AEL entrega aeronave ‘Bandeirulha’ P-95M à FAB
A empresa AEL Sistemas, de Porto Alegre, entregou, na última semana, a primeira das oito aeronaves P-95M à Força Aérea Brasileira. O projeto de modernização, atualmente realizado no Parque de Material de Aeronáutica dos Afonsos, no Rio de Janeiro, tem como foco substituir equipamentos eletrônicos e instalar um novo radar. O painel analógico foi substituído por quatro modernas telas digitais que melhoram a consciência situacional e aumentam a segurança da tripulação, enquanto que o radar Seaspray 5000E de 48 quilos de peso vai permitir a detecção de navios a até 370 quilômetros de distância.
Os aviões P-95 poderão também acompanhar até 200 alvos simultaneamente, realizar mapeamento de terrenos e detectar aeronaves. Os “Bandeirulhas” são aeronaves de patrulha marítima e fazem a vigilância aérea do mar territorial brasileiro, além de atividades como a busca e salvamento de náufragos e o combate à pesca ilegal, pirataria e crimes ambientais. Também são usados em missões especiais de combate e de inteligência. As aeronaves entregues devem ser operadas pelos esquadrões Phoenix (2º/7°GAV) e Netuno (3º/7°GAV), sediados nas bases aéreas de Florianópolis (SC) e Belém (PA).
DIVULGAÇÃO: AEL
Mas e aquele papo que circulou por aqui, de que haveriam problemas de integração entre o radar escolhido e a aviônica “Oria” da Elbit???
Este problema, segundo eu soube lá na BABE com um piloto do Netupno, era referente a integração da nova aviônica com o antigo radar, por isto comparam estes novos Seaspray.
Aviônica e radar novo, carcaça velha, tem uma hora que não adianta colocar aviônica de estado de arte se o resto do avião é sucata, dinheiro gasto à toa, enfim…
Quanto aos armamentos? Novas possibilidades?
Nenhuma, vai ser apenas um esclarecedor marítimo.
Vão ter que carregar o piano mais uns bons dez anos.
Mauricio R, o problema maior é e continua sendo refrigeração em função do calor gerado pelas telas e pela aeronave agora possuir um sistema de climatização.
Grande abraço.
Achei uma boa , pois com tantos cortes temos que se virar com o que tem. Não adianta vim falar que gastamos o dinheiro errado pois com esse dinheiro faria algo melhor?
Quem não tem cão, caça com gato.
Acredito que foi uma boa modernizar estas aeronaves, apesar que já estão bastante surradas.
A FAB tem que aguentar as pontas e se virar com o que tem, até que a situação econômica no país melhore e seja possível adquirir algo novo e mais capaz.
Que bom,em fim uma boa noticia!parabéns a FAB.
Caro Carlos Crispim, Eu e a maioria desses que comentaram discordamos, a prova é o P3 no mundo todo, o B52,Breguet Atlantique II e outros… O problema é o limite ao qual a carcaça pode chegar, tanto em fadiga quanto em espaço para as atualizações… Os caças possuem espaço limitado e os sistemas se multiplicam, então surge uma dificuldade óbvia, assim como sabemos que suas estruturas são frequentemente submetidas a grandes forças. Nesses aviões, não há grande diferença que justifique o investimento em uma carcaça nova, nesses aviões o importante são os sistemas, o resto não faz tanta diferença… Mas… Read more »
Se há, qual o armamento dessas aeronaves ?
Delfim,
aeronave puramente de patrulha! Não dispara armas (pelo menos não que eu saiba… XD)
Grande abraço
P.S.: Aproveito e deixo a pergunta – com um radar desta potencia, este avião estaria além ou aquém dos E-99/R-99 em uma possível missão de esclarecimento para passar alvos navais via datalink aos caças??
Boa notícia, apesar de atrasada…
Essa modernização teria que ter sido completada no início da década e infelizmente esses 8 não darão conta não. O Dobro disso é que ficaria próximo do ideal, com o Triplo sendo o ideal para se policiar 50% de nosso litoral em 24:7 SE tivessemos todas essas células.
Mas com o que se tem, é uma boa notíci sim.
Ps.: Não tem pq essa aeronave ser armada.
Grande Abraço.
Virou febre no Brasil mesmo essa ideia de radar AESA com antena direcionada mecanicamente para aumantar o cone de varredura… Parabéns ao Bandeirulha e à FAB pelos seus novos olhos.
Da aviação de patrulha:
http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/22989/OPERACIONAL—Bomba-%C3%A9-lan%C3%A7ada-com-sucesso-em-treinamento-no-Rio-de-Janeiro
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?t=1&v=dxraMDuHOwc
Fico impressionado com o conhecimento, e as informações privilegiadas, que alguns foristas possuem. Os caras AFIRMAM q o avião está caindo aos pedaços !!! Afirmam que a célula esta surrada… rsrs
Um dos motivos da FAB ter modernizado os P-95 era devido ao bom estado de suas células…
Acho q eles mentiram !!
P-3 deve ter 15 pessoas em execução da tarefa.
Não sou do ramo. Mas a idade de um avião não me parece ser tudo. Acredito que há muitos aviões velhos (não falo dos nossos f5) carregando piano no meio militar e Civil. Não entendo por quê a Embraer parou de fabricar aviões a pistão e turbohelice. Talvez sejam mais econômicos do que os jatos quando velocidade não for essencial. Quatro telas? Se o display único já estivesse disponível poderiam já ter colocado. E o alcance desse radar? É bom? Qual a diferença para o E99? Servem para quê? Patrulhamento? De que tipo? Certamente há centenas de navios passando na… Read more »
São missões que demandam esforços da célula, voadas em um ambiente ingrato.
Isso pesa na conservação das aeronaves refletindo na disponibilidade do dia a dia.
Juarez
21 de setembro de 2015 at 18:39
Obrigado.
Não é que aeronaves desse tipo não têm porquê serem armadas, pois elas normalmente o são quando o cliente quer, aliás, o próprio P-95 na versão anterior já era armado com foguetes não guiados e bombas “burras”, para combater ameaças assimétricas e embarcações de pequeno porte. Acontece que aeronaves desse porte não são armados com mísseis antinavio de médio/grande porte, ou torpedos. Porém, contudo, todavia, acredito que seria interessante a integração de bombas e foguetes guiados(as), bem como mísseis de pequeno porte como o Maverick. Claro, os mesmo que por ventura viessem ser usados pela aviação de ataque/caça. Até mais!!!… Read more »
Ótima noticia,o”bandeirulha” continuarácomplementandoos P3,essa é a ideia,não precisa ser novo,oque importa é o “recheio”,principalmente levando-se em consideração o custo hora voada e o valor e a facilidade da manutenção.
Sucata.
P-95 armados
http://www.alide.com.br/artigos/cardeal/imagem/cardeal-101.jpg
http://forum.keypublishing.com/attachment.php?attachmentid=114469&d=1140703995
Procurei por alto aqui, mas não encontrei o valor unitário do P3 modernizado. Alguém sabe? Não seria uma boa comprar alguns do tio sam que serão substituídos pelo P8 e modernizar para compor parte desse quantitativo citado pelo oganza?
Acredito que de segunda mão de lá não saia tão caro.
Foguetes guiados não seriam bastante úteis?
Principalmente se operarem na costa africana num esforço contra pirataria…
Bom dia.
A antiga revista “Aviões de guerra”, informava que os Bandeirulhas tinham capacidade de disparar foguetes de 127 mm.
Eles não tem mais essa capacidade ?
sds.
Não creio que ao modernizar os aviões eles tenham diminuído suas capacidades retirando o lançamento de foguetes e bombas burras, deve ter sido otimizado.
Sds.
A FAB deveria pensar na futura renovação dos bandeirulhas adquirindo vetores semelhantes e é aí que a Embraer peca em ter abandonado a produção de uma aeronave do tamanho/modelo do Bandeirante/Brasília.
Seria muito mais útil o valor de um Poseidon convertido em bandeirulhas, pelo tipo de ocorrência que acontecem nas costas brasileiras.
Se o Brasil tivesse recursos suficientes e fizesse parte da OTAN, poderia pensar em Poseidon para desdobrar em conflitos globalmente, mas nossa característica é outra e precisamos ter foco nela para não desperdiçar tempo e dinheiro. Seguindo a filosofia dos esquadrões de A-29 localizados próximos as fronteiras.
dorga. nenhum ventiladorzinho?
Não queiram comparar os E-99 com os P-95. O E99 é um mini AWACS, não é uma aeronave de esclarecimento marítimo, embora o radar Erieye PS-890 possua essa capacidade ar-mar. Com o radar antigo do P-95 o E-99 tinha larga vantagem, comprovada na Operação Atlantico de 2003. Porém, o COMGAR, inteligentemente proibiu o 2°/6° GAV de realizar essa missão, a fim de não tirar o emprego dos Patrulheiros. Tínhamos vários Patrulheiros no Esquadrão, à época. Inclusive, os graduados OE-2 (Operadores de Guerra Eletronica) eram quase todos oriundos da Patrulha. Com o novo radar o P95 praticamente se iguala ao E-99.… Read more »
Rinaldo,
Grato pelo esclarecimento! Abraço
Caro Rinaldo, sobre armamentos, vc sabe/pode nos esclarecer se ainda há capacidade de lançamento, se foi otimizada ???
Desde já ,grato pela resposta.
Os P-95 já cumprem a missão de patrulheiros e esclarecedores com eficácia a muito tempo e acho que a modernização é uma boa solução.
O Sr Oganza comentou à respeito da quantidade pequena de aeronaves e da necessidade de um maior numero para nossa extensa costa.
Pergunto :
A utilização de ARP`s ( como o Hermes 900 já utilizado pela FAB no esquadrão Hórus) nos esquadrões Phoenix e Netuno seria possível ? Como complemento aos P-95 ?
Poderiam ser criados esquadrões mistos ?
sds.
Flávio, eu não tenho dúvidas que o futuro da patrulha passa pelos UAV, porém precisaremos adquirir modelos com maior alcance e payload para sistemas embarcados e possuir satélites que possam auxiliar no sistema de guiagem destas aeronaves.
A RAAF está apostando nisto fortemente.
G abraco
Sim, e a MB já pensa nisso. A capacidade dos P-95 lançarem foguetes continua inalterada.
Wellington, não, ele realmente não tem pq ser armado e por um simples motivo: – O P-95M já leva um “grande” payload e se levar mais alguma coisa (que não temos, diga-se de passagem) já vai comprometer seu raio de ação na missão para o qual foi projetado: Vigilância (policiamento mesmo) de nosso mar territorial. Outra coisa: essa detecção de navios a 200 mN (370 km) ai do radar é para um cargueiro de mais de 300 m de comprimento… se for uma fragata esse valor vai cair para menos da metade e se for um CT classe AB ou… Read more »
Flávio,
o colega Juarez já respondeu, mas só para esclarecer:
– A FAB comprou sim uns parcos UAVs, mas “não os opera” no sentido de já estarem inseridos no dia-a-dia da força, pois falta doutrina e principalmente sistemas de comunicação integrados para se atingir tal operacionalidade.
No fim falta os faz-me ri…$$$$$
Grande Abraço.
Amigos, obrigado pelas respostas.
Sei que alguns dos comentaristas aqui são militares e atuam na área de defesa, como entusiasta tenho muitas perguntas …desculpem o abuso. rsrs
O Link BR2 está operacional ?
Como se dá a comunicação entre os aviões patrulha e os navios da MB ?
A comunicação nesse caso é um fator multiplicador de forças formidável.
sds.
Oganza, acredito que você tenha dificuldades de interpretação do que eu escrevo, ou má vontade mesmo. Em todo caso volto a citar o que eu escrevi:
“o são quando o cliente quer, aliás, o próprio P-95 na versão anterior já era armado com foguetes não guiados e bombas “burras”, para combater ameaças assimétricas e embarcações de pequeno porte.”
Espero que te ajude, ou será que terei que desenhar embarcações de pequeno porte em comparação às de grande porte, ameaças assimétricas, vontade do cliente, etc?!?!
A MB tem interesse, mas não quer nem saber dos ARPs da AEL, só a FAB quem gosta deles mesmo (e o MPF diz que não há nada de errado, putz). Os marinheiros preferem o Heron da IAI, os mesmos optados pela PF, tanto que a própria IAI fechou parceria com a AVIONICS para montá-los no país.
Detalhe, esta jointventure é 51% à empresa brasileira e 49% à israelense, diferente da AEL que até pouco tempo atrás era 100% e agora detém 75% e 25% da Embraer.
*100% da Elbit
Wellington,
sim ele era armado e assim sendo era um disperdício e uma inutilidade prática. Tal coisa só era feita pq não existia nada melhor ou mais capaz.
Só lembrando que naqueles tempos não tínha-mos os Orions, que hj são os vetores com capacidade de ataque aeronaval por excelência disponíveis.
Infelizmente ambos (Orion e P-95M) são/serão em números insuficientes.
Wellington, ou vc contextualiza ou desinforma, pois da forma como escreveu/escreve vc só desinforma.
Sds.
Uns pequenos pitacos:
“Os marinheiros preferem o Heron da IAI, os…”
Errado, eles preferem aquilo que for selecionado via concorrência publica.
“…esta joint venture é 51% à empresa brasileira e 49% à israelense, diferente…”
Bela roba, p/ ser EED é necessário 60% de participação local.
O que tb não diz nada, pois o conteúdo do meio será quase que exclusivamente importado.
Um FLIR seria útil.
groo,
verdade… bem lembrado… boa.
Grande Abraço.
Eu gostaria de saber se os P-95M têm capacidade para operar conjuntamente com os navios da Marinha num ataque ASuW além do horizonte radar dos nossos navios.
SOU CONTRA !!!!!!!!!!!
A prioridade são os caças, não podemos gastar recursos com isso, os Gripen NG vão demorar, já era para estar em operação os Gripen C, mesmo que por empréstimo, não faz sentido insistir nos F 5.
Era melhor realocar alguns P 3 AM para outras bases, não tem por que todos eles ficarem num lugar só.
Oganza, o teu problema não é com o que eu escrevo, o teu problema é que eu escrevo, ponto. Está provado na forma como escreve, primeiro tenta diminui o debatedor e/ou sua argumentação, depois faz sua dissertação. Se você não entendeu que qualquer aeronave pode ser armada como quer cada usuário (cliente), segundo sua necessidade e condições ($$$$), vai ser um desperdício de tempo e massa cefálica da minha parte explicar, mas vamos lá, pelo menos para dar a possibilidade de outros leitores entenderem melhor minha argumentação. Mais uma vez, depende da necessidade e vontade do cliente, não estou dizendo… Read more »
Antônio, respondendo a sua pergunta, não, nem o com o P-3AM e nem com o P-95M existe esta possibilidade ainda. No futuro, quando o Link-BR2 estiver operacional e integrado às aeronaves em questão e aos navios, tal capacidade se concretize, até lá…..
Até mais!!! 😉