Kawasaki C-1

As operações do cargueiro Kawasaki C-1 pela Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF) chegaram ao fim em março de 2025, conforme anunciado anteriormente pelos boletins oficiais. Apesar da previsão de término ao final do ano fiscal japonês de 2024, os voos dos últimos quatro C-1 foram encerrados entre os dias 12 e 14 de março.

No dia 12 de março, a aeronave C-1 número 08-1030 decolou de Iruma com destino a Hamamatsu, onde realizou manobras de toque e arremetida, além de manobras táticas. Em seguida, pousou, recebeu a tradicional saudação com jatos d’água e foi oficialmente aposentada. No dia seguinte, foi a vez do EC-1 78-1021 realizar um voo local em Iruma, repetindo o perfil de voo da aeronave anterior e também sendo homenageado com o banho cerimonial.

No dia 14 de março, dois voos finais marcaram o encerramento das operações: o C-1FTB 28-1001 partiu de Gifu, e o C-1 28-1002, com a pintura comemorativa “Phoenix”, decolou de Iruma. Com esses voos, encerram-se 53 anos de serviço do C-1 na JASDF.

O desenvolvimento do C-1 começou nos anos 1960, quando a frota de transporte da JASDF, composta principalmente por antigos C-46 Commandos, tornou-se obsoleta. A JASDF recorreu à Nihon Aircraft Manufacturing Corporation (NAMC), responsável pelo YS-11, para criar uma aeronave nacional. A Kawasaki assumiu o papel de contratante principal, com outras empresas do consórcio participando da fabricação.

O primeiro protótipo, o XC-1 (18-1001), voou pela primeira vez em 12 de novembro de 1970 e foi entregue à Agência de Defesa em fevereiro de 1971 para testes. O primeiro exemplar operacional (28-1001) foi entregue em 1972. Ao todo, 31 aeronaves foram construídas para três esquadrões da JASDF: o 401º em Komaki, o 402º em Iruma e o 403º em Miho.

Após a devolução de Okinawa ao Japão, o alcance limitado do C-1 se tornou um problema, já que não conseguia chegar à ilha sem reabastecimento. Isso provavelmente levou à aquisição de C-130H Hercules e à redução no número total de C-1s planejados. Além das 31 aeronaves operacionais, foram construídas duas fuselagens para testes em solo e um exemplar modificado como aeronave experimental STOL “Asuka”, atualmente preservado no Museu Aeroespacial de Kakamigahara.

FONTE: Scramble Magazine

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Clésio Luiz

O C-1 foi vítima de uma especificação mal concebida, inexplicavelmente colocando ele num patamar abaixo do C-130 em alcance e carga.

Os japoneses aprenderam a lição e o C-2 é bem mais competitivo na sua classe.

Bernardo santos

Tirando o Japão, ninguém comprou o C2, talvez porque o Japão não quis vender.

Matheus

O Japão quer vender sim! Tanto que competiu contra o C-130 e C-390 pelo contrado Neo-Zelandês.

Mirade1969

O Japão não podia vender armas para o exterior por ter perdido a II guerra e também só teria força de autodefesa.

Santamariense

Pois é! Eu fui ver as especificações do C-1 e a carga máxima era de 8 mil kg, apenas. Menos que a carga máxima de um C-295. E o C-1 tem dimensões equivalentes ao C-130 e bem pouco menores que o C-390. Muito tamanho e pouca capacidade.

Jadson S. Cabral

Não sei se aprenderam com o o C-2 não, que não vendeu nada e é muito caro.
Se bem que o Japão não tem histórico de exportação de materiais de defesa. Acho que nunca fizeram questão de vender, vai saber…

Diego

Na verdade até bem pouco tempo eles não podiam exportar nada de material de defesa por causa da constituição japonesa do pós guerra, só agora que eles estão contornando essas barreiras.

Chris

Exatamente… E só podiam usar os armamentos pra defesa…

Tudo mudou após Trump !

Em tempo… Um deles ficou em Hamamatsu… La tem um museu aeronáutico ate interessante. Talvez seja seu destino final.

Ja morei bem ao lado… O que mais se via diariamente eram pousos e decolagens de AWACS E-767… Aparentemente eles ficam 24 h p dia no ar.

Last edited 1 dia atrás by Chris
Camargoer.

Eu lembro dos P3 circulando bem baixinho sobre o campus da universidade ali perto de Machida. para ajustar o pouso.. mas não sei onde pousavam

Chris

Se a memória não me falta… Nessa região ai tem um base americana.

Ai nem pobres mortais japoneses podem entrar, sem autorização. rs

Franz A. Neeracher

Base Aérea de Yokota…..uma importante base!!

QG da JASDF e da USAF Japan.

Camargoer.

Opa.. valeu

Camargoer.

né?

Santamariense

Nenhum pobre mortal, de nenhum país, entra em base militar nenhuma, sem autorização.

Diego Lima

Mas o tanto o C-1 quanto o C-2 foi projetado para atender as necessidades específicas do Japão, esses aviões nunca teve o fim de competir

Chris

Você acha mesmo que alguém cometeria um erro tão assim ?

A lei japonesa so permitia uso de avioes e armamentos para defesa.

Assim eles não precisavam de grande autonomia. Nem exportar podiam.

Como a matéria explica… A coisa complicou apos obterem o controle de Okinawa novamente.

Last edited 1 dia atrás by Chris
Mauro Oliveira

“Após a devolução de Okinawa ao Japão”.

.

Nunca foi devolvida realmente; na prática o Japão continua um país ocupado militarmente pelos EUA; que dita a geopolítica do país.

Tóquio tem um governo 100% vassalo de Washington desde o fim da Segunda Guerra Mundial e não há nenhum sinal que isso mude.

Santamariense

E o que isso tem a ver com o assunto da matéria? Esses discursos de raiva incontida são um saco…

Leandro Costa

São um porre… O que tem de ativista de fundo de quintal aqui é de se abismar.

Santamariense

Exatamente, Leandro! São umas malas …

Rinaldo Nery

Mala é elogio pra essa gente.

Kayron

O Japão aceitou sua vassalagem voluntariamente, assim como a Alemanha. Já a AL….

Pedro fullback

Japão e Alemanha vassalo= Países ricos, IDH altos, riqueza da população e etc.

O que o teu país que é dependente do exterior até pra fazer um feijão ganhou com essa tal independência americana?

MMerlin

Comentei isso lá atrás, em uma outra matéria, referente diferença entre vassalos do “EUA” e vassalos da “Rússia”.
Morei um ano na Alemanha quando trabalhava em uma multinacional daquele país.
Anualmente vou ao Japão devido à empresas fornecedoras de parte de equipamentos que produzimos.
Falo por experiência.
É incomparável a qualidade de vida desses países (principalmente o Japão) com nosso país. Quem dirá com Cuba, Venezuela..

Leandro Costa

Eu achei até meio absurdo os EUA terem devolvido Okinawa. Fosse por mim, teria feito o 51º estado por lá, expulso o que ainda tivesse de ‘Okinawans’ e feito colônias de povoamento e transformava em um paraíso de férias para aposentados, cheios de Hollyday Inn’s, McDonald’s e Pizza Hut.

Camargoer.

Ola Leandro… o Japão é cheio de H.Inn, McDonald, P.Hut, Starbucks, MrDonnut.. e tudo mais… só não tem aposentados dos EUA que, pelo que sei, preferem a Flórida que fala inglẽs, espanhol e português…

Leandro Costa

Tem muito aposentado na Flórida sim. Mas é mais estereótipo do que qualquer coisa, como sempre. Estão mais concentrados no sul. No norte/noroeste da Flórida tem bem menos. Você encontra mais gente falando em português em Orlando/Kissimee, etc. Também pudera, a Disney ainda é um destino muito popular, assim como Nova Iorque. Sinceramente não vejo atração nesses lugares, mas o povo daqui gosta. O resto você escuta muito Espanhol e Inglês. É chocante também o número de indianos, mas com maior prevalência no Canadá, principalmente Ontario.

Camargoer.

Ora… pensei que a piada seria autoexplicativa…

Mauro Oliveira

Zero dúvida de que pensas assim.

E pensa o mesmo para o Brasil e América Latina.

Esperado para quem não tem a mínima noção da História e Geopolítica da América Latina e Ásia (e só vê mídia dos EUA e de seus satélites); por isso mesmo acham que isso não tem nenhuma relação com a matéria.

Leandro Costa

Você sabe o preço que foi pago, tanto humano quanto material, para a tomada de Okinawa durante a Segunda Guerra Mundial, que caso não saiba, foi uma guerra de agressão iniciada pelo Império Japonês?

Em qual universo paralelo isso se compara à América Latina e Brasil?

EDITADO

Mauro Oliveira

Não sou eu que precisa aprender História; história elementar do Brasil, América Latina e Ásia.

Já a Geopolítica tens que começar do zero.

Apenas repete a narrativa ocidental pra tudo (EUA e seus satélites).

Santamariense

Cara, foi eu que falei que não tem nada a ver com a matéria. E não tem mesmo. Vocês adoram enfiar a ideologia mofada que vocês defendem em tudo que é assunto. Volta para o DCE ou para o comitê do partido…vai querer dar aula para outro, mala sem alça…

Mauro Oliveira

“Por isso mesmo acham“,,,

Acham: plural.

Óbvio que não vê relação (isso que citei literalmente excerto da matéria…); a razão é a mesma do cidadão anterior.

Santamariense

Blábláblá…volta para o buraco de onde tu saiu.

Felipe M.

De rocha? Conta mais. No dia que for lançar o seu podcast sobre o assunto, manda o link aqui, pra gente não assistir.
Valeu

Fabio Araujo

Qual avião vai substituir eles? O C-130H que já possuem ou vão comprar um novo avião?

Jadson S. Cabral

Já tá pensando no Millennium, né? Eu sei que sim kkkk

Fabio Araujo

Não custa sonhar. Eles tem o C-2 mas se não me engano o C-2 é bem maior, é outra categoria!

Marcelo

O Japão está interessado em comprar 3 aeronaves usadas C-17 dos estado unidos !!!

Sebastião Miguel da Silva Junior

Acredito que o ‘reparo’ deva ser realizado na cabeça dos que estão defendendo, até dentro da própria FAB, a aquisição de “novos” caças de 4ª Geração… que, ao fim, recuperaria nossa saga histórica, nossa tradição de aquisição de artefatos bélicos obsoletos ou próximos da obsolescência… Aliás, por essa cultura, não chegaríamos, se quer, ao Gripen, caça de 4ªGeração++ ❗

Natan

Uma pergunta sincera, esses aviões ficam em algum tipo de reserva pró ativa ?

A6MZero

Provavelmente essas aeronaves servirão como fontes de peças enquanto o EC-1 estiver em uso, até o momento o EC-1 que é a variante de guerra eletrônica do C-1 vai ser mantido como avião de treino para tripulações e pessoal da JASDF que são treinadas para o uso do RC-2.