KC-390 desafia Super Hercules como substituto dos atuais C-130 suecos
Comandante da Força Aérea Sueca disse que o KC-390 é um possível substituto das aeronaves Hercules em serviço no país, segundo jornal sueco
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Reportagem publicada pelo semanário sueco especializado em tecnologia NyTeknik na quarta-feira, 18 de fevereiro, trouxe a informação de que o novo jato de transporte militar KC-390 da brasileira Embraer está desafiando o C-130J Super Hercules, da americana Lockheed Martin, como possível substituto da frota de aviões Hercules em serviço na Força Aérea Sueca. O NyTeknik publicou a declaração do comandante da força, major-general Micael Bydén, de que “se ele cumprir o que promete, é um possível substituto para nossos aviões Hercules.”
A Suécia é operadora do C-130 Hercules, localmente designado TP 84, desde 1965. Hoje a frota das forças armadas do país é composta de seis exemplares, que estão envelhecendo. Cinco deles são do tipo C-130 H2, utilizados em missões de transporte. Recebidos em 1981, já somam 34 anos de operação. Já o sexto avião é bem mais velho: trata-se de um C-130 E2 recebido em 1969 e que foi modificado para o padrão H2, porém com o diferencial de ser configurado para missões de reabastecimento em voo dos caças Gripen suecos. Seu indicativo é 842 (foto abaixo).
A Suécia planeja, segundo relatório de Defesa divulgado no ano passado, adquirir quatro novos aviões de transporte “no longo prazo”, capazes de operar tanto no país quanto no gerenciamento de crises no exterior. O governo atual discute o planejamento orçamentário da Defesa para o período 2016-2020, que deverá ser apresentado em abril, e vários programas disputam as verbas que foram ampliadas para incluir aquisições como a de 10 jatos Gripen E adicionais e a de um novo submarino.
Com a implementação de pequenas modernizações recentes na frota de Hercules, como caixas-pretas, gravadores de voz e dados da cabine e um melhorado sistema de alerta de disparo de mísseis, agora é necessário decidir os caminhos futuros. Segundo Bydén, a decisão consiste em “implementar uma modernização maior e mais fundamental ou procurar por substitutos.”
A frota atual precisaria de uma extensão da vida útil a ser realizada entre 2017 e 2020, incorporando aviônicos modernos (instrumentos, sistemas de navegação e de comunicação), para que atendam às novas regulamentações da aviação civil, assim como o uso de sistemas de visão noturna. Como alternativa está a compra de novos aviões, sendo os melhores candidatos o KC-390 da Embraer e o C-130J da Lockheed Martin.
Especula-se que o preço unitário do KC-390 é de 50 milhões de dólares, ou 450 milhões de coroas suecas, no câmbio atual. Assim, quatro novos KC-390 custariam cerca de 2 bilhões de coroas. A aeronave tem hoje 28 encomendas do Brasil, e as atuais intenções de compras de outros países elevam esse total para 60 exemplares. O protótipo do avião da Embraer voou pela primeira vez neste mês de fevereiro, no Brasil.
Já o Super Hercules é um avião mais comprovado, porém mais caro, segundo o jornal. Seu preço unitário é cotado em 66 milhões de dólares (600 milhões de coroas suecas), embora valores maiores tenham sido mencionados na mídia.
O primeiro voo do C-130J deu-se em 1996, com entrada em operação na Força Aérea dos EUA em 1999, havendo diferentes variantes. Comparado aos modelos anteriores, o Super Hercules ascende mais rápido, voa mais alto, mais longe e a uma velocidade maior, podendo utilizar pistas menores.
Perguntado se não seria mais fácil aos pilotos suecos de Hercules continuarem voando o tipo, o comandante Byden respondeu: “Minha opinião é que não será necessário mais treinamento no KC-390 do que no C-130J. Ambos são substancialmente tão diferentes dos atuais TP 84 (os Hercules em uso na Suécia) em desempenho e instrumentação que as necessidades de treinamento são comparáveis, independentemente da escolha de uma potencial nova plataforma.”
FONTE: NyTeknik (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em sueco)
FOTOS: Embraer, Lockheed Martin e Forças Armadas da Suécia
COLABOROU: Lyw
EMBRAER
https://www.facebook.com/Jetairfly/photos/a.71795321487.106839.49062381487/10153017320876488/?type=1&theater
SUBSTITUIR o C-130 é algo por demais honrroso!
Soros Fund Management vendeu todas as suas ações da Embraer.
Quererá dizer algo de ruim? Rezo que não…
Corrijo: HONROSO e não HONRROSO.
50 milhões de dólares para o que o KC-390 promete é uma “pechincha”. Mas se quiser vender, a EMBRAER tem mesmo que segurar o preço abaixo dos 60 milhões.
“Minha opinião é que não será necessário mais treinamento no KC-390 do que no C-130J. Ambos são substancialmente tão diferentes dos atuais TP 84 em desempenho e instrumentação que as necessidades de treinamento são comparáveis, independentemente da escolha de uma potencial nova plataforma.”
Baseado nesta afirmativa poderíamos dizer que o KC-390 seria mais fácil, por possuir comandos de vôo fly by wire. Além do HUD e sistemas como o FMS e RVSM.
Off topic: Hollande revela detalhes do arsenal nuclear francês
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/02/hollande-revela-detalhes-do-arsenal-nuclear-frances.html
Lyw, “Baseado nesta afirmativa poderíamos dizer que o KC-390 seria mais fácil, por possuir comandos de vôo fly by wire. Além do HUD e sistemas como o FMS e RVSM.” Acho que não necessariamente e se houver alguma diferença de um para o outro para mais ou para menos, deve ser irrisória. Em fato, as tripulações do KC-390 terão na verdade que se qualificar para mais tipos de missões se: 1º- Ele cumprir tudo que promete; 2º- O comprador “habilitar” todas missões em seus vetores com todos os opcionais. Então em tese, um operador irá gastar mais com treinamento de… Read more »
O KC-390 vai ter de provar que é operável em regiões polares. Se for, já era. 🙂
[]’s
Até A-320 já pouso na Antártida.
Difícil vai ser pousar em algum buraco.
Na verdade pessoal, a grande diferença ao meu ver se dá por um fator que o Bob Santana citou aqui há algum tempo, que é a migração destes pilotos de turbohélice para jato, sendo o principal fator de mudança o enflechamento das asas. Isso por si só já favorece o C-130J nesse “quesito” facilidade de adaptação. Fora a cadeia de fornecedores já formada, processos logísticos já estabelecidos, etc.
Espero sinceramente que a Suécia compre o KC-390, e se esta concorrência realmente for estabelecida, será o batismo do KC-390 na corrida contra o excelente e provado C-130J.
Lembro-me de ter visto em alguma publicação testes realizados pela Embraer com E-190 (ou outro) no Alaska. Imagino que se o clima não for igual é próximo. Apesar da operação ser diferente penso que devem ter pensado nos prós e contras e sanado esses último. Todavia um produto está sempre em evolução, não?
Compartilho do mesmo raciocínio do Oganza. No mais, acredito que o CM sueco foi político (deixando aberto a possibilidade às duas aeronaves) para não se comprometer com esta, ou aquela sem antes uma avaliação mais aprofundad, ou sem levar em conta outras peças no tabuleiro.
Mas aparentemente é o primeiro desafio semi-declarado do KC-390 – vencer uma provável concorrência, sem que este comprador seja parceiro no seu desenvolvimento.
Até mais!!! 😉
senhores,
o fato de estarmos nos aproximando da FFAA Suéca através do programa Gripen NG terá algum grau de influência nesta tomada de decisão?
o fato do FAB/Brasil optarem pelo mesma plataforma Suéca, trouxe de certa forma um folego maior para o orçamento militar Suéco, e isso não pesará de forma alguma a favor do Brasil/Embraer?
Feitosa, por isto que o CM sueco foi cauteloso em não descartar o KC-390, ou deixar a entender que tanto faz se o C-130J ou o KC-390. Ou seja, vai que seja preciso comprar o avião brasileiro, se este se mostrar apto às missões e caso o governo brasileiro acerte que para comprar mais Gripen, seja preciso a contra-parte sueca comprar o KC?!?!
Não há uma obrigação imediata hoje, mas no futuro pode haver.
Até mais!!! 😉
Conforme o contrato do Gripen for saindo do papel (entenda-se: pagamentos), certamente a necessidade de cumprimento das cláusulas de offset fomentarão a compra do KC-390 pela Suécia.
Mas, não se enganem, a Suécia leva sua defesa a sério e a compra do KC-390 não é certa, dado que os offsets podem ser “pagos” de diferentes formas e ela somente comprará o KC-390 se ele for adequado às missões previstas por sua Força Aérea.
Vou insistir,
Caso a EMBRAER raciocine tendo os Hércules(todos) como concorrentes, esse foco está incorreto.
Vai tomar muita “porrada”.
Ela terá que “criar” ou “enxergar” um novo nicho de mercado.
Associar-se a um player facilitará muito, Boeing ?
Vender para seus sócios no projeto muito importante e a FAB/GF/MD/top top honrarem a compra da FAB é vital.
Saudações
Kojak/Juarez: Vou concordar/discordando… 🙂 Evidente que não é muito salutar comparar o KC 390 com uma plataforma longeva e mais que provada como a do Hércules, mas a EMBRAER já criou o seu nicho ao lançar o avião numa faixa de preço menor que o segundo*, ainda que tenham capacidades similares. Refiro-me à demanda/requisitos dos eventuais clientes. Se for um país cuja priorização seja a contenção de gastos com aquisição e manutenção de novas aeronaves, mas detenha vontade política e capacidade econômica em fazê-lo, creio que o KC 390 possa ser o escolhido (desde que sua manutenção e demais custos… Read more »
“Marcelo Pamplona
20 de fevereiro de 2015 at 16:53 #
Kojak/Juarez:”
Juarez ??
“Marcelo Pamplona
20 de fevereiro de 2015 at 16:53 #”
Vou concordar/discordando…… (rs)
*Levando em conta que os valores das aeronaves citados na matéria estejam corretos.
Volto depois, a pizza chegou ! (rs)
Sds
“Kojak
20 de fevereiro de 2015 at 18:35 #
Juarez ??”
Rapaz… errei seu nome?!
Rsrsrsrs…
“Kojak
20 de fevereiro de 2015 at 18:40 #
Vou concordar/discordando…… (rs)
*Levando em conta que os valores das aeronaves citados na matéria estejam corretos.
Volto depois, a pizza chegou ! (rs)
Sds”
Plagiadores everywhere. 😀
Mande-nos um pedaço de pizza, por gentileza.
🙂
Sds.
O Brasil / embraer ja d veriam logo propor um escambo direto. Cada kc390 vale por seis Gripen Ng’ , ou seja, entregamos seis e recebemos 36…. Prlo menos em peso kkkkkkkkkkk
“Seu preço unitário é cotado em 66 milhões de dólares (600 milhões de coroas suecas), embora…” Uma aeronave de produção seriada corrente, c/ diversas encomendas a entregar, custando mais caro que uma outra aeronave, que ainda é um protótipo e nem em produção seriada se encontra. E o backlog é ó…(segue-se o gesto característico do Prof. Raimundo). O caso abaixo detalha a compra de 4 aeronaves C-130J pela Noruega, é um tanto antigo, mas o valor didático permanece atual: “The total contract values, if all options are exercised, could be as high as $520 million. The sale request includes: 4… Read more »