Mergulhador canadense afirma ter encontrado bomba nuclear perdida pela USAF
Militares canadenses planejam enviar um navio para a costa da Colúmbia Britânica com o propósito de investigar a alegação de um mergulhador que supostamente encontrou uma bomba perdida em 1950, quando um B-36 dos EUA caiu indo do Alasca para o Texas.
O mergulhador, Sean Smyrichinsk,y disse ao jornal Vancouver Sun que descobriu algo incomum na Ilha Pitt no arquipélago de Haida Gwaii, descrevendo a descoberta como um “OVNI” para os seus amigos. Alguns dias depois, Smyrichinsky recontou a história para um pescador.
“Ninguém jamais o tinha visto antes ou ouvido falar dele, [porque] ninguém mergulhou lá”, disse ele. “Então algum veterano disse ‘Oh, você pode ter encontrado aquela bomba”.
“Aquela bomba” era um dispositivo nuclear que foi despejado ou explodido ao largo da costa da Colúmbia Britânica em 13 de fevereiro de 1950, quando um bombardeiro B-36 americano caiu durante a rota do Alasca para o Texas. Ela continha chumbo – não plutônio – e TNT.
A tripulação abandonou o B-36 após o acúmulo excessivo de gelo sob as asas do avião e três de seus seis motores pegaram fogo.
A missão do bombardeiro incluía o lançamento simulado em San Francisco usando uma versão inerte da bomba Mark IV, similar à bomba nuclear lançada em Nagasaki, no Japão. Eles despejaram a bomba antes de abandonar, porque, embalado com explosivos, ainda poderia ter causado grandes danos no impacto.
Cinco membros da tripulação do avião morreram. Outros 12 foram resgatados após saltarem de paraquedas.
Mais tarde, Smyrichinsky encontrou fotos na internet que combinavam com o que ele havia encontrado cerca de 50 pés debaixo d’água.
Se confirmado, Smyrichinsky pode ter descoberto os restos do primeiro “broken arrow” – codinome dado aos acidentes envolvendo armas nucleares americana.
FONTE: The Guardian, via Military Times
‘Despejado ou explodido’? O.o
De acordo com o Wiki, com a montagem invertida dos motores a pistão, seus carburadores ficavam à frente dos cilindros e captavam ar frio sem aquecimento, com isto o gelo gradualmente entupia os carburadores enriquecendo a mistura ar-combustível, até o ponto que o combustível acabava queimando no escapamento, gerando incêndios.
Ademais, cada motor a pistão tinha um reservatório para 380 litros de óleo e 56 velas de ignição!
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Maior e mais imponente ainda que o B-52.
Confusa a matéria, era um simulacro, despejado ou explodido, samba do galego doido
Delfim, se achou ele imponente, checa o YB-60. É como um B-36 só que apenas jato, mas não foi para a frente. O B-36 tinha seus problemas, e depois teve que ser equipado com pods duplos de motores à jato para melhorar e performance. Apesar do tamanho, ficou em serviço relativamente pouco tempo, ainda mais com o advento dos B-47 e B-52. . Uma forma de se ver boas cenas com B-36 é no filme ‘SAC’ com James Stewart e June Allyson. Stewart já era General da USAF (reserva) nessa época, e o filme contou com todo o apoio da… Read more »
adoro este site, mas é
notícia velha …
Dá uma martelada na espoleta pra ver se funciona :DDD
Leandro, eu entendi que foi lançada para que não explodisse com a queda do avião. Acho que a explosão era uma possibilidade, não uma certeza, acabou não ocorrendo.
Sim, eu entendi que a bomba foi alijada antes do avião explodir no ar ou se chocar com o solo, mas ainda acho que caso houvesse explodido, isso teria sido verificado na época, e não teria sido encontrada, pelo menos de forma reconhecível, nos dias atuais. Acho que por isso achei estranha a matéria.
E de acordo com a Clinton News Network, a bomba também continha urânio, mas não o plutônio necessário para uma detonação nuclear, e havia sido alijada pela tripulação.
B 36. Lembro do filme Strategic Air Command e da famosa frase: “Six Turnin and Four Burnin”.
https://www.youtube.com/watch?v=VGjyH2ulsCk
Me lembro que quando ganhei o livro “Bombardeiros a Jato” e vi esse cara mal acreditei que esse bicho já esteve em serviço. Como disse o Leandro Costa 10 de novembro de 2016 at 9:53 o YB-60 então nem se fala. Gostava o legal dessa época é que a cada momento saia um novo avião… Hoje em dia demora bem mais.
Hawk, eu tenho o mesmo livro. Bons tempos. Vários livros interessantes da ‘Editora Ao Livro Técnico’ naquela época. Tenho vários ainda. . Nos anos finais da Segunda Guerra Mundial, vários novos processos tecnológicos estavam ganhando força. O Advento do jato, bem como outros desenvolvimentos, como radares e eletrônicos em geral, fora o que foi adquirido dos alemães ao final da Guerra, aceleraram o desenvolvimento aeronáutico de maneira colossal. O próprio esforço de guerra, a demanda por suprir diferentes teatros de operações com material, a necessidade de operações aéreas de longo alcance com carga útil cada vez maior, deu um pontapé… Read more »
*NB-36H 😛
Se a bomba era inerte (de treinamento) não há o que se falar de “bomba nuclear” ou em “broken arrow”.
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Leandro,
As bombas atômicas de primeira geração ou eram a base de urânio ou de plutônio. Não precisavam de ter os dois. Essa bomba era uma bomba não nuclear mas que simulava a bomba Mk-IV, similar à bomba de Nagasaki (chamada de Fat Man) que era a base de Plutônio. A de Hiroshima (Little Boy) era a base de Urânio.
adoro este site, mas é
notícia velha …
Verdade. Do dia 3 de novembro.
Bosco, correto. Esse B-36 em particular estava em um exercício simulado de bombardeio. A Mk.IV carregada era inerte, mas eles carregavam à bordo dois tripulantes encarregados de ‘armá-la’ e para isso carregavam um ‘simulador’ de núcleo, contendo urânio natural (sabe-se lá por que, mas ainda estou pesquisando), que foi inserido na bomba antes de ela ter sido alijada. . Ou seja, aparentemente essa bomba inerte tinha previsão de treinar a tripulação em todos os processos de uma missão nuclear, o que para mim é interessante pois não sabia desses detalhes. E aparentemente, ao ser alijada essa bomba de treinamento deveria… Read more »
Leandro,
Mas pra que iriam colocar urânio na bomba? Acho muito estranha essa estória. Mesmo porque numa bomba real ela é montada e armada em solo e ninguém coloca material físsil no ar.
Acho que isso é coisa de jornalista desinformado.
Um abraço.
Não sei, mas lembro que nas bombas que bombardearam o Japão, tanto Fat Man quanto Little Boy foram armadas no caminho para o Japão no ar. Tanto que existia a função de ‘Weaponeer’ nos primeiros anos do SAC. Sei que quando os destroços foram encontrados, expedições canadenses e americanas foram até o local e conduziram testes na área e posteriormente declararam que não houve qualquer resíduo de radiação. A última dessas parece ter acontecido na década de 90. . Acho que isso serve mais para acalmar a população que sabe que um bombardeiro capaz de carregar armamento nuclear caiu na… Read more »
O arranjo de um bomba como a Fat Man era do tipo “implosiva”, a partir de uma complexa conformação de “lentes”. Não havia como carregar o núcleo e nem mesmo os explosivos convencionais dentro de uma aeronave.
O máximo que se pode imaginar é carregar a espoleta com algum tipo de explosivo iniciador.
Bosco, página 25:
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https://books.google.com.br/books?id=XN3FuAGFW8wC&pg=PA40&lpg=PA40&dq=SAC+weaponeer&source=bl&ots=PB_2to9Lx9&sig=cvYeuxAAmsORRcuBCRZpNAh8Nck&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwjj–apy57QAhUID5AKHcZoCvkQ6AEIHTAA#v=onepage&q=SAC%20weaponeer&f=false
Ok, acho que entendi mais ou menos o que aconteceu. . A Mk.IV perdida sobre o Canadá era uma bomba real. Acontece que a bomba ‘inerte’ que é uma bomba do mesmo formato e tamanho, mas com concreto, é apenas usada para treinamento em solo, para que as equipes da USAF treinassem o carregamento e o descarregamento dos aviões. Já para treinamentos das tripulações aéreas, mesmo em missões de treinamento, a bomba REAL é usada, só que com um núcleo inerte de treinamento, caso contrário os sistemas de apoio dentro do bombardeiro não funcionariam. Para tanto, o núcleo inerte é… Read more »
Leandro Costa
Ótimo texto. Parabéns!
Leandro,
Interessante!
Vou dar uma olhada mais atenta na sua indicação apesar do meu inglês básico.
Um abraço.
Poggio, obrigado por postar a matéria e causar a curiosidade hehehehe
Tive a oportunidade de visitar por duas vezes o Museu Nacional da USAF em Dayton, OH e fiquei impressionado com o B-36J Peacemaker, uma aeronave enorme com mais de 70m de envergadura e quase 50m de comprimento. Além das dimensões, me chamou a atenção os 6 motores na configuração pusher associados com 4 turbinas. Imagino como seria acompanhar o taxiamento e decolagem dele com full power. O museu possui diversas relíquias da aviação, desde o Flyer dos Wright Brothers até os caças mais modernos como o F-22. Um passeio imperdível para os amantes da aviação.
Muito boa a matéria, parabéns.