Chefe da Força Aérea Portuguesa defende aquisição de caças de 5ª geração e alerta para desafios na retenção de militares

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Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General João Cartaxo Alves

No dia 22 de abril de 2025, o General João Cartaxo Alves, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), participou na conferência “Defesa Nacional: Nova Ordem Mundial – Onde estamos, o que temos e do que precisamos”, realizada na Academia Militar, na Amadora. O evento, promovido pelo Diário de Notícias, reuniu decisores políticos, líderes militares e especialistas nacionais e internacionais para debater os desafios atuais da defesa nacional num contexto geopolítico em transformação.

Durante o painel “O que temos – capacitação do sistema de forças”, que contou com a presença dos Chefes dos Estados-Maiores do Exército e da Armada, bem como do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o General Cartaxo Alves destacou dois eixos fundamentais para o futuro das Forças Armadas: o reforço do efetivo e a modernização de capacidades.

No que diz respeito aos recursos humanos, o General sublinhou os investimentos da Força Aérea em medidas de apoio social, como habitação, atividades de tempos livres nas pausas escolares, centros de saúde e apoio às necessidades familiares. No entanto, alertou para as dificuldades na retenção de militares experientes, atribuindo parte do problema à atual fórmula de cálculo das pensões aplicável. Explicou que, embora o número de efetivos se mantenha, tal se deve à entrada de novos militares, o que afeta a reposição do nível de experiência perdido com as saídas antecipadas.

Relativamente à substituição dos caças F-16M, o General Cartaxo Alves enfatizou a importância de Portugal manter capacidades de defesa aérea compatíveis com o seu espaço geoestratégico no Atlântico. Afirmou que “é imperioso que a próxima aeronave de defesa aérea seja de 5.ª geração”, referindo-se especificamente ao F-35 como a única aeronave atualmente disponível que cumpre esse requisito.

A conferência contou também com intervenções do Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, do ex-Primeiro-Ministro Durão Barroso e de vários especialistas das áreas da segurança, defesa e relações internacionais, que discutiram o papel da Defesa Nacional no atual contexto internacional.

A participação do General Cartaxo Alves na conferência reforça a necessidade de Portugal investir na modernização das suas Forças Armadas e na valorização dos seus recursos humanos, garantindo assim a soberania e a segurança nacional num mundo em constante mudança.

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Marcelo

Ele está mais do que certo,fazendo lobby para a escolha do avião americano e garantindo sua comissão $$ em algum paraíso fiscal !!!

Luís Henrique

Que comentário ridículo. Tem alguma prova? A defesa do F-35 é óbvia, dezenas de países já possuem ou estão em vias de ter frotas de caças 5G e na próxima década veremos a chegada de caças 6G. Diante deste cenário é fácil entender a defesa de adquirir um caça 5G em 2025, um caça que deverá ser entregue próximo de 2030. Adquirir caças 4G agora para receber em 2030 é que não faz sentido, a menos que seja uma questão de capacidade industrial do país, não dependência externa, falta de recursos financeiros, etc. Agora para Portugal que não tem industria… Read more »

rui mendes

Faz muita diferença, ser Americano ou Europeu, pois o dinheiro que sai da Europa, para outro lado, é diferente de ficar na Europa, pois quanto mais dinheiro ficar cá, mais emprego gera cá e mais dinheiro á na Europa, beneficiando o orçamento da UE, que depois mais pode atribuir, aos países da UE.

Last edited 18 dias atrás by rui mendes
Marcos

Verdade. E ainda deve ser levado em conta a atuação conjunta de todas as forças aéreas da Europa no caso de um conflito. Sempre haverá necessidade de um caça como o Rafale nas próximas décadas. Se a maioria das forças vão de F35 quem terá os meios menos furtivos necessários para outras tarefas? No contexto de ação conjunta não é necessário que todos tenham os mesmos meios. Alguns terão 6ª G, outros 5ª G e outros podem ter 4,5ª G. Vai ter trabalho para todo mundo. Outros podem se especializar ainda em outras atividades como logística ou defesa aérea. Não… Read more »

João Batalha

Os F35 A serão fabricados na Itália e não nos EUA. Para além disso o programa do F35 é multinacional, com inúmeros países europeus como sócios do mesmo.

Santamariense

Para variar, tu e teus comentários estúpidos. Se fosse um caça chinês ou russo tu não diria nada nesse sentido.

Marcelo
Santamariense

Investigue-se, puna-se o que for ilegal…mas, isso não tem nada a ver com teu moralismo de boteco. Teus comentários parecem todos saídos de encontros de DCE…

Angus

Falou o óbvio.
Quem pode escolhe caça de 5ª geração.
Quem não pode escolhe caça de 4,5ª geração.

Não faz sentido aplaudir a China por avançar no desenvolvimento de caça de 6ª geração e defender e argumentar que Portugal (ou mesmo o Brasil) faz melhor se escolhendo caça de 4,5ª geração.

A questão sempre será querer x poder.

RPiletti

O que manda é o quanto o bolso está recheado.

“Durante sua teleconferência de resultados do primeiro trimestre, em 22 de agosto, a Northrop Grumman afirmou ter registrado um prejuízo antes dos impostos de US$ 477 milhões com as cinco aeronaves B-21 Raider de produção inicial de baixo custo, elevando o prejuízo total do programa para mais de US$ 2 bilhões”

Montanha

Interessante a manifestação do comandante militar da Guiana Brasileira! Mas acho que ele esqueceu que quem define isso é o Presidente do Brasil e não o comando do nosso território ultramarino.

GBento

Melhor comentário pra descontrair. kkkkkkkkkkkk

rui mendes

Mas em Portugal é diferente, pois sendo a defesa na UE/Nato conjunta, não faz sentido ser tudo caças de 5a Geração, e os caças da 4.5G. têm as suas funções que em conjunto, melhora o grupo todo.

Sensato

Ia comentar algo nesse sentido. O que me parece mais lógico para Portugal no momento seria comprar algo já disponível e europeu agora e depois comprar algum 5G sem os problemas do F35. Trump não ficará no poder pra sempre e o F35 não será o único 5G ocidental pra sempre.

elias

vamos comprar o KAAN turco,,,estaremos no topo tambem

brutus

kaan ainda é experimental , ao meu ver ainda nao esta completo eletronicamente , nem vi como é por dentro ou que faz diferente de outros caças

Emmanuel

Portugal está numa situação, no mínimo, interessante. Precisa substituir seus F-16 e pensa em 5ª geração. Para os F-16 o substituto mais sensato seria o Gripen pelo seu custo de manutenção. O orçamento da defesa portuguesa não é dos maiores e o F-39 se encaixa como uma luva. O problema é que os franceses já se mostraram bem persistentes em colocar o Rafale como substituto natural, mesmo tendo o Typhoon “correndo” ao seu lado. Ambos muito mais caros para adquirir e manutenir. Para a 5ª geração o problema é maior. O F-35 é americano e Trump mal começou seu governo… Read more »

rui mendes

Embraer e Turcos não é para desenvolver caças.

Sensato

Também creio que não mas uma das maiores características da Embraer é identificar e suprir nichos com mais demanda que oferta. Um 5G ocidental sem as amarras ITAR e BAFA cairia muito bem no mercado e quem oferecer primeiro talvez consiga ótimos contratos.

Francisco

O gripen só tem custo de hora voo menor, mais seu custo se vida útil (incluindo modernização) será muito maior que o F35 por causa das poucas unidades vendidas…e simples matemática e dados.

Marcos

Que opção Embraer/Turcos seria essa? Não há nenhuma aeronave Embraer / Turca sendo desenvolvida que possa substituir os caças portugueses.
E qual a logica de sair das mãos americanas para cair em mãos turcas?

Diego

Uma força aérea que adquiriu 48 F-16, e consegue manter apenas 28 em operação e vendeu o resto falar em ter caças de quinta geração chega ser risível. Eles tem é que cair na real, caça de quinta geração é para quem tem bolso para pagar.

Last edited 18 dias atrás by Diego
EduardoSP

Para um país pequeno que vai operar no contexto OTAN, está mais que certo optar pelo F-35.
Além de ser uma aeronave de 5º geração, estará acompanhado de Canadá, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha, Polônia, Reino Unido, Romênia, República Tcheca e Grécia.

Marcelo Soares

Mais a Finlândia, se não me engano.

Luciano

Comandantes de forças aéreas e oficiais de alto comando, mudam. Talvez, os que finalmente decidam, pensem diferente. De qualquer forma, o F35 nunca seria uma má idéia na Europa. Eu não acredito que a política sempre prevaleça nessas decisões.

Eles operam o F16, e querem operar, hoje, o F35. Movimento lógico, tecno/logistico, e qualitativo, correto. O Gripen também serviria? Claro, e também seria uma enorme evolução, mas não como o F35, sejamos sinceros. A única coisa que poderia os fazer escolher o Gripen, hoje, seria uma grave queda orçamentária.

Carlos

A única coisa não. Faz todo o sentido comprar agora uma frota reduzida de Grippen e entrar num consórcio europeu de sexta geração. No futuro a mistura das duas capacidades será o mais eficaz.

Alex Barreto Cypriano

Escolha logo um de 6a geração – não vai precisar nem de piloto…

Nemo

Portugal está certo, a Espanha pode querer retomar o Condado Portucalense.

Marcos

Pernambuco em pé…

Abymael2

Escolher o F-35 é fácil.
Eu também escolheria.
Pagar a conta é que é o problema.
Ainda mais em se tratando de Portugal que, convenhamos, não está podendo esbanjar faz tempo.

rui mendes

Esbanjar ninguém pode, só os Árabes, mas nunca ouvi nenhuma empresa dizer que Portugal, assinou um contracto e não o cumpre.
Mais, Portugal é UE, pertence a um grupo de estados, que todos juntos, formam a União Europeia.

Abymael2

Esbanjar ninguém pode, só os Árabes,”
Sim, concordo. Eu não quis menosprezar Portugal, apenas chamar a atenção para o fato de que o F35 é caro para a maioria dos orçamentos do mundo.


Sensato

Cumprirem contratos não significa que o façam com facilidade e quanto mais caro for o vetor, menos facilidade será. Ademais, se empenharem mais que o desejável neste contrato, pode faltar verba para outras necessidades ou que tenham que vender unidades no futuro, para manter a operação dos remanescentes, tal qual fizeram com os F16.

Carlos

Algures aqui na trilogia li um texto no qual era mencionado que Portugal nos últimos anos teve vários superavits e por exemplo em 2024 o superavit deu uma folga orçamental de 900 milhões de euros e recordo que o programa do KC390 foi de 850 milhões de dólares e já está todo pago. Portugal vendeu F-16 mas não foi porque estava mal de finanças, foi porque tinha nove aviões encaixotados e foi contatado pela Roménia para fornecer 12 aeronaves e formar pilotos e mecânicos de aeronaves. Nunca teve mais de 30 aeronaves no ativo como tal não fales doo que… Read more »

Carlos

Dos 17 aviões fornecidos por Portugal à Roménia só 11 eram dos ativos da FAP, os outros 6 foram adquiridos nos EUA, preparados em Portugal e enviados para a Roménia e recordo que um dos 40 F-16 adquiridos por Portugal caiu no pinhal de Leiria

Sensato

Adquirir, operar e manter F16A/B e KC390 e F35 é outra. Não duvido que tenham verba para a compra mas será fácil manter a frota operacional? O futuro dirá embora eu desconfie saber a resposta.

Carlos

No início de 2009, a FAP realizou o exercício militar REAL THAW que teve a participação da Dinamarca e nesse exercício os dinamarqueses excederam as horas de voo previstas para voarem no inverno e isto só para afirmar que existem planejamento de gastos em treinos e exercícios militares e que na Europa existem forças militares pequenas mas muito bem treinadas e equipadas, algo que a FAP pretende manter e continuo a dizer que não te preocupes porque ninguém te vai pedir dinheiro e podes ler esta frase “O país tem mantido superávits orçamentais nos últimos anos, com previsão de excedente… Read more »

José Joaquim da Silva Santos

Podem ser o que quiser este “grupo de estados” menos um país.

Carlos

É muito mais do que um país, é uma União de países que provocam inveja a muita gente, a começar por Trump, Putin e muitos mais.

adriano Madureira

Off-Topic:

Lucro da Northrop Grumman cai pela metade com perdas no B-21, ações despencam.Durante sua teleconferência de resultados do primeiro trimestre, em 22 de agosto, a Northrop Grumman afirmou ter registrado um prejuízo antes dos impostos de US$ 477 milhões com as cinco aeronaves B-21 Raider de produção inicial de baixo custo, elevando o
 prejuízo total do programa para mais de US$ 2 bilhões.

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Deve ser efeito colateral da nova era de ouro americana…

Jorgemateus77

A premissa nunca falha
Quem pode F-35 não vai de Gripen e ponto !
O resto é conjectura e/ou choro

elias

então vamos de KAAN ,,,,,,

Gabriel BR

O F-35 para a força aérea portuguesa faz bastante sentido dependendo do numero de unidades que estariam dispostos a operar. Suponhamos que substituam os F-16 em proporção 1:1 , a furtividade do F-35 seria de grande valia como multiplicador de força em combate. Lembrando que o cenário europeu é tenso e de um alto nível de complexidade , é praticamente o oposto da América Latina onde temos o privilégio de termos vizinhos com baixo ou nenhum potencial ofensivo.

Carlos

Por fim, até que dá certo para o lado dos americanos ficar provocando outros países e inventando inimigos, pois sempre conseguem vender horrores para os outros, principalmente para os seus paus maldados ( OTAN, pós fim da URSS, pura e simplesmente é uma vitrine para a indústria da guerra americana despejar tudo que tiver ).

Esticam a régua até não dar mais e depois se colocam como os mocinhos do rolé, através da sua máquina de propaganda. E sempre cola…

Carlos

Teorias ilusórias e malabaristas não servem para nada porque muito antes de Trump tomar posse já a Noruega, a Dinamarca, a Finlândia, a Holanda, a Bélgica tinham decidido adquirir F-35 porque todo o mundo achou que a melhor opção para substituir os F-16 e destes países apenas a Finlândia usava F-18. Recordo apenas que estes países já receberam parte ou a totalidade dos aviões comprados porque eram os primeiros da fila. Agora o bullying de Trump levou a que todos aliados (ex-aliados) cuidassem de si próprios sem contar com o Tio Sam como tal a vitrine deixa de fazer sentido… Read more »

Pedro Soares

Okay a Ignoring Ignorância e Hipocrisia é um grande inimigo da verdade ; O F-35 é um caça fabricado Pela Lockeed Martin Corporation tal como os F-16 Falcon O F-35 Lightning é um 5 geração mas NAO é là grande avião de çaça para 5 geração tem um design que deixa muito a desejar com um comprimento de 10 metros com um único motor de propolsão ; O que tem de melhor é o sistema STEALTH WARFARE AI GUERRA ELECTRÓNICA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ETC… É um Caça para 10 Anos findos os quais está velho e Obsoleto entretanto começa até 2030… Read more »

Carlos

O F-35 é um excelente avião mas nenhuma Força Aérea Europeia pode ficar dependente do Departamento de Defesa dos EUA porque este departamento controla o Mission Data Files do F-35 não é nenhum Kill Switch mas retira soberania a quem adquiriu esta aeronave, o único pais que é realmente soberano é Israel, todos os outros estarão dependentes de quem ocupar o circo que foi criado em Washington DC. Existem dois projetos europeus para a construção de aviões de sexta geração e que são o FCAS (Future Combat Air System) composto pela Alemanha, França e Espanha e o GCAP (Global Combat… Read more »

João Rocha

Por mais que seja da opinião que o Gripen NG ou o Rafale F4 devessem ser adquiridos, a aquisição destas aeronaves determina a aquisição de uma 2ª nova frota no espaço de 15 anos. Isto porque os caças de 4.5 geração como os mencionados, estão previstos para voar até 2045 ou 2050 no máximo dos máximos com atualizações de software. A aquisição do F-35 por outro lado, significaria que teríamos um caça a voar sem restrições nenhumas durante pelo menos 30 anos, pelo simples motivo de que o F-35 é uma aeronave indiscutivelmente muito mais avançada do que qualquer outra… Read more »