comunicação modernos, aeronaves e tecnologia espacial e biotecnologia) foi estimulado pelo investimento estatal pós-Segunda Guerra Mundial em (1) pesquisa e desenvolvimento (P&D) para fortalecer a defesa nacional dos EUA e (2) a educação de cientistas qualificados, engenheiros e técnicos para trabalhar nessas novas indústrias. No entanto, nestas indústrias, as vendas de novos produtos comerciais deslumbrantes logo bloquearam as vendas de produtos de alta tecnologia para clientes militares. Durante a Guerra Fria, cerca de dois terços da P&D dos EUA foram financiados pelo governo federal, principalmente pela defesa. Hoje, essa porcentagem foi revertida, com dois terços da P&D dos EUA financiada pelo setor privado.
A Base Industrial de Defesa
Apenas um punhado de indústrias dos EUA são agora dominadas por gastos de defesa (as chamadas indústrias de defesa) e a maioria delas produz produtos “exclusivos para a defesa” (por exemplo, munições, tanques e veículos blindados, navios, veículos aeroespaciais e tecnologias, pesquisa e navegação eletrônica, e alguns tipos de instrumentos ópticos) para os quais o setor militar é o principal cliente. O maior setor de defesa é a eletrônica militar, que representa quase 50% mais de vendas do que as aeronaves. A relação entre o estabelecimento de defesa e essas indústrias é simbiótica – os militares dependem deles por sua vantagem técnica, que é o cerne da doutrina de segurança dos EUA, e as indústrias dependem das Forças Armadas dos EUA como seu principal cliente.
Apesar das origens militares dos computadores e da microeletrônica, essas indústrias não estão na lista das indústrias de defesa. Mesmo que os militares ainda sejam um importante financiador de tecnologias específicas e de ponta nestes campos (por exemplo, supercomputadores e dispositivos de sistemas microeletromecânicos, a demanda comercial por esses produtos superou os requisitos das forças armadas.
O gráfico abaixo mostra como foi a consolidação, através de fusões e compras, da base industrial de defesa e aeroespacial dos Estados Unidos a partir do ano 1980.
FONTE: Flamm, Kenneth — Post-Cold War Policy and the U.S. Defense Industrial Base
Alexandre Galante,
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De quem é esse texto?
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Grato,
Ivan.
Não tem fonte.
Parece texto de professor universitário querendo verba pra mamar em tetas de governo.
Só uma pergunta para a fonte do texto: qual a fonte desse autor aonde ele diz que o governo americano financiava educação de cientistas, engenheiros e técnicos??
O texto simplesmente não mantém relação direta nenhuma com o gráfico apontado!
A fonte é essa aqui:
Flamm, Kenneth — Post-Cold War Policy and the U.S. Defense Industrial Base
https://www.nae.edu/File.aspx?id=7297&v=d611c600
Alexandre Galante,
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Obrigado.
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Ivan.
TukhMD,
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Acredito que a intenção é instigar a busca por mais informações sobre o assunto e fomentar um futuro debate sobre a importância da “base industrial de defesa”.
Por essa razão perguntei quem era o autor (ou fonte).
O gráfico é sobre a consolidação da indústria aeronáutica de defesa nos Estados Unidos da América. Aqueles que já viraram meio século acompanharam estes acontecimentos. Um ‘MAPA’ das fusões e aquisições no final do século passado.
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Sds.,
Ivan, o Antigo.
Eu concordo com o texto. Infelizmente temos até presidente que tem orgulho de ser analfabeto. Lamentável alguém ainda dizer que ser professor é mamar no governo.
E tem muito aqui neste texto que estávamos discutindo lá sobre a venda da Embraer, sobre a formação de engenheiros e profissionais para indústrias de ponta.
Os EUA colhem o que semearam décadas atrás.
Rui chapéu 9 de Janeiro de 2018 at 18:02 Só uma pergunta para a fonte do texto: qual a fonte desse autor aonde ele diz que o governo americano financiava educação de cientistas, engenheiros e técnicos?? _____________________________________________________ E a fonte da fonte é: References Bureau of Economic Analysis. 2005. National Income and Product Accounts Tables. Available online at: http://www.bea.gov/bea/dn/nipaweb/Index.asp. Flamm, K. 2002. Failures of Defense Industrial Policy Reform and Likely Consequences for the Bush Defense Buildup. Pre- sentation to the Council on Foreign Relations, New York, March 8, 2002. Available online at: http://www.cfr.org/ public/GeoEcon_Military/KFlamm_paper.doc. Flamm, K. 1999. Redesigning the Defense… Read more »
A base da riqueza americana é a liberdade econômica, sendo de fato o primeiro país a constituir uma classe média com capacidade de compra. Todo o restante decorre dai. O investimento em defesa é apenas uma justificativa para não se ter limites nos gastos. Poder-se-ia investir em outros setores, mas o de defesa garante que você pode suportar atritos com outros países.
O artigo vem muito a contribuir com o debate da venda ou não da Embraer. A Embraer é relevante para a indústria de defesa? A resposta é: não! O Brasil é um país que não investe em defesa, aliás, não investe em nada.
A Embraer nasceu com o Bandeirante, depois fabricou entre outras aeronaves civis, mais de 100 jatos Xavante para a FAB, o treinador Tucano, o avião de ataque AMX, o Super Tucano, modernizou os F-5 da FAB e agora vai produzir o Gripen E. A empresa é essencial para a Defesa do Brasil.
O Brasil investe em Defesa, mas não como os EUA, por motivos óbvios.
Eu acho a Embraer, dentre muitas outras, uma empresa que eleva o nível do ensino e dos profissionais. Essas empresas criam necessidades e também oportunidades.
Claro que para um país do porte do Brasil, isso deveria ser muito maior, com centenas de empresas e não somente meia dúzia.
Essa matéria, ilustra bem o acerto da FAB (guardadas as devidas proporções é claro) na escolha do GRIPEN. A FAB não escolheu apenas uma aeronave e sim todo um complexo conjunto de requisitos que trarão benefícios ao Brasil, não apenas à EMBRAER, mas tambem a muitas industrias que serão subfornecedoras de serviços e produtos em uma cadeia enorme de atividades. Esta sendo um salto de conhecimentos que dificilmente será repetido em tão pouco espaço de tempo. Quando falam que o AMX foi um divisor de águas e permitiu o desenvolvimento dos jatos comerciais, com o Gripen, aquilo vai parecer brincadeira… Read more »
A ABDI, junto com o IPEA, tem um trabalho interessanta sobre o mapeamento da BID.
http://www.abdi.com.br/Estudo/BID_13.06_baixa%20resoluc%CC%A7a%CC%83o.pdf
Não dá para negar que a indústria da defesa é um grande indutor de P&D, mas o Brasil centralizador e (ainda) não desenvolvido, não garante a escala que esta indústria precisa.. Pequenos e inconstantes pedidos, além da imprevisibilidade de cada governo, impedem que este setor decole e ganhe fôlego. Por isso a cada crise empresas trocam de dono, não tem escala para se manter. Felizmente a Embraer não depende do setor militar para sobreviver, as vendas para o setor civil vão bem obrigado.
Humm…e dai?
O Brasil tem gastos em defesa similares aos da Austrália e próximo ao da Itália, mas quanta diferença.
A Austrália, em sua três forças, possui 60 mil homens, sendo que o sistema previdenciário é privado.
Quem critica o “guverno”, quem diz todo o tempo a culpa é do “guverno”..o guverno… é sempre culpa dos políticos… esse guverno… Não esqueçam que a reforma trabalhista que a duras penas foi implantada no Brasil, ainda é muito, muito tímida diante de como funciona o mercado de trabalho norte americano, lá é bem mais duro e flexível as normas, e a previdência deles, o cara só para de trabalhar depois de bem velho, já com pouco tempo de vida pela frente…. para aproveitar o que lhe resta …o IR nos EUA é pancada, muito mais alto… Então antes de… Read more »
andrepoa2002 9 de Janeiro de 2018 at 20:51 Não dá para negar que a indústria da defesa é um grande indutor de P&D, mas o Brasil centralizador e (ainda) não desenvolvido, não garante a escala que esta indústria precisa. _________________ Poucos países teriam escala para manter uma indústria de defesa unicamente para o mercado interno e, mesmo aqueles que teriam esta capacidade estimulam e apoiam a sua indústria de defesa a exportar. A importância da indústria de defesa é tamanha que durante o FX2 o governo brasileiro recebeu a visita do presidente da França, do vice-presidente dos EUA e –… Read more »
Marcos 9 de Janeiro de 2018 at 21:10
Trabalham até 95 anos, foi o que eu soube… general italiano e australiano é parece aqueles Papais Noéis de Shopping…
Apenas com financiamento privado nunca teriamos ido a Lua. Porém esse empreendimento alavancou vários setores. Gasto público e não poderia ser diferente. Não é um problema o Estado gastar. O problema e fazê-lo mal.
Essa do governo americano pagar formação de engenheiros, técnicos e cientistas é nova pra mim. Ao menos é isso que deu a entender o “investimento estatal na formação…” Ali. Eu dei uma olhada nas referências por cima e ainda não achei nada que conte algo a respeito. Vou procurar com mais tempo, pq eu nunca tinha ouvido falar nisso. No mais, os EUA são o que são em potência bélica não porque eles criaram a indústria de defesa e ficaram ricos com isso. Foi a liberdade econômica que criou a riqueza e com a necessidade de proteção dessa riqueza que… Read more »
Raul deixa eu te dizer uma coisa: lá no MIT, o qual está há uns seis kilometros da minha casa e no qual estive fazendo um treinamento em laboratório em 1995, recebe verbas tanto do Pentágono, quanto da DARPA.
Todas as pesquisas científicas com potencial militar recebem dinheiro para cobrir os custos operacionais dos projetos em andamento, e também a subvenção acadêmica.
Rui Chapéu. Não sei o motivo da dúvida. Grosso modo, durante a guerra fria foi patente a escalada da corrida armamentista entre EUA e a União Soviética. Isto é, os dois governos gastaram bastante para não ficar para trás. Nos EUA, provavelmente treinaram muita mão de obra, inclusive cientistas e engenheiros. Já vi um vídeo relativo ao cientista soviético que foi convidado a dar uma palestra sobre uma especialidade sua, sem desconfiar do objetivo. Na época, ele nem os russos sabiam no que aquele resultaria. Era a teoria que levou ao desenvolvimento de aviões stealth… Na sua palestra, havia centenas… Read more »
O organograma de aquisições acima, das principais empresas de defesa americanas, deixa bem claro muita coisa já discutida aqui… Os grandes engolindo, engolindo, engolind… – Pois é… O governo federal, a Embraer e seus executivos que até agora foram sempre cuidadosos, que não se deixem enganar por verdadeiros cantos de Sereia… Que quando terminam vc está sem vida lá no fundo de um escuro e frio oceano, junto das suas ilusões de felicidades com a tal Sereia. – Boeing, Titio Sam, Formigas Pirateiras de olhinhos puxados etc, como amam a concorrência. São só boas intenções. rsrsrs! Parceria pode ser. Mas… Read more »
Pois é. O figura deixa insinuações no ar mas nem uma citação, como disseram, sobre a liberdade em fazer negócios é a proximidade às máquinas que a América sempre teve, daí seu desenvolvimento, não só na indústria bélica, nem seu governo teve milindres em utiliza-lá para derrotar seus inimigos e garantir seu crescimento. Em tudo difrente de bananolandia, o Lar dos bananas enquanto lá é o lar dos bravos.
“os militares dependem deles por sua vantagem técnica, que é o cerne da doutrina de segurança dos EUA, e as indústrias dependem das Forças Armadas dos EUA como seu principal cliente.” – Esse trecho resume bem como ocorre a consolidação do setor de defesa. Não faz sentido uma indústria gastar milhões de dólares no desenvolvimento de novas tecnologias se não tiver quem compra, e geralmente o cliente principal deve ser o governo do próprio país na qual ela está alocada. Quando a Engesa se aventurou no desenvolvimento do Osório ela cometeu um grave erro. Gastou milhões de dólares para criar… Read more »
Antônio Sampaio – 09/01 – 21:18 “o IR nos EUA é pancada, muito mais alto…” – Antônio, nos EUA o IR federal é de 7,05% mais o IR estadual cobrados em alguns estados, não é maior que o nosso. Sobre o Consumo (ICMS), a tarifa mais alta é no Tennessee 9,46%. Dê uma olhada na sua conta de luz, é possível que os impostos sejam mais caros que o valor da energia consumida. Lá o IPVA de um Toyota Hibrido 2017 custa $ 104 – para 2 anos!! Sem falar em IPI, Cofins, taxa licenciamento, INSS, etc… Em minha primeira… Read more »
Acho engraçado falarem de liberdade economica de um dos paises mais protecionistas do mundo
A liberdade economica com USA funciona a nvl interno entre eles, o que me parece correto e a nvl externo somente quando les interessa.
Nunao
Esqueceu do kc390.
Mas a Embraer só é relevante graças as aeronaves comerciais. Se dependesse só do setor de defesa, quando muito, seria uma Avibras, se não tivesse virado uma Engessa.
Aliás, quase virou.
Tadeu Mendes 9 de Janeiro de 2018 at 22:41 Ok, mas isso entraria na parte de P&D. O que eu nunca vi, nem ouvi falar até hoje é o governo americano pagando formação acadêmica de alguém. E isso é o que dá a entender dessa parte do texto: “foi estimulado pelo investimento estatal pós-Segunda Guerra Mundial (…) (2) a educação de cientistas qualificados, engenheiros e técnicos para trabalhar nessas novas indústrias. Isso eu estou indo atrás para ver se existe alguma “bolsa indústria de defesa” lá. Ou o autor expressou mal, ou eu interpretei errado. —————————————————————————————————– Gil 10 de Janeiro… Read more »
Ao amigo que citou que liberais podem não gostar da industria bélica, eu garanto que gostamos sim! Gera riqueza, tem o efeito de permear novos conceitos, processos e tecnologias industriais. Alem disso suponho ser a ponta da piramide industrial. Dito isso, informo aos amigos que os anos 80 estão pedindo os conceitos do estado indutor e controlador do desenvolvimento de volta. E antes que pensem que sou inimigo na trincheira informo que trabalhei no laboratório da Aeroeletrônica antes da queda da URSS, no tempo da família Barreto no comando. Participei dos protótipos dos primeiros aviônicos do AMX e testei muitas… Read more »
Rui Chapéu 10 de Janeiro de 2018 at 7:23
“E isso é o que dá a entender dessa parte do texto: “foi estimulado pelo investimento estatal pós-Segunda Guerra Mundial (…) (2) a educação de cientistas qualificados, engenheiros e técnicos para trabalhar nessas novas indústrias.”
Possivelmente incentivos em pós-graduação, em qualquer nível.
André Bueno 10 de Janeiro de 2018 at 7:51
Rui Chapéu 10 de Janeiro de 2018 at 7:23
Completando:
Se um sujeito, ou grupo de sujeitos, pesquisa algo que possa conduzir a novas aplicações militares ou aperfeiçoamento das já existentes, o governo deve oferecer algum tipo de patrocínio.
“Marcos10 10 de Janeiro de 2018 at 6:22
Nunao
Esqueceu do kc390.”
Na verdade eu esqueci de comentar nessa matéria. Acho que vc está se referindo a um comentário do Galante.
Que indústria inócua e incapaz. Sorte deles que vão obter tecnologia da embraer defesa e segurança
Diogo de Araujo Carvalho 10 de Janeiro de 2018 at 8:40
Obviamente não. O que interessa a uma empresa, Boeing, e não ao complexo industrial, é, possivelmente, criar um atalho que a permita concorrer diretamente com sua antagonista, a Airbus. Também possivelmente adquirir um grupo de engenharia competente e criativo.
Eu fui irônico André rs
Diogo de Araujo Carvalho 10 de Janeiro de 2018 at 9:01
Desculpe, rsssss…
Mas ajudará algum incauto a entender. 😀
Pessoal, por favor, vamos manter a discussão dentro do tema. Obrigado!
Cara, esses “neoliberais” de internet estão um saco mesmo. A indústria americana é fruto de um projeto desenvolvimentista, isso é fato, só ignorante que não entende isso. O pós guerra americano foi financiado pelo Estado e se estende até hoje, olhem os gastos do PIB com a industria de defesa… A dívida pública americana é de 30 trilhões, 30 TRILHÕES. Isso tudo é gasto do ESTADO bixo papão feioso do país que se vende como liberal. E os caras estão se lixando, vão continuar gastando, se desenvolvendo e implantando políticas protecionstas enquanto vendem pros outros países a austeridade e abertura… Read more »
20trilhoes*
Marcos Thomas 10 de Janeiro de 2018 at 11:38
“implantando políticas protecionstas”
Cite quais.
Novamente. Eles estão na posição 17 de abertura econômica. O Brasil em comparação está em 140.
Rui, em 1944 o governo americano passou a G.I. Bill. Basicamente expandia o pacote de benefícios dos veteranos da Segunda Guerra Mundial, e bancou milhões e milhões de matrículas nas mais diversas universidades americanas, bem como educação técnica, básica, etc. Essa é uma das causas, na minha opinião, do boom que ocorreu no desenvolvimento tecnológico durante a década de 1950, fora os polpudos orçamentos militares após 1950, que providenciavam uma boa quantia para se perseguir as mais estapafúrdias idéias (o que não acho errado, diga-se de passagem). Então, sim, o governo deu um belo pontapé inicial no investimento em recursos… Read more »
Ah sim, há outra também, Rui. Quando você se alista nas FFAA dos EUA, você pode tentar diversos tipos de contratos. Inclusive você pode fazer eles bancarem seu nível superior em troca de mais tempo de serviço naquela especialidade após formado. Eu acho isso genial, sinceramente e ainda acredito que isso tem o potencial de economizar dinheiro na formação de oficiais. Mas enfim… isso merece uma análise própria.
Leandro Costa 10 de Janeiro de 2018 at 13:06
A NASA, no auge da corrida espacial – meados da década de 60 – tinha um orçamento que representava mais de 4% do PIB dos EUA. Na época, o orçamento da NASA era superior ao orçamento de muitos países….
Sim, Jacinto, assim como o SAC tinha lá no início da década de 1950 até a década de 1960. Boa parte dessa grana serviu para bancar projetos, tanto em relação à NASA quanto em relação ao SAC. Essa grana ia para empresas privadas desenvolverem tecnologia para que esses órgãos atingissem seus objetivos, ou seja, criavam demanda para engenheiros, etc. E por aí vai. Mas lá a coisa era séria. Selecionavam (selecionam) o cara pelo que ele produzia, pelo que ele era capaz de fazer e o crescimento pessoal que enxergavam nele e o quanto se dedicava à determinada área de… Read more »
Leandro Costa 10 de Janeiro de 2018 at 13:06
Muito bom!
Vou ver melhor esse GI Bill que nunca tinha ouvido falar, já achei alguns artigos sobre isso.
É bem mais fácil fomentar ou ser desenvolvimentista quando há iniciativa privada já exibe uma elevada produtividade. No Brasil gasta-se um bocado de dinheiro na discussão de como será dividida a riqueza que não foi e provavelmente não será gerada.
Delfim Neto estava certo, é preciso primeiro crescer mesmo que com desigualdades para então criar as condições para maior equidade social. Seus críticos adoraram, mas o tempo mostrou que ele estava certo.
Leandro Costa 10 de Janeiro de 2018 at 13:31 Muito bem escrito, Leandro. Eu gostaria de relatar um conhecimento que possuo. É específico, mas servirá como exemplo. Na FAA (ANAC norte americana), quando eles precisam de um novo Inspetor, eles selecionam aqueles que possuem a devida experiência (em um determinado modelo ou classe de aeronave, para certificação ou para fiscalização). A vida profissional e pessoal é analisada previamente. Essas pessoas são convidadas a participar do processo. As pessoas que se interessam pela oportunidade participam da seleção de acordo com o cargo. Desta forma evita-se o acesso de pessoas não devidamente… Read more »
Rui, é bastante interessante. Teria sido muito interessante se o Brasil houvesse feito exatamente a mesmíssima coisa na época da Guerra. Penso nos incontáveis veteranos de Guerra brasileiros que poderiam ter tido um futuro totalmente diferente daquele que tiveram se tivessem tido a mesma oportunidade. E pessoas como eles que arriscaram incontáveis vezes e tiveram experiências inimagináveis no teatro de guerra, poderiam ter contribuído de maneira singular para a nossa sociedade, sem contar que estavam recebendo uma quantia boa em dinheiro para a qual não tiveram nenhuma orientação sobre como poupar e gastar da melhor forma possível. Enfim, uma pena… Read more »