Exercício de Busca e Salvamento é destaque em operacionalidade
Operação Carranca teve mais de 170 horas de voo em missões simuladas de resgate no mar e na terra
Foram mais de 170 horas de voo durante os 12 dias do maior exercício conjunto de Busca e Salvamento (SAR, do inglês Search and Rescue) da América Latina. No total, 11 aviões e helicópteros foram empregados em missões simuladas para atualizar e capacitar as unidades responsáveis pela prestação desse serviço. Em média, cinco simulações de acidentes por dia exigiam o acionamento dos esquadrões para localizar e resgatar náufragos, embarcações à deriva, aeronaves acidentadas e pilotos ejetados. Mais de 450 pessoas, entre militares e civis, estiveram envolvidas diariamente em operações realizadas no mar e na terra. Os números foram alcançados durante o Exercício Carranca IV, realizado em Florianópolis (SC) nas 2 últimas semanas, e superam todas as edições anteriores.
Para elevar a qualidade e eficiência do SISSAR, que é o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro, foram aprimoradas técnicas de resgate, como o emprego de Óculos de Visão Noturna (NVG, do inglês Night Vision Goggles), a coordenação de evacuação aeromédica de plataforma marítima e o uso de cães farejadores. Uma parceria com a Marinha do Brasil garantiu o emprego de içamento sobre convés, além de busca e resgate de alvos simulados.
Entre as novidades conquistadas nessa edição está o trabalho de cinco médicos, engajados na avaliação das equipes. Visando à tarefa de salvar vidas, os profissionais de saúde apontavam os pontos positivos e negativos de cada missão e, ainda, coordenavam a simulação de vítimas, com bonecos sintéticos e figurantes. Os manequins representavam a figuração de cada cenário de acidente e estavam maquiados com fraturas expostas, queimaduras, lesões e outros ferimentos mais graves.
De acordo com um dos coordenadores do exercício, Major Aviador Fábio Lourenço Carneiro Barbosa, o investimento trará benefício à sociedade que contará com profissionais capacitados e sempre engajados em salvar vidas. “Com o aprimoramento dos resgateiros, em termos de atendimento pré-hospitalar e transporte aeromédico, a nossa prestação de serviço será com toda a certeza mais eficiente”, declara.
Resgateiro
Os resgateiros são os militares formados com a função de socorristas da FAB. Eles trabalham embarcados em aeronaves e utilizam paraquedas para saltar. São eles que realizam o atendimento pré-hospitalar a vítimas de acidentes aeronáuticos. Também podem ser envolvidos em atendimento a vítimas de desastres naturais, como enchentes, terremotos ou deslizamentos.
FONTE / FOTOS: FAB (Agência Força Aérea)