Transporte de figado por C-95 do Esquadrao Pastor - foto FAB

Aeronave C-95 Bandeirante transportou o órgão de Natal para Fortaleza. O Segundo Esquadrão de Transporte Aéreo foi o responsável pela missão

A Força Aérea Brasileira realizou o transporte de um fígado para transplante de Natal (RN) para Fortaleza (CE) na tarde deste domingo (12/06). O órgão, conduzido pela aeronave C-95 Bandeirante do Esquadrão Pastor (2° ETA) – sediado em Recife, chegou às 18h30 na capital cearense e foi levado para o Hospital Universitário Walter Cantídio.

A solicitação foi feita pela Central Nacional de Transplantes (CNT) ao Comando Geral de Operações Aéreas, que coordenou a operação com o Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR), também localizado em Recife (PE). A aeronave decolou da capital pernambucana às 13h, pousou em Natal 13h50 e partiu para Fortaleza às 17h10.

De acordo com o comandante da aeronave, Tenente Aviador Cayo Cézar Farias Amorim, fazer parte de missões como essa é muito gratificante. “Como tripulante da aeronave da FAB, me sinto orgulhoso e com uma satisfação muito grande em poder participar desse tipo de ação. Acredito que a Força Aérea ao fazer essas missões está atendendo e servindo nossos irmãos brasileiros”, declarou o piloto responsável pela tripulação formada por mais dois militares.

A Enfermeira Patrícia Sueida de Oliveira Maciel, que acompanhou o órgão desde Natal, destacou a importância da missão. “Essa ação está sendo a diferença para uma pessoa que está no hospital, que já não podia fazer planos para amanhã, e graças à solidariedade de uma família, graças ao trabalho de muitas pessoas envolvidas, incluindo a Força Aérea Brasileira, que tem sido um apoio de peso, a gente está conseguindo levar a ajuda para essa pessoa poder continuar vivendo”, declarou.

Transporte de figado por C-95 do Esquadrao Pastor - foto 2 FAB

Este é o segundo transporte de órgão realizado pela FAB após a publicação do Decreto nº 8.783, de 06 de junho de 2016, da Presidência da República que determina à Força Aérea Brasileira a disponibilização de meios aéreos com o objetivo de cumprir missões específicas do Ministério da Saúde, especialmente da Central Nacional de Transporte.

FONTE / FOTOS: FAB (Agência Força Aérea, BANT e BAFZ)

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Roberto Dias

O grande problema do nosso país é que estamos entrando em uma “faixa vermelha” com relação aos gastos governamentais e os políticos não querem admitir. Corta-se tudo que não os atinja e acham que estes problemas vão continuar camuflados no mar de problemas que o Brasil se encontra. A reforma tributária já passou do inadiável para o inadmissível, a população vive a míngua e faz protesto apenas para tirar um partido do poder, quando são todos iguais! Precisamos de uma nova geração de políticos patriotas e que não tenham como objetivo o próprio rabo, nosso país carece de um plano… Read more »

cudi zucchetti

Muito bom Roberto Dias, muito bem ponderado. parabéns

Gustavo

Bandeirante velho de guerra, que voe ainda por muitos anos! Se olhar de pertinho talvez ache um selinho escrito, “feito para durar”.

Celso

Prezado Nunao, face ao comentario do colega Roberto Dias…..aqui entre nos, fica quase impossivel ante tantos fatos horriveis e tenebrosos em nosso pais, disassociar alhos de bugalhos, vc ja reparou como certos assuntos sao intrinsicamente parelhos e impossiveis de nao serem comentados…………perdoe meu comentario, mas esta impossivel nao ficar indignado c tanta coisa ora acontecendo em nosso pais, fossem outras circunstancias e c certeza aqui so teriamos o trivial para debater e em alto nivel. Sds

Celso

Valeu caro Nunao por suas claras explicacoes, alias, entendo e compreendo . Permita-me…eu sou um daqueles q aqui comecou c vcs a tantos anos atras. Sempre acompanho o PA e anexos…..cada vez melhor…..tal qual uma boa safra de uvas e seus vinhos.

Nonato

Colegas, sem querer ser chato. Esse vôo demorou muito, não foi? Saiu 13:00 h de Recife, chegou 18:30 em Fortaleza… 5 horas e meia só o trajeto do avião. Não havia aviões da FAB em Natal? Não havia jatos no trajeto? Quanto tempo um órgão dura entre a retirada e o implante? Bom falei apenas porque temos a ideia de que trata-se de um transporte urgente. Tratando-se de um transporte para cidades tão próximas demorou… Até mesmo uma ambulância em alta velocidade poderia ter feito o transporte. 500 km de distância… Falaram que haveria sempre um avião disponível. Como assim?… Read more »

Nonato

Percebi agora. O avião ficou esperando de 13:50 às 17:10. Ou seja, a demora não tem nada a ver com a aeronave, que foi relativamente rápida nos trechos.
Parabéns.
Agora nosso presidente e nossa FAB vão divulgar bastante esses transportes para ver se os jornalistas que ficam tentando encontrar defeitos e criticar e tentando ganhar ibope ficam sem matéria para publicar…
Muitas dessas reportagens são frutos de análises apressadas e criam constrangimentos para as autoridades.

Delfim Sobreira

Nonato.
As autoridades esperam. Podem pegar vôos de carreira ou fretados. Se a “afastada” esperneou mas tá pegando, outros podem.
Alem do mais, não é incomum em outras FA’s mundo afora as missões de misericórdia, com uso de kit de aeroevacuação médica.
Se isso está se tornando frequente no Brasil, credite-se por pura e simples esfacelamento da estrutura civil de saúde. O que não é de hoje…

Rinaldo Nery

Respeitando a importância da missão, sem duvida, há que se tomar cuidado com essas missões subsidiárias que a FAB executa constantemente: transporte de urnas eletrônicas, campanha de vacinação na Amazônia, transporte de gêneros para locais com enchente (Acre), transporte de órgãos etc. A missão fim da FAB é voar e combater. Daqui a pouco vamos esquecer disso. Se há meios ou não pra essa missão fim não interessa. Há alguns anos, um companheiro cursando a ESG escreveu sua monografia sobre esse tema, missões subsidiárias. O esforço dispendido nisso é enorme. Na minha opinião, a sociedade civil deveria se virar nos… Read more »

Rafael Oliveira

Só para registrar, a maioria dos órgãos para transplantes são transportados pelas companhias aéreas. A FAB só é acionada se não tiver voo civil compatível com o deslocamento. “As companhias fundadoras da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) foram responsáveis pelo deslocamento de 2.035 itens para transplantes (órgãos, tecidos, itens e equipes médicas) no primeiro quadrimestre de 2016. No total, foram 1.135 voos para esse fim realizados pelas empresas AVIANCA, AZUL, GOL e LATAM entre janeiro e abril. Isso equivale a cerca de 90% do total de missões de transporte para transplantes no Brasil dentro do Sistema Único de Saúde… Read more »

Celso

Rafael, de fato, otima colocacao e explicacao para muitos q nao saibam. Nao ha nada de novo neste assunto. Tais fatos q surgem eventualmente so aparecem na midia para dar ibope ou sei la o que. Muita bobagem divulgada, qdo na verdade so querem tumultuar. A FAB eh complementar nestas situacoes e so eh ativada qdo nao existam voos regulares ou aeronaves de outrens disponiveis. A palavra correta nestes casos eh EMERGENCIA e justifica-se para se ativar uma aeronave da FAB. Sds

Delfim Sobreira

Então consideremos que a FAB nem deva transportar órgãos, pacientes, e demais missões de misericórdia que não possam cobertas pela aviação comercial. Então, quem faria ? Uma empresa indicada por critérios políticos ? Vôos superfaturados ? Aeronaves inadequadas aos locais e distâncias de translado ? Poderia se criar uma “força aérea auxiliar”, civil, nos moldes da Marinha Mercante, para fins de socorro e misericórdia, mas… e os critérios de aquisição de aeronaves ? E o concurso pra admissão de pilotos, médicos e enfermeiros aeronautas civis ? Quem administraria, a FAB (que não quer voar mas vai querer mandar) ou a… Read more »

Franco Ferreira

Histórias dos tempos da carochinha. Depois de fazer o circuito Casalvasco/São Simão/Fortuna/Porto Índio num C-95A , ao passar por Coxim, o ACC CG perguntou, às 16:00 horas, se eu poderia trazer para SP um passageiro que tinha sido operado do coração com o peito aberto e lá (em CG) não havia o fio de sutura necessário. Os meus passageiros seriam trazidos, depois, por um Pelicano que estava sendo esperado para mais três horas à frente. O desfecho do paciente, se esperasse aquele tempo todo, seria incerto. Evidentemente concordei na hora. O desembarque dos passageiros e suas tralhas deu-se em cinco… Read more »

Franco Ferreira

A primeira foto está montada. O tripulante corre, mas os pilotos não estão em posição.