Avião-tanque Boeing KC-46A da USAF realiza primeiro voo
O primeiro avião-tanque Boeing KC-46A que será entregue à Força Aérea dos EUA no próximo ano completou com sucesso seu primeiro voo e testes aéreos no dia 5 de dezembro, decolando de Paine Field às 10h32 e pousando aproximadamente três horas e meia mais tarde.
“O voo de hoje é outro marco para a equipe da Força Aérea / Boeing e ajuda-nos a aproximar-nos da entrega de aeronaves operacionais aos combatentes”, disse o coronel John Newberry, gerente de programa do Sistema KC-46 da Força Aérea dos EUA.
Durante o voo, os pilotos de teste da Boeing levaram o avião a uma altitude máxima de 39 mil pés e realizaram verificações operacionais de motores, controles de voo e sistemas ambientais como parte do perfil de voo aprovado da Administração Federal de Aviação (FAA). Antes dos voos subseqüentes, a equipe realizará uma inspeção pós-voo e calibrar a instrumentação.
“Estamos muito orgulhosos desta aeronave e das capacidades de ponta que ela trará para a Força Aérea”, disse Mike Gibbons, vice-presidente e gerente de programas do Boeing KC-46A. “Ainda temos um trabalho difícil diante de nós, incluindo o preenchimento de nossas atividades de certificação da FAA, mas a equipe está empenhada em garantir que, após a entrega, este avião-tanque seja tudo o que nossos clientes esperam e mais”.
O mais novo avião-tanque é a sétima aeronave do programa KC-46 a voar até à data. Os seis anteriores estão sendo usados para teste e certificação e até o momento completaram 2.200 horas de voo e mais de 1.600 “contatos” durante os voos de abastecimento com F-16, F/A-18, AV-8B, C-17, A-10 , KC-10 e KC-46.
O KC-46, derivado da estrutura comercial 767 da Boeing, é construído nas instalações Everett da empresa. A Boeing está atualmente contratada para os primeiros 34 dos 179 aviões-tanque previstos para a Força Aérea dos EUA.
O KC-46A é um avião-tanque multirole que pode reabastecer todas as aeronaves aliadas e militares da coalizão compatíveis com os procedimentos internacionais de reabastecimento aéreo e podem transportar passageiros, carga e pacientes.
DIVULGAÇÃO: Boeing
Esse avião fez 1600 contatos de reabastecimento.
O KC 390 fez só um?
É suficiente?
Seis aeronaves, 2200 horas de vôo e mais de 1600 contatos durante os voos de reabastecimento, além de um trabalho difícil ainda pela frente…. Eu acho muito interessante como essas empresas americanas conduzem os testes e certificações. Necessário tudo isso?
Mil e seiscentos contatos? Se o KC-390 for fazer 1600 contatos antes de certificar, esperaremos por mais uns 20 anos… rsrsrsrs.
176 aeronaves! 1600 contatos…acho que não fizemos isto em 10 anos com os sucatões..
E estamos brigando por um ou dois…
Depois me perguntam se tenho vergonha de ser brasileiro.
Tenho impostos de mais, políticos de mais, tudo que deveria ter de menos e o pior…um Zé povinho conivente.
O que esperar disto…
O 767 é um avião que está renascendo. Querem reativar a linha de produção com uma versão mais moderna. Esse ainda terá vida longa seja na versão civil seja na versão militar.
O KC-390 está usando um Cobham testado e aprovado, o KC-46A está usando um sistema flying boom totalmente novo em relação aos do KC-10 e KC-135R atuais, com certeza eles precisam de muito mais testes.
O nosso ainda vai ter mais testes com transferência de querosene.
Enquanto isso a FAB não consegue míseros 3 aviões de segunda mão…
Esses 1600 contatos se devem ao fracasso deles em produzir um sistema que funcione desde o começo. Estão anos atrasados e mesmo depois desses 1.600 contatos, o negócio ainda não atingiu a maturidade, arranhando a fuselagem de aeronaves receptoras como se não houvesse amanhã. . Eles estão avançando, mas à passos de tartaruga. . Esse programa aí é um exemplo de contrato bem redigido pelo Pentágono. Nada de cheque em branco como a Lockmart recebeu com o JSF. No programa KC-X, não cumpriu prazos, paga multa. Não cumpriu objetivos, paga multa. A Boeing já pagou mais de 2 bi ao… Read more »
Aonde eu consigo essa informação das multas que a Boeing pagou para o Pentágono, Clésio Luiz? Se puder deixa um link. Obrigado!
Marcelo, isso vem sendo divulgado à algum tempo, inclusive acho que o Aéreo já postou alguma notícia com os valores. Aqui um link em inglês sobre o assunto, quando o negócio já estava em 2,9 bi: https://www.defensenews.com/air/2017/10/25/boeing-hit-with-another-kc-46-cost-overrun-this-time-worth-329m/ . Interessante notar que em 6 anos (quase 7) após vencer o contrato, a Boeing ainda não entregou nenhuma aeronave para a USAF, derivado de um projeto com 30 anos de fabricação (767). . Em 1957 a Boeing entregou o KC-135, desenvolvido do zero, incluindo a sonda (a primeira operacional da história), 3 anos depois do protótipo (!) do 707 voar em 1954,… Read more »
Clésio boa noite.
Não entendi que são multas e sim pagamento antecipado de impostos (tax), não sei bem o que é isto, mas multa não é.
Mas um trecho interessante é sobre o mecanismo de reabastecimento (creio que seja ponta de lança não?) que está raspando nos aviões stealph e isto pode estar diminuindo a proteção de detecção dos aviões.
Nonato, foram MAIS DE UM contato no KC-390. Quem disse que foi um só?
Para mim, a única grande surpresa com o protecionismo dos EUA, é o fato da Boeing não ter empurrado a célula do 747-400, porque se o fizesse com certeza o aceitariam em detrimento de qualquer Airbus (de novo).
Agora imaginem os 747 substituindo os vetores baseados nos 707/720/C-135 na USAF/USN!
Humberto, ninguém paga impostos adiantados… Não importando o nome que dão, são penalidades por causa dos atrasos. Pelo menos assim entendo eu.