China proíbe companhias aéreas de comprarem jatos da Boeing em retaliação a tarifas dos EUA

Boeing 737 MAX 10
O governo chinês ordenou que suas companhias aéreas deixem de comprar aviões da fabricante americana Boeing, numa clara retaliação às tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração Trump. A decisão também inclui a suspensão de compras de peças e equipamentos de aviação de empresas norte-americanas, segundo informações obtidas pela agência Bloomberg.
A medida foi anunciada após Pequim impor tarifas retaliatórias de 125% sobre produtos dos EUA, em resposta à escalada tarifária de Washington, que já chega a 145%. Essas tarifas tornam economicamente inviável a importação de aeronaves americanas, dobrando ou até triplicando seus custos para companhias aéreas chinesas.
A ação chinesa impactou diretamente o mercado: as ações da Boeing caíram até 4,6% no pré-mercado após a notícia, somando uma desvalorização de 10% no acumulado do ano. O governo chinês estuda formas de mitigar os efeitos para as empresas locais que arrendam jatos da Boeing e estão enfrentando aumentos de custos.
O momento da decisão é crítico. Pelo menos 10 aeronaves Boeing 737 Max estão prontas para entrar nas frotas de empresas chinesas, incluindo China Southern, Air China e Xiamen Airlines. Algumas dessas aeronaves estão em solo americano e outras em um centro de finalização na China. A entrega dependerá de decisões caso a caso, segundo fontes ouvidas.
Nem a Administração de Aviação Civil da China nem a Boeing se pronunciaram sobre o caso. Companhias como China Southern, Air China e Xiamen Airlines também não comentaram. A Juneyao Airlines, por sua vez, teria adiado a entrega de um Boeing 787-9 Dreamliner, ampliando os efeitos práticos da decisão de Pequim.
O cenário representa um novo revés para a Boeing em um de seus principais mercados. A China deve responder por 20% da demanda mundial por aeronaves nas próximas duas décadas. No entanto, as tensões comerciais e crises internas fizeram a Boeing perder espaço para a europeia Airbus, que hoje lidera novos pedidos no país.
Além disso, a disputa atual revela a dependência contínua da China em relação a fornecedores estrangeiros. Apesar do investimento no jato nacional Comac C919, grande parte da frota ainda é composta por aeronaves da Boeing, que precisam de manutenção e peças. Isso mantém a Boeing presente, mesmo sob restrições comerciais.
A retaliação chinesa foi intensificada após Trump reativar uma política de tarifas como forma de reduzir o déficit comercial com a China. A Boeing, que ainda tem diversos aviões em estoque prontos para clientes chineses, alerta que uma escalada no conflito pode agravar ainda mais a recuperação das cadeias de suprimentos globais, já fragilizadas pela pandemia.
Mesmo que a Embraer não tenha nenhuma aeronave do porte do 787 ou 737, não custa nada a Embraer se “mostrar” na China nesse momento.
Vai que….
Entendi seu ponto, mas vc bem sabe que os substitutos naturais dessa enorme lacuna virá da Airbus …
Cenas dos próximos dias:
EUA colocam Airbus na lista negra de empresas sancionadas, acusada de colaboração com o “eixo do mal” ( CN e Irã ).
Anota aí, e me cobra depois…
não duvido de sua previsão…
A Airbus não colabora com C.N. ou Irã, não porque os EUA queiram, mas porque a Europa quer, e quem colabora com eixos do mal, é os EUA de Trump, Musk e companhia, nomeadamente Rússia Putinista e ataca as principais instituições do país, como a universidade de Harvard, os tribunais, etc.
Ao que isto chegou, um Labrego, a dar uma de macho-man com uma das instituíções de referência do saber, no mundo.
Mesmo que tivesse um produto a altura para oferecer, haveria proibições do mesmo jeito, pois muitas peças são fabricadas por, ou licenciadas por empresas americanas!
Olá Auder. Lembre que a China impôs sobretaxas aos produtos importados dos EUA, Suponha o caso dos aviões da Embraer que usam componentes de vários países inclusive feitos nos EUA. O Brasil importa estes dispositivos. Como são usados para produtos de exportação, a lei brasileira os isenta de impostos (de importação). Estes dispositivos são instalados no avião fabricado na Embraer. Uma vez que os aviões são exportados pelo Brasil, a empresa importadora irá pagar os impostos de importação em seu pŕoprio país. Neste caso, o fato das China colocar sobretaxas aos produtos importados dos EUA não se aplica aos dispositivos… Read more »
Depende de até onde a China estiver disposta a levar a guerra tarifária. Vimos em outra matéria o caso dos chips, que a China mudou a lei para que se considere como origem de um produto não mais onde ele é montado e embalado mas onde foi efetivamente fabricado, eles poderiam fazer algo similar com os motores dos aviões por exemplo.
A Embraer não tem chance,vai cair tudo no colo da Airbus.
Essa “foto da família” é antiga. Não inclui o Airbus A220, o projeto que a Airbus comprou da Bombardier a preço simbólico depois da 4mpresa canadense quebrar pra desenvolver o avião regional (nessa imagem, o A220, com duas versões, entraria no lugar do A318, que saiu de linha.
A Embraer tem os pés no chão e não costumam bater de frente com decisões americanas, principalmente nesse segmento, ela depende muito do mercado americano para aviação executiva e também poderia acabar sofrendo alguma retalhação.
Pelo que entendi os chineses aproveitaram para elogiar a Embraer.
Pro 737 a China tem opção doméstica de avião, pros wide-body, ainda não.
Já a Boeing não tem onde achar novos compradores tão grandes quanto a China.
Mais um ponto pro Xi nessa briga.
A opção doméstica é recheada de sistemas fornecidos por empresas americanas. Honeywell, Parker, GE, Rockwell Collins, Arconic são algumas.
Os motores são da CFM, uma joint venture entre a GE americana e a Safran francesa.
E substituí-los não é fácil. A Rússia, com toda a sua experiência, está penando há anos para construir uma versão do SSJ 100 sem componentes ocidentais.
Isso vai acelerar a união entre China e da Rússia nessa área. Rússia já tem autonomia nessa área já, logo logo, os Chineses vão começar comprar os aviões SSJ 100 e MC-21 da Rússia.
Acho que não. Os dois países tinham um projeto conjunto de widebody (C929), mas foi cancelado. Não sei o motivo, mas é a prova de que esta união das indústrias aeronáuticas dos dois países não tem futuro. A China quer autonomia completa, por isso já desenvolveu o C909 (Antigo ARJ21), C919 e, futuramente, o C929.
O Mercado chinês muito grande. Nesse período de grandes tarifas por ambos os lados, eles vão olhar os novos aviões comerciais de grande da Rússia com muito mais carinho.
Os governo Chinês e Russos tem entendimento muito mais fácil do que com os EUA ou a Europa.
Além disso, a Europa pode bloquear as vendas dos aviões da AIRBUS para China a qualquer por pressões dos EUA. Com a Rússia, esse risco não existe.
A Europa não faz favores aos EUA, que não lhe sejam úteis a ela própria, isto antes, porque com esta administração, nem conversas dessas existem, não são aliados, ponto.
E quanto aos novos aviões Russos, ainda estão muito longe de poderem se equiparar a algo da Airbus ou Boeing, aliás nem prontos estão e acho mesmo que os aviões Chineses, estarão prontos primeiro.
Por último a Airbus não precisa de aproveitar problemas dos outros, ela vendeu, vende e continuará a vender muito na China, basta ver os aviões Airbus na China e a carteira de pedidos.
Edu,
Os EUA aplicaram sobretaxas de produtos fabricados na China e a China aplicou sobretaxas aos produtos importados dos EUA. Os produtos importados pela China dos EUA ficaram inviáveis pelo preço.
Não existem sanções econômicas sobre a China.
A China continua importando produtos brasileiros e europeus sem sobretaxas, mesmo que contenham componentes fabricados nos EUA.
O problema pode se tornar ainda maior. Se os EUA taxarem os navios fabricados na China de reportarem nos EUA. A China pode cobrar de avião feitos nos EUA de aterrissarem na China. Aí afeta a decisão de compra de empresas de fora da China, considerando o mercado de vôos internacional para a China. Lembrando que a Boeing é a maior exportadora americana.
Só mais um exemplo da estupidez dessa guerra comercial. Comércio é bom para quem compra e para quem vende. Não tem um lado perdedor. Se continuar como está, vão reservar o mercado americano para a Boeing e o resto do mundo para a Airbus. Mas claro, ele já se mostrou totalmente disposto a criar mil exceções às tarifas desde que o beneficiário aceite beijar a mão do rei. As últimas foram smartphones, TVs e outros eletrônicos. As tarifas mudam de 2 em 2 horas de acordo com a mente caótica do presidente, então toda notícia fica velha muito rápido. A… Read more »
A OMC já está falando em um colapso do comércio internacional com o descolamento entre as duas maiores economias do mundo,que passariam a funcionar como blocos separados. O que vai apertar a vida de quem está no meio, como o Brasil.
Ou talvez essa posição de quem está no meio seja privilegiada, de modo que você pode continuar fazendo negócios com os dois lados.
Tenho dúvidas se o Trump vai tolerar esse meio termo.
A Airbus que viu suas ações subirem pode abocanhar boa parte do mercado chinês
Pois é, eles devem estar rindo um bocado dessa situação toda, pois a curto prazo eles vão se beneficiar disso, no mercado chinês, diga-se de passagem.
Mas a longo prazo essa situação vai acelera o desenvolvimento chinês de aeronaves de grande porte, o que não vai ser bom para ninguém no ocidente.
Pior, com tudo isso que está acontecendo, a China pode seguir o caminho da Rússia na área industrial: se dar conta de que não pode depender de nada que venha dos EUA. E começar, assim como a Rússia, a desenvolver e fabricar compenentes nacionais para todas as suas aeronaves. No final das contas, nada parece ensinar o senhor Laranjão que toda ação tem uma reação, ou seja, guerra tarifária é ruim para todos, compradores e vendedores. Enfim, o sujeiro tem 78 anos, se não aprendeu isso até agora, não vai aprender mais. Trocaram um senhor de idade senil por um… Read more »
Que coisa, né, Mr. Trump?
O problema foi o Sr Trump seguir as sugestões do Dr Ron Varra…
O problema mesmo, foi ambos serem cidadãos que não entendem o mundo em que vivem, e que têm fé cega apenas em si mesmos e em suas ideias tortas! Ora, os EUA pregaram o livre comércio e a internacionalização das cadeias de produção por 8 décadas a fio, de modo que, se eu quiser fabricar um avião (exemplo), é um produto a que se chega comprando metais raros da África e da China, projeto, sofwares, sensores e armamentos e patentes dos EUA da Europa e da China, alumínio do Brasil, componentes sensíveis da Europa, chips de Taiwan, peças usinadas no… Read more »
Eles não são burros, só não sabemos o que estão ganhando, e quando falo eles, não digo os EUA, digo Trump e turma.
Eu suponho que essa galera cansou de capitalismo, globalização e vão se dar por satisfeitos em serem senhores feudais de pequenos territórios fortificados em um mundo devastado. Trump já é velho, não se preocupa com efeitos de longo prazo.
O Ron Verra não existe. É um invenção do Navarro, assessor econômico dos EUA.
A equipe de Trump é tão amadora que ninguém fez uma checagem nas universidades para saber quem era o tal Navarro.. teriam descoberto que é um economista sem expressão e que o tal Ron Varra é uma invenção.
O “Posto Ipiranga” do Trump vendeu gasolina batizada
Bem, tem uma “mente brilhante (ou quase)” atrás de toda teoria econômica mirabolante como esta…
É que as vezes a gente confunde uma mente brilhante com uma ofuscante
Torcer para o nosso “homem mais honesto do mundo” continuar quieto.
Boa partes dos componentes utilizados nas alternativas (Airbus e principalmente aquela fabricante chinesa que não lembro o nome) são de origem norte-americana. Se por ventura os EUA boicotarem a venda desses componentes para aviões destinados ao mercado chinês, eles têm alternativa para não ficarem sem aviões? (ou não terem de utilizar “porcarias”)
Nada acontece no vácuo e tudo tem consequência.
Se ocorresse um veto desse, o resultado no longo prazo seria que a próxima geração de aeronaves de Europa e China rejeitariam ao máximo componentes americanos. (Safran, RR, Thales, BAE riem ao fundo)
Na verdade eu acho que essa mentalidade já se instalou na Europa nos últimos meses e veio para ficar, independente do que os EUA façam daqui pra frente.
Os próximo projetos europeus, principalmente de Defesa, vão tentar substituir totalmente o que os EUA fornecem. (Patriot, vigilância e comunicação por satélite, aeronaves de 5ª e 6ª geração)
Você tem razão no que diz, todavia, não sei se você percebeu, mas o Trump está literalmente kgando para essas consequências.
Haverá um dia sem o Trump na presidência, o tempo passa para todos. Mas as consequências do que ele tem feito, isso vai demorar muito mais para passar.
Sim, ele não se importa, mas isto terá impacto no futuro, inclusive para os EUA.
Mas pensando positivo, sempre é bom mais concorrência.
Estas medidas de retaliacao sempre trazem inconvenientes para todos os envolvidos mas tambem ha arranjos para aliviar as restricoes, como abertura de escritorios de compras em paises com menores tarifas para posterior entrega no pais destino. Nao tem bobo nesse mundo e os paises preparados ja tem os seu proprio “playbook” de como lidar com estas e futuras (e possiveis) situacoes.
A Airbus e a Embraer curtiram essa notícia.
A Embraer não sei se curtiu muito, porque os E-Jets não competem diretamente com os 737 Max, mas a Airbus com certeza deve estar com um sorriso de orelha à orelha!
Agora em março,Trump sentiu a entrada do grosso


Kkkkkkkkkkkkkkkk
e ele solta aquele grito do Tarzan: macaxeiraaaaaa !
De outro modo, se esta medida for efetivamente implementada, ao mapearmos todos os riscos possíveis, a China depender de um único fabricante (leia-se Airbus) passa a ser uma nova vulnerabilidade.
Permanecer vendendo um produto de alto valor agregado, que emprega vários níveis de tecnologia no país, ou instigar o seu adversário, que tem recursos financeiros e humanos, a criar a própria tecnologia em solo nacional, deixando-o independente?
O Trump vai ferrar com a economia americana! Empresários já estavam reclamando dessa guerra tarifária e agora já há grupos de deputados e senadores republicanos que estão começando a criticar abertamente as decisões de Trump. Trump acha que vai conseguir trazer a produção de itens feito na China de volta para os Estados Unidos. Esquece! Fabricar um iPhone nos Estados Unidos significaria um aumento de preço enorme no aparelho. Um americano jamais aceitaria ganhar o salário que um chinês ganha, mesmo que seja para apertar parafusos, como disse o Secretário de Comércio da Casa Branca. Agora a China começa a… Read more »
Eu não descartaria um impeachment de Trump, mesmo ele tendo maioria, no fim quem faz as campanhas dos parlamentares são os milionários/bilionários, indústria de defesa entre outros setores, além dos judeus americanos.
Quando o fedor da merda que entrou no sistema de ar condicionador ficar insuportável, certamente algum artifício será usado.
Existe uma emenda na Constituição Americana, acho que é a 25a que prevê retirar o presidente dos EUA do poder em caso de incapacidade mental. Chegaram a ventilar o uso dessa emenda no final do primeiro mandato dele mas como ele perdeu a eleição, deixaram pra lá.
Certamente é um recurso que está a mesa por lá. Mas isso é assunto interno dos EUA, eles que precisam se resolver.
Pensaram nisso quando o Biden cumprimentava fantasma, caia na escada do Air Force One e no palco da USAFA?
Sim pensaram, porém não foi necessário porque ele perdeu a eleição. É tão engraçado ver Brasileiro Trumpista, dá uma vontade danada de rir.
Quem te disse que sou trumpista? Recebeu carta psicografada do além? Sou flamenguista.
Creio que o único caminho para retirar Trump do governo seria algo parecido ao que ocorreu com Nixon.
Nixon foi derrubado porque obstruiu a justiça na investigação de Wategate.. caso encontrem as digitais de Trump em alguma negociata em torno de especulações do mercado de ações ou uso de informação privilegia, é provável que abrirão um processo.. neste caso, é provável que ele renuncie sob a promessa o vice de um perdão presidencial..
Acho que é mai fácil repetir o o caminho percorrido por NIxon que inventarem ao diferente.
Carmargoer, tenho sérias dúvidas se Trump ia sair de forma tão pacífica quanto Nixon, em comparação. O atual presidente já é velho, não vai ter que lidar com as consequências de longo prazo de suas ações e me parece péssimo perdedor.
Minhas ações da Embraer, que comprei em 2022 estão me deixando tão feliz.
Interessante o partido Republicano ser, hoje, através do Trump, o maior representante do nacionalismo protecionista, uma espécie de anti-liberalismo fascista do século XXI. Getulio Vargas deve estar orgulhoso de Trump. Mas o pior é o gado nacional, que se diz patriota e liberal, mas apóia medidas tarifárias que são profundamente anti-liberais e que são anti-Brasil, por afetarem nossos produtores. Os americanos nunca praticaram livre mercado. Sempre foram protecionistas, fechados e profundamente dependentes do Estado e do seu poder de compra e investimentos para pesquisa, na inovação, na ciência, tecnologia e etc. Mas sempre obrigaram os países subdesenvolvidos a acreditarem nessa… Read more »
“A ação chinesa impactou diretamente o mercado: as ações da Boeing caíram até 4,6% no pré-mercado após a notícia, somando uma desvalorização de 10% no acumulado do ano”.
se não bastasse a Boeing ter que se virar com seus próprios problemas, ainda tem que se ferrar devido a estupidez de um Egomaníaco e grande negociador…
É,quem não pode ter cão para caçar ,caça com o gato…
Graças a grande visão comercial de Mister Donald Dumb, muitos players estão buscando alternativas a produtos americanos ou seus componentes,,,
https://www.youtube.com/watch?v=kInuoc_hO1M&ab_channel=GlobalDefenseCorp
Talvez o mundo se torne melhor graças a essa arrogância e soberba yankee, talvez uma globalização 2.0!
O Titio sam e suas grandes empresas vão sentir o gosto amargo de serem sancionados.Eles estava acostumados a sancionar outras nações…
Quem diria. Quanta audácia. Quem estes chineses pensam que são ? Para peitarem e desrespeitarem os Estados Unidos da América ? Berço da democracia, do livre comercio e da livre determinação dos povos ?