Austrália avalia programa europeu de caça de sexta geração GCAP

A Austrália pode estar considerando opções fora de seu tradicional parceiro estratégico, os Estados Unidos, para o futuro de sua aviação de combate. Durante a feira aérea de Avalon 2025, próxima a Melbourne, o chefe de capacidades da Real Força Aérea Australiana (RAAF), vice-marechal do ar Nicholas Hogan, confirmou ter recebido um “briefing informativo” do Global Combat Air Programme (GCAP) — uma parceria trilateral entre Reino Unido, Itália e Japão para o desenvolvimento de um caça tripulado de sexta geração.
Segundo Hogan, a RAAF solicitou informações adicionais após o primeiro contato, com o objetivo de entender como seria operar com essa nova aeronave, conhecida como Tempest no Reino Unido. Embora ainda seja um projeto conceitual, a fabricante italiana Leonardo estimou que cerca de 350 caças GCAP sejam encomendados até 2035.
Todos os três países-membros do GCAP participaram do briefing oferecido à RAAF, que ocorreu na mesma semana do evento em Avalon. Hogan ponderou, no entanto, que ainda é cedo para especular se a Austrália poderá adquirir a plataforma no futuro. “É empolgante, mas há muitas incógnitas”, disse. “Não é possível, neste momento, levar nenhuma proposta ao governo.”
Enquanto o futuro de plataformas tripuladas ainda é incerto, a Austrália está bem posicionada com relação às suas necessidades estratégicas, segundo o vice-marechal do ar Glen Braz. A RAAF, que completou a entrega de 72 caças furtivos F-35A da Lockheed Martin em dezembro de 2024, também desenvolve plataformas não tripuladas como o Boeing MQ-28 Ghost Bat, ampliando suas capacidades defensivas.

O GCAP planeja iniciar a entrega de capacidade operacional em 2035. Paralelamente, os Estados Unidos avançam com seus próprios projetos de sexta geração. Em 21 de março, a Força Aérea dos EUA anunciou a Boeing como vencedora do programa Next Generation Air Dominance (NGAD), que resultará no caça F-47. Dois protótipos dessa aeronave já estariam voando em segredo há cinco anos.
A Marinha dos EUA também está prestes a anunciar o vencedor do seu concurso F/A-XX, com Boeing e Northrop Grumman como finalistas. Em sua declaração sobre o F-47, o presidente Donald Trump sugeriu a possibilidade de exportar uma versão “amenizada” da aeronave — algo que não ocorreu com o F-22, caça de superioridade aérea da Lockheed.
Enquanto isso, outro grupo europeu formado por França, Alemanha e Espanha trabalha no projeto rival Future Combat Air System (FCAS). Apesar das semelhanças, o CEO da Dassault Aviation, representante francesa do FCAS, descartou qualquer possibilidade de fusão entre os dois programas europeus. Ambos ainda estão na fase de desenvolvimento de protótipos.
FONTE: FlightGlobal
Com o homem laranja achando que tudo no mundo se negocia, governos pragmáticos vão fortalecer suas indústrias de defesa. Os australianos estão certos em estudar todas as opções.
A Austrália vai para onde os EUA vai, é assim desde o século passado, quando substituíram a vassalagem a Inglaterra pelos EUA.
kkk
Se for EUA, tudo é vassalagem.
Se submeter a China, dai é ser independente.
Quais são os países que se submetem a China? Quando foi que a China ameaçou algum país de sanção por esse pis não fazer tudo o que ela quer? Quando foi que a China aumentou tarifas de de importação sobre vários países?
Não estou aqui pra defender país dos outros não, mas tem coisa que é f*da de ler…
A lenda do caça de sexta geração.
Eu acredito que exista aliança e exista “vassalagem”, por exemplo;
A França é aliada dos EUA, mas não é “vassala” dos EUA. A Rússia e a China são aliados e embora a influência chinesa na Rússia aumentou muito depois de 2022 não vejo a Rússia vassala da China muito menos o contrário.
A Austrália permitiu, por exemplo, o uso do seu território para testes nucleares para os ingleses validarem suas armas nucleares. Isso é aliança ou vassalagem?
Será que é devido ao efeito Trump?
Os australianos são sub-vassalos dos ingleses, que são vassalos dos americanos, mas correndo o risco de ir de aeronave europeia,
quem diria…
E o Madureira é “vassalo” dos chineses.
Para o comentarista, tudo se resume a vassalagem, está na idade média.
Cidadão, existem muitos interesses comuns e laços culturais entre os países. Não precisa destilar a raiva que trouxe do gremio estudantil.
Acho que você não entende o termo vassalo, vassalo é quando seu interesse são prejudicados para favorecer o interesse de outro sobe os seus e sem reclamar como a Austrália se tornar uma grande base militar e de submarino nuclear pago e caríssimo para provocar e ameaçar seu maior parceiro de exportação e importação . Mas normal para cultura de súditos da rainha e onde lobby e legalizado e praxe político como nos eua
Aí eu te pergunto: qual interesse australiano foi prejudicado nesses acordos? Será que eles foram obrigados ou optaram por isso? Vocês simplesmente adoram esse termo. Para vocês, Reino Unido, Japão, Austrália, Coréia do Sul, etc, são todos vassalos dos EUA…mas, estão anos luz na frente do Brasil em tudo, como qualidade de vida, educação, IDH, segurança pública, infraestrutura, etc …
Nenhum ainda porque a Rússia não se dobra, não adianta usar taiwan fechar o comércio por uma lado se o outro tem tudo para se manter, quebrariam o mundo e eles resistiriam lá e esses “centros cultural” são desenvolvidos porque tem cultura antiga disso, não colonial fam de tudo que vem da elite de Miami que controla economia como aqui e vivem falando mal do brasil
Sinceramente, não entendi o que a rússia tem a ver com o assunto e com o que eu escrevi. De resto, também não compreendi nada do resto do seu comentário.
Estão certíssimos em começar a procurar alternativas.
Depender somente de um país/fornecedor já não era uma boa ideia antes. Agora ficou escancarado.
Tomara que os programas europeus sejam bem sucedidos. Eles têm um histórico misto nessas cooperações. Tem muita briga por protagonismo, mas também tem sucessos notáveis, como é o caso da MBDA.
A Austrália pode e deve buscar outros fornecedores. A RAAF opera 72 F-35A, recebidos entre dezembro de 2018 e dezembro de 2024, 24 F/A-18F Super Hornets e 12 EA-18G Growler. Estão extremamente bem servidos de aeronaves de combate por muitos anos. Tem tempo de sobra para escolher o caça que substituirá ou complementará os atuais. Só uma observação: a Austrália recebeu 72 F-35A em um período exato de 6 anos…comparando com o Gripen para o Brasil chega a dar um sentimento que nem sei qualificar! E essa não foi a primeira vez, pois quando compraram os 75 F/A-18A/B, os receberam… Read more »
O CGAP parece que vai virar o F35 da 6a geração. Australia e India ja foram convidados, Suecia esteve perto de entrar também.