Troca da guarda na Operação Chammal: Mirage 2000D rende o Mirage 2000N
Na quarta-feira, 3 de fevereiro, a Força Aérea Francesa divulgou nota e fotos sobre a substituição dos jatos de ataque Mirage 2000N que participam da Operação Chammal a partir de base aérea na Jordânia por outro modelo da família, o Mirage 2000D. A operação é a participação francesa, lançada em 19 de setembro de 2014, na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI, também chamado de ISIS e Daech) em apoio a forças iraquianas que combatem em terra, e que passou a incluir mais recentemente ataques aéreos a alvos do EI na Síria.
Não é a primeira vez que se realiza uma “troca da guarda” entre esquadrões diferentes da Força Aérea Francesa equipados com as versões de ataque do Mirage 2000. O modelo Mirage 2000N, cuja missão mais destacada é a dissuasão nuclear com uso de mísseis ASMP-A, é empregado na Operação Chammal em missões de ataque com bombas convencionais, em especial as guiadas, como se vê na foto mais acima. Segundo a nota da Força Aérea Francesa, a configuração com quatro bombas do tipo GBU 12, ao invés das duas levadas mais comumente, foi testada e em seguida empregada em operação real em novembro do ano passado sobre Raqqah, na Síria.
Os jatos Mirage 2000N do Esquadrão 2/4 “La Fayette”, que na França operam a partir da Base Aérea 125 de Istres, estavam desdobrados na Jordânia desde o início de agosto de 2015, e foram rendidos agora por jatos Mirage 2000D da 3ª Esquadra de Caça, provenientes da Base Aérea 133 de Nancy.
Ao longo dos meses em que operaram a partir de base na Jordânia, os aviões do Esquadrão “La Fayette” e as quinze tripulações que se revezaram nas missões realizaram 300 surtidas, totalizando 1.400 horas de voo, lançando 140 munições. As missões demandaram cerca de 800 reabastecimentos em voo. Os jatos voltaram a Istres na última segunda-feira, 1º de fevereiro, e seus tripulantes foram recebidos por familiares no pátio da base (fotos abaixo).
Ainda segundo a nota da Força Aérea Francesa, parte do pessoal de apoio do esquadrão voltou para casa em jato C135 no mesmo dia, e prevê-se que que até o final da semana os demais membros da equipe estejam de volta à França.
FOTOS: Força Aérea Francesa
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Eterno MIRAGE, bla.. bla.. bla.. de Typhoon, F-35, Gripen, Rafale, F-16 etc .. mas o vovô esta ai, fazendo muito bem o trabalho..
Então vamos colocar lenha na fogueira a França tenta “empurrar” Rafale para todo mundo , pode ser um caça eficiente não tenho duvidas disso , mas que se torna tão caro a hora/voo que nem os franceses aguentam pagar os custos operacionais deles(de um avião produzido na França e teoricamente sai mais barato para eles ), e apelam para Mirage 2000, agora imagina se fosse escolhido pelo Brasil ele ia ficar la no hangar só na exposição .
Alexandre, boa tarde. . Não entendi o sentido de “apela para o Mirage 2000”. . A Força Aérea Francesa ainda tem uma frota considerável de Mirage 2000 em operação, especialmente do modelo “D” de ataque ao solo (último modelo a ser fabricado para a França), com pelo menos uns 10 anos ainda de vida útil antes de ser substituída totalmente pelo Rafale – caso os planos originais de substituição total sejam cumpridos, embora haja dúvidas, especialmente financeiras, de que isso aconteça, e há matérias sinalizando isso publicadas aqui no Poder Aéreo a partir de fontes francesas (e aí eu vejo… Read more »
Curiosa a primeira foto do Mirage decolando. Ele leva bombas guiadas mas sem casulo designador. Alguém sabe o modelo exato daquelas bombas?
Clésio, o texto original em francês diz que são GBU 12, guiadas a laser.
.
Assim, nessa configuração mostrada na foto, um casulo designador precisaria estar instalado em outro caça.
“……..realizaram 300 surtidas, totalizando 1.400 horas de voo, lançando 140 munições. As missões demandaram cerca de 800 reabastecimentos em voo.”
Leram os números ? Fizeram as contas de panadaria ?
Jesus. Ou eu estou louco ou eles ! (140 munições?).
Quem vende o combustível, a Total ?
Carlos, Dê uma espiada nas matérias do “veja também”, ao final. Uma delas dá a proporção de missões que não resultam em lançamento efetivo de bomba (leia-se munições), o que é comum tanto para a França quanto para outros países operando lá, pois em diversas surtidas naquele tipo de conflito o caça tem que ficar certo tempo na região dos possíveis alvos, aguardando informações de localização, alvos de oportunidade etc. . Pelos números divulgados, cada surtida ocupou 4,6 horas de voo, com pouco mais de 2,5 reabastecimentos em voo por surtida, ou pouco mais do que um na ida e… Read more »
Carlos, eles estão operando contra alvos de oportunidade. As vezes eles aparecem, as vezes não. Se é um alvo fixo como uma base a missão pode ser planejada, voando apenas o necessário e lançando todas as munições. Mas se a missão é para apoio aéreo aproximado e alvos de oportunidade designados pela inteligência no solo, o jeito ficar sobrevoando até a oportunidade aparecer. É por isso que se vê os B-1 e B-52 operando por lá, já que eles precisam de menos reabastecimento e podem ficar na área de 3 a 4 vezes mais que caças convencionais. Então se vê… Read more »
Clésio, saberia me dizer o custo da hora de voo dos B-1,, B-2 e B-52???
Vejam só, quase 6 meses voando diariamente, em configurações pesadas e tudo dentro das conformidades. Até hoje não se entende como a dassault matou esse avião.
As últimas duas fotos são muito emblemáticas.
Saudações.
Tenho uma dúvida: Os mirage 2000 da versão B e C possuem capacidade de ataque ao solo? Já vi fotos dos 2000 do Peru com bombas.
Ivo, O B e C podem levar armas ar-sup burras. Não é compatível com armas ar-sup guiadas e nem com pods de designação de alvos e o radar não tem modo ar-sup específico para buscar alvos no solo. A versão D é específica de ataque convencional e é compatível com todos os armamentos guiados e com pod de designação de alvos. A versão N na foto é específica para ataque nuclear e não é compatível com pods de designação de alvos a laser, isso explica a primeira foto que mostra um com 4 bombas Paveway mas sem o pod. Já… Read more »
Concordo plenamente como pode a Dassault abreviar a vida dos Mirage, em várias versões, um caça bombardeio, interceptor, de baixo custo de manutenção, pois a Força Aérea Francesa prova o contrário, ao mantê-los em pleno uso, e ainda bem viáveis nos dias de hoje, e dá gosto vê-los voando como se tivessem a recém saído da linha de produção. Outros países como o nosso – não deram a devida importância que merecia. Israel o deu, e poderia, com vantagem ainda mantê-los em sua Força Aérea se tivessem dado a mesma importância que a França deu a eles.
Iväny Junior 5 de fevereiro de 2016 at 16:47 Concordo 110%, mas: “Vader 30 de janeiro de 2011 at 6:43 Que coisa mais bizarra… O Mirage 2000 era um bom caça, e a JACA acabou com as chances dele no FX1, pois todos sabiam que o Mirage sairia de linha pra dar lugar a ele. Agora, o Gripen é muuuuuito superior ao Mirage. São aeronaves de geração diferente.” /////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// “Mauricio R. 29 de janeiro de 2011 at 17:06 “…passivel hj-2011-de sofrer uma modernização,recebendo radar AESA, tudo feito via Embraer,que teria,de…” Modernizações de M-2000 são feitas somente pela Dassault, cobrando os… Read more »
Maurício R. >>>>>>>>>>>>>>> Especial em sua homenagem Caro Colega:
G abraço
https://www.youtube.com/watch?v=3TNV5T8dYus
Galante, tens esse vídeo ainda ? Pode posta-lo ?
Está “fora do ar no you” .
“Alexandre Galante 30 de janeiro de 2011 at 9:46
Pessoal, podem acreditar, o material é oficial. Recebi o CD com esse vídeo numa LAAD. Fuçando nas minhas coisas, acabei achando essa pérola e fiz o upload. É tosco, é bizarro, mas é divertido.”
Obrigado.
Um belo avião, caro de operar, mas ubkm de tudo.
G abraco
Recordar é saber:
http://www.aereo.jor.br/2008/11/10/cronograma-do-f-x-da-fab-do-ano-2004-vale-a-pena-ler-de-novo/
Delmo, Tinha rolado por aí uma tabela com os custos de hora de voo na USAF, mas não sei onde está agora. Você talvez ache pela internet. Mas dos 3, provavelmente o mais caro deva ser o B-2, por causa da cobertura RAM que se desgasta fácil e é trabalhosa de repor. Já o B-1 e B-52 não devem ficar por menos de 50.000 obamas com certeza. Mas como um único voo deles, dependendo da missão, vale por 4 ou mais caças, provavelmente acaba compensando, porque se economiza em quantidade de aeronaves e até em um menor número de reabastecimentos… Read more »
Eu não dou valor a reabastecimento em voo. Para mim, um caça é para lutar. Já pensou um soldado no front, vai, dá alguns tiros e volta para beber água, pegar mais munição? Sem falar que da Jordânia para a Síria é um pulo… Ou já pensou um tanque… Sai de seu país para combater em território inimigo. Avança um pouco, troca alguns tiros com o inimigo e volta para o pessoal tomar água, para colocar mais combustível e munição. Não se trata de área inimiga? É fácil ficar indo e vindo? Por isso, numa guerra, acho que não faz… Read more »
Mas se a Dassault não tivesse tomado a decisão de não mais produzir o Mirage o que teria de opção para fazer um up-grade que levasse ao caça de 4ª geração ou mais sofisticado?
Pelo visto grande parte dos países desenvolvidos ou não ainda usa caças bem antigos, mesmo que com algum tipo de modernização.
E não parecem desesperados para troca-los.
É o caso dos f-4 no Irã e Turquia.
F-16.
F-5 no Brasil e Suíça?
Tornados…
A-10.
Su-25…
Hércules.
Sem falar em alguns aviões americanos que seriam década de 1950 (não lembro quais seriam…).
De certo modo para os fins a que se propõem continuam funcionando.
Jogar bombas sem resistência antiaérea…
Nunão, Clésio, Bosco, Juares e aos demais entendedores e foristas. Hoje sabemos que nem todas as forças aereas do mundo podem comprar rafales, gripens, f 18 e f35, su 35 , eurofaithers, dentre outros equivalentes pelo seu alto custo. Gostaria de saber qual a opnião de cada um de vcs sobre a possibilidade de uma Embraer ou alguma outra empresa comprar os direitos e ferramental desta otima aeronave e voltar a produzir com certeza teria mercado para essa aeronave intermediaria que não é a mais cara e nem a mais barata e é infinitamente superior as aeronaves chinesas e indianas… Read more »
Barbosa, se construírem um caça do tamanho do 737 quem sabe ele não necessitará de REVO. Vai poder carregar bastante querosene. Ou combater a menos de 100 milhas da Base.
As áreas destinadas ao avião tanque, chamadas Drink, ficam fora do alcance da aviação inimiga, em território amigo. Assim como as áreas das aeronaves AWACS, chamadas Watch. Tanto as aeronaves tanque como os AWACS são chamadas HVA (High Value Asset), e contam com escolta.
Na CRUZEX 2008, em Natal, foi a primeira vez que o M-2000N saiu do território francês para participar de um Exercício. Belíssimo avião.
Os A-11/-12 e SR-71 eram quase do tamanho do B-727 e mesmo assim necessitavam de revo.
A questão do reabastecimento tem a ver com a tolerância humana para cumprir uma determinada missão com eficiência. Um piloto de caça suporta bem missões de até 8 horas enquanto um caça mesmo com tanques externos tem uma autonomia de no máximo uma 4 horas. Missões típicas duram por volta de 2 horas. Um caça que tenha tanta autonomia quanto a resistência de um piloto treinado teria que ser muito grande e com peso máximo de decolagem igualmente grande. Aí acaba que ele fica gigante, passa a ter dois tripulantes, uma copa, toalete e colchonete no corredor. Fica mais lento… Read more »
A grande burrada da França e da Dassault foi ter desprezado esse projeto.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dassault_Mirage_4000
carlos alberto soares 5 de fevereiro de 2016 at 21:36
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Obrigado!!!
Alex Tiago, boa noite. . O problema é que o Mirage 2000 não foi um avião especialmente barato quando em produção. Não fugia do preço do Gripen C/D e creio que hoje, atualizado com o mínimo necessário para se competitivo para ser comprado novo e servir por décadas, não fugiria do preço do Gripen E/F. . Ainda assim, poderia ser competitivo, mas seu tempo passou: não é só uma questão de ferramental e direitos, mas de inúmeros componentes que precisariam ter a cadeia logística renovada, sem falar no componente mais crítico, o motor, cuja produção cessou, e que também está… Read more »
Enquanto os Mirage 2000 franceses C/D/N ainda estão na ativa, os nossos estão sendo consumidos pela ferrugem. Parece que mandaram os refugos dos refugos! O Nunão falou dos Super Enterdart do Charlles de Gaulle que estão para dar baixa, e a Argentina já está interessada em peças de reposição, para ver se coloca no ar seus velhos SE sem nenhum tipo de modernização para voar, devido a frota de A-4 da Força Aérea estar parada sem condições de voo. http://tecnodefesa.com.br/argentina-paralisa-frota-de-cacas-a-4ar/. http://www.cavok.com.br/blog/armada-argentina-interessada-nas-pecas-de-reposicao-dos-super-etendard-franceses/
Num comparativo entre o sueco e o francês em desempenho, os dois seriam semelhantes, com o Mirage sendo ligeiramente mais veloz e o Gripen com mais alcance.
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Mas o Gripen E/F tem capacidade de carga paga mais interessante que o Mirage 2000, por causa dos 2 pontos duros na fuselagem central, o que permite algumas configurações de cargas volumosas (como 2 tanques e 2 bombas de 907kg) não possíveis no Mirage.
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Soma-se a isso a incrível diferença de taxa de curva sustentada em favor do Gripen, tem-se então praticamente zero motivos de querer a volta do Mirage.
Pessoal a ultima coisa que eu gostaria de ver em nossa força aerea são avioes Mirage 2000 o que eu quis dizer que ele é muito melhor que chineses e indianos para o Brasil logico que Gripen E é uma otima pedida porem em quantidades muito diferentes das quais temos ate o momento porém o que eu gostaria de ver são opiniões para o mercado e para terceiros paises que pegaria um avião muito a frente de chineses e indianos e que pelo fato de ja estar desenvolvido e tbm porque todo o ferramental de produção ja esta pronto a… Read more »
OFF TOPIC…
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…mas nem tanto!!!
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Novas PGB chinesas:
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” Three new variants complement eight FT-series precision munitions now offered for export
China is seeking to expand its PGB footprint internationally ”
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(http://www.janes.com/article/57784/china-offers-latest-ft-series-precision-guided-bombs-for-export)
Amigos. Será que existiria possibilidade de adquirir um esquadrão de aeronaves,( dois, talvez ) em Israel, ou outro país para que possamos ter alguma superioridade aérea momentânea? O ,Kfir ou Migs 21 Lancer, Mig 23, Tornados, F 16??? Modernizar em parceria com Israel não é nada difícil. Um esquadrão apenas?! Temporariamente. Há possibilidade( mesmo que remota) de transformar um caça AMX num supersônico? E os A4? Não acredito no impossível para nossa Engenharia.
A possibilidade viavel era o Gripen C/D, mas com essa crise temos que tentar modernizar os F-5 jordanianos e pelo menos 36 A-1, aguentar ate a chegada do Gripen E e apos 2024 encomendar os lotes seguintes, ate la serao 9 anos, se a crise durar uma decada, estaremos saindo dela justamente nessa epoca, entao acho os lotes adicionais estarao salvos. A grande duvida e se os modernizados chegam ate 2025.
Corrigindo: …chegarao ate 2025.
Amigo E. Silva. Obrigado. Também é a minha dúvida? Por isso escolhi parceria com Israel para modernização.
Corrigindo: ..também é minha dúvida…Abraços!
Não há a mínima possibilidade.