Embraer diz que cortes orçamentais não terão ‘grande impacto’ no programa KC-390

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O presidente da Embraer, Frederico Curado, considera que o corte de 25% no orçamento do ministério de Defesa no Brasil não vai ter “grande impacto” no programa do avião militar KC-390, admitindo apenas a possibilidade de alguma reprogramação.

“A minha expetativa é de que não tenha um grande impacto, nada que não possamos resolver. Pode haver alguma reprogramação, mas estou otimista de que isto não vai ser necessário”, disse Frederico Curado.

O responsável falava à margem da entrega do prémio “Personalidade do Ano” 2014, com que também foi galardoado a par com do fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, numa iniciativa promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, em Lisboa.

O presidente da Embraer falou do corte de 25% no orçamento do ministério de Defesa no Brasil, explicando que ainda “não há uma definição específica” sobre os programas que vão ser afetados, mas reforçou que a expectativa é a de que o KC-390 “seja preservado”, até pela importância estratégica que tem para o país, a Força Aérea, o exército e as exportações do Brasil.

“Já estamos com 80% do avião desenvolvido. Estamos aguardando nas próximas semanas [julho] uma definição, com a expetativa positiva de que o programa vai ser preservado. Acho que o programa permanece bastante bem protegido, essa é a nossa expectativa”, disse.

Portugal está envolvido no projeto do KC-390 através do Centro de Excelência para a Inovação e Indústria CEIIA desenvolvimento e testes) e das unidades da Embraer no país: as OGMA, em Alverca, e as fábricas de Évora (construção de componentes).

Tal como outros 30 países, Portugal assinou uma carta de intenção de compra do KC-390, de até seis aeronaves.

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou, no passado dia 04 de fevereiro, que a decisão para aquisição das aeronaves para a Força Aérea pode vir a avançar este ano.

Questionado sobre a concretização desta intenção por parte de Portugal, para substituir os atuais aviões Hércules C-130 da Força Aérea, Frederico Curado apenas disse: “Estamos torcendo para que sim”.

A nova aeronave da empresa brasileira, da terceira maior construtora aeronáutica do mundo, foi apresentada oficialmente (“roll-out”) a 21 de outubro do ano passado e realizou já este ano com sucesso o seu primeiro voo (para avaliação da qualidade e desempenho).

O KC-390, segundo a Embraer, é um avião que poderá ser usado para o transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais.

FONTE: www.sapo.pt

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