KC-390 em busca da certificação
Após primeiro voo do jato militar ocorrido anteontem, Embraer começa campanha para obter certificação militar e civil
Após o primeiro voo do jato militar de transporte KC-390, ocorrido anteontem, a Embraer inicia agora a campanha de testes com o objetivo de obter a certificação militar e civil da nova aeronave desenvolvida pela companhia.
A campanha deve durar cerca de dois anos, informou ontem a Embraer Defesa & Segurança, responsável pelo programa do KC-390.
A certificação militar é de competência do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), por meio do IFI (Instituto de Fomento à Indústria).
Já a certificação civil da aeronave é emitida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Somente após a obtenção das certificações é que o KC-390 estará apto para operação comercial.
Voo. O primeiro voo do jato militar ocorreu anteontem na unidade da Embraer em Gavião Peixoto, nas proximidades de Araraquara.
Segundo a empresa de São José, o voo durou cerca de 1 hora e 25 minutos. Em seu voo inaugural, o KC-390 realizou manobras para avaliação das características de voo e executou uma variedade de testes de sistemas, tendo sido beneficiado por uma campanha avançada de simulações e de extensivos testes em solo.
“O programa continua avançando conforme planejado e o KC-390 tem despertado o interesse de diversos países no mundo todo”, disse em nota Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. O jato militar de transporte atende encomenda da FAB (Força Aérea Brasileira), que já encomendou 28 unidades.
O contrato é no valor de R$ 7,2 bilhões e inclui o fornecimento de um pacote de suporte logístico, que inclui peças sobressalentes e manutenção. A primeira entrega está prevista para o segundo semestre do próximo ano e se prolongará por um período de 12 anos.
Missão. Na FAB, os KC-390 deverão cumprir as missões atualmente realizadas pelos C-130 Hércules, como transporte de tropas e de carga, lançamento de paraquedistas, busca e combate a incêndios. Para isso, o avião deverá ser capaz de pousar em pistas sem asfalto e operar em ambientes que vão do frio da Antártica até o calor da Amazônia.
FONTE: O Vale
COLABOROU: K C Roche