Por Mariano Sciaroni (@MarianoSciaroni no X) 

Em junho de 1983, a Força Aérea Argentina enviou uma comissão composta por quatro oficiais, liderada pelo Brigadeiro Roberto Camblor (Chefe do Estado-Maior do Comando Aéreo de Defesa), à União Soviética com o objetivo de avaliar material aéreo e antiaéreo, visando substituir equipamentos perdidos durante a Guerra das Malvinas.

A comissão permaneceu seis dias em aeródromos e bases nos arredores de Moscou. Foi recebida pelo adido da FAA, o Comodoro “Cholo” Destri (que teve grande destaque durante o conflito). No primeiro dia (8 de junho), foram apresentados os sistemas de mísseis superfície-ar Pechora (SA-3) e Volga-3 (SA-2).

No dia seguinte (9 de junho), a delegação foi levada a Kubinka, onde puderam observar em voo e em exposição estática os aviões SU-22 M3, MiG-23ML, MiG-25 PD, o helicóptero Mi-25, além de uniformes para climas frios. Também ocorreram reuniões com autoridades militares de alto escalão, incluindo um general de duas estrelas.

Sistema de mísseis antiaéreos S-125 Neva/Pechora, designado SA-3 Goa pela OTAN

A tecnologia do material foi considerada algo antiquada. No entanto, a comissão avaliou que o míssil Pechora (SA-3) poderia ser útil para a Força Aérea Argentina devido ao seu alcance, assim como o MiG-23ML, tanto pelas suas capacidades operacionais quanto pelo custo mais acessível.

A delegação foi tratada com cordialidade, embora não tenham recebido documentação — sendo obrigados a anotar todas as informações manualmente. Foi informado que qualquer negociação deveria ser realizada de governo para governo, e foi entregue uma lista de preços, que apresentava valores inferiores aos de equipamentos ocidentais equivalentes. Garantiu-se também suporte técnico.

Ao final, como em tantas outras ocasiões antes e depois, foi elaborado um relatório — com informações que, na época, pareceriam bastante sigilosas —, mas, como de costume, nada se concretizou. Esta é mais uma das pequenas histórias da busca da Força Aérea Argentina por fornecedores de material moderno no pós-guerra.

Livros de Mariano Sciaroni

“A Carrier at risk”

O excelente livro “A Carrier at Risk – Argentine aircraft carrier and anti-submarine operations against Royal Navy’s submarines during the Falklands/Malvinas War, 1982” traz informações inéditas sobre as operações dos submarinos nucleares ingleses para caçar e afundar o porta-aviões argentino ARA 25 de Mayo durante a Guerra das Malvinas/Falklands em 1982, os equipamentos usados pelos dois lados e relatos de militares envolvidos. Para concluir a obra, o autor teve acesso a muitos documentos desclassificados pelos britânicos através da Lei de Liberdade de Informações. Clique na imagem do livro para comprá-lo na Amazon.

“Go find him and bring me back his hat”

Outro excelente livro “Go find him and bring me back his hat” de Mariano Sciaroni e o britânico Andy Smith. A obra traz informações inéditas sobre as operações para caçar o submarino argentino ARA San Luis durante a Guerra das Malvinas/Falklands em 1982, os equipamentos usados pelos dois lados e relatos de militares envolvidos. Para concluir a obra, os autores tiveram acesso a muitos documentos desclassificados pelos britânicos através da Lei de Liberdade de Informações. Clique na imagem do livro para comprá-lo na Amazon.

Handbrake!

“Handbrake!”: a palavra código que era emitida em voz alta a bordo dos navios da Marinha Real Britânica ao detectar uma emissão do radar Thomson-CSF/EMD Agave do Super Étendard argentino, que transportava os temidos mísseis AM39 Exocet.

Utilizando documentação desclassificada argentina e britânica, além de entrevistas com pilotos e técnicos (franceses e argentinos), este livro detalha, como nunca antes, a história desta unidade militar de elite desde 1980 até o presente, com foco no conflito de 1982 pelas Falklands/Malvinas, e as cinco missões voadas.

É a história de uma unidade militar que revolucionou a guerra naval moderna, abordando tanto o equipamento militar envolvido quanto as pessoas que estavam lá. Conhecido como Lora (por causa do emblema do esquadrão mostrando um papagaio fêmea armado com um porrete), a Escuadrilla aterrorizou os marinheiros britânicos no Atlântico Sul e ainda está em serviço na Aviação Naval da Armada Argentina.

Pré-venda do livro na Amazon, clicando aqui.

VEJA TAMBÉM:

IMAGENS: O Poder Aéreo Argentino em 1978

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Willber Rodrigues

“(…) mas, como de costume, nada se concretizou.”

Provaveente o primeiro caso de uma looooonga série que duraria os próximos 40 anos.

Marcelo

Que dizer que a argentina entrou em guerra contra os britânico usando equipamento de guerra de origem européia e americana e achou que venceria a guerra,quanta ingenuidade.
A índia não abre mão da parceria estratégica com os russos mesmo comprando material de guerra de origem ocidental.
Ruim com os russos,pior sem eles !!!!!

Camargoer.

Marcelo. A Argentina perdeu a guerra por mérito próprio.

Faltou planejamento, faltou treinamento, faltou coordenação, faltou material… sobraram erros…

A origem do material usado pela Argentina nada tem a ver com o resultado da guerra.

O Relatório Rattenbach lista todos os erros e culpados pela derrotata

A TV argentina produziu um documentário sobre este relatório

https://www.youtube.com/watch?v=xtM1hWE6V5Y

Cristiano ciclope

Sim, do contrário teriam comprado material para estoque para uso até o material de origem soviética comprado nos primeiros dias da guerra chegarem, pois eles entrariam em guerra com o seu único fornecedor de marila de defesa, no caso a OTAN que óbvio, não venderiam mais nada para eles depois da guerra, como aconteceu! Todas a compras argentinas de material de defesa depois da guerra, dependem de avaliação e autorização dos ingleses, exemplo atual os F-16, mesmo antigos duvido quê podem ir na direção das ilhas Malvinas sem conhecimento e autorização previa dos EUA, mesmo estando armados com armas obsoletas… Read more »

José Luiz

Interessante mas a alergia ao material soviético não permitiu kkk. Também duvido que os soviéticos liberassem alguma versão que prestasse. Eles costumavam a ter várias versões do mesmo produto: 1 versão de primeira linha restrita a URSS e as vezes até dentro das unidades. 2 versão para o Pacto de Varsóvia 3 versão para ser produzida somente em tempo de guerra com muitas simplificações pensando na escassez de produto. 4 versão de exportação para países confiáveis 5 versão de exportação para países não confiáveis. Ou versão para trouxas. Os Mig 23 da Líbia tinham o mesmo radar e mísseis do… Read more »

Clésio Luiz

Isso é uma prática comum no ocidente, que inclusive criaram aeronaves inteiras de exportação, como o F-5. Mas os soviéticos pegaram pesado no MiG-23MS (Flogger E), pois os antecessores -15 até o -21 tinham poucas restrições, basicamente equipamentos diferentes de IFF e ausência de datalink.

Mas as primeiras versões do MiG-23 eram muito ruins, mesmo as usadas por forças soviéticas. Ele só atingiu o seu potencial com o MiG-23MF, justamente depois de ter adquirido má fama em importantes combates no Oriente Médio, e ao mesmo tempo que o MiG-29 já estava entrando em operação.

Bryan

O MiG29 era ironizado no sentido de que ele não detectava um caça parado na porta do hangar.

Henrique A

O famoso “monkey model”. Realmente deveria ser coisa muito inferior, já que os argentinos relatavam que era equipamentos valvulados, sendo que o transistor havia sido inventado nos anos 50.

José Luiz

Muitos equipamentos da URSS usavam válvulas em um misto com transistores. E havia problemas de porte. Mas tinham vantagens de potência e também melhor resistência a pulsos eletromagnéticos.

Willber Rodrigues

Mas sendo justo, porque diabos a URSS venderia sua versão mais moderna do Mig-23 pra um país cujo regime sempre foi hostil a URSS e sempre foi “unha e carne” com os EUA?
E não custa lembrar que o próprio EUA se recusaram a vender o F-4 Phantom pra gente, com a desculpa de “não alterar o equilíbrio da região”, e blá, blá, blá…

J R

Essa história do F-4 pro Brasil é mais furada que a história do ET Bilu, compramos o F-5 por falta de dinheiro mesmo, se não fosse problema de dinheiro teríamos comprado mais Mirage III ou até mesmo o F-1.

Marcelo Andrade

Uma coisa não tem nada a ver com outra, foram compras separadas. Testamos o Lighning e o Draken, junto com o Mirage e cogitamos sim o F4 mas seria caro e os EUA não liberaram. Os F5 vieram para substituir os AT-33.

J R

sim é verdade, foram momentos diferentes, nos foi negado o F-4, então partimos para o Mirage III.

Last edited 7 dias atrás by J R
Camargoer.

Os EUA vetaram até o F5 para a FAB, por isso foram comprados os Mirage III franceses.

Os F5 só foram liberados após a compra dos Mirage III.

Santamariense

Negativo. O Brasil observou, testou, pediu informações sobre vários caças, como o Lightning, Draken e F-4. Os norte-americanos vetaram o F-4 e ofereceram em seu lugar o F-5A, mas a FAB recusou por ter desempenho abaixo do que ela buscava. Quando essa seleção foi realizada, era final dos anos 60, tanto que o contrato com a Dassault foi assinado em 1970. Nessa época, o F-5E nem existia. Então, o F-5 não foi vetado pelos EUA, em nenhum momento.

J R

Cara, vc tá confundindo as bolas, nós quisemos o F-4 em 67, os americanos negaram e ofereceram o F-5 A, que era muito fraco e nós recusamos, seguimos então depois de estudar outra opções para o Mirage III.

Willber Rodrigues

“Em certo sentido, esse tipo de embarcação não deixa de mostrar um significado e um propósito, uma intenção. Ele não deixa de transmitir uma ideia de imperialismo, de colonialismo, da ação militar de uma nação além de seu horizonte político.” Em casos de NaE’s modernos ou nucleares, com uma ala aérea com a última palavra em tecnologia e acompanhados de subnuc’s, sim. No caso desses NaE’s sobras da WWII operadas por países como Brasil e Argentina, com meia dúzia de escoltas também da WWII, é só pra mostrarem um “poder” que eles não tinham mesmo. É só ver a “atuação”… Read more »

Rinaldo Nery

Não sei se leu o livro (eu comprei), mas um S2 argentino quase acertou um sub inglês com cargas de profundidade. Sim, os ingleses tinham medo de serem encontrados pelos S2 do 25 de Mayo.

Rafael Oliveira

Mas os argentinos tinham ainda mais medo de serem encontrados pelos subs ingleses, tanto que levaram o 25 de mayo para o porto antes que fosse afundado.

Marcelo Andrade

Houve problemas com a catapulta, pelo menos e o que se sabe

Rinaldo Nery

Não houve problemas com a catapulta. O não lançamento dos A-4 em determinado dia foi por falta de vento, coisa raríssima no Atlântico Sul.

Henrique A

O Nae argentino não operava 100% ele não conseguia “acelerar” o suficiente para poder lançar os aviões contava com a ajuda da natureza para operar.

Se ele fosse capaz de fazer uns 30 nós seria possível lançar os A-4, que eram aeronaves relativamente leves e com excelentes capacidades STOL.

Carvalho2008

Negativo….pode parever isto, e obvio nao deviam dar sopa…

Mas a verdade é que o porta avioes argentino zarpou, navegou e cercou pelo norte, localizou primeiro o porta avioes britanico, mas na hora H, simplesmente foi incapa, de fazer vento e lancar o ataque…entao, diante da inutilidade flutuante de continuarem ali onde estavam e sem capacidade de decolar seus avioes…voltoi…..para nunca mais sair….

Willber Rodrigues

Os livros acima, não.
Lí, dentre outros, o “O Código das Profundezas”, do Roberto Lopes, mas como eu o lí a anos, não me recordo se ele cita essa história do S2 argentino contra um sub inglês.

Carvalho2008

Sim, mestre Nery.

O pessoal acredita que a guwrra é ganha pela Phanton F5 (quem lembra do garoto?)….rzrR…

a verdade é que apesar do sucesso contra o Belgrano, paradoxalmente foi um fracasso total o subnuke ingles barrar a task do 25 de Mayo…ele ñao c9nseguiu e o ataque argentino aos porta avioes ingleses apenas nao ocorreu por incompetencia propria argentina em que o nae deles nao fa,ia mais vento suficiente….o s7bnuke q7e chegou proximo, teve de se evadir por mais de uma vez, pois o tracker era uma arma fatal naqueles anos…

Santamariense

Nas imagens dos relatórios produzidos pela comissão que avaliou os materiais soviéticos, o militar que elaborou os mesmos errou o cálculo de conversão. Na “Nota” redigida no final da última página reproduzida aqui, é dito que cada rublo corresponde a 0,75 dólar. Mas, no cálculo do valor de 3 sistemas Pechora, 1 radar P-19 e 72 mísseis, ele inverteu os valores. Se cada rublo equivalia a 75 centavos de dólar, 25 milhões de rublos valiam 18,75 milhões de dólares e não 34 milhões de dólares.

RPiletti

Se perdeu na propina… 🙂

Santamariense

Hehehe…boa!

RPiletti

Atualizando para o valor de hoje, e para nossa moeda, seriam R$360.000.000,00.

Santamariense

O que equivale a uns 65 milhões de dólares, hoje.

Paulo Cardoso

Argentina é o país que mais “avaliou” equipamentos militares na história, comprar que é bom nada rsrs

Willber Rodrigues

🤣🤣🤣🤣🤣🤣

José Luís

Boa kkkk

Mauro Oliveira

A Argentina está quebrada desde os anos 1990 porque lá Menen terminou o serviço que os neoliberais daqui tanto tentam fazer: privataria de todas empresas públicas, estatais e serviços básicos.

A Dívida Externa argentina está na mãos de fundos abutres dos EUA (para variar).

Jose

Se o neoliberalismo fosse bom, os EUA não teriam tantas empresas Estatais

Dagor Dagorath

Nós debochamos dos argentinos (e com razão, todo deboche com argentino é pouco, baita povo nojento), mas o Brasil também é “cracaço” em criar comissões, fazer estudos, participar de reuniões, mandar comitivas mundo afora e não adquirir nada no fim das contas.

Last edited 8 dias atrás by Dagor Dagorath
Rinaldo Nery

Não concordo com o “povo nojento”. Voei muito pra Buenos Aires (mais de 40 vezes) no meu tempo de Azul. Sempre fui muito bem recebido. Os mau educados somos nós. Voei pra Bariloche, Córdoba e Rosário, também.

Macgaren

Compartilho da opinião, trabalhei em uma gigante argentina muito conhecida no brasil.
Argentinos eram bem receptivos e ótimos profissionais.
Esse tipo de comentário do usuário é o mesmo que rotular o país todo por uma parcela de pessoas, falar que americano é tudo Redneck, brasileiro é só samba e por ai vai.

Iran

Mesma coisa, nunca vi argentino babaca fora da internet, na vida real são bem gente boa, não querendo desmerecer nosso país, mas o brasileiro é geralmente a pessoa chata e implicante da relação, sempre com complexo de superioridade.

Camargoer.

A maioria dos brasileiros, argentinos, japoneses, portugueses estadunidentes e tudo mais são boas pessoas. educadas e interessantes..

gente mal educada, preconceituosa e desagradável tem em todo lugar e, felizmente, é uma minoria..

Camargoer.

Pois é. Encontrei pessoas desagradáveis em todos os lugares do mundo que visitei., felizmente sempre foram a minoria. Assim como encontrei pessoas afáveis e acolhedoras em todos estes lugares.. felizmente, as pessoas agradáveis sempre foram a maioria.

Parece ser um traço característico da nossa espécia… ter uma maioria acolhedora e uma minoria desprezível.

Carlos I

Concordo totalmente, estive mais de 10 x no país entre avião e carro e sempre fui tratado com muito respeito,mas infelizmente vi duas vezes brasileiros fazendo barraco, uma em um vôo em Ushuaia onde um grupo de uns 7 queriam sentar todos juntos, isso lá em 2013.

Camargoer.

Acho que vocẽ exagerou ao chamar o povo argentino de nojento. Tenho amigos argentinos amáveis, íntegros e acolhedores.

Eventualmente, lá como aqui ou em qualquer lugar, existem pessoas desagradáveis e até intratáveis.. são pessoas desprezíveis sem que tenha qualquer relação de causa-efeito com a cor do passaporte..

Este tipo de afirmação é preconceituosas e inverídica.

pampapoker

E nós somos o que mais fazem estudos kkk

Gabriel

Depois que a vaca já tinha ido pro brejo… ai não adianta mesmo…!!!

Willber Rodrigues

Longe, mas MUITO longe de defender a gigantesca trapalhada e burrice argentina nesse conflito, mas…

Os caras usaram armas ocidentais contra uma das principais potências ocidentais da época, que era justamente o maior aliado da maior potência Ocidental da época, você queria que os “mui amigos” do ocidente fizessem o que?

Fábio Mayer

É antiga, a tradição argentina de ciscar em volta de aeronaves de combate e não adquirir nenhuma!

Fábio Mayer

A Argentina tentou comprar mísseis Exocet do Brasil, o Brasil é um “mui amigo” do Ocidente?

Renato B.

Basta olhar para a quantidade de equipamento ocidental que o Brasil compra. Se o ocidente é nosso amigo da onça já é outra história.

victor

Brasil considerou também os J-7 chineses. Provavelmente conversaram até mais do que os Argentinos com os Russos. Além do Mais, tivemos também os Helicópteros “Hind”

Willber Rodrigues

Os “Hind” não contam, porque foi mais decisão política do que ténica.

Mas, sinceramente, eu nunca entendí porque, se era pra comprar algo russo pra manter a “balança comercial”, a gente não comprou ATGM’s ou Iglas, ao invés desse heli….

João dos anjos

O mais intrigante nessa história, é que nada mudou. As Falkland continua inglesa as Malvinas é um sonho, e nada prosperou aos hermanos.

Fábio Mayer

A Argentina só empobreceu desde então, e suas FFAA foram abandonadas, porque os governantes tinham medo delas (se bem que por motivos compreensíveis)…

Marcelo Andrade

Anota essa: A Argentina vai receber as Falklands de volta sem dar um tiro. E so acompanhar o que esta ocorrendo com a Royal Navy e a economia do Reino Unido

Fabio Araujo

Não sou fã de material soviético, mas se tivessem feito isso não estariam teriam tido tanta dificuldade em renovar suas forças armadas na época!

Aéreo

A visita ocorreu no pós guerra. Voltando no tempo, se no conflito de 82, os argentinos tivessem defesas AA de médio alcance instaladas nas ilhas, talvez a sorte da guerra seria outra, porque manteria os Harrier e Vulcan longes das ilhas ou os imporiam diversas perdas, impedindo a conquista da superioridade aérea que era fator decisivo para o desembarque de tropas. Os britânicos não conseguiram neutralizar o único radar argentino operando na ilha, teriam a mesma dificuldade contra uma ou duas baterias antiaéreas caso elas fossem instaladas lá.  Como ironia nessa notícia, o ultrapassado, para os padrões de 1983, míssil S-125,… Read more »

Carvalho2008

Tem um monte de se….a verdade é se…..tivesse planejado a guerra, talvez tivesse ganho….

Foi um show de horror dos dois lados….nada funcionou como nos manuais…e os outros….bem, sequer leram os manuais…

Aéreo

Concordo Carvalho Muita coisa saiu errada para ambos os lados. O Contra-Almirante Woodward, que comandou o GT britânico, disse posteriormente em suas memórias que os britânicos também operavam com diversos problemas e a sustentação logística do GT sempre esteve por um fio. Uma questão pouco discutida sobre o conflito é que os argentinos é que ditaram o “tempo” da guerra, e o fizeram de forma errada na visão inglesa.  A questão principal para o desembarque nas ilhas era a destruição de boa parte das aeronaves argentinas, de modo que elas não representassem uma ameaça ao desembarque e a posterior presença das… Read more »

Henrique A

As FFAA britânicas estavam sofrendo quase duas décadas de cortes orçamentários e os próprios planejadores britânicos haviam descartado a possibilidade das FFAA britânicas participarem de ações expedicionárias e de assalto anfíbio fora do hemisfério norte… eles tiveram que improvisar uma força anfíbia e expedicionária… deu certo mais era gambiarra.

Last edited 6 dias atrás by Henrique A
Sérgio Santana

E lembrar que meu texto sobre o emprego do Fiddler por parte da FAA na época daquela guerra gerou incredulidade aqui…

Dagor Dagorath

No famoso mundo do “what if”, qual seria a resposta da FAB se por acaso a FAA adquirisse o Mig-25 e o Mig-23?

O Foxbat seria completamente disruptivo no equilibrio militar do cone sul.

Willber Rodrigues

No meu chutômetro:

A FAB seria autorizada pelo Tio Sam a comprar F-4 Phantom, ou outro similar, pra “contrabalancear” esses vetores soviéticos;
As sanções de armas contra o Chile seriam suspensos pelo Ocidente..

RDX

Em 1983 eu apostaria no moderníssimo Mirage 2000.

JS666

No money no funny

Joao

Possível Nr 2

Joao

Possível.

J R

Nenhuma, como foi zero nossa resposta aos Sabres argentinos, como até a Guerra da Malvinas nossa Força aérea era inferior a deles, como foi zero nossa resposta aos Flankers venezuelanos, esquece isso.

Carvalho2008

Naquele cenario especifico, acho que nosso balanceamento era melhor…pois envolvia mais do que ter carta super trunfo para comparar especifocacoes….nosso parque de material era notoriamente, abissalmente superior para manter nosso avioes voando depois de 1 mes de atrito…ja eles…

Joao

Não, não era inferior. Guerra é um sistema contra outro.
E qual resposta daríamos a Flanker venezuelano, se não são nossos inimigos?

JS666

Sintetizando a resposta dos colegas, não faríamos nada (como sempre) ou com sorte conseguiríamos alguns F-4 usados. Não acho que seria tão disruptivo assim, Equador já tinha Mirage F-1, nos próximos anos a Venezuela ia conseguir F-16 e o Peru Mirage 2000 e no fim não mudou nada.

Joao

Depende de quem pode ser inimigo de quem.

Leandro Costa

O MiG-25 seria encostado depois de poucos anos de operação pelo simples fato de que sua operação é caríssima. O MiG-23 teria mais chances de prosperar. A única vantagem dos MiG-23 sobre os F-5E seria mais em relação à seus mísseis de médio alcance. E claro, o MiG-23 é uma aeronave com uma aceleração maior, mas também mais complexa de se manter. Seria interessante…

Não vejo a FAB aparecendo com uma ‘resposta.’ Talvez uma compra de lotes de AIM-9J’s ou se bobear até AIM-9L/M’s… mas acho que só.

Renato B.

Os indianos usaram o equipamento deles várias vezes contra o Paquistão. E a atuação brasileira em guerra antisubmarina é parte da nossa história na segunda guerra.

Antunes 1980

A USSR nunca foi confiável, vide a situação dos seus aliados mundo afora, sempre com equipamentos de terceira linha e quando entravam em conflito real, a USSR era a primeira a pular fora do barco e deixar seus “aliados” a proporia sorte, vide Cuba, Angola, Moçambique e recentemente Armênia e Síria.

Vejam esse caso da Argentina, que foi até a União Soviética e foi tratado com extremo desdém por eles.

Last edited 8 dias atrás by Antunes 1980
Macgaren

Estou enojado em saber disso.
Siria tomou uma surra história de Israel.

Adal

Estranha a intencao argentina à epoca. Falida, humilhada, junta militar desmoronada e ainda conseguem uma viagem de um grupelho para tentar comprar algo que deveriam ter comprado antes da guerra. E dessa vez sem dinheiro algum. Vai entender…

Bavarian Lion

De um rompante inconsequente, e, dizem, regado a whisky legítimo escocês devidamente pago pelo contribuinte nacionalista argentino, uma guerra fadada ao fracasso, onde os Harriers abatiam os aviões argentinos como e quando queriam; a um possível realimento sócio-econômico de todo um país, que desmantelaria ainda mais a frágil cena econômica platina. O ato de mandar uma delegação à União Soviética era apenas mais uma de várias bravatas de Galtieri e seus asseclas, que conduziu sua republiqueta às cinzas, e como todo bom covarde, renunciou 4 dias depois, deixando uma erva daninha devidamente plantada na casa rosada. Analisando tudo agora, é… Read more »

Bryan

Todo mundo flertou com a ex-URSS, inclusive o Brasil. O Brasil flertou até com a China. É normal que, quando alguém não vende algo melhor, temos de buscar no mercado outras opções. o A-4AR com o radar APG66 era muito limitado, até eles descobrirem como mexer e se tornou até pouco tempo um excelente combatente. A família MiG sempre esteve um passo atrás, mas não sei se essa é a realidade, mesmo o MiG-35 sem radar AESA.