Lockheed Martin revela conceito de avião-tanque ‘stealth’
A Lockheed Martin revelou seu conceito de aviões-tanque da próxima geração para reabastecer caças como o F-22 e o F-35. As imagens foram divulgadas por Graham Warwick, editor da Aviation Week.
O conceito de novos aviões-tanque stealth foi exibido pela primeira vez no fórum AIAA SciTech 2017. A Lockheed já iniciou testes de túnel de vento em um modelo em escala de quatro por cento denominado Hybrid Wing Body (HWB), projetado para maximizar a eficiência aerodinâmica.
O Comando de Mobilidade Aérea da Força Aérea dos Estados Unidos anunciou recentemente o programa “KC-Z” destinado a desenvolver um avião-tanque de próxima geração que poderia voar em espaço aéreo contestado para apoiar caças de ataque furtivo como o F-22 e o F-35 até 2035.
A USAF quer um novo avião-tanque que seja capaz de operar em ambientes “anti-acesso e de negação de área” de adversários como a Rússia e a China.
Um avião como esse pode até servir como reabastecedor mas com certeza terá outras utilidades, como por exemplo ser ele mesmo um atacante. Se o avião pode penetrar em espaço aéreo contestado ele pode fazer o ataque.
Do ponto de vista prático, tanto o F-35 quanto o F-22 tem menor autonomia do que seus antepassados, pois precisam estar limpos externamente por causa da furtividade. O F-22 tem que abrir mão dos tanques externos mas o F-35 nem isso tem, por causa de cortes no orçamento de desenvolvimento. Isso significa que, ou você opera esses vetores mais perto da fronteira, perdendo a maior utilidade deles que é operar profundamente no espaço inimigo, ou você leva os reabastecedores mais para perto de onde está acontecendo a ação, correndo o risco deles serem facilmente abatidos pelo inimigo. E se você… Read more »
http://www.aereo.jor.br/2016/10/02/forca-aerea-dos-eua-quer-avioes-tanque-furtivos-armados-com-laser/ . Aqui no AEREO já foi publicado matéria sobre o futuro KC-Z. . Esta demanda do Air Mobility Command (AMC) da USAF é plenamente justificada. . Qualquer aeronave REVO convencional, normalmente uma aeronave derivada de avião de linha ou de transporte militar, com 2 (dois), 3 (três) ou 4 (quatro) turbofans e MTOW (algo como Peso Máximo de Decolagem) entre 80 toneladas (Embraer KC390) e 250 toneladas (McDonnel-Douglas/Boeing KC-10 Extender), tem em comum um enorme RCS. Afinal de contas, furtividade não era uma prioridade dos seus projetos, normalmente não eram sequer um dado a ser considerado (notadamente nos derivados… Read more »
Anexo um PDF de 2013 muito interessante sobre o assunto:
An Overview of the Air Force’s Speed Agile Concept Demonstration Program
http://enu.kz/repository/2013/AIAA-2013-1097.pdf
Boeing e Lockheed Martin estão nessa batalha.
Por fim (ao menos por enquanto) repito aqui comentário do experiente Rinaldo Nery de 3 de outubro de 2016, sem licença prévia e abusando da compreensão do mesmo. (Na esperança de não ser processado… 🙂 ) . Rinaldo Nery 3 de outubro de 2016 at 12:39 “Pra entender um pouco o posicionamento dos HAV (High Asset Value), antes do início da campanha é confeccionado o PCEA (Plano de Controle do Espaço Aéreo), ou ACP (Airspace Control Plan), onde serão definidas as áreas DRINK (Tanker) e WATCH (AWACS), antes da linha de contato, e atrás das áreas FAOR (Fighter Area of… Read more »
Ivan, Como patrulhas de combate são feitas em área não contestada o que se pode deduzir é que esses aviões reabastecedores serão utilizados somente para missões de interdição e ataque. Por que então eles mesmos não efetuar o ataque? Não vejo lógica em se utilizar um reabastecedor stealth (parece que não tripulado) em espaço aéreo contestado para reabastecer um caça para que este possa realizar o ataque. Seria o mesmo que utilizar um B-2 como avião tanque. Até entenderia se o projeto visasse primariamente um avião de transporte tático furtivo e com capacidade VTOL ou SSTOL (super short) , com… Read more »
Honorável Mestre, . O amigo escreveu: “…esses aviões reabastecedores serão utilizados somente para missões de interdição e ataque.” . Necessariamente não. Considerando apenas missões REVO, acredito que devem apoiar caças furtivos (caríssimos de adquirir e operar) em missões de superioridade aérea, inclusive algumas mais agressivas sobre a linha inimiga, considerando que poderão revoar mais próximo das linhas de SAM sem denunciar os caças em CAP. Ainda no REVO, há sempre o C-SAR… . “Seria o mesmo que utilizar um B-2 como avião tanque.” Necessariamente não. Um B2 – ou B21 – provavelmente tem um desenho mais furtivo que os requisitos… Read more »
Caros, como dito pelo Ivan, entendo que o REVO provido será relativamente distante da linha dos SAM, ate porque o TO certamente seria de alta/altissima intensidade. Assim a geometria tipicamente angulada deve priorizar uma otimização considerando que os radares de defesa, principalmente aqueles baseados em terra, estarão a algumas dezenas de quilometros, tornando o RCS talvez equivalente aquela dos caças que irão apoiar. Isso tambem ajuda com que a solução aerodinâmica seja melhor tratada, permitindo com que o corpo da fuselagem seja largo o suficiente para alojar reservatorios de combustivel e ao mesmo tempo não representar um ônus importante para… Read more »