Austrália receberá até 400 mísseis ar-ar AIM-120C e D em acordo de US$ 1,04 bilhão com os EUA

O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível venda militar à Austrália envolvendo até 400 mísseis ar-ar de médio alcance AIM-120, em um acordo avaliado em aproximadamente US$ 1,04 bilhão. A notificação oficial ao Congresso foi entregue nesta quarta-feira pela Agência de Cooperação em Segurança e Defesa (DSCA).
O governo australiano solicitou a compra de até 200 mísseis AIM-120C-8 e até 200 AIM-120D-3, ambos da família AMRAAM (Advanced Medium Range Air-to-Air Missiles), além de equipamentos de apoio, peças sobressalentes, software classificado, documentação técnica, suporte logístico e serviços de engenharia e manutenção prestados por contratados e órgãos do governo norte-americano.
Segundo a DSCA, a venda apoiará os objetivos de política externa e segurança nacional dos EUA ao fortalecer um de seus principais aliados na região do Pacífico Ocidental. A localização estratégica da Austrália é considerada fundamental para manter a estabilidade e a segurança regional.
“O fortalecimento das capacidades de defesa aérea da Austrália melhora sua prontidão frente a ameaças atuais e futuras, contribuindo também para a interoperabilidade com as forças armadas dos Estados Unidos”, afirmou a nota oficial.
O contrato, que ainda aguarda aprovação do Congresso norte-americano, não prevê, por enquanto, a presença de pessoal adicional dos EUA na Austrália para sua implementação, nem inclui acordos de compensação industrial (offset), embora estes possam ser negociados entre a Austrália e o fornecedor.
A empresa contratada principal será a RTX Corporation, com sede em Tucson, Arizona. A corporação é responsável pelo desenvolvimento e produção da família AMRAAM, considerada um dos principais sistemas de mísseis ar-ar em operação no mundo.
De acordo com o Departamento de Estado, a venda não afetará negativamente a prontidão de defesa dos EUA nem alterará o equilíbrio militar básico na região Indo-Pacífico.
Off topic. Embraer está negociando com empresa turca de defesa, para co-produção do KC390 E de um caça comjunto de 5a geração
Caro Guizmo, sem qualquer desconfiança mas você teia a fonte para uma leitura mais extensa?
Já encontrei algo, obrigado.
Vi ontem, mas por enquanto parece mais conjectura que fato, apesar de ter saído na mídia turca.
Seria maravilhoso, já que a plataforma de inspiração ganhou escala com a entrada dos sauditas no projeto.
Sobre essa matéria, foi uma consultoria brasileira que publica notícias sobre defesa que fez um artigo que, na visão dela, o Brasil poderia entrar no programa do caça de 5ª geração e a Turquia compraria e participaria da coprodução do KC-390.
O site turco pegou esse artigo e republicou. Agora outros sites brasileiros estão republicando que a Embraer e a Turkish Aerospace Industries podem avançar e incluir o cargueiro militar C-390 Millennium e o desenvolvimento conjunto de um caça de quinta geração. Sendo que há, por enquanto, estudos sobre a oportunidade de produção do E2 na Turquia.
Que coincidência, ontem comentei aqui na trilogia que meu sonho era ver o Gripen e o KAAN sendo operados na FAB, vai que… kkkk
É um excelente míssil mas os americanos deveriam liberar o míssil da marinha AIM-174B pois os mísseis BVR chineses são superiores a essas versões do AIM-120!
O AIM-174 não é um míssil para ser utilizado contra caças e ainda que seja útil para os australianos os americanos ainda contam com uma quantidade pequena. *E nada me tira de cabeça que esse míssil tem função principal contra navios, até a chegada do HALO em 2028. Não sei o que você quer dizer com “os mísseis BVR chineses são superiores ao AIM-120”. Superiores em quê? Propaganda? rsss Não há nenhum míssil de mesma categoria (157 kg) dos chineses que seja superior ao AIM-120D e duvido que os mísseis AIM-260 e AIM-174 sejam inferiores aos PLs chineses (12, 15,… Read more »
Acabei de ler na TWZ que o HALO a que me referi foi cancelado e foi aventada a capacidade antinavio do AIM-174, fornecendo uma capacidade “quase hipersônica” antinavio lançada do ar para a USN.
Os americanos já prevendo que com seus novos radares AESA de GaN que prometem revolucionar o desempenho (no mínimo o dobro de alcance para o mesmo RCS) já se adiantam e estão desenvolvendo (ou já desenvolveram e implantaram) o AIM-260 , que com dimensões equivalentes ao do AIM-120D tem cerca do dobro do alcance.
Salvo engano já há Super Hornets (do USMC) dotados de radares AESA de GaN
“Salvo engano já há Super Hornets (do USMC) dotados de radares AESA de GaN”
Super Hornets não Bosco, pois o USMC nunca comprou/operou Super Hornets.
Acho que você se está referindo aos Legacy Hornets (F/A-18C/D) do USMC, que sim, tem sido modernizados com o radar AN/APG-79(V)4 da Raytheon, que é uma versão do AN/APG-79 do F/A-18E/F Super Hornet desenvolvida para o F/A/18C/D e que substitui os elementos de GaAs do -79 original por elementos de GaN.
Mais algumas informações interessantes sobre o AN/APG-79(V)4 aqui, para quem quiser ler: https://aviationweek.com/defense/sensors-electronic-warfare/fighter-radars-poised-gallium-nitride-breakthrough “… In late April, Raytheon revealed that a two-year-old project to upgrade radar on the remaining F/A-18A-Ds to an AESA features the first application of GaN in a fire-control radar. As with most radio frequency (RF) device manufacturers, Raytheon has had more than a decade of experience in manufacturing the fickle GaN material; previous applications ranged from the ground-based Patriot radar to the airborne Next-Generation Jammer Mid-Band. But the APG-79(V)4 upgrade represents the first application of GaN in a fighter’s primary RF sensor. As it was previously… Read more »
Por falar em DCS, no DCS eu consigo 100% de abates com o AIM-120C e D. Alias, todo mundo consegue esses 100%. Dá pra decolar com um F-16 com 9 AIM120 e 1 AIM9X e mandar 10 Su-35 pro chão fácil fácil.
Blz, DSC.
É isso mesmo.
O AIM174B no momento só está integrado ao Super Hornet da US Navy, mas poderia servir nos super hornets australianos sem problema. É grande demais pro F35, cujo missil de longa distancia vai ser o AIM260. Fora isso, custa provavelmente o dobro do AIM 120 e os Australianos talvez aposentem os super hornets dentro de uma decada (possivelmente antes).
Não há nada que impessa o F-35 levar o AIM-174 externamente.
Ele é grande demais para as baias internas do F35, teria que ser carregado externamente com penalidade no stealth.
Por que eles iriam aposentar os Super Hornet tão cedo??
O AIM-174B não tem a manobrabilidade de um míssil bvr da class do AIM-120C ou D, tem mais alcance, mas muito mais díficil conseguir abater um caça com ele, do que com o AIM-120.
Dois milhões e meio de dólares por cada míssil? Isso tá ficando fora de controle.
Você leu que o pacote inclui peças sobressalentes, software, treinamento e outros materiais, né?
Nessa conta aí tem os containers, equipamentos para aferição dos sensores, equipamentos para manutenção…
No final você precisa de 2,5mi para cada míssil para poder ter eles operacionais.
E esse valor pode ser menor para misseis menos capazes, e maior para mísseis mais capazes… a guerra moderna custa caro, provavelmente é o melhor negocio que existe!
Em reais é 15 milhões a unidade…
É muito caro, a não ser que você esteja numa guerra contra um gigante como a China, aí você gasta sem olhar quanto.
Um Exocet MM40 custa 1 milhão de dólares, 6 milhões de reais. O problema não é o inimigo, provavelmente a China também tem mísseis que custam uma fábula e nem pensam no preço, em caso de ameaça de um gigante como os EUA.
Estava pensando no caso nosso mesmo, pagar tanto por um missil que muito provavelmente passara toda sua vida util dentro do arsenal é uma coisa, agora, sendo vizinho de um gigante com intenções expansionistas é outra coisa, bem diferente.
O Brasil pagou praticamente o mesmo pelos Meteor.
O Meteor da FAB, pelo que foi publicado, custou 2 milhões de euros a unidade. Ao câmbio de hoje, equivale a US$2.272.300,00, cada.
A Austrália vai sobretaxar essa importação? kkkkkk
Mais um estado vassalo dos EUA. Não significa que o míssil não seja excelente e confiável, apenas que a compra reduz a capacidade de independência política e estratégica da Austrália.
Sob qual ótica? Talvez a Austrália prefira economizar dinheiro e tempo que seria gasto no desenvolvimento de mísseis ar-ar para desenvolver alguma outra coisa. Pode ser simples falta de tempo para desenvolvimento de seus próprios mísseis ante à uma crescente instabilidade regional.
Existem um monte de possibilidades que você parece estar ignorando.
Basicamente povos irmãos que se dão muito bem, não vejo a Austrália querendo distância dos EUA, a não ser que os EUA ficassem hostis à mãmãe(UK), além de que o UK não tem grandes pretensões no mundo, só ser um dos países com a população mais rica do mundo já é suficiente
Onde coloquei UK, pela segunda vez na vdd é Australia
E enquanto a Austrália não desenvolver o próprio míssil, fica sem?
Se comprasse similar da China, a independência política e estratégica estaria garantida?
Ou da França? Se comprasse da França, a independência política e estratégica estaria garantida?
Ou do Reino Unido?
Ou da Índia?
Ou ainda: será que em a Austrália sendo um “estado vassalo dos EUA”, a China lhe venderia um lote de 400 mísseis avançados, de primeira linha de uso em suas FFAA?
A Rússia venderia mísseis hipersônicos “khinzal” para a Austrália?
Será que chineses e russos não venderiam seus materiais militares apenas para seus vassalos?
Será que não teria nos aviões chineses aquele famoso botão de destruição do avião fabricado na China, mas usado por outro país numa guerra contra a própria China ou um de seus aliados? Tecnologia similar à dos EUA, quando estes vendem F35 para países “vassalos”? =)
Fábio,
Esse tipo de comentário sem pé nem cabeça do Scudafax é só pra cumprir meta.
Não entendi seu argumento, Bosco. Então não tenho como debater. Pode reformular, de maneira mais inteligível?
A Australia faz parte da rede Echelon/Five Eyes desde a 2a guerra. Fora isso os chineses ativamente interferem na sua politica interna. Porque deveriam romper uma aliança com as outras naçoes irmãs? Qual a sua logica latino americana?
O comentário gerou bastante polêmica, mas é praticamente uma realidade. Entretanto, não entrei no mérito do interesse australiano, que certamente não tem como ser um estado totalmente independente, por ter uma população muito pequena e ser parte dos Five Eyes.
A Suíça não é Independente?
Tem menos população que a Aústrália.
Não duvido que a China tenha 10 mil similares pelo mesmo valor
pois duvide, pq missil é caro tanto nos EUA quanto na china
Hehehehe…conta a do papagaio, agora.
Considerando que a China tem mais de 1.000 aviões de combate (fora o restante), e que a taxa de acerto dos mísseis não é 100%, podemos dizer à Austrália: compre mais.
Se a taxa de acerto for 25%, pode a China dar ao luxo de perder 10% da sua FA num hipotético ataque à Austrália?
E se perder outros 200 aviões num ataque ao Japão?
E outros 200 num ataque a Taiwan?
Estou a colocar um confronto 1 vs 1 no vácuo do mesmo modo que vc. E a assumir que nesse combate de Playstation a China vence todas as batalhas.
O que acontece a seguir?