Franceses treinam transporte de morteiros de 120mm por Caracal, no Chade
Em nota e fotos divulgadas na sexta-feira, 23 de janeiro, o Ministério da Defesa da França informou sobre treinamento com helicóptero Caracal (EC725) da Força Aérea Francesa realizado na zona técnica operacional do campo Kossei de N’Djamena, no Chade (África).
O treinamento, realizado em 17 de janeiro, visou a manutenção da capacidade operacional da seção de apoio de morteiros do “grupamento tático deserto leste” (groupement tactique désert Est – GTD-E) do 35º regimento de artilharia paraquedista. A unidade participa da chamada “Operação Barkhane” das Forças Armadas Francesas, voltada principalmente para operações contra o terrorismo no norte do Mali.
No exercício, um helicóptero de manobra Caracal do esquadrão “Pyrénées” (EH 1;67) da Força Aérea Francesa atuou junto a duas equipes de morteiros de 120mm do regimento,utilizando a técnica denominada “sling” para transportar as peças e suas munições como carga externa (cada conjunto de morteiro, munição e equipamento sling soma mais de uma tonelada de carga). O treinamento envolve o embarque da equipe que guarnece o morteiro e seu rápido desembarque para colocá-lo imediatamente em posição de tiro.
FONTE / FOTOS: Ministério da Defesa da França (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)
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E ai…
conseguiram resolver o problema da poeira corrosiva que estava deixando a frota de EC725 com 10% de disponibilidade?
Grande Abraço.
Ivan, o mapento
Colega, no Chade tem água ?
“….poeira corrosiva….”
Sim, deram um banho de zincagem por imersão a quente no vetor inteiro, com héli e tudo mais. (rs)
Tem que “aguá” o chão…
O Luiz Gonzaga sabia tudo!
Água??? Só no Lago Chad, na fronteira c/ a Nigéria, o restante é um deserto só.
Ah
Esse morteiro francês foi adotado pelos Marines.
O US Army adota o modelo israelense, onde as rodas são desconectadas da peça e só são usadas no transporte.
Já esse modelo francês se mantém conectado às rodas mesmo em operação.
Vale salientar que o morteiro 120 mm raiado que o Brasil fabrica é cópia do morteiro francês, fabricado sobe licença.
O morteiro de alma raiada tem a vantagem de poder lançar projéteis específicos, estabilizadas por rotação, e ainda podem lançar toda a série de projéteis com aletas, usadas nos morteiros de alma lisa.
Bosco,
quanto mais ou menos pesa um projétil de 120 mm?
Nossa deve ser uma verdadeira ginástica na “hora do fogo”!!!
Quando ouvia os relatos do Vietnã sobre as barragens de morteiros que duravam 5 – 6 horas… afff haja muki… rsrsrs
Grande Abraço.
Oganza,
Em torno de 13 quilos.
Um abraço.
Interessante que os morteiros pesados substituíram totalmente, nos grandes exércitos, os lançadores rebocados múltiplos de foguetes, com calibre de 70 a 140 mm, de curto alcance (até 12 km).
Apesar desses lançadores terem uma taxa de tiro maior, a taxa de fogo sustentada do morteiro é maior, mas eu acho que ainda há espaços para o velho lançador de foguetes, principalmente em operações assimétricas.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/63/H12_Type_63_multiple_rocket_launcher.JPG
Um abraço.
Tem esse lançador de foguetes brasileiro que infelizmente não compõe nossas forças:
http://www.combatreform.org/carreta2.jpg
Esse ainda tem a vantagem de usar o mesmo foguete empregado por aviões e helicópteros, e a grande quantidade compensa o menor calibre.
Acho que essas soluções baratas e de baixa tecnologia, (lançadores de foguetes rebocados, morteiros e CSR) agregam poder de fogo para forças com baixo orçamento.
E tentando completar o raciocínio (se me permitis Bosco), colocando uma cabeça guiada, teremos aí um sistema relativamente barato, com uma boa precisão. Ou seja, o sistema aparenta ter uma boa relação custo-benefício.
Até mais!!! 😉
Acho que um sistema de navegação por GPS (mais barato que qualquer outra solução) tornaria morteiros de 120 mm mais capazes e acessíveis do que qualquer foguete, ele só perderia pros foguetes na taxa de disparos que por sua vez tb perderia na taxa de fogo sustentado dos morteiros, como lembrou o Bosco.
Mas a capacidade de fogo-rápido dos foguetes poderia ser anulada pela precisão de uma navegação por GPS instaladas nos morteiro.
No fim, fico com os morteiros e deixo a tecnologia caminhar e sanar suas possíveis deficiências.
Grande Abraço
Wellington, Como você sabe o morteiro de 120 mm já tem disponível uma série de projéteis guiados, tanto por GPS quanto por laser. Essa mesma tecnologia estará disponível ao 81 mm em breve. Na Guerra Fria estavam desenvolvendo o projétil Merlin (britânico) de 81 mm, guiado por radar de onda milimétrico, e o Strix, (sueco), de 120 mm, guiado por IR. Ambos capazes de atingir veículos de combate por conta própria. Os projetos foram completados, mas com o relaxamento das tensões entre a OTAN e o PV eles não foram adquiridos e não devem mais fazer parte do catálogo de… Read more »
Oganza,
Como disse já há morteiros guiados por GPS. Os americanos usaram no Afeganistão.
Na verdade é um kit atarraxado no nariz de um projétil convencional, que o converte em um projétil guiado.
É chamado de MGK (mortar guidance kit), no âmbito do programa “Accelerated Precision Mortar Initiative” (APMI).
A ideia inicial do USA era ter um projétil de 120 mm guiado a laser, mas viram que o guiado por GPS tinha prioridade.
Há vários países que desenvolveram seus próprios projéteis guiados: Rússia, Israel, EUA, etc.
Um abraço.
Tem até filminho. rsrsr
https://www.youtube.com/watch?v=u-d5MbZoNpg
Ihh! Foi mal!!!!
E há um programa relativo aos projéteis de artilharia de 155 e 127 mm que também usa um kit semelhante. É chamado de PGK (precision guidance kit), que é menos preciso que a Excalibur (CEP de 10 m) mas é bem mais preciso que um projétil não guiado.
Num alvo a 30 km o PGK consegue-se um CEP de 50 metros no lugar dos 250 metros dos projéteis sem o kit.
Também já foi usado em operações reais no Afeganistão.
Bosco,
“É chamado de MGK (mortar guidance kit)…”
É nessas horas que eu descubro que eu estou por fora… 🙁
Vlw Bosco… vou atrás… 😀
Grande Abraço.
Sim Bosco, é verdade, mas quando eu citei a questão dos foguetes guiados, a ideia era seguir o teu raciocínio de utilização dos mesmos foguetes de 70mm da aviação. Ou seja, em se comprando foguetes guiados para a aviação do EB, MB(CFN) e FAB, o mesmo foguete guiado poderia ser usado pela artilharia.
No mais, acredito que um sistema não excluiria o outro e sim serem complementares. Os lançadores Hawks da Avibras já estão ai, então é fazer do limão uma limonada.
Até mais!!! 😉