Kawasaki P-1

Kawasaki P-1

O chefe do Estado-Maior da Aeronáutica da Itália, Luca Goretti, anunciou ao comitê de relações exteriores do Parlamento que estão em andamento negociações com o Japão visando estabelecer caminhos para o desenvolvimento conjunto de um “treinador a jato comum” e de uma “aeronave de patrulha comum”.

A Itália busca substituir suas aeronaves de patrulha marítima ATR-72MP, que carecem de capacidades avançadas de guerra antissubmarino (ASW), essenciais para enfrentar ameaças submarinas crescentes no Mediterrâneo. Nesse contexto, a Kawasaki P-1 japonesa surge como uma potencial substituta, oferecendo recursos avançados de ASW e ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento).

Por outro lado, o Japão procura substituir seus treinadores Kawasaki T-4, e o M-346 italiano é considerado uma solução adequada para essa necessidade. A possível colaboração entre os dois países poderia envolver a aquisição mútua dessas aeronaves, fortalecendo a parceria estratégica e industrial entre Itália e Japão.

Leonardo M-346

Essa cooperação reflete um modelo já adotado pela Itália em acordos anteriores, como a venda de M-346 para Israel, equilibrada pela aquisição italiana de aeronaves G550 da IAI e de um satélite militar.

Se o acordo for fechado, as aeronaves Kawasaki P-1 receberão a suíte de combate ATOS da Leonardo, torpedos antissubmarino MU90 e mísseis ar-superfície Marte ER.

A concretização desse acordo representaria um avanço significativo na modernização das forças aéreas de ambos os países, promovendo a interoperabilidade e o fortalecimento dos laços bilaterais no setor de defesa.

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Rodolfo

Ta aí 2 países com os quais o Brasil precisaria fazer mais parcerias na área de defesa.

Renato Pereira

Concordo plenamente!
Mas acrescentaria Coréia, Suécia e Turquia à lista…
Se queremos fortalecer a BID temos que diminuir aquisições de equipamentos prontos e buscar parcerias para desenvolvimentos!

Victor Filipe

Assino em baixo. todos esses paises tem excelentes equipamentos militares que serviriam muito bem o Brasil.

MMerlin

Com a Suécia já temos e olha aí no que está dando. Se for pra continuar fazendo feio e passando vergonha em relação aos projetos e programas, melhor ficar na nossa. Podemos fechar até uma parceria militar para desenvolvimento de uma aeronave leve de treinamento e ataque com nosso maior parceiro comercial, que é a China, e mesmo assim não conseguiríamos adquirir a aeronave em número suficiente para contrabalancear os pedidos do lado de lá. E qual seria nossa parte neste parceria devido a isto? Baixíssima. Precisaríamos compensar com investimento de recursos no projeto, o que não teríamos. Gostaria que… Read more »

Rinaldo Nery

Já não temos uma aeronave de treinamento e ataque leve chamada A-29? Pra que outra?

MMerlin

Não se preocupe Rinaldo. Concordo com sua linha de pensamento. Sempre deixei claro aqui. Trate como um exemplo.
Já tentamos parceria no setor espacial com a China, de satélites e, em boa parte, ficamos a ver navios.
Se for pra fechar uma parceria com Japão, Suécia, China, etc., que os envolvidos seja exclusivamente empresas privadas, sem (no nosso caso) envolvimento direto do Estado.

Last edited 2 dias atrás by MMerlin
Rinaldo Nery

Não discordo. Mas, produtos militares, infelizmente, sempre têm a participação do estado. Daí começam os problemas de pagamento.

Maurício Veiga

Seria a mesma coisa que comparar o C130 com o KC390, não tem comparação!!! Aeronaves distintas, performances distintas, embora possam cumprir a mesma missao, o A29 não`e páreo para o M346!!! Se você fosse escalado para uma missão de combate real, qual deles você escolheria?!?!

Last edited 2 dias atrás by Maurício Veiga
Leandro Costa

Depende da missão. Se for apenas CAS, fico com o A-29 tranquilamente. Interceptação de ilícitos? A-29 também.

Combate com penetração em território inimigo protegido por SAM’s e caças inimigos? Vou de Gripen.

Qual a vantagem de se comprar o M346 mesmo?

Maurício Veiga

A vantagem `e que ele desempenha as missões do A29 e do AMX, simples assim…

Last edited 2 dias atrás by Maurício Veiga
Rinaldo Nery

Amigo, não foi o que comentei. O EMAER não vai solicitar aquisição de duas aeronaves que fazem a mesma coisa. Pouco me importa quem é superior. É assim que funciona no mundo real.

Last edited 2 dias atrás by Rinaldo Nery
adriano Madureira

Tem que sair dessa ponte aérea Brasil – Estados unidos e Brasil – Europa e ver que existem inúmeras BIDs mundo a fora com produtos interessantes e talvez até mais em conta.

Heinz

Talvez isso já tenha se iniciado, pelo menos com os drones, vamos ver se vai para frente.

George A.

A divisão de aviação civil da EMBRAER já tá lá, e é prevista uma ampliação da relação entre Brasil e Japão até pq, vão começar rodadas para um acordo do próprio MERCOSUL com o país, entretanto, dos acordos assinados nessa visita ao Japão nenhum envolve o Ministério da Defesa e como a pasta é uma ilha, acho que falta interesse dela nesse tipo de cooperação:

https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2025/03/lula-201ca-relacao-brasil-japao-ganha-nova-dimensao201d

Leandro Costa

Não é que haja interesse. Aposto que há. Mas existem diversos problemas. O maior deles é a incapacidade de o Estado Brasileiro honrar compromissos financeiros com projetos da pasta de Defesa. Não adianta nada fazer parceria com Japão, Itália, China, os Incas Venusianos, se não honramos nossa parte do acordo. Suécia bem sabe disso.

George A.

Isso não tem impedido parcerias e compras com os parceiros de sempre, então me parece faltar interesse pra diversificar, até pq no G20 a pasta tbm ficou de fora dos acordos, mesmo os de cooperação científica, com a China.

Leandro Costa

Sim, existe um negócio chamado falta de grana, que meio que inviabiliza isso.

A Suécia por si só já foi uma diversificação. Ela entrou para a OTAN depois do acordo já feito. Agradeça ao Tio Putin por isso.

JuggerBR

Parceria envolve responsabilidades, desembolsos, e varias coisas que por aqui estão faltando, faz tempo…

Bernardo

Com a Itália a gente já tem bastante e há bastante tempo. Com o Japão concordo 100%, apesar deles serem muito fechados, não vejo porque não estudariam as propostas.

mario

no c é até à data nenhum acordo entre o Brasil e a Itália , veremos em breve , além do contrato para centauro 2 .

rui mendes

Acho que foi Israel que comprou o satélite Italiano e não a Itália que comprou a Israel.

Luís Henrique

Não, a Itália comprou um satélite militar Optsat-3000 da IAI israelense.

rui mendes

Erro meu, obrigado pela correção.

Last edited 2 dias atrás by rui mendes
Bernardo

Não, não, a parte de intel “espacial”, satélite militar, essas coisas, em Israel é muito fechada (aliás, depois comento), não se pode comprar produto pronto de fora por questão de segurança nacional há muitas décadas. Nem dos EUA. Eles dominam todo o processo, incluindo o lançamento e só lançam de lá mesmo sendo muito mais caro e difícil por causa da dificuldade ambiental da órbita. No geral, a parte de inteligência, comunicação, sinais etc é toda interna, é um dos motivos pelo qual o F-35 israelense não participa do ODIN dos outros F-35, é um sistema próprio, que por sua… Read more »

rui mendes

Erro meu, obrigado pela correção.

Fabio Araujo

Uma mão lava a outra os japoneses vão ter o avião de treinamento avançado que precisam e os italianos vão ter o avião de patrulha marítima que precisam, poderíamos chegar os italianos para fazer algo semelhante o M-346 FA pelo KC-390.

Abymael2

Os japas botaram quatro turbofans num Orion e deu nisso aí…ficou bem legal.

Filipe Prestes

Faz sentido, em pleno 2025, optar pela plataforma que tem como base o Orion/ Electra?

Bernardo

Acho que em casos específicos pra quem sai do Orion como plataforma antiga (foi o caso do Japão, eles ainda usam muito a mesma plataforma) e não querem dar o salto pro Poseidon que é caro demais. Pelo visto as alternativas tão aquém em capacidades do Orion velho de guerra (e aí o próprio ATR, c-295 etc). Mas no caso deles (Italia) é também a especifidade de ter a moeda específica de troca pra valer a pena, o tamanho de área, parceiros que compartilham essa mesma tarefa. Pra uma Austrália ou Canadá da vida não acho que valeria. Ou pra… Read more »

adriano Madureira

E ainda tem gente que sonha com poseidon como MP/ASW na defesa do litoral do Brasil,se nem japão que é japão tem coragem de dar tal passo , quem dirá nós.

EduardoSP

Não se deixe iludir pelas aparências, o projeto do Kawasaki P-1 só tem a configuração geral do Orion.
Dos patrulheiros modernos é o único que não é derivado de um avião civil, sendo desenvolvido desde o início para a função de patrulha. É equipado com fly-by-wire e não é um avião pequeno. Tem o tamanho de um P-8

Carlos Campos

Opa amigo, ele desde o incio sempre foi melhor que o P8, e não usa o Fly ByWire, e sim o Fly by Optics, que gera menos campo eletro magnético

groosp

O bixo é grandão
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Carlos Campos

Ele só tem essa cara, e é bem mais equipado que o P8 comum, por exemplo os radares laterais o P8 não tem, depois que veio a ter se tu quiser pagar pra isso, pra se ter uma ideia ele enxerga em 240 graus, que e mais que o P8, todos os sensosres dele são modernos, sistem Fly by Optics, melhor que o Fly ByWire em avião que caça subamarinos, menos energia para atrapalhar, ele não deve em nada ao P8 e na minha opinião está acima ao avião dos EUA

rui mendes

Esse avião Japonês é um concorrente do P-8, não lhe fica atrás em nada, qual orion qual quê, é uma excelente aposta, só sai a perder na manutenção, que deve ser bem mais cara.
Saiu uma reportagem á muitos meses atrás, na AirForces montly e do que me lembro, eram muito semelhantes, nas comparacões dos resultados entregues.

adriano Madureira

Esses Kawasakis não são baratos por natureza…

Se for somente para MP, os italianos poderiam ir de Bombardier Swordfish, mas se for para ASW poderiam até ir de Airbus…

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groosp

A aquisição dos M-346 pelo Japão deve ter tornado a opção pelo Kawasaki P-1 vantajosa. Vale lembrar que boa parte da caríssima eletrônica embarcada será italiana, principalmente da Leonardo.

Deadeye

E mais um mercado que os EUA começa a perder

Alejandro Pérez

Nada como uma bela crise nas alianças geopoliticas globais pra gerar novos acordos.
Atentos ao Japão. Veremos muitas novos programas de colaboração com os Europeus.