USAF anuncia contrato para bombardeiro que substituirá desde o B-52 até o B-2
Contrato foi concedido à Northrop Grumman. Programa LRS-B pretende desenvolver e adquirir inicialmente 21 bombardeiros de longo alcance, podendo chegar a 100 aeronaves para substituir toda a frota de bombardeiros da USAF.–
Em nota divulgada na terça-feira, 27 de outubro, a Força Aérea dos EUA (USAF) informou que a empresa Northrop Grumman recebeu o contrato para desenvolvimento de engenharia e manufatura (EMD), assim como de produção inicial, para o programa do bombardeiro de longo alcance (LRS-B – Long Range Strike Bomber).
O objetivo é desenvolver e produzir as primeiras 21 aeronaves de um total planejado de 100 unidades, substituindo a frota atual de bombardeiros da USAF, que compreende desde aviões com mais de 50 anos de serviço, como o B-52, até os B-2 que estão em operação há cerca de 17 anos.
O programa é considerado crítico para defesa dos Estados Unidos, assim como uma das mais altas prioridades da USAF. O novo bombardeiro de longo alcance deverá ser capaz de atingir qualquer alvo no planeta, a partir dos Estados Unidos, penetrando e operando no ambiente de negação de acesso aéreo do futuro, quando se espera a introdução de avançados sistemas de defesa aérea e mísseis superfície-ar.
Contrato de duas partes – A primeira parte do contrato, denominada EMD, envolve incentivos de custo e desempenho, visando minimizar o lucro do contratado caso ele não controle de forma apropriada os custos e os prazos. Uma estimativa independente para essa fase é de 21,4 bilhões de dólares (com valor do dólar de 2010).
Já a segunda parte é composta de opções para os cinco primeiros lotes de produção, compreendendo 21 aviões de uma frota total planejada de 100 aviões.
Até 606 milhões de dólares a unidade – Conforme os requerimentos aprovados, o custo médio de aquisição por unidade (APUC – Average Procurement Unit Cost), levando em conta uma frota de 100 aeronaves LRS-B, é equivalente ou inferior a 550 milhões de dólares. Já uma estimativa independente coloca esse valor em US$ 511 milhões, ambos em valor do dólar de 2010.
Um documento (clique na imagem ao lado para ampliar) sobre os custos projetados para o programa, conforme o contrato concedido à Northrop Grumman, foi divulgado em 27 de outubro juntamente com a nota da USAF. Para acessar o arquivo original em formato pdf, clique aqui.
Conforme o documento, quando se leva em conta o dólar para o ano fiscal de 2016 (ou seja, com a correção da inflação), os valores unitários projetados sobem para 606 e 564 milhões de dólares, respectivamente.
Projeta-se que o custo unitário, levando em conta o programa como um todo, será de aproximadamente um terço do bombardeiro furtivo B-2. Além do B-2, o documento faz comparações com os custos dos programas dos bombardeiros B-1A e B-1B, com valores em dólar que seriam equivalentes aos do ano fiscal de 2016.
Tecnologias existentes e três anos de estudos prévios – Ainda segundo a nota, o processo para garantir requerimentos estáveis, permitindo o uso de sistemas maduros e tecnologia existente, levou três anos e foi realizado em conjunto com a indústria. Assim, o LRS-B deverá ter uma arquitetura aberta, permitindo a integração de novas tecnologias visando futuras ameaças, mantendo a competitividade ao longo do iclo de vida do programa.
FOTOS: USAF
Creio que agora a Boeing se tornou a favorita ao T-X, assim ficam todos felizes, LM com JSF, Northrop com LRSB e Boeing com T-X, e as 3 grandes se mantém no mercado militar. Se acontecer isso a SAAB vai ficar feliz também.
Como o RCS reduzido é indiferente para os radares de baixa frequência russos e chineses, pra reduzir custos esse bombardeiro deve ter um RCS de um B-52.