USAF estuda desativar seus caças F-15 e colocar F-16 no lugar
Não está fácil para ninguém. Em uma audiência do subcomitê de prontidão do House Armed Services na quarta-feira, o presidente do subcomitê, o deputado Joe Wilson, (R-SC), perguntou ao Tenente General Scott Rice, diretor da Guarda Aérea Nacional, sobre planos para retirar de serviço seus 236 caças F-15C e D Eagle, como uma medida de economia de custos, e preenchendo seu papel com F-16 Fighting Falcons. Rice confirmou que a medida estava em consideração.
Mais tarde na audiência, a deputada Martha McSally, (R-Ariz), disse que a proposta era novidade para ela, e perguntou ao Major-general Scott West, diretor de operações atuais da Força Aérea e vice-chefe de estado-maior para as operações, se houve qualquer decisão tomada sobre a retirada desses caças.
West disse que nada era oficial ainda, mas que a Força Aérea está procurando maneiras de maximizar o uso de seus recursos limitados e minimizar o número de sistemas que opera, enquanto ainda está cumprindo sua missão. West e Rice disseram que a proposta de retirar alguns F-15 é “predecisional”. Não houve discussão sobre o F-15E Strike Eagle.
Rice disse que os F-16 potencialmente assumindo o papel desocupado pelos F-15 receberiam atualizações de radar.
A USAF está agora planejando para o ano fiscal de 2019, disse Rice, mas uma decisão sobre a aposentadoria dos F-15C e D provavelmente não será feita este ano. O que significa que esses aviões não iriam se aposentar até o ano fiscal de 2020, no mínimo.
Mas substituir o F-15 C e D – um caça focado primeiramente em operações ar-ar – com o F-16, que igualmente tem capacidades ar-superfície, levantaria questionamentos. O F-15 C e D, que entrou no inventário da Força Aérea em 1979, transporta até oito mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder e AIM-120 AMRAAM. O F-16, por outro lado, pode transportar até seis mísseis ar-ar ou munições ar-terra. Ambos os aviões carregam o canhão multicanos M-61A1 de 20mm, mas o F-15 pode carregar 940 projéteis enquanto o F-16 leva 500.
“Claramente, estes são dois tipos diferentes de aeronaves com capacidades diferentes”, disse Wilson.
Quando perguntado se substituir o F-15 Eagle com o F-16 teria um efeito negativo sobre a superioridade aérea e os riscos presentes, Rice disse que pode ser administrado.
“Há um risco em mudar qualquer uma das nossas decisões de estrutura de força”, disse Rice. Mas, acrescentou, “há capacidades que podemos acrescentar e prover no F-16 que preencherá uma lacuna no futuro. No geral, nossa prontidão e proteção dos EUA vão mudar, mas eu acho que em geral, ficaremos bem “.
McSally disse que antes do F-22 entrar em serviço, o F-15C era provavelmente o melhor avião ar-ar no mundo. Ela comparou o F-16 a um “decatleta” que pode lidar com vários tipos de combate a um custo menor, mas disse que mesmo com o radar atualizado, ele não teria as mesmas capacidades ar-ar que o F-15C.
Ela também expressou preocupação sobre o que tal mudança faria para a prontidão da aeronave, considerando que a Força Aérea já está enfrentando uma escassez de pilotos.
“Já estamos em uma crise de prontidão”, disse McSally. “Se você está agora treinando todos para outra aeronave, em meio a uma crise, isso ocasionará uma queda de curto prazo na prontidão também. Com nós temos apenas 55 esquadrões de caças, temos que ser cuidadosos em como essa transição aconteceria, se esta decisão vier a acontecer.”
West disse que haverá algum tempo “off-line” enquanto a Força Aérea se move de um quadro para outro. Mas a vantagem que a Força Aérea agora desfruta sobre nações como China e Rússia está diminuindo, disse ele, e tal mudança de modernização deve acontecer mais cedo do que tarde.
A porta-voz da Força Aérea, Ann Stefanek, disse mais tarde que a eliminação do F-15 C e D não está definida. Stefanek observou que a Força Aérea também propôs eliminar o A-10 em vários orçamentos, mas o Warthog sobreviveu.
“Estamos sempre buscando as opções de estrutura de força para o futuro”, disse Stefanek. “Até que se torne algo que colocamos em nosso orçamento como uma proposta, é apenas outra opção que poderia ser perseguida. Só porque é uma opção não significa que vamos buscá-la.”
FONTE: AirForceTimes
NOTA DO PODER AÉREO: segundo o documento “Fixed Wing and Helicopter Reimbursement Rates” do DoD de 2016, um F-22A custa US$ 33.538 por hora de voo, o F-35A custa US$ 28.455 por hora de voo, o F-15C custa US$ 23.124 por hora, o F-15D custa US$23.263 por hora, o F-15E custa um pouco menos, US$ 21.301 por hora de voo, enquanto os F-16C/D custam US$ 8.300 por hora. Se a USAF precisa voar os F-22 e F-35, outros aviões vão ter que ficar no chão.
É por essas e outras que eu digo que parte da USAF (a operacional) não tem fé nenhuma no F-35A. Como pode a força mais rica do planeta procurar manter aeronaves com 30 anos de operação, fazendo-as chegar a 60 anos, quando dispõe de um caça de “5ª geração” já no inventário e do qual se pretende adquirir mais de mil unidades?
Apenas 55 esquadrões… rsrsrsrsrs…
O F-15 C/D é um caça caro e dedicado a uma única missão. É um rei dos ares, mas seu tempo está chegando ao fim.
Já chegou Vader. O F-22, mesmo com alguns problemas, é melhor que ele.
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No entanto, como dizia Stalin, a quantidade é uma qualidade em si e a USAF precisa de mais caças de superioridade aérea do que os 180 F-22 do seu inventário.
Há várias maneiras de interpretar essa possibilidade. Uma delas é pensado totalmente diferente do Clésio. Por exemplo, pode muito bem ser entendido que com os F-35A em operação já não seja necessário um caça do porte do F-15C/D para estabelecer e manter a superioridade aérea e como não estava prevista a substituição deles pelo F-35 optou-se pelo F-16 no lugar, mais barato.
Uma força formada pelo F-15E, F-16, F-35A, F-22,B-2, B-52 e B-1B e o futuro B-21, combinado com os drones de ataque tem muita bala na agulha e muita flexibilidade.
F-35A interceptador e caça de superioridade aérea?! Ou a superioridade aérea e a interceptação, bem cono as aeronaves dedicadas a estas funções, já são consideradas obsoletas?
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Saudações!