O Northrop F-5 Tiger II é um caça tático projetado para combate ar-ar e ataque ar-solo, operando na FAB desde 1975

A aeronave F-5FM FAB 4808 foi entregue ao Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), no dia 10/03 na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro (RJ), após passar por um detalhado e inédito serviço de reparo no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP).

A aeronave ingressou no PAMA-SP em 27 de abril de 2022 para a realização da Inspeção de Nível Parque Programada (INPP). Em operação na FAB desde 1982, o FAB 4808 acumula 4.900 horas de voo e passou por sua quarta inspeção de 1.200 horas.

Durante a manutenção, a equipe de Ensaios Não Destrutivos (NDI) identificou trincas em quatro longarinas próximas ao cockpit, demandando reparos estruturais altamente complexos. A substituição dessas peças exige elevado nível técnico, envolvendo conhecimentos em Engenharia, Desenho Técnico, Usinagem, Manutenção Estrutural, Metrologia e Inspetoria. Apenas centros de manutenção com expertise e infraestrutura adequadas são aptos a realizar esse tipo de reparo.

Desafio Técnico e Solução Inovadora

Diante da complexidade do problema, a equipe do PAMA-SP desenvolveu um processo inovador para a substituição das longarinas. O serviço exigiu dedicação extrema, pois a troca simultânea poderia comprometer a estrutura da aeronave. Entre os desafios estavam a dificuldade de acesso às peças, o risco de danificar outros componentes, a necessidade de usinagem precisa e o uso de um torno CNC (Computer Numeric Control) moderno para garantir a fabricação das novas longarinas com especificações idênticas às originais.

A Seção de Desenho Técnico, subordinada à Subdivisão de Engenharia (TENG) do PAMA-SP, elaborou os desenhos de fabricação utilizando medição tridimensional para capturar as dimensões exatas da peça original. A análise da liga metálica permitiu identificar o tipo Longarina fabricada no PAMASP (esquerda) e longarina original removida (direita)de alumínio e o tratamento térmico adequado. Concluído o projeto, a Seção de Usinagem conduziu a fabricação das novas longarinas, empregando um centro de usinagem automatizado, capaz de realizar operações de desbaste, fresamento, furação e mandrilamento com alta precisão.

Como as longarinas estão localizadas em uma área pressurizada, todos os rebites de fixação foram selados para evitar vazamentos de ar. Após a instalação, um teodolito foi utilizado para medir o alinhamento da aeronave, garantindo a simetria e o desempenho ideal em voo.

Reconhecimento e Impacto

A substituição das longarinas estruturais do caça F-5 foi realizada com sucesso pela primeira vez no PAMA-SP, reforçando sua capacidade de enfrentar desafios estruturais complexos. O trabalho minucioso, aliado à expertise da equipe e ao uso de tecnologia, garantiu a segurança e a operacionalidade da aeronave.

“O intenso e minucioso trabalho de troca das longarinas da ANV 4808 exigiu o conhecimento da Technical Order (TO) pelos militares mais experientes e impulsionou o aperfeiçoamento técnico dos mais novos. O envolvimento da equipe foi total, dada a necessidade de disponibilizar uma aeronave biplace para a Força Aérea Brasileira”, afirmou o encarregado da Subdivisão de Oficinas (TOFI) do PAMA-SP, Mecânico de Manutenção Aeronáutica Reinaldo Ribeiro da Silva,

“O inédito reparo estrutural que trouxe o F-5FM 4808 de volta aos ares comprova a capacidade do PAMASP em executar serviços complexos com excelência, exigindo inclusive nível fabril na fabricação de peças aeronáuticas. A entrega dessa aeronave simboliza o profissionalismo dos homens e mulheres do PAMA-SP e reforça nosso compromisso com a missão da Força Aérea Brasileira”, destacou o Diretor do PAMA-SP, Coronel Aviador Wagner Takemi Motoyama

O Legado do F-5 Tiger II

O Northrop F-5 Tiger II é um caça tático projetado para combate ar-ar e ataque ar-solo, operando na FAB desde 1975. A versão biplace é essencial para a instrução de novos pilotos de caça. O “Tigre” consolidou-se como um pilar da aviação de caça da FAB, contribuindo para o desenvolvimento de táticas e procedimentos de combate.

Após meses de dedicação, a aeronave foi devolvida ao 1º GAVCA em um momento emblemático: o mês que marca os 50 anos da chegada dos primeiros F-5 à FAB. Pilotado pelo Major Aviador Fábio Guimarães de Mello Júnior, o FAB 4808 decolou da Base Aérea de São Paulo (BASP) às 15h15 e pousou na BASC às 15h55, pronto para cumprir sua missão.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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BlackRiver

Nem palavras eu tenho para tamanha façanha!

São cinquenta anos fazendo manutenção no F5!

Chris

Do jeito que a coisa anda… O negócio é se mexerem para os F-5 durarem mais uns 30 ! rs

Gerson Carvalho

Assim vão voar infinitamente. Aliás já deveriam ter feito uma engenharia reversa do F5 ha muito tempo.

Fernando Vieira

Esse reparo foi basicamente isso.

Acho que com a base de conhecimento que a FAB possui sobre o F-5, se ela quiser ela fabrica um F-5M novo em folha. Problema seriam só os motores.

Neto

Paradoxo do navio de Teseu fo F5 da FAB.

Samuel Asafe

Kkkkkkjkkkk boa.

Rommelqe

Incrível! Este é o lado que dá certo e que nos orgulha!! Parabéns aos aguerridos e competentes fabianos do PAMA-SP. E o F5 M é fantástico! Pelo menos ele ainda atende, mesmo que de forma atávica, ao minimo minimorum que o Brasil precisa…até quando vamos esperar pelo Gripen F39F?

Jadson S. Cabral

Não existe nada tão incrível em copiar uma peça metálica não.
Uma vez que você tema peça a ser substituída em mãos e sabe a liga da qual ele é feita, qualquer torneiro mecânico faz, até mesmo num torno manual. CNC até o SENAI tem.

Marcelo Andrade

Ah tá, oh torneiro mecanico, inclusive com homologação aeronautica! Cada ixpessialista!

Jadson S. Cabral

O que você sabe sobre mecânica? Não quero dar carteirada não, mas eu sou técnico em automação industrial, fiz engenharia mecatrônica e hoje faço engenharia de materiais. Acho que sei um pouquinho sobre processos de fabricação, ligas metálicas e tecnologia de materiais… só um pouquinho mesmo. Disse e repito. O difícil é saber a liga exata do material e reproduzi-la. Se é você conhece a liga da qual é feita a peça original e você tem acesso a esse material, é só escanear a peça e utilizar uma CNC que você terá a mesma peça, com as mesmas especificações, que… Read more »

Camargoer.

Olá Jadson.. o curso de Eng.Mat, é muito legal… qual instituição?

danieljr

Tenho alguma experiência na área (16 anos) e é isso mesmo. O maior problema é ter o material em mãos e ter como fazer as medições de forma correta. A fabricação em si não é um problema, máquinas ferramenta básicas conseguem fazer uma peça dessas, com um bom operador.

Para mim, o maior problema foi a montagem (e sua verificação) e outros detalhes, como os rebites descritos na reportagem.

Felipe M.

Lembrei do Nonato, que vivia dizendo por aqui que não tinha nada de muito diferente na fabricação de um caça com a de um Corola.
Inclusive, Nonato sumiu!

Jadson S. Cabral

Não existe paralelo entre as duas comparações não, e eu poderia explicar ponto a ponto do porquê não, mas os senhores são muito teimosos, e eu irei apenas perder o meu tempo e desperdiçar o tempo de vocês, que deve ser valioso tbm.
Eu respondi em um comentário acima sobre a minha opinião.

Nonato sumiu mesmo.

Nota da moderação:
O dito cujo foi bloqueado.

danieljr

é bem mais complexo projetar e fabricar um caça antigo do que um carro de modelo novo.

O caça possui uma infinidades de situações em que ele sofrerá durante o uso, pressões, velocidades, pesos etc. Além de toda a engenharia de materiais, turbinas, eletrônicos etc.

Isso não quer dizer que fabricar um carro do zero seja fácil. Tem muita engenharia ali, desde o funcionamento dos airbags até como a gasolina é queimada dentro do cilindro, tem muito detalhe.

Macgaren

Lenda demais.

Queria que ficasse mais uns 20 anos voando.

Felipe M.

Lenda fica bem em museus. O F5 certamente merece um museu para chamar de seu, com um local de bastante destaque, iluminação projetada etc.
Fora isso, que seja cada vez mais tempo de Gripen.

Natan

Um feito impressionante

F-5E (eterno)

Helio

F-5F (forever)

Rosi

F-5EM E Eterno, M Mas já deu chega!!

Pedro

Bacana, mas não é mais fácil encostar logo? ótimo avião, mas ja deu. Estamos com os gripens agora e enquanto o mundo se prepara o novo F-47, nós gastamos energia restaurando F-5.

bit_lascado

Se dependesse de nossos governantes ainda estariamos com os P-47.

Marcos

Quando houve a mudança de regras de nomenclatura dos caças da USAF os P-47 foram chamados de F-47 por algum tempo…
Era a nossa oportunidade de estarmos na vanguarda… Rsss

Waldir

É isso ou nada. Vide o ritmo de entrega dos Gripens. Uma vergonha mundial.

Santamariense

“…não é mais fácil encostar logo?…”

Aí voa o que no lugar dele?

“…Estamos com os gripens agora…”

Estamos? Quantos? 8…

Paulo

F 47 por enquanto é um projeto. E muitos projetos aeronáuticos grandiosos redundaram em enormes fracassos. Às vezes são cancelados em função de custos altíssimos, às vezes a tecnologia é tão intrincada e complexa que torna sua manutenção um pesadelo logístico. Às vezes o projeto é só aparentemente inovador. Uma nova tecnologia disruptiva pode torna – lo obsoleto antes de entrar em fase operacional.

PACRF

Prezado, se houver um conflito de verdade envolvendo os EUA, por exemplo, é provável que a maioria dos aviões a serem utilizados seja composta por caças de 4a. geração atualizados. Não se esqueça que um F-117 foi abatido na guerra dos Balcãs por um país infinitamente menos equipado e tecnologicamente menos desenvolvido que os EUA, a antiga Iugoslávia. Na época, esse caça era chamado de “invisível”. Até o momento, não se tem notícia que a Rússia e os EUA tenham utilizado em combate os “invisíveis” SU-57 e F-35, respectivamente.

Camargoer.

Creio que neste caso é o fato do avião ser um FOX. Caso fosse um ECO, acredito que teria sido retirado de serviço com pouca cerimônia

Underground

Nossa!
O Mundo caminhando para caças de 6° geração e nós fazendo reparo “inédito” em avião de cinquenta anos.

Matheus

Depois reclama que no Brasil só se aperta parafuso, né? Anta.

Pedro I

Que tal fazer engenharia reversa total do caça, como fazem os chineses e iranianos, e usar essa expertise para melhorar e evoluir o produto, e talvez algum dia chegar a produzir independentemente um caça pelo menos de quarta geração?
(O que aparentemente não se consegue fazer de forma alguma, mesmo com as tão propaladas TOT…)
Mais 50 anos não seria tempo suficiente?

gordo

Bem isso. Se a FAB gosta tanto do F-5 porque não fabricar uma versão BR. No mais, os nossos engenheiros mostram muita competência e esmero, o que falta é oportunidade para esse pessoal brilhar em um projeto mais atual, e dinheiro para isso tem. O problema são as tais pensões e o judiciário mais caro do sistema solar. Vamos seguir plantando soja.

brutus

ai falam que nao pode , pq se nao seremos sancionados

J R

As patentes do F-5 já cairam faz tempo, mas copiar ele pra quê? Vamos fazer igual o Irã, lançando cópias idênticas ou aberrações do mesmo? O negócio hoje é tomar vergonha na cara e pagar logo os suecos para terminarem de entregar o Gripen, estaremos só uma geração defasados.

Camargoer.

Concordo, existe uma linha de produção do Gripen na Embraer que demanda mais atenção e recursos.. cabe ao PAMA fazer a manutenção dos F5M E/F remanescentes..,

vida que segue

Alguns colegas lembraram que os P3 e os T25 são mais antigos… acho que o T25 vai ser modernizado e vai ganhar o troféu “Parnaíba” da FAB

RPiletti

Praticamente 3 anos fazendo a manutenção de 1 F-5? Salários e maquinários empenhados em um “Fusca”.

Camargoer.

Creio que o fato de ser um biplace foi determinando para a sua recuperação. Tenho a impressão que poucos comentaram este detalhe

Santamariense

Por incrível que pareça, vou concordar contigo. O fato de ser uma célula biposto foi determinante no esforço pela sua manutenção. São apenas 4 células F na FAB (4807, 4808, 4810 e 4812).

naval762

Se brincar eles constroem um F5 novo do zero.

Santamariense

Olha, se precisar mesmo, constroem!

Luiz Antonio

Só não construíram por conta de “barreiraslambesacodoseua”. Capacidade não falta.

Maurício Veiga

Lembrando, na década de “80” o Brasil recusou a produção do F20 em solo Brasileiro, já estava comprometido com o projeto AMX, idem com respeito ao Gripen…

Camargoer.

Nunca houve esta proposta de fabricar o F20 no Brasil.

Maurício Veiga

Sim, essa proposta existiu !!! Lembrando que nessa época a Embraer já tinha o contrato de fabricação das empenagens de cauda do F5…

Last edited 1 dia atrás by Maurício Veiga
Pedro I

Um parente próximo, engenheiro do ITA, trabalhou no projeto do AMX…
No fim do projeto, dispensado da Embraer, foi trabalhar (se não me engano) na Deca, e costumava brincar: “Estudei para projetar aviões, e agora projeto vasos sanitários”…
Retrato do Brasil…

Macgaren

E ainda poderíamos exportar para a america latina, olha a ideia boa!

Alexandre

Antes de entrar na Embraer me diziam que era apenas para seres de inteligência superior.

Um reparo deste nada mais do que remover rebites e colocar outro com um traço maior.
Remover selantes, lacres e alguns parafusos.

Levar a peça para o tridimensional e depois a FRESADORA CNC.

RPiletti

Aleluia. Um comentário lúcido.

Jadson S. Cabral

Tem gente achando um feito incrível usinar uma peça de alumínio numa CNC. Meus Deus… alunos do SENAI fariam isso.

Elint

Parabéns a toda a equipe!
Um trabalho excelente!
Mas…. vamos ficar remendando F-5 até quando ????

Santamariense

O texto da matéria, da FAB, para variar deve ter sido escrito por um estagiário. “Em operação na FAB desde 1982, o FAB 4808…” O 4808 é um dos 4 F-5F recebidos pela FAB em 1988/1989 (não 1982), vindos de segunda mão da USAF. Ele opera desde 1982, ano que foi entregue para a USAF, onde voou até 1988, quando foi vendido ao Brasil. “A substituição das longarinas estruturais do caça F-5 foi realizada com sucesso pela primeira vez no PAMA-SP? A substituição desse tipo de longarina foi a primeira vez que ocorreu no PAMA/SP, mas trocas mais complexas de… Read more »

Angus

Quantos F-5M ainda estão operacionais na FAB?
Pergunto em função da desativação dos A-1M e entrega a conta gotas do Gripen.

Leo

Entre 30 e 35

Santamariense

Pelo cronograma de desativação dos F-5M, publicado uns dois anos atrás, agora em 2025 seriam 28 aeronaves ativas, mas na preparação para a Cruzex, em dezembro passado, foi perdido um exemplar, o 4866. Assim, caso não tenham atrasado a desativação de um outro exemplar para suprir essa perda, atualmente são 27 F-5M ativos.

Angus

Vamos arredondar.
Entre Gripen e F-5M serão 35 caças operacionais ao final de 2025.
Para um pais continental, com o orcamento de defesa igual ao do Brasil, é uma vergonha completa.

Santamariense

O número vai ser bem esse, com 1 ou 2 para cima ou para baixo. Quanto à vergonha, concordo plenamente.

Felipe

Em 2025 teremos 11 Gripen mais 32 F-5M, 43 caçad ainda assim uma vergonha, mas como os AMX serão desativados creio que devem vir caças usados como tampão.

Santamariense

Não são 32 F-5M em 2025! Já expliquei, mais de uma vez, o número de 27 ou 28 aeronaves ativas em 2025.

comment image

Quanto aos 11 Gripen, só acredito em 2 aeronaves entregues nesse ano quando elas estiverem aqui.

Ricardo Gallerri

4.900 horas de vôo de 1982 até 2022. 40 anos servindo a FAB, proporcionando uma média aproximada de 10 horas voadas por mês.
Esse MIKE ficou fazendo voos de teste desde Dezembro de 2024 até Marco de 2025, vimos ele por aqui várias vezes decolando do aeroporto de Guarulhos.
Parabéns ao PAMA!

Santamariense

O ano de 1982 citado no texto, está colocado de forma errada. O avião foi construído e recebido pela USAF em 1982, onde operou até 1989, tendo voado naquela Força Aérea 1.799 horas. Já redenominado 4808 foi recebido pela FAB na Base Aérea de Williams, no Arizona, em 16/08/1989, chegando na Base Aérea de Canoas em 23/08/1989. Portanto, na FAB, são 35 anos e 7 meses.

Emmanuel

O PAMA poderia “criar” o F-28 para voar com o F-39.
Conhecimento tem.

Fabio Araujo

Tem que manter esses caças em operação por mais alguns anos até chegarem mais Gripens e os caças que a FAB esta querendo comprar para complementar os Gripens!

Henrique A

O F-5 vai virar o navio de Teseu de tanta peça que terá que ser substituída.

Santamariense

Hehehe…bem isso. Eu tinha um tio que possuía uma faca de churrasco muito antiga, que era do meu avô. Ele brincava que era a mesma faca desde o início, tendo trocado apenas a lâmina e o cabo umas duas ou três vezes.

Nunes Neto

Parabéns aos técnicos ,mas realmente uma peça e estrutura metálica com mais de 50 anos, só agora conseguimos reproduzir,haja atrasso técnológico ein.

Jadson S. Cabral

50 anos de operação e ainda é possível passar por procedimento inédito de manutenção???

Deve ter F-5 na FAB que não deve ter nem mais 1 parafuso sequer original.
É o paradoxo do navio de Teseu diante dos nossos olhos. Afinal, o F-5 continua sendo o mesmo F-5 que saiu da fábrica?

Jadson S. Cabral

Fissuras em longarinas… como acadêmico de engenharia de materiais eu tenho conhecimento de que isso é relativamente comum não só em aeronaves, mas em todo tipo de estrutura que sofre estresse ao longo de sua operação. Mas uma coisa é fazer um reparo desses uma vez na vida de uma aeronave, durante um período de manutenção geral. Outra é ter que fazer várias vezes, em vários locais diferentes da estrutura, numa aeronave que já voa há 50 anos como o principal vetor da defesa aérea do país. Isso é brincar com com vida das pessoas. Brincar com a vida de… Read more »

Santamariense

O caso dos Mirage 2000 já foi bem explicado. Quando foram comprados, a FAB sabia que as células tinham um determinado número de horas para operar antes de alcançar as horas para fazer inspeção geral. E essas horas foram alcançadas, e até superadas em algumas células, que tiveram sua operação estendida em um ano e alguns meses. A intenção, quando foram comprados, não era fazer inspeção geral em nenhuma dessas células, pois precisariam ser enviadas para a França, o custo seria muito alto e o pequeno número de células não compensava o investimento. Além disso, os mísseis também tinha vida… Read more »

Angus

Seja mirage III, seja mirage 2000, qualquer tipo de investimento/modernização feito neles teria inviabilizado o F-X.

Lembro que o F-X1 para substituir o mirage III foi cancelado e vieram os mirage 2000C bem usados.

E só aconteceu o F-X2 porque os 2000 foram desativados.

Jadson S. Cabral

Pra mim isso é desculpa esfarrapada que nós engolimos todos os dias.

Quanto cleats custando o programa do Gripen hoje? Uns 4 bilhões de dólares?
Quanto teria custado manter 12 ou até mesmo 24 Mirage operando, com alguma modernização até pelo menos 2028? Uns 200 milhões? Se brincar nem isso, porque esse é o valor que os argentinos pagaram por 24 F-16 + armamento, treinamento e suporte.
Nós engolimos desculpas esfarrapadas com muita facilidade

Rinaldo Nery

Não há desculpa nenhuma. Você não sabe o que está falando. O Mirage 2000 foi desativado PROPOSITALMENTE para forçar a decisão do FX-2. Ninguém na FAB nega isso. Se hoje não há orçamento a bola de cristal não funcionou. Não fez reparo estrutural no PAMASP… Aliás, com esse desgoverno não haverá orçamento pra nada.

Last edited 1 dia atrás by Rinaldo Nery
Jadson S. Cabral

No desgoverno passado tbm não houve orçamento não, se o senhor quiser falar de política.

Acho que nossos militares não são pagos para tentarem prever o futuro com bolas de cristais não. Deveriam analisar a situação considerando nosso historiado e tomar decisões mais pés no chão, pragmáticas.

Rinaldo Nery

“Analisar a situação “. Vai se ferrar.

Rinaldo Nery

Uma Força resolve comprar um equipamento, depois de um longo processo licitatório, mas precisa analisar se um governo, daqui a 5/6 anos (nem sabe qual partido vencerá), irá liberar verbas pro pagamento. Que disparate absurdo! Cada imbecilidade que leio aqui. Mais imbecil sou eu que acesso esse blog pra ler essas bobagens.

Jadson S. Cabral

Que gratuito! Eu em nenhum momento desrespeitei o senhor, nem nesse comentário e nem em nenhum outro.
Poderia pedir aos editores que apagassem o comentário, mas é melhor que todos vejam como o senhor trata as pessoas.

Emmanuel

Governo passado enfrentou uma pandemia que acabou com o orçamento da União, lembra disso?

Jadson S. Cabral

Foi mesmo? E foi por isso que ele todos os finais de semana saia nas rua dando passeio de moto, gastando uma fortuna em cartão corporativo para incitar a população contra as instituições? Foi por isso que ele articulou um golpe de estado que só não aconteceu porque o alto comando do exército e da fab não aceitaram?
Porque me parece que o governo anterior estava mais preocupado em salvar sua própria pele que qualquer outras coisa, incluindo a covid, da qual ele tanto desdenhou.

Rinaldo Nery

Em 2008 um F-15 do Agressors caiu em Nevada porque a fuselagem partiu ao meio em vôo. O cmt do Esquadrão faleceu. Um piloto inglês, de saco, conseguiu ejetar e sobreviveu. Foi durante a CRUZEX, e o Pampa estava lá. Fadiga acontece no mundo todo, e ainda bem que temos condições de cconsertar.

Franz A. Neeracher

Foi o Tenente-Coronel Thomas Bouley.

Era o CO do 65th Aggressor Squadron…..um dos dois Aggressor Squadrons da USAF.

Hoje em dia esse esquadrão opera o F-35A.

Rinaldo Nery

O Fleury falou umas palavras de condolências lá, pro povo da USAF.

Santamariense

CRUZEX não, Rinaldo. Era a Red Flag.

Rinaldo Nery

Exato. Desculpe.

Santamariense

👍🤗

Jadson S. Cabral

Era preferível termos 20 Mirages modernizados enquanto não chegam todos os Gripens, que tentar manter… uns 30 F-5 que estão caindo aos pedaços. Eu duvido que hoje a FAB tenha mais de 30 F-5 em condições de voo, muito menos de combate.

Eterna falta de planejamento.

Santamariense

Te respondi noutro comentário por aqui, sobre os Mirage 2000. As aeronaves precisavam de inspeção geral, que já teria um custo bem elevado e precisaria ser feita na França. Se fosse modernizar, o custo seria muito mais alto, além de precisar comprar armas mais modernas para equipá-los. O F-5, por outro lado, é um projeto em que tudo é feito no Brasil, a FAB conhece mais o modelo do que a própria Northrop, além de ter a manutenção muito mais barata em comparação com o avião francês. A escolha entre desativar os poucos Mirage 2000 e continuar investindo no F-5… Read more »

Jadson S. Cabral

A escolha foi tão acertada que hoje mal temos F-5. Eu conheço a explicação, só não concordo com as desculpas esfarrapadas da FAB. Manter os caças e fazer alguma modernização não teria custado nem 10% do que foi gasto do programa do Gripen. Portanto, não o atrapalharia como muitos acham. Será que a FAB não podia ter investido neles, que tinham células que durariam mais que o F-5, que eram mais modernos de projeto, mais capazes e até hoje ainda tem vários operadores, como a própria França? 12 Mirage e uns 24 F-5. Tava bom até os Gripens chegarem. “Ah,… Read more »

Matheus R

Não é por acaso que os pilotos da FAB estão indo para o setor privado, e com razão.

Santamariense

“A escolha foi tão acertada que hoje mal temos F-5.” Mas, claro que foi acertada! Quanto custaria manter os 12 Mirage 2000 que tínhamos e comprar mais 8 (para os 20 que tu falou)? Comprar mais esses 8, fazer revisão geral, modernizar e comprar armas modernas? E eles iriam operar quanto tempo mais? As células adquiridas eram beeem gastas e sugadas. Esquece isso de Mirage 2000. Os Mirage III, que a FAB operou por mais de 30 anos, mesmo durante todo esse tempo a Força não chegou nem perto de ter a autonomia de manutenção que tem com o F-5.… Read more »

Joao

Vai sujar outro lugar…
Pentelhação …

Jadson S. Cabral

Sujar de quê? O que você está sugerindo?
E o que é pentelhaço? Acabou o vocabulário?

Jadson S. Cabral

Os senhores sabem agora como os iranianos conseguem manter os F-14 50 anos depois? O que tá quebrado, vai lá e refaz. Só tem que saber a especificação do material, que é o mais difícil. Depois tem que tentar reproduzir a mesma liga… mas em último caso não precisa ser neves adiante a mesma. Só precisa ser resistente e leve o suficiente. Difícil mesmo é copiar a eletrônica, e nem ela é impossível, dado que estamos falando de equiparmos de no mínimo 30/40 anos. Um bom time de engenheiros, com dinheiro e paciência o suficiente consegue copiar quase qualquer coisa.… Read more »

DSC

Off topic:

O famoso blogger militar russo “Fighter Bomber” postou recentemente no Telegram que em encontros WVR no passado entre os caças F-22A americanos e os Su-35S e Su-30SM russos (quase de certeza na Síria), o “F-22 esmagou nossos caças. Assim, muito confiantemente e sem esforço“.

https://t.me/fighter_bomber/20346

https://x.com/GuyPlopsky/status/1903484912235319435

Last edited 2 dias atrás by DSC
Heinz

O F22 é o melhor caça de superioridade aérea do mundo há mais de 20 anos, resultado previsível. E continuará sendo ainda, vamos ver do que o J20 e SU57 são capazes…

Gabriel Tito

É bom irem treinando. F-5 por aqui vai mais uns 15 anos

Marcelo Lobo da Silva

A matéria cita que o FAB 4808 está em serviço com a FAB desde 1982 (sic). Os F-5F fabianos são procedentes do segundo lote, adquirido em 1988. Essa matéria é uma publicação oficial da FAB e o site apenas copiou e colou e acabou reproduzindo e disseminando informação errada.

Santamariense

Isso mesmo! Foi exatamente o que eu escrevi mais acima em alguns comentários.

Heinz

Estou confuso, se é uma boa notícia ou uma má notícia.
É boa pelo lado que, eles de fato conseguem manutenir as aeronaves é vários escalões e conseguem colocar elas para voar novamente, mesmo com muito tempo das células.
Por outro lado é ruim, só mostra que os F-5 já estão no osso, e que a FAB vai ficar sem caças em breve, contando apenas com 9 gripens, é uma vergonha, lastimável, governo de m3rd4 esse e os outros por não olharem e investirem corretamente na nossa defesa.

Camargoer.

Uma boa noticia… a FAB ainda ten F5M operacionais e precisa formar pilotos aptos. Para isto a FAB precisa aviões biplace que são raros.

Heinz

Serão os Gripens biplace, mas cadê a verba? Com o governo passando a tesoura fica difícil, precisamos dos caças para ontem

Santamariense

Os Gripen biplace vão treinar os pilotos de Gripen. Os F-5FM treinam os pilotos de F-5M.

Last edited 1 dia atrás by Santamariense
Heinz

provavelmente. Mas onde estão os biplace? Onde estão as outra unidades? entremos em 2025 com apenas 9 gripens, e sem FOC. Jaja não teremos mais nenhum AMX, e os F5 já estão dando baixa…

Last edited 1 dia atrás by Heinz
Santamariense

Eu só quis esclarecer que F-5FM não treina pilotos para o Gripen. De resto, concordo contigo. O programa Gripen se arrasta, vergonhosamente, por atrasos nos pagamentos! A FAB vai minguando, de forma regular e constante.

Leandro Costa

De acordo com o cronograma, o F-39F deveria fazer seu primeiro vôo esse ano. Mas como o Gripen F é uma variante que apenas o Brasil adquiriu até agora, esse papo de ‘cronograma’ não consegue nem balizar a hora do almoço.

Camargoer.

Os Gripen FOX servirão para entre utras coisas a instrução dos pilotos de Gripens. Os F5 “Fox” servem para instrução dos pilotos de F5M remanescentes.

Antunes 1980

Logo logo entrará para o Guinnes como o vetor mais antigo em uso no mundo!
2050 é logo ali!

Camargoer.

Pois… algum avião sempre terá este prẽmio.. acho que o DC-3 continua na frente. Acho que os mais novos foram fabricados na década de 1940 e tem alguns deles voando por ai, mesmo que estejam com motores novos e GPS na cabine.

Jadson S. Cabral

Vamos ter que limitar a categoria então.
Aeronave de caça mais velha ainda em operação.
Se os coreanos ainda tiverem uns Mig15 ou algo do tipo a gente muda pra aeronave de caça americana operando por mais tempo. Acho que agora dá. Acho que até já temos esse título.

Camargoer.

Riso… boa..

Qual será o avião da FAB mais antigo em operação? Acho que são os T25 da AFA. Acho que eles vão ficar com o troféu “Veterano FAB”

Santamariense

O T-25 entrou em operação na FAB em 1971, com algumas dessas primeiras células tendo sido fabricadas em 1970. Se considerarmos o ano de fabricação, e não desde quando operam na FAB, os P-3AM são os mais antigos, pois são células originais P-3A (versão inicial do Orion), fabricadas entre 1961 e 1965.

Rinaldo Nery

O Mig21 é mais velho.

Camargoer.

Bem lembrado.. tem.Mig21 operacional….

Jadson S. Cabral

É… eu não conheço as aeronaves soviéticas como as americanas.

ChinEs

Com essa expertisse toda , dava para o Brasil construir um F-5 de raiz… 100% Brasileiro

Renato de Mello Machado

Sim.Eu sempre quis falar isso.Mas nunca tive coragem.

João Moita Jr

Só falta o ingrediente principal; a vontade.

Mcruel

Essa longarina, cheia de “usinagem, desenho técnico e metrologia” me fez lembrar meu curso no SENAI…

BraZil

Sem desmerecer a FAB e sem ler os 98 comentários dos colegas, dou os parabéns aos técnicos responsáveis, pois para nosso nível de desenvolvimento isso é realmente grande, mas é o mínimo que se espera de uma empresa e de militares dedicados á tarefas de manutenção de equipamentos de guerra, em tempos de paz. Agora Imaginem se estivéssemos em guerra, sendo acossados e bombardeados, conseguiríamos essa façanha que adolescentes Chineses ou Japoneses devem realizar nos laboratórios de suas escolas se desafiados? Novamente vejo a questão de que vivemos de migalhas e nos acostumamos a engoli-las, como pombinhos bobos na praça… Read more »

Lorde Baden-Powell

Será o nosso caça centenário! Vai ser lindo essa façanha! temos tudo para isso acontecer!

Tutu

foram construídas duas fuselagens para testes em solo e um exemplar modificado como aeronave experimental STOL “Asuka”

– Esse avião tenha que ser vermelho e laranja. Kkkk

Tutu

Vamos ver se alguém pega a referência.

João Moita Jr

Qualquer país que em pleno 2025 ainda tenha o F-5 em operação simplesmente não pode ser levado a sério na geopolitica.