Os atrasos do Tejas e algumas comparações, segundo o MD da Índia
Na terça-feira, 10 de março, o Ministério da Defesa da Índia divulgou nota publicada no birô de informações do Governo Indiano com informações sobre o programa LCA (Light Combat Aircraft- avião de combate leve) mais conhecido como o caça leve Tejas.
A nota refere-se a uma resposta escrita do ministro da Defesa, Shri Manohar Parrikar, dada no mesmo dia a Shri Palvai Govardhan Reddy da câmara alta do Parlamento Indiano (Rajya Sabha) .
O texto relembrou a entrega do primeiro exemplar de produção em série do Tejas, realizada em 17 de janeiro, e enumerou as razões do atraso no projeto LCA. São elas:
- O desenvolvimento desde o princípio de tecnologias no chamado “estado-da-arte”;
- Indisponibilidade de mão de obra treinada e capacitada no país;
- Indisponibilidade de infraestrutura e instalações de teste no país;
- Complexidades tecnológicas não esperadas no projeto estrutural;
- Indisponibilidade de componentes críticos, equipamentos e materiais, além de recusas de fornecimento de tecnologias pelos países tecnologicamente avançados;
- Ampliação dos requisitos do usuário e mudanças nas especificações durante o desenvolvimento;
- Ampliação no escopo do trabalho;
- Instalações de produção inadequadas na HAL (Hindustan Aeronautics Limited – estatal indiana de aviação).
A nota também trouxe algumas comparações com aeronaves consideradas da mesma classe do LCA Tejas.
De acordo com fontes abertas, aeronaves contemporâneas ao LCA desenvolvidas em outros países são o JAS-39 da Suécia, o FA-50 da Coreia do Sul e o JF-17 de Paquistão e China. Os motores instalados nesses aviões (à exceção do JF-17) são do modelo GE-404.
Segundo a nota, os parâmetros do LCA, como peso vazio, peso total (excetuando-se o JAS-39), empuxo, velocidade (à exceção do JAS-39) são melhores que os das demais aeronaves.
De maneira similar, o custo de desenvolvimento e o valor unitário do LCA são menores que os do JAS-39 e do FA-50, porém maiores que os do JF-17. Por outro lado, o alcance de traslado do LCA é menor que os dos outros aviões.
FONTE: Birô de Informações à Imprensa (PIB) do Governo Indiano (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS via MD da Índia, Livefist, Saab, KAI e PAC
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Off topic
É um BH
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2015/03/11/aviao-cai-na-florida-e-11-militares-estao-desaparecidos.htm
Destaco: “…. e enumerou as razões do atraso no projeto LCA. São elas: O desenvolvimento desde o princípio de tecnologias no chamado “estado-da-arte”; Indisponibilidade de mão de obra treinada e capacitada no país; Indisponibilidade de infraestrutura e instalações de teste no país; Complexidades tecnológicas não esperadas no projeto estrutural; Indisponibilidade de componentes críticos, equipamentos e materiais, além de recusas de fornecimento de tecnologias pelos países tecnologicamente avançados; Ampliação dos requisitos do usuário e mudanças nas especificações durante o desenvolvimento; Ampliação no escopo do trabalho; Instalações de produção inadequadas na HAL (Hindustan Aeronautics Limited – estatal indiana de aviação).” É, o… Read more »
*gostaria
E ainda tem gente que querer, porque quer, afirmar que o Gripen (qualquer letra) é um caça médio. Por isto o Gripen nunca foi avaliado seriamente pela Índia, pois mataria de vez o Tejas.
Sim, Sr. Cmt Nipônico, ele não impõem medo, quanto a respeito…….. sei não.
Até mais!!! 😉
Saberemos quando estiver pronto, até lá é chute.
Prezado Wellington,
Os hindus é que colocam o JAS 39 C/D na mesma classe de seu Tejas. Porém, nossa versão será a “E” (aperfeiçoada) que, como todos sabem, possui números diferentes de sua versão anterior: Mais carga, mais combustível, supercruise…
Penso que a fala do comandante Saito foi feita no sentido de não criar celeuma, de não acirrar animos. Penso que nenhuma força aérea do continente (pensando em nossos vizinhos) não gostaria de encontrar um Gripen E pela frente pilotado por brasileiros e com uma doutrina desenvolvida. Eles põe medo, sim.
É interessante como se pega no pé do Saito por essa fala sobre “não assustar mas impor respeito”, coisa absolutamente comum tanto quando se trata tanto com o público interno, para justificar que não se está jogando dinheiro fora em algo nem acima nem abaixo das necessidades, quanto com o público externo, para não gerar animosidades frente a um reaparelhamento. Dar esse tipo de declaração, quando se encomenda armamento, é algo que já se fazia no Brasil muito antes de desenvolverem aviões de combate. Em 1906, ano em que o Brasil encomendou dois encoraçados de último tipo na Inglaterra, o… Read more »
Talvez por situações como essa da HAL que a Embraer não embarca em fazer um caça para treimento.
Blá, blá, blá….. fazem 30 anos que iniciaram a “construção” deste vetor…..
E sobre o Gripen E/F… anotem aí…. o primeiro só vai chegar a FAB em 2021.
Sds.
A Índia entrou num grupo seleto. Recentemente até lançaram o primeiro LCA de uma Ski-jump.
Porém, isso tem um custo, um preço e um prazo. O custo foi ficar numericamente desarmado frente aos seus potenciais adversários de T.O.
O preço é a exorbitante soma de cifras que cresce a todo o momento que o avião se torna mais próximo da operacionalidade.
O prazo estourou. Mas desistir agora também não dá.
Amigos, o que eu quis colocar é que a frase foi desnecessária, ou infeliz. No mais, sempre fui e sou favorável ao Gripen, só que não no formato ao que a FAB está propondo. Ele seria perfeito para complementar a frota e não ser somente ele como a ponta de lança da nossa defesa aérea. Diversas vezes foi comentado pela própria FAB, as vezes na pessoa do ex-comandante, que este contrato do F-X2 era para 36 unidades, no máximo para opção de mesmo número (36). Lá na frente, quando fosse preciso fazer a substituição dos F-5M e A-1M, iria-se (ou… Read more »
André, não espere um aumento de degrau tão grande assim. Aliás, a FAB tem que ter muito cuidado de não transformar estes num AMX-2 “Jason Lives”
Até mais!!! 😉
Wellington, Larga desse papinho velho e manjado de querer ressuscitar a Le Jaquê. Se, e é um “SE” muuuuito grande, a FAB tivesse condiçõe$ de fazer algum mix de qualquer tipo que envolvesse o Gripen, a escolha óbvia seria o Super Hornet, que alem dos motores, compartilham entre si diversos subsistemas como filtros hidráulicos, alguns atuadores, alguns disjuntores elétricos, diversas opções de armamentos (já integrados de fábrica, diga-se de passagem), etc… etc… …não dá para brigar contra a escala. Mas e Le Jaquê? Uai, algumas(?) GBUs, Exocet e Meteor se, e é outro “SE” bem grande, adquirirmos o Meteor, inclusive… Read more »
“…gostaris de ver o Tio David jogando suas fichas para acertar esse Tejas, ao modo Israeli.” O Kfir não era nenhuma maravilha, mto pelo contrário. “…a Embraer não embarca em fazer um caça para treimento.” Não desenvolve pq o mercado já está cheio de opções, o dela só seria mais uma. E que a FAB não tem a mínima obrigação de banca-la. A Índia paga o preço por querer ser independente, tdas as outras aeronaves citadas foram desenvolvidas em associação a um padrinho poderoso, seja EUA, seja China e c/ a tecnologia disponível no momento. Foi dessa raia que a… Read more »
Queria entender o que é esse “caça para treinamento” que vocês estão discutindo.
Por acaso vocês inverteram a ordem das coisas e estão falando de “treinadores para caça”, como os mais recentes treinadores avançados, tipo LIFT (Lead In Fighter Trainer) como o M346 e a família T-50/TA-50/FA-50?
Vale lembrar que o Tejas nunca foi criado para ser um treinador. Ele tem uma versão de dois lugares para conversão operacional, mas não para LIFT (função para a qual a Índia selecionou o BAE Hawk). O Tejas foi desenvolvido desde o início para ser um caça.
O Tejas está proximo de finalizar somente agora…..e somente agora chegou perto….perto…mas não superou o Gripen C…. O problema do projeto é que ele não foi calcado em desenvolver um caça de superioridade aerea…foi calcado em ser um desenvolvedor de tecnologia….criar a tecnologia necessaria para ter um avião de caça de ponta…e desta forma, verticalizado em soluções nacionais indianas….obviamente, arrastou consigo mesmo o peso do cronograma para que todas as facetas necessarias fossem nacionalizadas…e algumas como o motor, nem sequer conseguiram cumprir tamanha a complexidade…. O avião é bom, o problema foi a premissa do projeto…. É diferente por exemplo… Read more »
Welington, se o novo caça possui características aumentadas em relação ao qual irá substituir, então sobe-se um ou mais degraus: maior alcance, maior carga bélica, sistemas eletrônicos no estado da arte…
E concordo com o AMX 2. Sempre é preciso cuidado.
Oganza, será que eu preciso fazer um infográfico (desenho) pra ti?! Queremos uma FAB pra brincar de aeroclube, pra viver a vida treinando, ou uma FAB que se preciso possa ir pra linha de frente de um conflito?! Ademais, no resto do seu comentário, tu não entendestes patavinas do que eu coloquei. Pra início de conversa, a FAB não é uma empresa (a despeito de que é preciso sim melhorar sua gestão, dar-lhe mais eficiência e eficácia). A análise de risco pra ela é diferente do que para uma empresa privada, os objetivos e funções são distintos, por isto a… Read more »
Engraçado ver que alguns são contrários às minhas posições só porque querem ir contra ao que eu coloco.
Se eu digo que temos mais condições de fazer umas coisas por aqui, sou taxado de ufanista, nada pragmático e outros quetáles. Mas se eu proponho sermos mais objetivos e pragmáticos com outras coisas, aí eu tenho ideias velhas e manjadas, quando não dementes.
Por favor, decidam-se!!!
Welington,
a melhor forma de realizar seus sonhos e acordar…
– Essa sandice ai só seria possível com escala. Seja Gripem, Rafale, SH ou um mix qualquer entre eles só seria viável com um mínimo de 240 vetores, com 1/3 (80) high e os outros 2/3 terços low (160).
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COMENTÁRIO EDITADO.
NOTA DOS EDITORES: OFENDER OU ROTULAR OS DEMAIS NÃO AJUDA EM NADA O DEBATE E AINDA GERA COBRANÇAS PRA CIMA DA MODERAÇÃO. TEMOS MUITO MAIS O QUE FAZER DO QUE GASTAR O TEMPO BANCANDO O BEDEL DE ESCOLA, MODERANDO COMENTÁRIOS DE GENTE CRESCIDA.
A ideia do quantitativo é por ai, talvez menos (72 e 144), ou você acha este um número impossível? No meu entender, se bem coordenado e sem ideias mirabolantes, acho que é um número factível. Agora………. Troll, eu?!?! kkkkkkkkkkkkkkk Quem usa um pseudônimo para escrever por aqui e/ou em outros lugares, definitivamente não sou eu. Aos editores, e ai?!?! só por eu ter escrito “calem a boca” (no sentido de parem de reclamar) fui chamado atenção, mas venho rotineiramente sendo adjetivado de forma pejorativa e é um silêncio de grilo por parte da moderação… Interessante notar o “dois pesos e… Read more »
Wellington, realidade… fatos… como está hj não existe nem espaço para esse tipo de divagação, pois é isso mesmo, uma Elucubração Tico-e-Teco sobre o sexo dos anjos que não vai levar a lugar nenhum… pura perda de tempo. Lá por 2030 “Se” a coisa estiver respirável, já haverão outros vetores, outras possibilidades – Contente-se com apenas um possível e remoto 2º lote de Gripens, que “Se” for encomendado será lá por 2025. Até lá, um dado/fato pra vc divagar na realidade (e não no mundo da fantasia): só a IDF tem mais de 400 caças de primeira linha (F-16 e… Read more »
https://www.youtube.com/watch?v=Z3c-cV4hpII
“O Kfir não era nenhuma maravilha, mto pelo contrário.”
O Kfir foi uma boa ideia, mto mal realizada.
E os tão celebrados “canards”, somente uma gambiarra p/ remediar a barbeiragem.
Exceto pelo “Lavi”, terminado p/ não concorrer c/ o F-16, nunca mais a IAI emplacou outro projeto próprio.
“O Kfir foi uma boa ideia, mto mal realizada.”
“Os atrasos do Tejas e algumas comparações, segundo o MD da Índia”
Este é o tópico.
Caros Editores:
Sugiro a matéria, já que estamos falando da Índia (ForTe?)
http://defense-update.com/20150217_israel_india_aero_india_2015.html#.VQUNEdLF9Ww
Abraços
Tejas, interessante:
http://globalaviationreport.com/2015/01/17/32-years-from-conception-indian-air-force-finally-receives-first-tejas-light-combat-aircraft/
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
O futuro do poder aéreo chinês, logo ali ao lado:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/03/flyboy-104-another-aviation.html)
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
O MTA parece, foi p/ o brejo, o C-2 sumiu da mídia, este ano se encerra a produção do C-17, o A-400M só pra variar está com problemas, os chineses estão rapidamente desenvolvendo seu transportador peso pesado Xian Y-20 e a Embraer pensa pq pensa, que o KC-390 é a última bolacha do pacote!!!
Não o deixem morrer, de novo:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/03/russia-abandons-70-project.html)
Maurício,
Se utilizarmos o pensamento estritamente sofista e/ou lógico a partir da sua análise, se o resto está indo pro brejo como você descreve o último que sobreviver será, efetivamente, a última bolacha do pacote. Então nesse sentido a Embraer não estaria errada em se colocar no papel…
A última bolacha que apague a luz da prateleira do supermercado!